Eu estava tremendo. Damien era filho do Satã? Não, não tem como. Era impossível, ele... Não, me recuso a aceitar isso! Mas porque eu me importo?

- Então porque diabos vocês estão me metendo nisso? Me deixem em paz! – Disse, enquanto levantava e encarava o Microondas. Mas ele virou a minha cabeça, para que eu pudesse olhar para ele.

- Você mudou muito, Bebe... Não é mais aquela patricinha metida a besta que costumava ser... – Tá. Se ele fizer isso de novo, vou quebrar o nariz dele. Na boa.

- Cara, eu não te conheço! – Ele suspirou e me sentou na cadeira, o que me fez bufar de raiva. Aquele garoto tá me enchendo!

- Eu te disse... Ninguém mais lembra de mim. Eu era só o garoto quieto da capa laranja. Não mereço ser lembrado. Eu me preferia morto.

- Se você disser o seu nome... Talvez eu lembre de você, que tal? – Eu disse para ele, com cara de óbvio. Ele deu um sorriso de canto. 

- Poisé, né? Tudo fica mais fácil... Mas eu gosto das coisas mais divertidas. – Ele deu um sorriso malicioso. – Se você adivinhar, eu te deixo em paz. Se não, vai me levar até Damien.

- Mas você não queria evitar Damien?

- Poisé, agora quero vê-lo. Vou dar uma dica. A mais fácil que eu conseguir. Hum... – Ele botou o dedo indicador na boca para pensar. Parece o L do Death Note, Cute Cute. – AH! Já sei. – Ele colocou as mãos na boca e começou a bufar algumas palavras. – Humpr Humpr Humpr Humpr!

- Pip? – Ele disse que não e deu uma risada. – Ah, melhor de três! Hã... Garoto loiro... Butters! Não? Ah, o Butters não morreu... Tweek? Como não?!?

- Perdeu. E nenhum dos garotos que você falou está morto. – Ele olhou para o PSP no meu bolso e viu o ‘’Kenny Mccormick’’ Escrito. – Acho que esse PSP é meu.

Ah, não. Não Não Não Não Não.

- KENNY?!?

- OHHHHH! – Ele tirou o PSP do meu bolso e apontou para o ‘’Kenny Mccormick’’ escrito. – Não sei, será que sou o Kenny?

- Cara.... Caaaaaara! – Eu não conseguia acreditar. Eu tava surpresa demais para gritar, bater nele ou algo assim. – Cara, v-você tá morto!

- Você não prestou atenção na porra da história? – Ele disse enquanto colocava a mão na testa. – Agora cumpra a parte do trato. Você perdeu, agora me leva até o Damien.

- Eu nem sei onde ele mora! – Ele apontou o indicador para baixo. Ele apontou para o chão . – E Como eu vou para o inferno, caralho?

- Eu não sei, você é a gênia, pense.

- Só tem como você ver ele amanhã, na escola. Pode fingir uma identidade falsa, talvez. Ou... Voltar como Kenny.

- Vou na idêntidade falsa. Finja que eu sou seu primo que... Hã... Veio morar por uns tempos com você.

- Peraí, o trato era te levar até o Damien, não te deixar ficar aqui!

- Ahhh, por favor Bebe!

Aproveito a oportunidade para falar para TODAS as pessoas que estiverem lendo isso. Se algum loiro, desgramido,  dos olhos azuis e capa laranja invadir sua casa, não seja seduzida. Não deixe ele ficar. De jeito nenhum. Aprendi isso da pior maneira.

- Tá bom! Só vai vestir outra coisa e tomar um banho, não deixe Eric te ver!

- Valeu Bebe! – Ele disse isso e saiu da Cozinha.

Fiquei pensando... O que será que o Kenny vai fazer com o Damien? Será que o Kenny vai morrer de vez? Ou não? E oque diabos aconteceu com a minha lasanha?

- Ai que merda... Esfriou... CAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARTMAAAAAAAAAAN!

- Que foi Bebe? Fudeu com os meus ouvidos!

- Come. Taí. – Taquei um prato de lasanha para ele.

- Cara, esse prato tá tão bonito e suculento que acho daqui a pouco eu vou ter câncer.

- COME, OU VAI LEVAR UM TAPÃO NA CARA MALDITO!

- Tá bom, Tá bom. – Ele comeu e pareceu satisfeito. – Melhor que a comida da minha casa.

Oba. Não preciso me esforçar para fazer o jantar! Eu poderia fazer uma dancinha da felicidade ali mesmo, mas achei melhor não. A campanhia tocou.

- Vou atender, já volto.

Eu abri a porta e levei um susto. Era Kenny, só que mudado, que nem aqueles agentes que colocam disfarces. Sua roupa era uma blusa simples azul do Terrance e Phillip, Calça jeans preta, ele estava usando lente fazendo seus olhos parecerem negros, mas seus cabelos continuavam do mesmo jeito.

- Oi Priminha! – Ele disse enquanto me abraçava. – Aposto que lembra do seu primo Lammy, né?

Aquele garoto é retardado?

- C-Claro que lembro! Entra, Ke... Cof Cof, Lammy.

- Que casa bonita a sua! Que pena que só vou ficar uns dias... A não ser que a prima queira que eu fique mais... – Ele disse enquanto um sorriso malicioso surgia no seu rosto.

- Não, não quero. – Eu disse, com um sorriso estampado na cara. – Eric, vem conhecer meu primo Lammy! Ele vai ficar dois dias aqui com a gente!

- Dois? A prima disse Cinco... – Ahhh, ele vai se ver comigo.

- I-Isso mesmo, Cinco dias...

Eu vou matar aquele filho da Puta. Sem dó nem piedade.