Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 52
Capitulo 52 – Por Favor, Fale Comigo Quando Eu Me For


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora gente. Andei super ocupado, mesmo nas férias, bom, espero que gostem desse capitulo que terá o tão esperando frente a frente de Susana com Asafe, espero que gostem e... É isso!
Boa leitura!
PS.: Preparem-se para ver a desconfiança da Zoë.



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No outro dia todos estavam com uma ressaca miserável, cantaram e dançaram até altas horas da noite e ainda estavam com suas fantasias. Alguns até exageraram no vinho. O que era um droga pois hoje eles receberiam a visita de um deus, Hermes o dono da varinha pela qual eles estavam procurando.

Susana foi a única a acordar cedo e fez café para todos, era melhor do que lavar a própria roupa como todo mundo fazia, fazendo o café da manhã, o almoço, o lanche e o jantar ela era dispensada das outras tarefas do Acampamento.

Ela decidiu não falar com Asafe ontem, pois todos estavam se divertindo e ela não queria causar problemas para ninguém, mas ela ficava com ódio de como Asafe parecia feliz dançando com sua noiva e pegava Lúcia escondido, do ponto de vista dela ele só estava manipulando-a.

Ela prometeu a si mesma, não iria passar de hoje!

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– Acorda! Acorda Isabelle – sussurrou Zoë tonta de sono.

Isabelle nem se mexeu. Ela não era muito boa em acordar as pessoas, a melhor nisso era Camilla.

– Camilla... – disse Zoë. – Acorda...

Camilla nem se mexeu. Mas Zoë sabia o que fazer.

– Camilla tem brigadeiro com waffles na cozinha! – sussurrou no ouvido de Camz e ela deu um pulo da cama.

– Brigadeiros? Onde? O-onde? Estou com muita fome! – disse Camilla.

Camilla começou a tirar o travesseiro debaixo das cabeças das irmãs e de Lúcia e todas resmungaram ao mesmo tempo.

– Hora de acordar! – cantarolou Camilla.

– Ai... Porque tão sedo? – perguntou Isabelle.

– Ai... Ai... Eu tô com muito sono – disse Carly.

– Não é pra tanto né queridinha? Você passou a noite toda saltitando – disse Bianca. – Meus lábios estão molhados, eu babei meu travesseiro todo?

– Ai... Que sono, porque não podemos dormir até amanhã? – perguntou Lúcia.

– Apoiado! Apoiado! – disseram Carly e Isabelle juntas.

– Daqui a pouco temos visita, Hermes virá aqui nos dar instruções, vamos nos arrumar! – disse Zoë.

– Eca o travesseiro dela tá todo babado – disse Camilla se deitando novamente em sua cama se referindo ao travesseiro de Bianca.

– Não é pra menos, ela passou a noite toda trocando saliva com o rei Edmundo – disse Carly com o rosto enterrado em seu travesseiro.

– Há-há-há-há – disse Bianca forçadamente. – Muito engraçadinha você!

Todas voltaram a dormir de novo.

– Levantem! – gritou Zoë.

Todas deram um pulo da cama e correram para os espelhos se imprensando. Menos Bianca que não tem muita vaidade.

– Você está bem Bianca? – perguntou Zoë sentando ao lado dela em sua cama.

– Estou – disse Bianca. – Devo ter dormido de boca aberta e babado ontem, é efeito colateral de usar esse pingente, nunca mais durmo com ele, eca!

Bianca tirou o pingente de coruja do pescoço e o guardou.

– Seja verdadeira, você só estava sonhando em engolir a boca de certo rei – brincou Camilla.

Bianca estava com uma marca redonda e vermelha abaixo do pescoço e perto do ombro, Zoë quase paralisou quando viu.

– O que é isso no seu pescoço? – perguntou Zoë curiosa.

– Isso se chama chupão – riu Isabelle e a idiota da Camilla riu como uma alga engasgada.

– Ai meu Deus! Bia... – disse Zoë pasma.

Bianca escondeu a marca vermelha com o cabelo, estava envergonhada.

– Parece que o rei Edmundo suga bem forte né? – brincou Carly enquanto Isabelle trançava seu cabelo e deu um puxão de cabelos nela.

– Você não tem idade pra falar dessas coisas! – disse Isabelle, ela era superprotetora com Carly.

– E eu que achava que a Bianca era santinha – disse Camilla.

– O que te fez pensar isso? – perguntou Bianca ofendida.

– Sei lá, você sempre foi tão tímida com os garotos – disse Camilla. – E depois aparece com isso!

– Gente! – disse Isabelle. – Foi só um chupão no pescoço, não é nada demais!

– Imagina se fosse em outro lugar... – disse Camilla tirando remelas dos olhos.

– E onde é que o Apolo te dá um chupão Camz? – perguntou Isabelle com os olhos brilhando de malícia.

– Bem é... – disse Camilla sem perceber o que tinha dito, todas ficaram boquiabertas e Camilla caiu em si.

Isabelle olhou sorrindo maliciosamente.

– Er... Quer dizer... Na bota! – gargalhou. – Ele não faz isso comigo, eu tenho cócegas!

– Sexy! – brincou Isabelle.

– Estou feliz que Bia esteja com meu irmão, ele é um ótimo rapaz, ela não poderia ter escolhido melhor – disse Lúcia tentando reconfortar a melhor amiga.

– Um bom rapaz dá um chupão tão forte assim? – provocou Carly.

– Ah gente... Isso é normal – disse Lúcia.

– É por isso que você usa minha maquiagem toda pra cobrir os que você leva do Asa né? – riu Isabelle e Lúcia encolheu-se.

– Bom, se Edmundo não é um bom rapaz o que ele é? – perguntou Carly.

– Um garoto muito mau! – disse Camilla forçando uma voz rouca.

– Ah meu Deus! Bianca... – disse Carly preocupada.

Zoë preocupou-se também.

– Isso não é verdade! – disse Bianca. – Gente... Pra quê tanto escanda-lo? Eu não assinei nenhum contrato dizendo que eu deveria reportar toda a minha vida amorosa pra vocês!

– Você também suga tão forte quanto ele? – perguntou Isabelle fazendo uma voz sensual.

– Sem provocar né Belle? – brincou Camilla.

– Quem sabe se Ed é um garoto mau essa pessoas é Isabelle – disse Carly.

– Por que ela? – perguntou Bianca com raiva.

– Ela quem namorou mais tempo com ele – disse Carly.

– É mesmo, conta pra gente Isabelle, o rei Edmundo é um mau ou um bom garoto? – perguntou Camilla.

– Ele é um bom garoto, um anjinho, um fofo... – suspirou Isabelle e Bianca ficou irritada, ela estava falando do namorado dela.

– Por que vocês não calam a boca de vocês mesmas e param de falar mal dos outros? – retrucou Bianca irritada.

Todas se calaram por um minuto.

– O.k. gente, vamos logo com isso, Hermes chegará em uma hora – disse Zoë.

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Susana pegou Asafe indo tomar café na cozinha, não havia ninguém lá, só eles dois, era a hora perfeita.

– Bom dia – cumprimentou Susana.

– ‘Dia – respondeu Asafe pegando uma garrafa de leite e colocando num copo junto com café.

– Podemos conversar? – perguntou Susana.

– Sobre o quê? – perguntou Asafe fazendo uma careta, os dois nunca tinham conversado antes.

– Sobre a minha irmã – respondeu Susana firme.

Asafe pareceu ter se engasgado com o leite.

– Por aqui – disse ele indo para a floresta.

Os dois foram para a floresta, um lugar afastado, mas não muito, ainda dava pra ver o acampamento dali.

– Pode falar – disse Asafe seriamente.

– Eu vim dizer para você parar de enganá-la, ela é só uma garota inocente – disse Susana.

Asafe pareceu ter congelado, ele começou a ficar nervoso, mas agiu com naturalidade. Ele pensou que Susana apenas desconfiava de algo, mas ela tinha certeza.

– Do que você está falando? – perguntou Asafe.

– Ah – sorriu Susana. – Você sabe do que eu estou falando.

– Se me der licença... – disse Asafe se afastando.

– Sua noiva sabe? – perguntou Susana com raiva.

Asafe parou e hesitou por um momento, mas depois virou-se de volta para Susana.

– Eu sei de tudo, sei que vocês se encontram escondidos e também sei que você está enganando duas pobres garotas – disse com a voz firme.

Asafe olhou para baixo parecendo culpado.

– Eu já ouvi falar de caras como você. Um belo príncipe, acostumado a ter tudo o que sempre quis, a ter qualquer garota do universo, mas você não pode fazer isso com a minha irmã! – disse Susana, agora ela estava o encarando com raiva.

– Eu realmente não queria ser grosso com você, mas sinceramente isso não é da sua conta – disse Asafe tentando soar o menos hostil possível.

– É claro que é da minha conta – disse Susana levantando a voz. – Lúcia é minha família! E eu não vou deixar ninguém arruiná-la.

– Não é só minha decisão – disse Asafe. – Nós dois queremos isso.

Susana fechou os olhos e suspirou.

– Eu tomo conta da minha irmã e você de você, simples assim... – disse Susana.

– Me desculpe, mas você parece mesmo o que a Lúcia fala – disse Asafe se afastando.

– E o que ela fala de mim? – perguntou Susana curiosa.

– Ela fala que você é um monstro controlador – disse Asafe e foi embora.

Susana particularmente ficou ofendida. Ela? Um monstro? Controladora? É isso o que você recebe em troca ao querer paz para seus irmãos? Bom... Ela tinha que admitir que é mesmo meio controladora e isso era horrível, mas ela só queria o bem de todo mundo, Caspian já falou isso uma vez, mas foi de brincadeira, e agora Lúcia, sem contar que Pedro e Edmundo também já falaram que ela sempre quer ter o controle da situação, e é claro que ela soa como um “Monstro Controlador” algumas vezes, mas tudo que ela quer é equilibrar tudo e ás vezes consegue ser bastante controladora... Pois se ela não o faz, quem fará?

(***)

Antes do meio dia, Hermes chegou. Um deus de quarenta e poucos anos com roupas de exercícios, cabelos ruivos e orelhas afiadas como se fosse um elfo. Tudo que ele disse foi para construírem o rastreador, e deu lhes uma das cobras de seu caduceu para construírem um rastreador forte o bastante para encontrar a varinha, e mandou tomarem cuidado com seu filho que reside na ilha, o grande feiticeiro Hecaos.

Após as instruções, todos estavam famintos e foram almoçar. Susana voltou a ser a cozinheira chefe, já que os empregados de Calipso não estavam mais lá pra fazer uma incrível mesa, e ela gostou, cozinhar é um dos hobbies preferidos dela, ela fez uma grande e deliciosa macarronada.

Zoë estava com uma pulga mordendo-a atrás da orelha, apesar de tudo estar... Digamos em paz para ela. Tudo que a atormentava eram as palavras que Alícia dissera a ela que eram tão reais quanto eram sensacionalistas. Mas Zay não a atormentara há alguns dias o que era tão bom quanto ruim, porque Zay só estava de conversa pra cima e pra baixo com Isabelle, e isso irritava Zoë de uma forma muito inacreditável, porque ela sentia muitos ciúmes de Zay e lembrava da “Coisa Com Boggs”.

Mas aí ela se lembrava da nova Zoë, a Zoë 2.0, a Zoë que estava cansada de ser só mais uma peça entre os jogos de mentira dos garotos, a Zoë que estava cansada de os garotos quebrarem o coração dela e agora ela queria quebrar os deles, mas ela não conseguia abandonar a Zoë mandona e protetora das suas irmãs, ela simplesmente não conseguia.

E no momento tudo que estava incomodando-a era o “chupão” no pescoço que Bianca havia levado de Edmundo. Zay já fizera aquilo com ela inúmeras vezes enquanto os dois namoravam em Shamat, e ela adorava, principalmente quando Zay sugava bem forte e chegava a ficar roxo por mais estranho que isso pareça, ela e Pedro nunca fizeram isso, ela não sente nada de muito especial em beijar ele, mas claro, ele beija muito bem, mas não tão bem quanto Zay.

Na visão de Zoë, Bianca era tão inocente quanto Carly. As duas eram muito próximas mesmo assim como Carly é próxima de Isabelle, mas a relação de “Carbelle” é como mãe e filha, já Zoë e Bianca são como gêmeas siamesas, tipo quando uma se machuca e sente dor e a outra sente a mesma dor só que no caso de Zoë, ela sentia a dor mil vezes pior.

Ela iria falar com Edmundo, mesmo que depois disso Bianca a odiasse pra sempre. Ela só estava protegendo sua irmã mais nova.

Edmundo sempre gostava de tocar flauta sozinho por pouco tempo. Na maioria das vezes Bianca o acompanhava e os dois suspiravam juntos, recitavam poesias, e ficavam um tempão juntos, mas era só isso, mas como toda irmã ciumenta, Zoë não achava que era só isso, e uma marca vermelha no pescoço era a prova.

– Olá – disse Zoë com desprezo. – Rei Edmundo.

Edmundo estava tocando flauta do outro lado da praia, Zoë demorou uma eternidade para poder acha-lo, mas foi fácil graças a Lúcia.

– Ãnh... Olá princesa Zoë – disse Edmundo.

– Por favor, me chame de Zoë – disse Zoë olhando seriamente.

– O.k... Então me chame de só de Edmundo e... Do que precisa Zoë? – perguntou Edmundo.

– Eu vim falar sobre a minha irmã – disse Zoë.

Edmundo engoliu em seco.

– Eu soube que estão juntos há alguns dias... É namoro sério mesmo? – perguntou Zoë.

– S-sim... – gaguejou Edmundo.

– Hum... – avaliou Zoë, ela o olhava de cima a baixo pronta para reprova-lo por não ser bom o suficiente para sua irmã, como sempre fazia com suas irmãs, menos com Isabelle.

– Mais alguma coisa? – perguntou Edmundo.

Zoë ficou imaginando o jeito menos hostil possível de ela dizer aquilo.

– Sim Edmundo... Eu andei reparando numa marca vermelha no pescoço da minha irmã! E queria que o senhor me explicasse isso... – disse Zoë.

Edmundo gemeu de medo.

– Ãnh... O quê? Bom... Eu não posso explicar-lhe porque a coisa toda é meio embaraçosa – disse Edmundo.

– Eu sei o que é aquela marca vermelha, eu só estou perguntando o porquê dela – disse Zoë.

Edmundo fez uma careta.

– Me desculpe, mas... Você poderia ser mais objetiva? – disse ele.

– O.k. – disse Zoë e respirou fundo. – A minha irmã é bastante inocente, ela tem só doze anos de idade, e não quero que você a leve para o mau caminho!

Zoë podia ser bem exagerada quando queria ser precisa.

– Doze? Ela completou quinze há algumas semanas... – disse Edmundo.

Zoë engoliu em seco. Ela iria fazer dezesseis no mês que vem, mas era estranho Bianca ter a mesma idade que ela.

– Você entendeu o que eu quis dizer – disse Zoë.

– Bom... Eu não estou levando sua irmã para o mau caminho, me desculpe, e... Acho que isso só diz respeito a mim e ela – disse Edmundo.

Zoë fez uma careta de raiva, todos que falavam assim com ela geralmente terminavam com um soco na cara, mas ela não ia fazer aquilo ao seu precioso cunhado de dois lados, um lado por Pedro e um lado por Bianca.

– Bom... Você foi avisado, porque seu eu ver outra marca daquelas, você está morto!


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