Novo Começo escrita por Did it let you know


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Voltei gente,



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POV AMY.

Já se passa das duas horas da manhã quando eu levanto a cabeça e olho pro relógio vermelho em cima da bancada do laboratório, me encontro agora sentada com dor nas costas e rodeada de formulas que inutilmente falharam na tentativa de reproduzir a formula. Resolvo então que vai ser mais produtivo se eu parar por hoje e ir para minha cama quente me aquecer, apago as luzes e tranco a porta.

Desço as escadas e resolvo primeiro ir à cozinha, apesar de já estar nessa mansão do Ian eu ainda estou toda perdida, eu particularmente as vezes acho que essa casa parecida com a Mansão Addams, andar pelos corredores as vezes é macabro. Atravesso a enorme sala de jantar elegante cheia de iluminarias de cristais e chego à cozinha, acendo a luz e me direciono a pia onde pego um copo da água, agora o que mais desejo é dormir e acordar só até meu sono acabar. De repente um barulho me distrai, viro-me apressadamente e olho em direção a porta, não vejo ninguém

– Tem alguém ai? – Pergunto com a voz um pouco embaraçada, e não escuto nenhuma resposta.

Caminho em direção a sala de estar, até que de repente uma forte mão me imobiliza o pescoço e minha boca me impedindo de gritar, a única coisa que consigo escutar nesse momento é meu coração batendo forte e a respiração pesada dele em meu pescoço, com o cotovelo bato forte em seu estomago, sinto suas mãos afrouxarem e me solta, agora ele esta caído no chão se contraindo de dor, não penso agora em ver seu rosto, mas sim em me defender, então vou correndo para a cozinha, abro uma gaveta e pego a maior faca, quando me viro dou de cara com Evan que esta parado na porta com um grande capa preta e com os punhos fechados.

– Largue essa faca Amy – Ele falou enquanto se aproxima – Não é um pedido.

–Fora da minha casa – Digo me distanciado até minhas costas encostarem-se ao balcão frio de mármore – O que você quer?

– Você não é burra o bastante para perguntar isso é? – Ele fala isso em tom de ironia, no mesmo instante sinto minhas mãos queimarem de raiva – Ou você acha que passei tanto tempo fingindo ser seu namorado porque eu ‘’gostava’’ de você? Anda passa a formula pra cá.

No instante em que ele diz isso era como se toda a comida que estava no meu estomago quisesse saltar da minha boca, seguro a faca mais forte ainda entre meus dedos e corro em direção a porta, nesse mesmo instante consigo ouvir os passos dele logo atrás de mim.

– Acha que pode assim fugir de mim sua vadia volta aqui – Ele grita o Maximo possível.

Abro a porta da cozinha que dá em direção ao jardim e corro o Maximo possível, no momento o meu único dever é achar algum lugar para me refugiar, pois sei que logo mais ele irá me alcançar, e não demorou muito. Ele usa as duas mãos grandes e me empurra, caio rolando pelo gramado que no mesmo instante molha minha regata branca de dormir e meu jeans.

– Chegou à hora de acertar as contas sua vadia. – Evan está com muita raiva, com rispidez ele se ajoelha em cima de mim, fazendo assim com que suas duas pernas fiquem em volta do meu abdômen, e tira a faca das minhas mãos e bloqueiam elas a cima da minha cabeça, dando total acesso para ver meu rosto onde começam a escorrer as primeiras lagrima.

– Por favor, Evan tudo menos isso. – Imploro desesperada, sinto agora que o orvalho encharcou as minhas roupas e meus cabelos que agora estão esparramados pelo gramado.

– Você nunca quis dar isso para mim sua vadia. – Ele diz isso no mesmo instante que com uma das mãos abre a zíper da sua calça e a outra ainda segura as minhas. – A única coisa que você sabia fazer era provocar, mas nunca sedia. Você sabe como eu tenho ódio de você por isso. – Agora ele passa uma de suas mãos em meu seio, e segue em direção ao zíper da minha calça jeans, e consegue abrir.

– Nada disso era verdade...

– Não era verdade? – ele se aproxima mais ainda do meu rosto e fala no meu ouvido. – Você não passa de uma cadê....

No mesmo instante em que ele diz isso, surge Ian do nada e da um chute na cabeça de Evan, que sai de cima de mim e rola em direção ao gramado. Eu estou em estado de choque, soluçando. A única coisa que consigo ouvir são os xingamentos do Ian enquanto ele espanca Evan.

– Seu filho de uma puta! – Ele diz isso enquanto chuta o abdômen de Evan – Você vai apodrecer na cabeça seu ordinário!

Eu não via a hora disso tudo acabar, só quando vejo que Ian conseguiu deixar Evan inconsciente no seu gramado, vejo ele discando para policia e dando seu endereço. Ele atravessa o jardim esse ajoelha do meu lado, então que eu percebo que estou do mesmo jeito, com os cabelos esparramados, o jeans aberto e a roupa toda molhada, chorando e soluçando.

– Meu deus Amy. – Diz Ian ofegante. – Eu não acredito que tentaram fazer isso com você! Ele vai apodrecer na cadeia. Pode ter certeza!

Olho para ele e isso me parece verdade, como se ele estivesse mesmo sendo sincero e querendo me fazer sentir bem, mesmo eu sabendo que ele fosse impossível de fazer isso. Então ele pega e faz o que eu menos esperava, me pega no colo e me leva até a cozinha.

Estou agora sentada no grande balcão da cozinha dos Kabra, observo Ian tiram o terno cinza que esta sujo com algumas gotas de sangue, ele tira a gravata e afrouxa a gola da camiseta e para bem na minha frente com uma caixa de primeiro socorros.

– Amy, você esta melhor?

– Ele iria-me estrupar, se você não chegasse – Digo isso no meio de lagrimas que não param de cair do meu rosto e então ele faz a coisa mais inesperada, passa o braço em volta da minha cabeça e me abraça.

– Calma, não chora Amy, não chore, por favor. – E então beija a minha testa e com o dedo retem as minhas lagrimas.

– Eu só quero dormir agora Ian, por favor.

– Claro Amy,mas antes tenho que fazer um curativa na sua testa.

E assim, foi pela primeira vez que eu comecei a simpatizar com o novo Ian, dá até para acreditar que ele mudou mesmo. Com cuidado ele faz o curativo na minha testa, que eu nem sabia que estava machucada e agradeço. Subo para o quarto e tomo um banho. Tentando relaxar e esquecer aquela noite, que poderia ter acabo muito pior se Ian não estivesse aparecido.

Agora deitada em minha cama, confortável começo a refletir sobre cada detalhe, pelo ódio de Ian quando me viu com Evan, como se sentisse ciúmes, mas isso era impossível...

Uma batida na porta me desconcentra, cubro o meu corpo com o edredom e mando entrar. A porta abre uma brecha e a cabeça de Ian aparece.

–Posso entrar? – ele pergunta com uma xícara de chá na mão.

– Claro que sim. Digo desajeitadamente me arrumando melhor na cama

– Você esta melhor? Bem eu trouxe um chá para você. – ele me entrega o chá, e senta na ponta da cama. – você esta melhor?

– Sim graças a você. Obrigada Ian, não sei como retribuir.

– Foi não só meu dever, como minha obrigação em te proteger Amy, o que ele estava fazendo aqui? Vocês tinham voltado?

– Claro que não, ele queria a formula apenas. – digo isso bêbedo o ultimo gole de chá. – Ian, vocênão levaria a mal se eu pedisse para você sair agora. É que estou com muito sono.

Eu sei, eu sei que isso pode parecer um pouco hostil, mas devo admitir que o Ian assim, atencioso era um tanto irresistível, ainda mais com a camiseta um pouco aberta. Então, de repente vejo ele se aproximando mais de mim, a principio penso que ele somente queria me dar um beijo de boa noite, até que alem disso, ele com uma das mãos e gentilmente firma o meu rosto para dar acesso a sua boca, e firma ali um beijo casto.

– Tenha bons sonhos Amy.

E com isso apaga a luz, e com passos largos para na porta, me observa por final e se retira fechando a porta, e mentalmente desejo o mesmo isso para ele.


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