Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 34
Capitulo 34 – Chalé Dos Flocos.


Notas iniciais do capítulo

O contador de acessos dessa fic tem me deixado muito satisfeito, mas ao mesmo tempo insatisfeito, todos os capítulos têm muitos acessos todos os dias, o que significa que existem muuuuitos leitores fantasmas, vocês devem pensar que sou obcecado por comentários ou coisa assim, mas eu sou mais obcecado é pela opinião dos outros, e eu preciso delas por mais vazias que sejam.

Bom, vamos ao que interessa, esse capitulo vai servir para vocês conhecerem mais da Isabelle, o porquê de muitas atitudes e reações dela, e Zoë também terá uma surpresa e não é só sobre Isabelle.
Espero que gostem!



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Eros guiou os Caçadores de Relíquias mais ao norte. Quebec era a região da ponta do mundo, o ponto mais ao norte, só que segundo Eros, após Quebec há um pouco mais de norte, e após ao norte uma barreira para um campo com neve, e isso é só, é impossível atravessar a barreira o ponto mais extremo do norte em Flyre é o Chalé Dos Flocos.

No chalé dos flocos vivem Harmonia a deusa da harmonia e Cadmo um herói grego filho de Zeus e mais cinco filhos harmoniosos. Segundo eles, Quione e Despina disputaram o amor de Cadmo só que ele se apaixonou por a deusa Harmonia, filha de Afrodite, ela pediu a Afrodite que concedesse a Cadmo o dom da imortalidade e Afrodite o fez, e Quione e Despina para se vingarem, amaldiçoaram os dois para viver apenas do extremo norte e ir a Quebec somente uma vez no ano.

O Chalé Dos Flocos é o lar de Cadmo e Harmonia. Uma casinha de três andares bem pequena, mas em compensação é linda. Estátuas de gelo decoram o jardim atrás de um portão de gelo, as flores são esculpidas em flores de floco de neve, essa foi outra maldição de Quione e Despina, amaldiçoaram o jardim. Após o jardim há duas portas de madeira com janelinhas de bordas cor de rosa em formato de coração. Todas as janelas são de bordas rosa em forma de coração, os telhados da casa e da pequena torre no quintal são cor de rosa. A mobília é de madeira marrom com detalhes rosa. As chamas que queimam na lareira são cor de rosa.

Todos os quartos da casa são ocupados pelas crianças, mas a gentilidade do casal é tanta que eles tiraram os filhos de seus quartos. Tudo que coube nos três quartos que foram desocupados foram as camas montáveis dos caçadores de relíquias, a sorte foi que Alícia, Zay e Nico trouxeram seus sacos de dormir.

A casa toda foi ocupada dos corredores até a cozinha, sala e jardim. Todos estavam fazendo alguma coisa. Susana como sempre, estava ajudando na cozinha; com Harmonia e Mimí, Liliandil e Clove, Mimí sabia tampouco de comida quanto Clove. Bianca estava conversando romanticamente com Eros no sofá. Nico jogava figurinhas com os filhos de Cadmo e Harmonia, eles pareciam ter a mesma idade. Alícia, Zoë, Isabelle, Lúcia e Carly jogavam baralho. Caspian estava numa competição de xadrez com Pedro, e Zay, Theo e Edmundo estavam esperando a vez deles. Tudo parecia normal.

Os meninos que estavam jogando xadrez nuns bancos do jardim viram uma bela carruagem cor de rosa voando com pegasus femininos rosa-pasteis muito enfeitadas. A carruagem tinha purpurina e brilho cobrindo ela toda, e era completamente cor de rosa, até os vidros, menos as rodas que eram de ouro. A carruagem parou enfrente aos portões de gelo. A mulher mais bonita do mundo vestida em um belo vestido de frio vermelho paixão desceu da carruagem, só podia ser Afrodite, a deusa do amor e da beleza.

– Mamãe chegou... – avisou Harmonia felizmente que estava avistando sua mãe da janela da apertada cozinha.

Babando, os meninos foram abrir os portões de gelo para a deusa, havia uma coisa nos olhos dela que os deixava... Era praticamente impossível alguém ser tão bonita como Afrodite, ela era linda, ela era... ela era perfeita! Aqueles olhos que mudavam de cor constantemente, aquela pele de pêssego, hora pálida, hora num bronzeado perfeito, ela era... ela era simplesmente maravilhosa. Seus filhos, Harmonia e Eros tinham herdado boa parte de sua beleza também.

Todos se reuniram amontoados no pequeno jardim, chegaram a ocupar o jardim todo, abriram caminho para a deusa, ela chegou e abraçou os dois filhos, Harmonia e Eros, e depois os netinhos, e por fim virou-se para Isabelle e a abraçou, Isabelle retribuiu o abraço fazendo uma careta de estranhamento, todos ficaram sem entender nada.

– Minha filha... Quanto tempo... – disse Afrodite felizmente.

– Com licença? – retrucou Isabelle. – Sua filha? Como assim? Dãh!

– Ninguém nunca lhe contou? – perguntou Afrodite ofendida.

– Contar o que? Dãh! – disse Isabelle sem levar aquilo a sério. – Hoje é o dia da pegadinha né? Droga! Eu nem me preparei... Que droga! Camz vem cá pra gente bolar alguma coisa e...

– Não Isabelle, hoje não é o dia da pegadinha – disse Bianca boquiaberta.

– Como assim ela é sua filha senhora Afrodite? – perguntou Zoë. Afrodite virou-se para Harmonia.

– Harmonia querida... Tem algum lugar aí para uma conversa tranquila? – perguntou Afrodite.

– Sim mãe, no sótão – disse Harmonia e guiou Isabelle e Afrodite para dentro do Chalé Dos Flocos.

– Eu exijo ir! – pronunciou-se Zoë.

– E por quê? – perguntou Afrodite.

– Ela é minha irmã – disse Zoë.

– Ah, Zoë de Flyre, seus cabelos eram tão lindos... Siga-nos – disse Afrodite e Zoë o fez.

Isabelle estava assustada novamente. Primeiro a história do francês e agora Afrodite veio dizendo que ela é filha dela, isso pode ficar pior? Ela sabe que já fez Zoë sofrer muito, talvez Zoë não seja a única, mas e daí? Ela já não apagou quase toda Quebec de fogo grego? Isso não é penitencia o suficiente? Assim pensava Isabelle.

As três chegaram ao sótão, Harmonia serviu chá com biscoitinhos, e Afrodite pronunciou-se.

– Ninguém nunca lhe contou nada criança? – perguntou Afrodite.

– Não, até onde eu saiba eu sou filha do meu pai e da minha mãe – disse Isabelle.

– Até onde eu saiba isso é verdade, mas acho que há a possibilidade dela ser adotada, já que ela é mais velha que eu – disse Zoë.

– Não, ela não é adotada, e sim, a crença de vocês é certa, ela é filha dos seus pais – disse Afrodite.

Um vírus foi encontrado no cérebro de Isabelle, de repente os poucos neurônios que tinha ficaram desorientados.

– E como eu posso ser sua filha? – perguntou Isabelle.

– Acho que ela quis dizer que você é filha dela com nosso pai. Certo? – palpitou Zoë.

– Digamos que os três juntos – disse Afrodite.

– Como isso é possível? – perguntou Zoë.

– Como isso é possível? – perguntou Isabelle, ás vezes quanto sua mente não está funcionando bem ela tem o habitado de repetir as falas das pessoas quando não tem o que falar sobre o assunto, isso pode ser visto como TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

– Sua mãe, a rainha Cibele estava grávida de cinco meses, quando a irmã dela, a poderosa bruxa Qetsyah a amaldiçoou, as duas disputaram o amor de seu pai Kíron, enfim, a maldição era que vocês duas iriam morrer aos poucos na mesma placenta, aí o rei a rainha recorreram aos deuses. Eles precisavam de um novo Oráculo e pelo pacto uma das crianças seria salva em troca de ser o Oráculo, e os deuses se negaram a fazer outro pacto para salvar a outra criança, e eu me comovi e me ofereci para terminar a sua geração, você seria igual á sua irmã, mas pegou um pouco de mim e nasceu linda, não que sua irmã não seja, mas você é a mais bonita – terminou Afrodite.

– Uau! – disse Zoë sem ter confiança das palavras de Afrodite.

– E-eu sou sua filha? Eu sou uma semideusa? – perguntou Isabelle.

– Eu acho que você é mais mortal do que semideusa Isabelle, já que é filha de dois mortais e tem algum sangue do Olimpo – arriscou Zoë olhando para Afrodite.

– Não querida, ela é uma semideusa comum, e ela é diferente da gêmea dela por que sua gestação fui eu quem completou, mas ela tem o DNA de sua mãe e de seu pai – disse Afrodite á Zoë.

– Mas é impossível, Isabelle uma semideusa... Sua filha! – disse Zoë torcendo o nariz e olhando para Isabelle que estava cerrando as unhas como se nada tivesse acontecido.

– A vida toda vivendo ao lado dela e você nunca notou nada? – perguntou Afrodite.

Zoë tentou lembrar-se de momentos em que Isabelle pareceu “divina”. Os filhos de Afrodite, semideuses ou não, são sempre extremamente e incrivelmente belos, coisa que obviamente Isabelle era, sua pele e sua beleza eram perfeitos, tudo nela era perfeito, mas também havia o charme, Isabelle conseguia qualquer garoto que ela quisesse sem muito esforço, até o mais fiel dos homens, e sempre os pais faziam a vontade dela, sempre que ela ajeitava o cabelo, ou falava, ou olhava diferente, sempre desse modo ela conseguia o que queria, até com Zoë, e ela era extremamente fútil acima de tudo. Zoë lembrou-se das pilhas de segredo que guardou de Isabelle até hoje, e sempre Zoë queria contar, mas Isabelle implorava, olhava nos olhos de Zoë e sua voz era o toque final, Zoë sempre sedia a ela, e também tinha o francês, a voz dela tinha mais poder em francês...

– Como eu nunca percebi... – disse Zoë.

– Eu detectei muito poder na voz dela, ela tem o poder do charme, um dom que poucos filhos meus conseguem, a maioria fala francês, a língua mais romântica que existe – disse Afrodite trançando o cabelo de Isabelle. – E falando em beleza, acho que seu cabelo fica melhor grande, eu posso fazer isso por você.

Afrodite apontou para os cabelos de Zoë e eles foram crescendo rapidamente, do tamanho que eram antes, lisos e ondulados, cacheados nas pontas, só que dessa vez estavam mil vezes mais brilhantes e sedosos do que antes, muito mais lindos.

Zoë olhou em volta aterrorizada, Afrodite jogou no lixo um sacrifício feito por ela. Mas os deuses eram assim, e era por isso que Zoë os odiava.

– Tudo bem, eu posso cortar de novo – disse Zoë examinando as lindas mexas castanho-escuro sedoso.

– Se você cortar vai crescer na mesma hora, a benção vai durar alguns séculos – disse Afrodite.

– O quê? – disse Zoë pasma.

Ela estava dez vezes mais bonita do que antes, e para ela isso era uma droga. Ela pediu uma tesoura emprestada a Harmonia e sempre que cortava os cabelos eles cresciam novamente e rapidamente muito mais belos do que antes. Agora tudo tinha dado errado, seu plano de ficar feia? Fracassou, ela decidiu não fazer nenhum corte no rosto ou raspar as sobrancelhas porque seu cabelo já estava lindo e ofuscaria cicatrizes de cortes no rosto.

Ela amarrou os cabelos num rabo de cavalo, colocou os cabelos num gorro de inverno, pegou seu arco de prata celestial e saiu correndo do jardim de neve, todos olhando o que ela tinha. Ela correu para as montanhas e para a floresta ao lado do Chalé, estava muito frio e ela estava pouco agasalhada.

Zoë acendeu uma fogueira, tirou o gorro e examinou seu cabelo lindo, ela já estava se acostumando a viver sem ele, e ela estava tão mais bonita... Atirou flechas nos corvos dente de sabre e em esquilos demoníacos, tinham muitos deles naquela floresta de neve, e ela estava com muita raiva, queria matar todo o mundo, principalmente Zay.

Aí ela se lembrou de Alícia, de Alícia dando em cima do garoto do bar no Gran Hotel, era só por diversão, mas passou pela cabeça dela que Alícia gosta de ser amada, mas não gosta de amar, o garoto do bar ficou caidinho por ela, e Alícia esbanja alto-estima pra todos os lados, então ela realmente pensou nisso.

E se ela fosse amada, mas não quisesse amar? Ela esbanjaria alto-estima também? Isso era uma nova perspectiva que Zoë queria ter e ela meio que aceitou isso. Não adiantaria raspar as sobrancelhas se seus cabelos estavam lindos, então ela decidiu que iria ficar assim, e esbanjar autoestima, ficar bem consigo mesma, mas não era só o que ela queria.

O ódio por Zay não tinha passado, e não ia passar até que ela fizesse alguma coisa, ela queria que ele sofresse a mesma coisa que ela sofreu, ela queria fazê-lo cortar os cabelos também, porque seu sacrifício foi jogado no lixo, e ela queria que Zay fosse para o mesmo lugar, mas o que ela poderia fazer? Tudo que ela queria era deixa-lo irritado e fazê-lo sofrer, a pessoa que mais fazia isso com ela era Alícia, elas só se conheciam há poucas semanas, mas a pessoa certa para ajuda-la era Alícia, ela conhecia melhor do que ninguém os pontos de Zay, fracos ou fortes.

Tudo que ela menos queria era a ajuda de Alícia, pois ela tentou mata-la e vice e versa, e também trapaceou duas vezes nos jogos, e fez piadinhas sobre o cabelo de Zoë, dentre outras coisas que fizeram Zoë querer bater nela, mas era isso, Alícia era a escolhida. Decidida a conversa com a ex-cunhada, Zoë levantou-se da neve gelada, estava tremendo de frio, andou até uma cordilheira, só faltavam mais duas montanhas para ela chegar ao chalé dos flocos.

Ela sentou um minuto para descansar, e escutou um barulho de lobos uivando, vinha de um alto conjunto de montes ao norte da cordilheira em que Zoë estava, ela pôde ouvir eles correndo na neve. Zoë pôs sua mão na aljava, mas não tinha nenhuma flecha, ela se sentiu morta.

Os lobos correram para ela, ela estava sem nada, apenas o seu arco de prata celestial, os lobos corriam mil vezes mais rápido que ela, mas não custava tentar. Ela correu por um minuto e foi cercada.

– O que querem? – perguntou Zoë. Talvez os lobos falassem.

– Carne fresca – disse o maior dos lobos, tinham olhos vermelhos e malucos, garras muito afiadas, e pelo selvagem e cinzento.

– A carne aqui não está disponível – disse Zoë.

– Nós não queremos a sua carne – disse o líder. – Queremos que você traga carne!

O líder fez sinal para um lobo que mordeu o tornozelo de Zoë e a fez cair de boca na neve, ela não pôde gritar, pois sua boca estava cheia de neve, o lobo a arrastou para os gigantescos montes.


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Notas finais do capítulo

Perguntas:
— O que achou de Isabelle ser uma semideusa?
— O que achou dos cabelos novos de Zoë?
— O que achou da nova perspectiva de pensamento de Zoë?



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