Segredos Do Passado escrita por Anna Sidle


Capítulo 25
Realidade a solta


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capitulo pessoal *-*
Espero que você gostem
Boa Leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319688/chapter/25

Sua cabeça parou de doer assim que adentrou a porta do apartamento. Apesar de a noite ser longa, não se sentira cansada. O sol aparecia no céu com poucas nuvens, o dia ia ser brevemente calmo. Sara deitou-se na cama e fechou os olhos. Foi como uma cortina sendo puxado e sua vida toda passasse diante de sua mente: A primeira vez com Sam, O nascimento de Willian, as ameaças de Dereck, a faculdade, o seminário de Grissom, a noite que passou com ele, a gravidez dos gêmeos, a vinda pra Las Vegas, os segredos...

Ela abre os olhos.

–-------------------------------------------#

Os CSI’s foram tirados da cama logo cedo. Todos estavam de volta a sala de evidencias com olheiras e sinais claros que o cansaço tinha presença marcada ali. Brass foi logo chegando e atrás dele Mike.

Catherine levantou o olhar juntos com os outros. Mike parecia cansado também.

–Tenho uma localização de Sara. –Anunciou Mike sem fazer rodeios assim que adentrou a sala.

–Como? –Perguntou Greg.

–Fiquei sabendo que as lembranças de Sara estavam vindo e indo, e com isso presumi que durante seus lapsos de memoria sua localização seria definida. E presumi certo. Mas há um problema.

–E qual é? –Perguntou Warrick com ansiedade na voz

–Sua localização esta piscando no meu monitor, o que não poderia estar acontecendo.

–O que isso significa?

–Significa que ela esta em uma crise Stokes.

Mike jogou uma pasta em cima da mesa e olhou para cada um na sala e prosseguiu:

–Eu não podia esperar, mandei Flack e Aiden até o local e Calleigh esta de olho no monitor. Vocês precisam vir comigo imediatamente.

Grissom que estava em silêncio até o momento se pronunciou:

–Nós vamos. E Mark e Cristina?

–Estão em segurança com Calleigh.

–Sendo assim vamos.

–-----------------------------------------------#

Dereck assistia futebol e bebia uma cerveja quando Sara entrou sorrateiramente na sala. Sua cabeça latejava, seus olhos lacrimejavam, suas mãos atrás da costa segurava uma faca de açougueiro. A calma era aparente, mas por dentro a fúria corria por seu sangue.

–Maninha! Porque não se senta comigo?

–Não quero me sentar com você.

Dereck olhou diretamente nos olhos da irmã e falou:

–Tenha certeza que eu não estou pedindo, estou mandando.

–Não me importo.

Dereck se abaixou para perto da mesinha de centro se desviando da faca de açougueiro.

–Sara! O que pensa que esta fazendo?

Sara caminhou até ele, pegou-o pela gola e deferiu um soco.

–Lembro de uma vez que você me falou que eu não teria coragem de te matar, acho que você estava errado.

Ela deferiu outro soco, quebrando o nariz dele. Dereck caiu no chão e começou a procurar algo em baixo do sofá, alcançando uma pistola mirou em Sara.

–Não seja tolo. Você sabe o que esse chip fez comigo. E você é covarde o suficiente pra me matar, você precisa de mim.

–Acho que já esta na hora de ser independente. Me enganei em relação a você, pensei que era fraca igual a nossa mãe, acho que te subestimei.

Dereck atirou, no entanto Sara foi mais rápida e a bala acertou seu ombro. Dor ela não sentia. Avançou em Dereck e lhe tomou a arma disparando um chute em sua barriga. Ele caiu meio encostando-se ao pé do sofá.

–Vadia!

–A vadia que acabou com seu reinado.

Ela atirou.

A dor aumentou, Sara caiu de joelhos no chão com as mãos na cabeça, estava desmaiando, mas antes ela viu a porta do apartamento ser arrombada.

–----------------------------------------#

–Será que vão chegar a tempo?

–Não sei Cris.

Calleigh, Mark e Cristina estavam na cozinha, andando de um lado pelo outro. Mark era o único a estar sentado, mas pelo movimento dos seus pés, ele também estava nervoso. Willian, Sam e Dean tinham saído para comprar mantimentos.

O monitor onde piscava a localizar da Sara começou a piscar mais rápido e também a apitar, isso não era bom. Os três foram pra frente da tela.

–O que esta acontecendo?

–Mark... Eu... Ela... Ela está tendo uma convulsão.

Cristina colocou as mãos na cabeça e pela primeira vez começou a chorar, ela só fazia isso na frente da mãe ou de um dos irmãos. Mark a abraçou. Calleigh ligava Flack. Mas aparentemente ele não atendia ou qualquer um dos amigos, ela olhou para os meninos se abraçando e para o monitor. A luz parava de piscar e apitar.

–--------------------------------------#

Assim que eles adentraram o apartamento com Mike e Grissom a frente encontraram Sara caída ao chão, ainda respirando. A poucos metros, Dereck estava deitado com uma bala na testa, morto.

–Chamem uma ambulância! –Gritou Flack.

–Ela esta com pulso, tem uma bala no ombro. –Falou Aiden.

Sara começou a se convulsionar.

–Segurem os braços e a cabeça dela. –Ordenou Grissom, Mike e Aiden ajudaram. Flack gritava no telefone. Os CSI’s estavam lá, aliviados em parte. Paramédicos chegaram e Sara foi encaminhada ao Desert Palm.

–-----------------------------------------------------------#

Mark ouviu quando Calleigh recebeu uma ligação, provavelmente de Mike, estava junto com Cris na cama, ela soluçava um pouco. Ficará sabendo que Sara fora encaminhando ao hospital, uma boa noticia, pensava ele.

–Acha mesmo que é uma boa noticia?

–Acho...

–Eu não.

–Ela tem um chip na cabeça, nossa mãe não viria direto pra nós, iria para o hospital de qualquer jeito.

O telefone de Mark tocou, era Helena.

–Oi?

–Mark? Como você esta? Onde você esta?

–Estou bem, estou aqui na casa da fazendo junto com tia Calleigh.

–Seu idiota! Porque ficou me evitando sendo que precisa de mim?

–Eu te amo Helena. Não quero te envolver nessas loucuras de família.

–Mark Sidle! Eu sou sua namorada, EU faço parte da sua família e Espeto também. Até ele você deixou de você!

–Desculpa...

No fundo Cristina continha uma risada.

–Por favor, não faça mais isso. Quando estiver na cidade me ligue, preciso saber de você, não fuja de mim. Sei que as coisas estão estranhas entre a gente, mas eu te amo e quero ficar ao seu lado mesmo que sua família seja maluca.

–Ah, Helena! Quando eu chegar na cidade eu te ligo. Te amo.

Assim que desligou o celular Cristina gargalhou.

–Vocês são tão fofos!

Com uma batida na porta Willian entrou e sorriu para os dois.

–Acho que ta na hora de voltar pra cidade.

Cristina se sentou na cama ainda rindo e olhou pra o irmão mais velho.

–Grissom me ligou, é pra vocês irem pra casa e tomar banho. Poderemos ver a mãe amanha.

–Como ela esta?

–Estão tirando uma bala do ombro dela nesse momento. Sobre o chip eu já não sei. Ela teve uma convulsão por causa dele, mas ainda não sabem de nada.

Mark se levantou da cama e olhou pra Cris.

–Vamos?

–Vamos. –Respondeu ela.

–-------------------------------------#

Já passava das oito da noite quando Mark e Cristina chegaram à casa de Grissom, que estava com os cabelos molhados, acabará de tomar banho. Os gêmeos o abraçaram. Willian apenas os deixou em frente da casa.

–Como ela esta? –Perguntou Cristina

–Quando saímos de lá, estavam terminando de tirar a bala do ombro dela.

–Dereck?

–Ele morreu.

–Nossa mãe o matou?

–Provavelmente sim. Suponhamos que a bala do ombro de Sara e a de Dereck é da mesma arma.

–Ela a baleou, ela tomou a arma e atirou?

Grissom e Mark olharam pra Cristina, parecia tanto com Sara no momento.

–O que foi?

Grissom riu.

–Exatamente isso. Agora vão tomar banho, poderemos ver Sara amanha.

–--------------------------------------#

No exato momento em que entrou no hospital seu coração disparou e não só o seu, o de seu irmão, Mark, também. Encontraram Willian na recepção.

–Já foi vê-la?

–Acabei de sair de lá. –Willian olhou pra Cristina e percebia a ansiedade dela. - Ela não esta acordada.

–Tudo bem.

Foi Mark quem respondeu no lugar dela. Willian se despediu e saiu. Grissom acompanhou os filhos até o quarto, onde se viam Calleigh, Aiden, Flack e Mike. Mike os viu primeiro e saiu para encontra-los.

–Ela esta bem. –Afirmou ele. – só temos que espera-la acordar.

–E o chip? –Perguntou Grissom.

–Anos na cabeça dela e ele acabou fazendo parte do seu cérebro, não tem como tira-lo. Porém ele não será ativo novamente. Catherine achou o controle e me entregou, desativei o chip.

–E não sabe as consequências?

–Você esta a cada dia parecendo sua mãe Cris...

–Eu considero um elogio Mike. Podemos entrar?

–Claro.

Grissom, no entanto não entrou.

–Não vai entrar?

–Vou deixar esse momento para eles.

–-----------------------------------------------#

Aiden estava ao lado da cama de Sara, Calleigh sentada em uma poltrona do outro lado e Flack esta aos pés da cama em pé. Mark e Cristina entraram silenciosamente.

–Acho que vocês querem um momento a sós com ela. –Disse Aiden e os três se retiraram. Cristina se sentou na poltrona em que Calleigh estava pouco antes.

–Willian também devia estar.

–Ia ficar um momento muito gay.

–Ia ficar a família reunida Mark.

–Pra nossa família ficar reunida tem que estar o Dean e o Sam; a Soledad e o Espeto; a Helena, a Olivia e a Solange; além do nosso pai e os amigos de trabalho e de infância da mãe.

Cristina riu.

–Eu disse apenas a verdade.

–Não acho uma boa ideia unir os Winchester com os CSI’s.

–Esta com medo deles descobrirem que o negocio da família deles é caçar demônios e que o Willian vai ter que entrar nesse ramo?

Cristina riu.

–Será que ela pode nos ouvir?

–Se ela pode, deve estar rindo mentalmente.

–Acho que essa é a hora de fazermos uma declaração de amor.

Eu já sei que me amam.

Foi quase um sussurro na mente deles, eles se entreolharam. Cristina segurou a mão da mãe.

–Mãe...?

Eu amo muito vocês e não me perguntem, não faço ideia de como estou fazendo isso.

–Não importa como mãe. –Suavizou Mark. – Você esta bem?

Estou bem. Me desculpe.

–Desculpar pelo que mãe? –Indagou Cris.

Por ter abandonado vocês.

–Você não nos abandonou. Descanse mãe. Você precisa se recuperar.

Antes chamem o pai de vocês, por favor.

Cristina e Mark se entreolharam e sorriram.

–Vamos lá dar o recado. A gente volta pra te visitar. –Cristina beijou a testa da mãe e se encaminhou para a porta onde Mark sorria.

Os gêmeos encontraram Grissom no corredor encostado da parede conversando com Mike.

–Pai? –Chamou Cris

–Oi Cris. Como ela esta?

–Vai vê-la. –Falou Mark, Cris e Mike sorriram.

Grissom acenou com a cabeça e se encaminhou pro quarto de Sara. Encontrou-a com os olhos abertos e um meio sorriso no rosto.

–Pensei que ia dar uma desculpa e não vir.

Ele acariciou a bochecha de Sara e sorriu.

–Vejo que esta bem. –Ele se sentou na poltrona.

–Minha cabeça parou de doer, não me lembro de muita coisa.

–Qual a ultima cosa de que se lembra?

–De Dereck me levar. Onde ele esta?

Sara suspirou e viu a hesitação de Grissom ao falar.

–Eu o matei?

–Sim.

Sara olhou pra o outro lado.

–Me conte tudo o que aconteceu depois que Dereck me levou.

–Ele incendiou sua casa, nossos filhos foram morar comigo, Willian foi pra uma fazenda com seus amigos, prendemos Sam Braun por ser comparsa de Dereck...

–E minha mãe?

Sara olhava pra o rosto dele.

–Sinto muito, Sara. Dereck a matou.

–Uma hora ia acontecer, ele não a suportava.

–Sara...

–E como você e nossos filhos estão se relacionando?

–Estamos bem. Esse tempo que passamos juntos, conhecemo-nos melhor. Eu só acho que você deveria ter me dado a oportunidade de saber deles desde o começo.

Sara se levantou, deu um selinho rápido em Grissom e se deitou de novo.

–Não. Fui mãe antes deles e sei como era o mundo com Dereck solto por ai. Não queria me arriscar. E você também tinha sua vida aqui.

–Você deixou Sam participar da vida do filho.

–Sam e eu temos algo em comum, nossas famílias não tinham nada de normal iguala sua. Nossa família éramos nós mesmos.

–Isso não explica...

–Agora você sabe Gil. Aproveite o agora com eles.

Grissom suspirou, pegou a mão de Sara e a beijou.

–O que você vai fazer depois que sair daqui?

–Vou reformar minha casa destruída.

–Você pode ficar na minha enquanto reconstrói a sua.

Sara riu.

–Eu te amo Grissom.

–Eu também te amo Sara e quero que fique na minha casa, não só como a mãe dos meus filhos, mas como minha esposa.

–Você esta me pedindo em namoro ou casamento? –Eles riram juntos.

–Em casamento. Esperei muito tempo, está na hora de mudarmos isso.

–Concordo.

Eles se beijaram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredos Do Passado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.