Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 51
Capitulo 51 – Garotas Do Caixão


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo nasceu após o meu vicio em The Originals, quem assiste a série vai reconhecer, e também el se passa em torno de uma festa, que seria a comemoração pelos 50 capítulos dessa fic. Ele está muito divertido e engraçado.
Então tomem coragem e comecem a ler!



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Há muito tempo atrás, princesas e filhas de nobres de todos os reinos eram transportadas para Flyre com a promessa de riqueza e amor eterno, elas iriam casar com nobres filhos de governadores e da suprema corte, mas no meio dessas viagens sempre acontecia algo.

O exército de Flyre estava transportando várias moças de diversos reinos em uma carruagem, elas iriam se casar com príncipes e filhos de nobres, juntando a riqueza das duas famílias era muito mais riqueza do que uma pessoa podia imaginar.

Havia umas cinco garotas na carruagem que vagava pela estrada escura naquela noite, seus nomes eram: Isabelle, Camilla, Zoë, Bianca e Carly, todas eram princesa ou jovens das elites dos reinos vizinhos, muito esperançosas e felizes, com a esperança de se casar com um cavalheiro rico e adequado do reino de Flyre, como as fabulosas garotas do caixão.

Era tarde da noite, e a estrada estava esquisita, elas haviam viajado por dias seguidos sem parar.

– Excusez-moi monsieur, nous sommes déjà obtenir? – perguntara a princesa Isabelle de Quebec ao guarda, mas o guarda não falava francês.

Ela disse “Com licença senhor, já estamos chegando?”.

– Combien de temps jusqu’à ce que nous arrivons á la Maison du gouverneur? – perguntou a princesa Camilla irmã gêmea idêntica de Isabelle.

Camilla quis dizer: “Quanto tempo falta até chegarmos á casa do governador?”.

Elas só não sabiam o que as aguardava no meio da estrada. Vários marujos bêbados gritavam “Queremos ver as mulheres!” todas se assustaram, eles começaram a esfaquear os guardas e começaram a arrombar a carruagem.

A princesa Zoë de Tenência, uma verdadeira guerreira, pegou a espada de um guarda que morreu com um golpe pela janela e abriu a carruagem golpeando todos os marinheiros bravamente enquanto as outras tremiam de medo, assim que matou todos os marinheiros a princesa estava quase irreconhecível, com suas vestes em trapos e com o rosto respingado de sangue.

– Podem vir agora cordeirinhas... – disse Zoë olhando para as garotas tremendo na carruagem.

Zoë limpou os pingos de sangue de seu rosto, sangue dos marinheiros. Elas não disseram uma palavra, só ficaram boquiabertas e pasmas olhando para a princesa Zoë.

– Todos os homens maus já foram embora – disse limpando o sangue de seu rosto.

As garotas novamente não disseram nada, ainda estavam olhando espantadas para Zoë. Ela revirou os olhos, quase todas falavam francês.

– Vous êtes em sécurité avec moi, s’il vous plait pardonnez I’inconvénient – disse Zoë esperando que elas entendessem francês, as garotas voltaram a si mesmas. – Peguem o que precisarem.

Ela disse: “Vocês estão seguras comigo, por favor perdoem o inconveniente”.

Elas pegaram as espadas dos guardas e marujos mortos e também algumas roupas e mantimentos de seus caixões que serviam de malas e vagaram pela floresta lutando bravamente contra índios canibais e animais ferozes.

A lenda das Garotas do Caixão permanece até os dias atuais em Flyre, agora é uma celebração típica no reino, com trajes elegantes e talentos sobrenaturais, é um lembrete anual de seis de maio de como as mulheres podem ser oprimidas pelos homens e o quão corajosas podem ser para lutarem sozinhas.

E assim Bianca terminou de contar a estória que deu nome a ela e suas irmãs. A mãe delas, a rainha Cibele adora a lenda das Garotas do Caixão, todo ano no dia seis de maio o reino inteiro festeja, todos saem nas festas pelas ruas com trajes bonitos ou engraçados, nesse dia tem muita música e dança pra todos os lados.

Zoë adora comemorar o dia das Garotas do Caixão, principalmente pelo significado, ela adora como as garotas dão a volta por cima, de como elas podem ser poderosas, assim como a princesa Zoë de Tenência a qual o nome foi dado em homenagem pela sua mãe a Zoë.

– Estou com tantas saudades de casa... – disse Carly. – Essa é a primeira vez que nós não vamos estar na festa das Garotas do Caixão...

– O que é que tem demais nessa festa? – perguntou Alícia.

– O que tem demais? – disse Isabelle. – É praticamente uma das festas mais animadas do ano, em todo bar e em toda esquina há comemorações, fantasias e também... Ah... O desfile... – suspirou sonhadora.

– Como eu queria estar em casa agora... Vestir uma fantasia, dançar pelas ruas... – suspirou Zoë.

Elas estavam na carruagem dos pegasus que a transportava para o lugar das relíquias, a próxima era a Varinha de Hermes na Ilha de Efínia. Eles estavam viajando há setenta e duas horas, mas a carruagem era bem confortável, tinha bebida, comida e lugares para descansar.

– Eu tive uma ideia brilhante! – disse Camilla animadamente.

– E lá vamos nós – retrucou Zoë, todas as irmãs Flyres estavam tristes por não estarem em casa, menos Bianca.

Camilla levantou Isabelle e as duas ficaram dançando e girando rapidamente, gargalhando como as duas bobonas que são.

– Bom... Estamos longe de casa, certo? Mas isso não significa que não podemos comemorar o dia das Garotas do Caixão – disse Camilla.

– O que você quer dizer com isso? – perguntou Zoë.

– O que ela quer dizer é que nós podemos comemorar as Garotas do Caixão por aqui mesmo – disse Bianca, ela estava extremamente inteligente quando usava a marca de Atena, um pingente de ouro em forma de coruja que dava inteligência máxima a quem o usasse.

– Como? – perguntou Carly desanimada.

– Isabelle faz roupas aparecerem com o estalar dos dedos não é? Nós pedimos para os garotos construírem um carro de madeira simples e nós iremos enfeitá-lo, e nós vamos desfilar... O Apolo vai tocar jazz e nós vamos dançar a noite inteira! – disse Camilla.

– Camz... Você é um gênio! – disse Isabelle dando um beijo na bochecha de Camilla.

– Eu sei – disse Camilla vermelha como um tomate.

– Ótimo! Esse será o melhor Garotas do Caixão de todos! – disse Carly animada.

– Camz você roubou o pingente da Bianca? – brincou Zoë.

Algumas horas depois e eles chegaram na ilha de Efínia, uma ilha tropical e muito bela, e completamente formada por selva, o lugar mais seguro para acampar seria na praia, não era calma como Ogígia e nem agitada como a ilha Paco, mas era uma mistura dos dois.

Todos começaram a tirar suas bagagens e a armar as tendas.

Susana ficou feliz de os empregados de Calipso não estarem mais por perto, assim ela podia fazer o que mais gostava de fazer, cozinhar, ela adorava fazer as pessoas felizes através da comida, e a ajudava bastante a passar o tempo, e ela queria caprichar hoje, porque todos iriam comemorar as Garotas do Caixão.

Mas Susana reuniu coragem o bastante para conversar com Asafe, e de hoje não passaria, ela iria coloca-lo na parede já que do ponto de vista dela ele estava apenas enrolando Lúcia, pois há dias dizia que iria terminar com Clove e não o fez. Ela precisava recorrer a medidas desesperadas.

Ela estava batendo um bolo quando Alêx começou a chorar, ela sabia o que era, e por isso chamou Caspian.

– O que foi? – perguntou Caspian sentando-se á mesa e pegando uma maçã.

– A Alêx sujou a frauda – disse Susana.

– E? – perguntou Caspian.

– Lembra-se do nosso acordo? – perguntou Susana.

– Que acordo? – perguntou Caspian.

Susana o encarou. E ele finalmente lembrou-se.

– Ah sim...

Ele pegou Alêx no colo e a balançou na esperança de tentar fazê-la parar de chorar, mas ela não parou, sempre que Alêx sujava a frauda quando estava no colo dele ele fugia e a entregava a Susana, mas agora eles tinham um acordo.

– Não adianta, você vai ter que limpá-la – tripudiou Susana.

– O.k. Alêx... Vamos lá – disse Caspian com um careta.

– Tem tudo o que você precisa na minha mala – disse Susana.

Caspian foi para a tenda que Susana dividia com: Liliandil, Clove, Mimí e Alícia e os dois bebês Alêx e Rilian.

Ele colocou Alêx na cama de Susana e abriu a mala dela, pegou um talco, uma frauda limpa, uma pomada, um broche para prender a frauda. E tomou coragem para abrir a frauda de Alêx, ela tinha feito um verdadeiro estrago lá, descuidado ele colocou a frauda suja no chão e começou a limpar Alêx com a frauda limpa, depois passou a pomada e finalmente Alêx parou de chorar, Liliandil entrou na tenda surpresa.

– Ei – disse gentilmente tentando impressionar Caspian. Caspian estava tentando não magoar Liliandil porque ela é mãe do filho dele, mas ela as vezes passava dos limites como quando o seduziu e o beijou.

– Ei – disse Caspian.

Liliandil pareceu ofendida ao ver Caspian trocando a frauda de Alêx já que ele nunca fez isso com Rilian, e Caspian se sentiu culpado pois ele devia contribuir para Rilian igualmente á Alêx.

– Você devia passar o talco depois de limpar todos os restos – disse Liliandil.

– Anotado – disse Caspian limpando os restos do bumbum de Alêx, ele havia se esquecido de limpar, ele terminou todos os passos, mas se enrolou todo na hora de amarrar o broche.

Liliandil deu uma risada.

– Deixa eu te ajudar...

Ela pegou na mão dele e o fez aprender a dobradura certa. Caspian não sentiu nada quando ela tocou na mão dele.

– Uau! – disse Caspian. – Valeu pela ajuda.

– Disponha – sorriu Liliandil. – É a sua primeira vez?

– Não, já fiz isso algumas vezes quando Alêx era menor – disse Caspian dando um beijo na testa da filha que estava limpinha e cheirosa.

Liliandil pareceu desapontada, ele já limpou algumas fraudas de Alêx, mas nenhuma de Rilian.

– Bom se você quiser que eu troque a de Rilian é só me chamar – disse Caspian.

– O.k. – disse Liliandil satisfeita. – Então... Você vai se fantasiar hoje a noite?

– Eu não sei, e você? – perguntou Caspian.

– Eu também não sei – disse Liliandil.

Caspian pegou Alêx antes que Liliandil começasse com todo aquele melodrama de novo sobre amar ele tudo mais.

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As meninas passaram o dia todo enfeitando a carroça que os meninos fizeram, elas colocaram fitas brancas e rosas vermelhas como um casamento, elas não acreditariam que iriam desfilar naquilo.

Isabelle fez a fantasia de todos com um estalar de dedos, ela seria a noiva chorona e estava vestida de noiva e com lágrimas vermelhas desenhadas saindo de seu rosto, aquela era sua fantasia preferida para as Garotas do Caixão.

Zoë seria a princesa guerreira e estava vestida com um belo vestido rosa em trapos, com uma espada na mão e gotas de sangue desenhadas no rosto, ela se orgulha de que seu nome foi muito importante para todas as mulheres.

Bianca seria uma garota do caixão que tinha morrido em uma viagem distante, ela estava com um vestido branco de defunta e com maquiagem a fazendo tornar muito branca, também fazia parte ter o cabelo assanhado, ela nunca foi tão louca por aquela festa, mas gostava da lenda.

Carly estava de boneca chinesa, uma princesa linda que parecia uma boneca de porcelana, muita tinta branca na cara e pó de arroz rosa, seu vestido era igual ao de uma boneca russa. Uma típica garota do caixão.

Lúcia estava de boneca atrevida com um forte batom em forma de coração na boca e um vestido vermelho bem justo e sensual, Isabelle com certeza aprovou a roupa dela.

Susana se vestiu uma fantasia de mãe de noiva que tinha um enorme sorriso desenhado na cara por sua filha não ter se casado. Caspian foi um pai de noiva decepcionado com lágrimas e um sorriso triste desenhado no rosto, a fantasia de Susana era um belo vestido vinho e o de Caspian um belo traje negro.

A pequena Alêx estava de daminha de honra triste com uma lágrima negra desenhada no rosto, a lenda conta sobre daminhas que ficaram chorosas ao não realizar seu trabalho nos casamentos e o pequeno Rilian estava de pajem que estava feliz com um sorriso desenhado no rosto por não ter que entrar na igreja segurando a mão de uma garota.

Liliandil estava de dama das pérolas que na lenda original era a princesa Bianca, a fantasia era um elegante vestido de cor pérola com colares de pérolas enormes.

Clove estava de dama do chapéu, usava um chapéu de palha enorme e um belo vestido amarelo.

Mimí estava de dama virgem com um vestido branco cobrindo praticamente todo o corpo e ainda tinha um véu cobrindo o rosto e os cabelos.

Alícia estava de dama das pérolas negras com um vestido negro elegante e com pérolas escuras e um chapéu da mesma cor.

Os meninos estavam todos quase iguais, uns de jovens da elite e outros de marinheiros bêbados, Zay escolheu ficar de marinheiro, pois combinava com seu jeito maroto que Zoë adorava.

Mas uma fantasia estava diferente de tudo que todos já imaginaram...

– Já está pronta? – perguntou Camilla.

– Já – respondeu Alícia.

Camilla se olhou no espelho, ela estava vestindo um vestido coberto por lã de algodão que era pra parecer pelo de ovelha, ela estava com duas orelhas de cordeiro presas em seu diadema, uma perfeita cordeirinha. Ela tinha tricotado o molde daquele vestido há séculos e ela pediu a ajuda de Alícia que fazia vestidos para que colasse lã de algodão por todo o vestido.

Assim que Isabelle a viu tomou um susto.

– Porque droga você está vestida de ovelha? – perguntou Isabelle.

– Lembra-se do que Zoë disse ás princesas da carruagem? “Podem vir cordeirinhas”! – explicou Camilla.

Isabelle bufou e voltou a organizar a carruagem para o desfile.

O baile não estava igual ao de Flyre, mas ainda assim, fazia as princesas se sentirem mais próximas de casa e de sua família.

Todos se organizaram formando uma pista para a passagem das carruagens. Quem ia guiando os pegasus que dessa vez só andavam no chão era Theo, enquanto as princesas Flyre, e Alícia e Lúcia iam atrás sorrindo e dançando jazz, soltando beijos para a multidão que jogava rosas nelas.

Theo que estava vestido de cavalheiro deu duas voltas pelo Acampamento e o desfile enfim acabou, mas a festa só havia começado.

Apolo tocava musicas animadas em seu saxofone, e Camilla o seguia com um trombone.

Susana havia preparado um bolo com cobertura de chocolate, patê de atum com torradas, queijos e abrira os vinhos e uísques para todos se servirem, a noite estava muito quente.

Todos dançaram, comeram e se divertiram como numa festa típica das Garotas do Caixão.


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Notas finais do capítulo

- E aí, o que acharam do Caspian pagando a aposta e de toda a festa?



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