The Partner - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake


Capítulo 1
Conhecendo os suspeitos


Notas iniciais do capítulo

Bom, sinto muito pela demora. Tive que trocar o nome do personagem e meu pc estava travando (como muitas vezes reclamei no Anime), então minha CPU ficou alguns dias com o técnico e voltou hoje para casa. Estou também tendo que dá muito rolê entre a minha casa e a casa da minha avó, já que meu pai está voltando para cá... Sim, meus pais são separados (acho que dá pra sacar, porque houve um tempo que eu reclamei demais do filho do meu padrasto e ainda bem que aquela praga foi embora). Espero que todos os meus leitores da temporada anterior.



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Madeline’s POV

Mickey dormiu a viagem inteira e agora estava acordado no meu colo observando o novo local onde estamos. Jason está tentando inutilmente alugar um carro, mas a idade mínima para isso é 21, então ele está tentando jogar sua lábia de conquistador pra cima da funcionária. O único problema é que a mulher é gorda, tem uma verruga no nariz e um cabelo preto todo quebrado preso num coque, ou seja, Jason não consegue jogar o seu poder pra cima de uma pessoa assim. E agora eu o vejo vir até mim com um olhar frustrado.

— Vamos a pé mesmo.

— A pé? — Perguntei suspirando cansada. — Viajar de avião a noite inteira não me deu energia suficiente para andar até Harvard.

— Bom, teremos que discutir sobre algumas condições nas missões com o FBI — Jason disse pegando boa parte das nossas malas e as equilibrando nos braços.

Coloquei Mickey no mini canguru (n/a: é aquela “bolsa” na qual as pessoas costumam carregar bebês à frente da barriga) que consegui com o Nicholas quando fomos pegar nossos apetrechos e fui tentar ajudar o Jason com as malas. Pelo menos o meu gatinho estava confortável com aquela situação, pois ele até miou e eu sabia que aquilo significava que iria dormir novamente.

— Sério, não acredito que você vai fazer isso — disse Jason no meio do caminho olhando para o Mickey.

Ele se refere à condição na qual tive que aceitar para poder trazer o Mickey. Antes de virmos para cá, recebemos instruções sobre a missão e coisa e tal, como na primeira vez que tivemos uma missão Avançada, e essa é a nossa segunda Missão Avançada, só que eu não queria deixar o Mickey, mesmo o Lucas e o Ben dizendo que poderiam cuidar dele durante a missão, já que os dois ainda não receberam nenhuma missão Avançada. Então, para complicar de vez a minha vida, o Sr Higgins me propôs esconder meu gato em Harvard dos estudantes se eu compartilhasse o mesmo quarto com o Jason, é claro que isso não seria tão ruim já que eu fiz isso da última vez, mas a condição era: eu teria que fingir ser um garoto, pois dentro do campus não podemos ficar no mesmo quarto (mesmo eu sabendo que tem muita gente que quebra essa regra). Aceitei a proposta, só que além de eu ter duas lendas (n/a: relembrando... nomes falsos, histórias falsas e etc.), terei que ser uma garota também. Duas pessoas ao mesmo tempo!

— Bom, como eu só vou cumprir as aulas da minha Lenda homem — falei —, vou fazer a minha Lenda mulher ser invisível em Harvard. Vou usar óculos, vou colocar roupas com cores fracas e tentar ao máximo não me socializar com ninguém, quero dizer, só com a garota suspeita.

— É, vai ser complicada essa missão para você.

— Sempre fico com o trabalho duro — falei e Jason olhou para mim e depois para as malas que ele havia empilhado em seus braços.

— Tem certeza? — Perguntou se referindo a quantidade de malas.

— Seja cavalheiro pelo menos uma vez na vida McCann, carregue as malas sem reclamar.

Ele riu. Fomos o caminho inteiro conversando sobre qualquer coisa, só para distrair, mas eu não aguentava mais andar, não que eu estivesse cansada, mas acontece que eu não estava muito confortável com o Mickey no canguru, já que ele toda hora se mexe e as vezes me arranha.

— Já estamos chegando? — Perguntei.

— Pela nossa localidade, faltam dez minutos andando — falou Jason olhando o GPS no celular.

Parei de andar olhando em volta para ter certeza de que não tinha muitas pessoas na rua, então puxei Jason para um beco e coloquei as malas no chão e tirei o canguru.

— O que você está fazendo? — Jason perguntou confuso.

— Não vou chegar lá assim — disse apontando para o meu cabelo e para as minhas roupas. — Vamos, coloque as malas no chão e segure o Mickey.

Ele obedeceu deixando as malas ao meu lado e pegando o Mickey das minhas mãos. Fui em direção à uma das malas e a abri procurando uma roupa.

— Ei, essa é a minha mala — ouvi Jason reclamar.

— Ainda não tenho nenhuma roupa masculina, vou roubar as suas por enquanto — disse tirando uma camiseta preta com uma estampa branca e uma calça jeans. Peguei a minha mala e tirei a peruca e as lentes de contato. — Vire para o lado — pedi.

— Madeline, eu já te vi nua antes e agora não vai fazer diferença.

— Não quero você olhando para mim enquanto eu me troco. Vai, anda, vira de lado.

Ele revirou os olhos e virou. Rapidamente tirei as minhas roupas e vesti as que eu peguei do Jason.

— Pronto — disse e ele se virou. — Agora quero que você segure o espelho para mim — tirei um espelho médio da bolsa e entreguei para ele.

Prendi o cabelo num coque bem achatado e coloquei uma toca para reforçar, peguei a peruca e a ajeitei. Como não havia água para lavar as mãos, as limpei com o soro e então apliquei as lentes, fazendo meus olhos ficarem num tom castanho.

Olhei no espelho avaliando o resultado, e até que eu estava bem convincente.

— E então? — Perguntei ao Jason.

— Nada mal. Espero que os homens não notem o quão liso é o seu rosto, porque você não tem barba.

— Posso improvisar uma barba mal feita, esqueceu que temos o Nicholas?

— Claro, ele e suas engenhocas não confiáveis.

— Ei, até agora nenhuma deu errado comigo.

— É, mas não brinca muito com a sorte não.

Dei um sorrisinho sarcástico e peguei o espelho da mão dele jogando na minha bolsa junto com as minhas roupas. Agora eu não era mais Madeline McPherson, e sim a minha Lenda, Jonathan Kendall. A Lenda do Jason é Philippe Kendall, e nós somos primos de segundo grau. É uma loucura e tal ter que estudar duas Lendas e três suspeitos, pois agora não temos um Alvo vivo, a garota alvo está morta e estamos indo para Harvard investigar o misterioso assassinato da estudante de direito, Marisa Dantas que antes de ser morta foi violentada.

Jason’s POV

Acabou que na verdade eu nem estava mentindo na formatura quando disse que ia para Harvard, pois cá estou eu, no campus de Harvard olhando para um monte de estudantes andando de um lado para o outro, e os calouros como eu, chegando com suas bagagens.

— Mad...

— Jonathan! — repreendeu Madeline num sussurro.

— Desculpe — disse sorrindo. — Então, Jonathan, como chegamos ao nosso quarto?

— É você que está com o GPS, meu caro.

— Só que agora a gente precisa saber qual é o prédio e qual é o nosso quarto.

— Vamos pedir informação para aqueles veteranos — Madeline disse apontando para um grupo de três garotas e dois garotos rindo.

Respirei fundo erguendo novamente as malas e Madeline ergueu sua bolsa com todo cuidado, pois o gatinho dela está escondido dentro, e pra nossa sorte ele esta dormindo, então não corríamos o risco de ouvir um miau indesejado.

— ... Ela parece ter bigode, credo — ouvimos um dos garotos falar quando nos aproximamos.

Madeline pigarreou e todos olharam para nós.

— Er... Somos calouros e estamos perdidos — Madeline disse disfarçando a voz. — Queremos saber aonde fica o prédio dos quartos.

— Bom — um das garotas respondeu apontando — é aquele ali, mas como vocês são calouros, no prédio do lado é que deve está ao quartos disponíveis para esse ano, é só entregar o papel que você receberam para o segurança na entrada e ele vai dizer qual é o quarto de vocês.

— Obrigado — disse eu e Madeline juntos.

— De nada — a garota piscou e percebi que foi para a Madeline.

Mordi os lábios escondendo meu rosto entre as malas para conter o riso. Ela ficou sem graça e então me puxou pelo braço até o prédio dos quartos. E foi quando estávamos distantes que eu comecei a rir.

— Não acredito que em menos de uma hora sendo homem, você já conseguiu chamar a atenção das garotas.

— Cala a boca McCann — Madeline me empurrou de lado e eu quase me desequilibrei com as malas. — Mas eu até que me pegava, porque cai entre nós, sou mais bonita que você como homem.

— Espera — disse parando. — Você me acha bonito?

— Eu disse que sou mais bonita que você.

— Então isso quer dizer que você me acha bonito — conclui sorrindo.

— Nada convencido você, não é?

— Claro. Agora disfarça a voz novamente porque vamos falar com o segurança, na verdade, você vai falar já que eu estou com as malas.

Ela revirou os olhos e começou a falar com o segurança, entregou nossos papeis e então recebemos a chave do nosso quarto. Subimos as escadas até o terceiro andar e Madeline abriu a porta do quarto para nós.

— Eu não acredito nisso — Madeline foi a primeira a entrar no quarto boquiaberta.

— Que foi? — Disse colocando as malas em cima de uma das camas. — Pensou que seria um quarto de hotel cinco estrelas?

— Isso é pior do que um apartamento com um só quarto — ela abriu a janela do quarto e depois a fechou novamente. — Aqui é muito pequeno.

— Você pode dormir no banheiro, ai teremos dois quartos em um só. O único problema é que eu posso invadir o seu quarto a noite para fazer minhas necessidades.

— Cala a boca — ela me deu um tapa no braço. — Só pensei que seria maior o quarto.

— Bom, na verdade, o quarto é só para um estudante. Somos dois, então não reclame se está apertado ou não, já é muita sorte eles terem aceitado o pedido do FBI em nos colocar no mesmo quarto.

— Fiz isso pelo Mickey — Madeline abriu sua bolsa com cuidado e tirou o gato de dentro que acordou assustado.

— Sério mesmo? — Perguntei fazendo bico.

— Ok, por você também — confessou ela.

— Viu? Eu sei que você gosta de mim.

— Não, eu gosto do seu talento com a música.

— Uhum, sei... — disse estreitando os olhos para ela.

— Ok, Jason. Vamos logo arrumar nossas coisas nesse pedaço de quarto.

Madeline começou a tirar a peruca e desfez o coque no cabelo. Pegou uma escova e começou a pentear seu cabelo, enquanto eu desfazia a minha mala.

— Sério, suas roupas são confortáveis, acho que não vai ser tão difícil usá-las enquanto estivermos aqui.

— Não, não — disse. — Amanhã vamos comprar umas roupas masculinas pra você.

— Ok — ela ergueu as mãos em forma de rendimento. — Vou configurar o dispositivo de voz que o Nicholas me deu, minha voz forçada é horrível.

— Bom, convenceu aquela garota — Eu ri e ela tacou uma escova de cabelo em mim. — Ai.

— Só não te mato porque sou nova pra ser presa.

— Claro, você sempre diz isso.

Ela mostrou a língua para mim e fuçou na sua bolsa até encontrar o dispositivo de voz. Então começou a mexer nele.

— Nicholas disse para colocá-lo entre os meus seios. — Madeline disse se referindo ao dispositivo.

— Hum... Dispositivo de sorte — disse.

— Engraçadinho — disse ela sarcástica. — Ele disse que eu posso esconder no sutiã e que é o lugar mais perto da minha garganta que não vai ficar exposto, dependendo de qual roupa eu for usar.

— E se você for expor...

— Jason! — repreendeu-me. — Eu vou acabar com você se completar esse comentário maldoso.

— Tudo bem — disse voltando para a minha mala quase vazia.

— Amanhã, acho que além de roupas masculinas, vou comprar um top apertado, ou quem sabe uma faixa.

— Pra quê? — Perguntei intrigado enquanto guardava mais uma pilha de camisas na gaveta da cômoda.

— Para diminuir o volume dos meus seios — ela disse como se fosse óbvio. — Sua camiseta é folgada e grande em mim, as outras roupas que vamos comprar amanhã não vão disfarçar muito, porque eu não pretendo me vestir igual a um cantor de rap... E ah, não vou usar também as calças caídas, pelo que percebo ser uma moda entre os garotos — ela disse olhando para a minha calça.

— Ei — falei me sentindo ofendido. — As garotas gostam disso.

— Sério? Eu não gosto de ficar vendo a sua cueca quando você se abaixa para pegar as roupas na sua mala.

— Você já viu mais que isso e não reclamou.

— Argh, você me tira do sério.

Dei um sorriso convencido em sua direção e voltei a terminar a tarefa de organizar as minhas roupas em apenas duas gavetas de uma cômoda. Até que alguém bate na porta, fazendo Madeline se levantar num pulo.

— Quem será? — Sussurrou ela.

— Eu não sei — disse olhando em volta do quarto, procurando algum lugar para ela se esconder, já que garotas não podem ficar no mesmo quarto que os garotos.

Então, me veio uma ideia maluca na cabeça.

— Fique parada — sussurrei. — Se esconda atrás da porta, vou tentar enrolar quem quer que seja.

Ela assentiu ficando ao lado da porta. Corri para abrir, já que a pessoa já estava começando a ficar nervosa, percebi por causa do ritmo das batidas.

— Olá — disse depois de abrir a porta.

Era a garota que piscou para a Madeline.

— Er... Seu amigo é desse quarto não é?

— Sim, na verdade, nós dividimos o quarto e ele é o meu primo.

— Ele está?

— No momento, está dormindo — menti e percebi que ela estava tentando olhar através do meu braço que tapava toda a visão do quarto.

— Bom, queria convidá-los para a festa que os veteranos estão fazendo para os calouros.

— Aonde?

— No salão de festas em frente a saída da faculdade, não é muito difícil de achar já que é o único por essa região, pois o pessoal daqui investem mais em hotéis por causa dos estudantes e...

— Sim, nós aceitamos ir — interrompi a grande explicação dela sobre a região.

— Ótimo — ela deu alguns passos para trás e eu comecei a fechar a porta, quando ela disse: — Espera!

— Sim?

— Qual é o nome do seu primo?

Madeline McPherson! Certo, eu não podia dizer isso. Olhei de relance para Madeline que estava escondida atrás da porta ouvindo tudo.

— Jonathan, Jonathan Kendall. — Disse. — E eu me chamo Philippe Ken...

— Kendall, é eu posso adivinhar essa — ela sorriu. — Me chamo Nora Steph.

— Foi um prazer Srta Steph — falei tentando não parecer surpreso.

— Bom, vejo você e o seu primo no salão de festas às 9 p.m. — ela disse finalmente começando a andar pelo corredor.

— Até lá — sorri e então fechei a porta.

Madeline se desencostou da parede com os olhos arregalados.

— Ela é a garota suspeita, a amiga da Marisa Dantas.

— É, e ela está interessada em você — disse. — Olha só, mal começou a missão e já conseguiu atrair um dos suspeitos sem saber, se continuarmos assim não vamos demorar muito para desvendar tudo.

— Tá, mas eu não vou ficar com ela — falou fazendo cara de nojo.

— Ok, vamos planejar agora o que cada um de nós vai fazer, já que são três suspeitos.

Madeline seguiu até uma das camas e se sentou tirando os papeis que conseguimos com a nossa cobbler (n/a: pessoa encarregada das identidades falsas, das Lendas dos agentes, etc.). Me sentei ao seu lado e ela leu o primeiro nome.

— Taylor Bourdin, descendente de francês, está no terceiro ano de política e economia em Harvard e era o atual namorado de Marisa. Parece que os dois tinham brigas constantes, sem contar que houve um testemunho que não foi divulgado, mas nós sabemos que foi a melhor amiga dela a Nora, que disse que a maioria das brigas era porque Marisa ainda era virgem e não se sentia preparada para transar com o namorado.

— Ai o cara foi lá e a violentou, ficou com medo de que ela o denunciasse e então a matou — conclui. — Bom, acho que ele seria capaz disso — disse olhando para a foto de um garoto moreno dos olhos verdes musculoso.

— Ele joga futebol americano, já esteve em duas finais do time de Harvard.

— Eu fico de olho nesse — disse. — Posso tentar entrar para o time, eu sou forte e jogo hóquei, os dois são quase a mesma coisa.

— Certo, então vai sobrar Arthur Garcia, ex namorado de Marisa que depois do término virou amigo. Os dois vieram juntos do Brasil para cursar a faculdade de direito. Em depoimento à polícia, Taylor disse que Arthur ainda atormentava Marisa para ela voltar a namorar com ele e que sempre achou que a amizade dele era falsa, achava que o cara queria algo a mais, e completou dizer que esse era o motivo principal das brigas deles.

— Ou seja, o ex namorado poderia ter aceitado a amizade para vigiá-la e ver se conseguiria ela de volta, como não conseguiu, decidiu forçá-la a ficar com ele, e finalizou o crime a matando, porque ai ela não poderia voltar para o namorado.

— E ele faz Karatê nos tempos vagos, já ganhou duas medalhas nos dois anos que esteve aqui e está prestes a se tornar faixa preta — completou Madeline. — Posso vigiá-lo entrando para a equipe de luta.

— E a terceira suspeita, a melhor amiga.

— Na verdade, amiga da onça né? — Madeline disse enquanto avaliava o papel e então começou a ler a ficha da Nora Steph. — Estudante de direito também e assistente na redação do jornal feito aqui no campus que é conhecido mundialmente. Já havia namorado Taylor, mas não contou a Marisa e estava transando com Arthur escondido, mas fingindo estar namorando Ronald Hyde que terminou com ela após a morte de Marisa.

— Também, né? Descobrir que sua namorada estava te traindo não deve ser muito reconfortante — disse.

— Mas quem eram aquelas pessoas com quem ela estava conversando lá fora?

— Não sei, talvez novos amigos — palpitei.

— É, talvez.

— E o que leva a melhor amiga ser a suspeita já que ela é mulher? — Perguntei.

— Ela pode ter mandando alguém fazer o serviço sujo, talvez porque ainda tivesse uma forte atração por Taylor, ou porque não aguentava o fato de Arthur transar com ela, mas querer Marisa sem nem sequer ter ido tão longe no relacionamento como estava indo com ela. Ciúmes. Você talvez não saiba do que uma mulher é capaz quando sente ciúmes.

— Bom, não pode ser pior que o homem.

— Ah, pode sim. O homem não pensa quando está com ciúmes, simplesmente sai socando todo mundo e gritando bem alto o quanto está furioso. A mulher é diferente, ela guarda a mágoa para dentro de si e a cada dia que passa vai planejando se vingar do melhor jeito possível, para que não seja apenas um tapinha na cara, mas um soco que a pessoa se lembre pelo resto da vida.

— Uau, você já sentiu um ciúmes assim? — Perguntei interessado, porque ela descreveu tão bem a “fúria de uma mulher”.

— Não foi muito sério, foi na oitava série quando o Lucas começou a namorar uma garota que era nova na escola. Ela sabia que eu gostava dele e toda vez que eu me aproximava deles, ela fazia questão de abraçá-lo, beijá-lo e se esfregar nele. Era irritante, então a cada provocação dela eu ficava planejando tudo para a festa de halloween que a escola dá todo ano. Lucas gostava de mim na época, mas a gente escondia isso dos nossos pais, você sabe, por causa de todo o negócio do FBI, e se a gente começasse a namorar com muito tempo para a formatura do ensino médio, acabaríamos acabando com as minhas visitas a casa dele e das visitas dele a minha. Então, fui com a mesma fantasia da garota, horrível por sinal.

— Qual era? — Perguntei parecendo uma Maria fofoqueira.

— Mulher gato.

— Muito sexy.

— Não quando se está na oitava série — disse. — Aproximei do Lucas quando ela foi ao banheiro e o beijei. Ele sabia que era eu, claro que sabia, Lucas é esperto e me reconhece de longe, então retribuiu o beijo, a garota viu e fez o maior escândalo no baile.

— Nossa, não sabia desse lado Madeline vingativa.

— Bom, eu quase quebrei a cara dela, mas me controlei quando vi o diretor vindo.

— E você ganhou advertência?

— Quando se é a melhor aluna da escola, você não ganha advertência, apenas uma bronca — Madeline disse com um sorriso vitorioso.

— Sei como é isso, me livrava das suspensões porque eu era importante para o time da escola e porque era o queridinho dos professores.

— Certo, então você vai ficar com a Nora.

— O quê? — Perguntei. — Ela está interessada por você, então fique com ela.

— Vamos alternar então. Como ela está afim da minha Lenda masculina, você pode tentar se aproximar dela como se estivesse interessado e eu vou demonstrar que só quero amizade.

— Ok — concordei, afinal, já fui o andorinha da última missão.

— Agora vou arrumar as minhas coisas, porque só temos duas horas para nos arrumar para a festa.

Madeline se levantou da cama e abriu sua mala em cima da outra cama.

Me parece que essa será uma longa missão. Assassinato? Isso é com certeza uma missão muito avançada para mim e para a Madeline.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.