Apenas Uma Vida escrita por Alice


Capítulo 4
A Viagem


Notas iniciais do capítulo

Me desculpe fantasma se ficou rápido e cansativo. Eu não sei escrever BLAH



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Enfim, era o dia da viagem. Estava tão ansiosa! Acordei, fui me arrumar e claro que minha mãe não parava de gritar para irmos logo. Me despedi de todas minhas amigas virtuais, pois no navio não tinha internet. Despedidas feitas, mala pronta, tudo certo. Saí de casa e fui embora para a casa da minha avó. Quando cheguei na casa dela lembrei que esqueci em casa minha bolsa, na qual estavam meu carregador do celular, câmera, livro e lápis. PORQUE EU TENHO QUE ESQUECER TUDO!?

– Cabeça de pudim - Foi o que minha avó disse.

Não dava para voltar pra casa, então fomos direto para o aeroporto onde pegaríamos o ônibus até Santos. Chegando lá, às 8:00, descobri que o horário para chegada era às 10:00. Meu avô adorava chegar duas horas antes só para evitar "não sei o que". Sim, eu quis matar ele naquele momento por ter feito eu acordar tão cedo depois de 2 semanas trabalhando duro, mas tudo bem, minha opinião não contava mesmo. Eu e minha avó resolvemos dar uma volta pelo aeroporto, que eu, sinceramente, acreditava ser maior. Essa era a primeira vez que pisava em um aeroporto e pelo que via na TV era bem mais movimentado, mas admito que fiquei maravilhada quando vi ele de dentro do carro. Acho que na parte de pegar ônibus era mais calmo do que na parte de esperar o avião. Voltei para onde meu irmão e meu avô estavam. Fui ao aeroporto com uma camisa xadrez rosa, branca, azul e toques de verde, um shorts jeans escuro e as Havaianas rosas da minha mãe, pois não encontrei as minhas brancas. Um funcionário da empresa com quem íamos viajar gritou :

– Senhoras e senhores por favor façam uma fila para pegar a senha e espere a cor da sua senha ser chamada. Fila única.

Com isso meu avô foi buscar a senha e eu, meu irmão e minha avó ficamos olhando a bagagem. Estava ouvindo música, meu álbum do celular só com música do cantor Ed Sheeran. São boas para qualquer momento e qualquer situação. Enquanto ouvia a música observava as pessoas que iam viajar no mesmo navio que eu. Todas elas estavam com óculos escuros de marca, vestidos, salto-alto, camisetas de marca e malas enormes. Todas elas tinham cara de ricas. Me sentia pobre perto de tudo aquilo, todas aquelas marcas. Finalmente, meu avô voltou com a senha de cor verde. Esperamos pouco até outro funcionário da companhia chamar todos os passageiros com a senha verde para fazer uma fila atrás dele. O mesmo nos conduziu até o ônibus. Chegando lá, sentei e fiquei ouvindo música até o final do trajeto. Tal trajeto levou uma hora.

Assim que chegamos no porto de Santos tivemos que fazer o check-in, aquilo estava tão cheio que não existia mais uma fila, era só um monte de gente amontoada se matando por uma senha. Conseguimos fazer o check-in por um milagre, ganhamos outra senha, 02, e tinhamos que entrar em outra fila. Antes de nos encontrarmos para entrar no amontoado de gente, minha avó e meu irmão foram ao banheiro, enquanto eu e meu avô fomos perguntar onde era a fila do navio Zenith. O homem muito gentil deixou eu e meu avô passar sem ter que entrar na fila. Esperamos meu irmão e minha avó voltarem do banheiro e passamos direto. Mesmo passando direto ainda tinha o detector de metal e depois outro ônibus para nos levar até o navio. Quando finalmente chegamos, tiramos uma foto antes de entrar no navio a qual era cobrada pelo navio. Assim que entramos, passamos por outro detector de metal, no qual depois, descobrimos ter esquecido a sacolinha aonde estavam os petiscos para comermos durante a viagem de ônibus. Água, bis, bolacha e club social. Tudo bem. Pegamos os cartões do navio e fomos até a cabine de número 6112, mal nos instalamos e já fomos almoçar. A comida lá era muito boa. Minha avó já tinha viajado naquele mesmo navio a mais ou menos 4 anos atrás, mas sempre se perdia na imensidão dos 12 decks. Após o almoço demos uma volta para conhecer o navio, paramos na piscina onde tinha vários bancos e sentamos. Às vezes tocava música ao vivo, outra vezes ficava só o DJ tocando músicas. A primeira coisa que todos fizeram, pelo que eu vi, foi pegar um lata de cerveja, depois outra e outra e outra. O pessoal bebia demais. Inclusive meu avô, mas desdenhava todos no cruzeiro que estavam bebendo. Ficamos por lá um bom tempo, até que fomos para cabine, ela tinha duas camas de solteiro no chão e duas como se fosse a porta de um armário. A cabine era pequena, mas confortável. O banheiro era menor ainda, mas acredite se quiser o box da minha casa era menor. Nem vou comentar sobre o sistema de sucção da descarga. Fui tomar um banho enquanto minha avó arrumava a mala, meu irmão mantinha seus olhos vidrados na TV e meu avô reclamava de tudo, como sempre. Não levei meu secador, pois no navio tinha. Banho tomado, fui secar meu cabelo. Sequei ele e quando fui ligar a chapinha, ela não esquentava. Claro que não ia esquentar, a vida não perdia nenhuma oportunidade de me ferrar. Mesmo com o cabelo destruído pela umidade, fui jantar. Os jantares poderiam ser no self-service ou no restaurante. Óbvio que meus avós queriam ser sofisticados, ou pelo menos parecer, e chegaram antes mesmo do restaurante abrir. Esperamos uns 5 minutos e o garçom abriu as portas. Sentamos em uma mesa para quatro e o garçom se apresentou

– Oi, eu sou o Pedro e eu vou ser o seu garçom esta noite. Como vocês devem saber, aqui no restaurante não tem mesa reservada, mas se vocês chegarem todo dia cedo e pegarem a mesma mesa terei o prazer de atender vocês em todas os jantares.

– Obrigado, pode deixar - Disse me avô dando uma risada descontraída.

Pedro era muito bonito, tinha uns 30 anos. Era alto, magro, loiro de olhos azuis. Fizemos o pedido, e felizmente, eu sabia usar todos os talheres da mesa. Depois da entrada, prato principal, sobremesa e não passar vergonha, saímos. Pedro nos atendeu muito bem e sua assistente Andréa, igualmente. Depois do jantar fomos para a cabine escovar os dentes. Meu avô ficou na cabine, disse que estava muito cansado, minha avó foi para uma cafeteria e eu e meu irmão fomos ver o show no teatro do navio. Tinha comediantes, dançarinos e cantores. Por incrível que pareça a cantora se chamava Alice Ferreira, igual a mim. O show foi muito bom. Depois fomos para cabine e como estávamos cansados e não tinha nada mais para fazer resolvemos dormir.

[...]

No segundo dia fomos para Ilhabela, andamos por duas pequenas ruas embaixo de uma fina garoa e na volta embaixo de uma chuva forte. Conclusão: chegamos ensopados. Assim que entramos no navio abriu o maior sol. Sim, o clima tava de palhaçada com a minha cara. Como estavamos molhados eu e meu irmão resolvemos ir na piscina. Entramos um pouco, a água estava gelada. Saímos da piscina, meu irmão ficou sentado bebendo água e comendo uma porção de batata frita que minha avó tinha pegado e eu fui tomar banho. Assim que terminei o banho demorei pelo menos 30 minutos para secar mais ou menos o meu cabelo. Aquele secador não era potente. Estava me arrumando quando minha avó entrou na cabine.

–Está tudo bem Alice? - Falou ela em um tom preocupado.

–Sim. Por que?

–É que você demorou tanto que a gente achou que tivesse acontecido alguma coisa.

–Ah, estou bem. Já estou terminando de me aprontar.

–Ok, não demore.

Minha avó ficou me esperando e logo me aprontei e saímos da cabine. Almocei e fiquei por perto da piscina em uma mesa observando todo mundo. Nessas horas que eu sentia falta do meu livro!

Depois de um bom tempo sentada, eu, meu irmão e meus avós fomos para a cabine. Meu irmão tomou banhou e meus avós se vestiam para o jantar. Jantamos no mesmo restaurante e, felizmente, sentamos no mesmo lugar. Pedro estava lá novamente. Tudo como sempre estava uma delícia. Depois do jantar, que demorou mais do que eu pensava, fomos ver o show novamente. O tema dessa vez era o Brasil. Os artistas do navio eram realmente muito talentosos, o show foi ótimo. Foi tão bom que resolvemos ver o show mais tarde de novo. Depois do espetáculo, saímos e caminhamos até uma parte do navio onde era aberto. Conseguia ver o mar, a água se agitando, as bolhas causadas pelo motor no navio e no breu, se você olhasse bem, conseguia enxergar várias estrelas. Aquela paisagem não podia ser fotografada. Era algo único, e eu podia ficar apreciando a noite inteira. Era realmente encantadora. De lá meus avós voltaram para a cabine e eu e meu irmão fomos na festa que aconteceria na piscina.

Na festa não fizemos nada demais, ficamos conversando, dançamos um pouco, curtimos as músicas, e por volta de 1:30 a.m começou a chover. Logo fomos para a cabine e nos deitamos.


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Notas finais do capítulo

Isso ae babys LOLOL Bye



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