Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 28
Capítulo 28 – Que Sessem Os Jogos!


Notas iniciais do capítulo

Capitulo final dos jogos. Aqui estão os vencedores e perdedores, lembrando que se Zoë, Pedro e Camilla perderem, eles perdem o cetro de Deméter que é uma das relíquias perdidas que vão ajudar a derrotar Ravenna que sequestrou Aslam e está disposta a destruir e dominar o mundo.
Boa leitura!



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Antes de começar a chorar e berrar por Camilla ela abriu as mochilas de Alícia e Zay para ver se algum deles estava com a banana, mas infelizmente a banana tinha ficado com Nico.

Depois ela foi verificar Pedro e Camilla, os corpos estavam empalidecidos e frios, mas não estavam mortos. Ela pôde detectar uma pequena corrente de respiração em todos os quatro ali. Felizmente conseguiu acordar Camilla que estava chorando e com a aparência horrível.

O veneno das formigas ainda causticava dentro dela, assim como o dos espinhos e segundo ela, borboletas venenosas. Além de hematomas nas costas da primeira luta com Nico os seus tornozelos estavam inchados, e o nariz estava ensanguentado. Pedro estava muito pior com mais cortes do que Camilla e as roupas completamente encharcadas de sangue.

– Eles... Nos... Pegaram... Na f-f-florestaa... – soluçava Camilla enquanto Zoë dava água a ela.

– E-e-e depois nós corremos e caímos aqui e... Eles nos seguiram e quando chegamos aqui acabamos sendo atacados por borboletas – disse Camilla chorando desesperadamente. – Eu quero ver o Apolo...

– Está acabando só faltam mais três dias, eu prometo que vamos ganhar! – disse Zoë.

Zoë acordou Pedro para tomar um pouco de água e não morrer, os cortes dos dois estavam cicatrizando, mas ainda doía, Pedro comeu um pouco de pão com Camilla e os dois melhoraram de aspecto, e já acharam que era hora de partir quando viram Alícia e Zay se mexerem. Eles partiram de volta a floresta se arranhando nos espinhos, ao menos com água os cortes cicatrizavam, e eles com dificuldade e lentamente escalaram o penhasco.

Caminharam pela floresta e á noite conseguiram chegar até as pedras e tomar o caminho de volta as montanhas. Voltaram para as montanhas e ao meio dia já estavam descansando, acordaram quando já era de noite. Pedro estava bem melhor menos Camilla, os cortes já haviam sarado, mas o veneno das formigas e das borboletas ainda a torturava.

Eles fecharam a gruta por uns minutos para fazer uma fogueira e cozinhar a carne, assim a fumaça não faria sinaleira, depois comeram a carne e o Campo deu ao menos um sossego, eles dormiram de novo, pois estavam muito cansados. Há essa hora Zay e Alícia poderiam estar mortos e Nico com a banana o que daria uma boa vantagem, mas pelo jeito que eles se mexeram na floresta de espinhos estão vivos e estão com Nico.

Faltam dois dias para os jogos acabarem, então o Campo está mais preocupado do que nunca em coloca-los juntos. Quando Zoë foi procurar comida na floresta ela havia sido secada, não havia animais nem frutos muito menos folhas, o sol estava castigando mais do que nunca e as noites estavam congelantes, a comida estava acabando se estragando muito rápido de ambas as equipes.

Até que na ultima noite dos Jogos uma mensagem se formou nas nuvens, informando que cada competidor iria aparecer para morrer ou ganhar no abacaxi. Se eles não fossem morreriam, se fossem correriam o risco de ganhar e perder. E Zoë estava tão perto, ela queria ganhar, na verdade ela tinha essa obrigação, as relíquias eram tudo o que ajudaria a derrotar Ravenna e impedir a aniquilação do mundo.

Camilla estava muito doente, mas não podiam deixa-la aqui, o Campo a mataria, e ela estava melhorando aos poucos, não conseguia produzir os campos de força, mas conseguia usar o arco e correr. Então eles pegaram as mochilas e a banana ficou com Zoë. Ela tinha um plano. Iria atraí-los com a banana nas mãos enquanto tentava pega-los e tentar conseguir ganhar.

Eles andaram até o abacaxi e acharam estranho  ão estar vendo Alícia nem Zay nem Nico, só o grande e vazio abacaxi e o enorme campo de grama. Zoë tirou a banana da mochila e das pedras apareceram os três, com lanças, arco e flecha e armas a posto, estavam com uma horrível aparência, mas não estavam piores que Camilla e Pedro. O rosto inchado de picadas de formigas e borboletas e milhares de cicatrizes de cortes.

Alícia começou a atirar flechas e Nico a atirar lanças, Zay estava correndo mais rápido do que de costume. Zoë, Camilla e Pedro correram também. Mas Pedro estava cansado de correr, pegou sua espada e começou a duelar com Zay. Zoë e Camilla continuaram correndo de Alícia e Nico, Zoë visualizou a banana do outro grupo no cinto de Zay. A campina se fechou com as pedras aumentando de tamanho criando uma barreira circular, não havia lugar para se esconder. Tinha os penhascos que podiam ser facilmente escalados até por um bebê, mas o que havia depois deles?

Zoë deu a volta pelo abacaxi correndo na maior velocidade que conseguia enquanto as flechas de Alícia cortava o vento perto dela. Ela atiraria em Alícia, mas estava mais preocupado em pegar a banana outro grupo e além do mais estava com a sua banana na mão. Depois de dar a volta por trás do abacaxi ela viu Pedro e Zay lutando com afinco, parecia que Pedro estava se esforçando muito, mas Zay estava com alguma vantagem, ela correu até os dois e como um relâmpago ela puxou a banana do cinto de Zay sem ele perceber.

Todos pararam o que estavam fazendo, Zoë viu que Alícia estava a um momento de matar Camilla com uma faca quando Alícia ficou boquiaberta vendo Zoë correr para longe com duas bananas. As regras foram claras, se uma pessoa da equipe oposta pegar a banana do oponente o jogo acaba. Alícia deu um grito maior que a própria vida. Mas lembrou-se de outra regra.

Se o oponente pega a banana, você tem dez minutos para toma-la de volta.

Zay pareceu lembrar-se disso também. Quando ele e Pedro estavam olhando bobamente para Zoë correndo com a banana, Zay atirou a espada no chão e agarrou Pedro por trás apertando o seu pescoço com o braço, Zay era tão forte quanto Pedro e o tinha pegado desprevenido.

Camilla tentou correr, mas foi agarrada por Nico que fez um movimento de quebrar seu pescoço. Zay e Pedro estavam numa violenta luta corpo a corpo. Alícia corria com afinco atrás de Zoë. Zoë estava muito cansada, mas se ela conseguisse correr e ficar viva por mais oito minutos...

Alícia chegou bem próximo de Zoë e o único jeito foi jogar a banana em forma de bumerangue para Pedro. Pedro pulou para agarrar a banana, o que foi muito difícil no meio da luta com Zay, e ele girou para bem longe junto com a banana, se Pedro ficasse oito minutos com a banana o jogo acabava.

Zoë precaveu-se de deixar Camilla viva atirando outra flecha no pé de Nico, ele caiu no chão, mas não soltou Camilla, isso atrasaria a morte dela. Zoë correu de volta ao abacaxi e vinte metros atrás do abacaxi o largo penhasco ia diminuindo até virar um pequeno relevo, Alícia estava bem atrás dela, e ela decidiu que estava cansada daquilo. Eu vou matar essa vadia de uma vez por todas. Pensou. Alícia não estava pensando diferente. 

Pegou seu arco e ajoelhou-se na grama. Pegou uma flecha e atirou em Alícia, ela desviou para o lado e atirou uma faca que quase acertou no olho esquerdo de Zoë e ainda por cima cortou a bochecha e parte do cabelo encima da orelha, Zoë começou a sangrar muito. Alícia parecia um touro violento correndo atrás de carne, Zoë atirou outra flecha e Alícia desviou de novo, só então Zoë percebeu que ela estava a um metro de distancia dela. Ela se jogou de bruços em cima de Zoë como um touro e deu um murro em sua cabeça.

Zoë enfraqueceu, estava perdendo muito sangue e sua cabeça parecia prestes á explodir, Alícia prendeu suas mãos com os pés dela e sentou-se em sua virilha. Abriu a jaqueta e havia uma coleção de facas pontudas, Alícia não é extremamente boa nem atirando facas nem flechas, nas flechas ela é melhor e manuseia bem todas as armas, mas ela é "quase" tão boa quanto Zoë, mas para matar de perto, facas são bem melhores.

O rosto de Alícia estava vermelho de raiva. Á direita podia se ver Nico se contorcendo deitado e prendendo Camilla. Zay e Pedro estavam numa violenta luta pela banana que estava a quatro metros de distancia dos dois.

– Você se acha a melhor no arco e flecha né? – disse Alícia tirando do cinto uma enorme peixeira.

– Bom, ao menos melhor que você eu sou – disse Zoë bem-humorada, não ira morrer humilhada por Alícia.

– Eu não diria isso agora se fosse você – disse Alícia pegando uma moeda de Shamat do bolso. – Se der cara é morte lenta e torturante se der coroa corto logo seu pescoço.

– Eu prefiro morte lenta e torturante, é mais legal! – brincou Zoë.

Alícia atirou a moeda para cima e ela caiu em sua mão, deu cara.

– Bom, parece que você está com sorte hoje! – disse Alícia. – Estou tão boazinha que vou deixar você escolher como quer ser cortada, no rosto? Nos braços ou...

– A que gentileza sua, pode escolher você mesma! – disse Zoë docemente.

– Obrigada!

Sabe lá Aslam de onde Zoë tirou forças quando Alícia foi pegar uma faca menor na sua jaqueta, Zoë a empurrou para o lado e tentou correr, mas foi pega novamente e as duas rolaram até o limite da campina e desceram cratera a baixo.

Tinha um rio embaixo do penhasco, elas puderam ver a tina de água onde eram assistidos os jogos e as arquibancadas lotadas que vibraram intensamente. Ali era o ponto mais ao sul do Campo.

As duas caíram agarradas no rio, Zoë sabia nadar muito bem, mas Alícia parecia que não, ela puxou o tornozelo de Zoë para tentar subir também, mas levou um chute no olho que foi proposital. Enquanto Zoë subia para a superfície, Alícia se esperneava na água e afundava cada vez mais. Já deviam ter se passado os dez minutos, a equipe de Zoë ganhara, Alícia não tinha que morrer agora ela já perdeu, e Zoë sempre achou que o pior jeito de morrer era afogada.

Ela mergulhou de volta ao fundo do rio e resgatou Alícia, as duas estavam subindo para a superfície quando Alícia ultrapassou Zoë e empurrou a cabeça dela para baixo. Alícia fingiu estar se afogando, sabia que Zoë ia salva-la, e agora estava tentando mata-la.

Zoë não era muito boa em prender a respiração, nadar era com ela, mas prender a respiração embaixo d’água é o mais difícil, principalmente quando você está quase morrendo. Zoë puxou novamente o pé de Alícia e nadou para a superfície e depois para as margens do rio, onde a arquibancada vibrava intensamente.

Logo depois que Zoë chegou à terra firme deram toalhas a ela e as arquibancadas vibraram, logo depois veio Alícia e depois Nico e Camilla foram retirados do Campo, e em seguida Zay e Pedro vivos e inteiros, porém danificados. A vitória ficou clara, o vencedor foi Pedro, ele conseguiu segurar a banana do oponente pelo tempo restante.

Néctar foi servido aos campeões, eles ficaram em cadeiras no meio da multidão vibrante para lhe dar os parabéns. Isabelle estava com pompons e com o nome “Pedro” escrito na testa, estava vermelha de felicidade, não só ela como todos tinham pintado os nomes nas testas, Bianca tinha o nome de Zoë e Apolo o de Camilla. Depois que ela chegou eles se abraçaram fortemente e ele começou a fazer curativos nela.

Uma equipe de médicos veio fazer curativos neles, incluindo Theo. Os ferimentos eram tantos que nem dava pra contar, Zoë teve que raspar o pouco do cabelo encima da orelha para fazer o curativo num corte de dez centímetros. Nico enfaixou o pé que parecia infectado, Pedro tinha pontos no rosto e curativos por todos os lados, Camilla tomou várias injeções para se curar dos venenos. Alícia fez alguns curativos no joelho e no braço. Zay parecia mais machucado do que Pedro. Mais tarde depois de várias doses de Néctar eles estavam curados.

A noite foi dada uma festa, e na arquibancada da praça principal foram presenteados os vencedores, toda Shamat estava por lá menos Zay, Alícia e Nico. Zoë, Pedro e Camilla receberam uma coroa de louros, e o cetro de Deméter foi dado a Zoë. Um cajado de madeira marrom escuro com as pontas esverdeadas e fantasmagóricas. O cajado foi dado a ela porque ela foi a primeira que pegou a banana.

– Você merece mais do que eu – disse Zoë em alto e bom som para toda Shamat ouvir.

– Não Zoë, você lutou bravamente – disse Pedro.

– E você também! – elogiou Zoë. – Até mais do que eu, você teve a ideia da fogueira, você protegeu Camilla na floresta, e ainda lutou muito, não vou aceitar essa coisa.

Ela não gostava muito de Pedro, até porque ele era como se dizer... namorado da sua irmã, e cedeu e aceitou mais um dos caprichos de Isabelle, mas fora isso ela não tinha nada contra ele, e ele é o segundo homem que ela admira, porque em primeiro vem seu pai. E ela achou que Pedro mereceu o cetro. 


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Notas finais do capítulo

O que achou dos vencedores?
E da Alícia tentando afogar a Zoë?
E da Alícia tentar matar a Zoë no cara ou coroa?
E da luta entre Pedro e Zay?
E do Nico prendendo a Camilla?
E do Pedro ganhando o cetro da Zoë?