Relíquias Perdidas escrita por Jazper Targaryen


Capítulo 27
Capítulo 27 – Matar Ou Morrer? Eu Prefiro Jogar!


Notas iniciais do capítulo

Hey! Bom ver vocês outra vez, esse capitulo e próximo vão ser bem tensos, mas serão legais, podem apostar, devem estar meio grandes, mas estão cheios de ação e emoção. Pode até estar com muuuuita coisa desnecessária mas eu não consegui dividir ele em dois. Mas espero que gostem



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A fadiga venceu Zoë e ela pegou no sono com o arco nas mãos, estava com as meias de Pedro nos pés, Pedro e Camilla dormiam confortáveis no cobertor, o sol nascia lentamente e o frio castigava mais do que nunca.

Formigas vieram para gruta, o sol nascia, mas ainda estava escuro, as formigas tinham três centímetros e posicionaram-se pela pele de Pedro, Zoë e Camilla e enfiaram as pequenas presas na pele deles. Uma dor causticante se espalhou pelos seus corpos.

Eles acordaram gritando e pulando por causa do veneno que se alustrava pela sua pele. Aquelas picadas doíam tanto que seria melhor quebrar os pés e as mãos. Eles espantaram as formigas do corpo e correram para se lavar com água.

A água da garrafa acabou e eles correram para a montanha de gelo que ficava há uma boa distancia da gruta onde eles estavam. Eles esperaram pedaços de gelo descongelarem para aliviar a dor das picadas que ainda os torturava, Camilla estava chorando muito, enquanto Pedro e Zoë gritavam.

Depois de mais algumas horas a dor do veneno tinha diminuído e Zoë se ofereceu para buscar ervas para melhorarem, ela não sabia muito sobre ervas medicinais, nem era curandeira nem nada, apenas sabia de algumas ervas que talvez serviriam para a sua melhora e a de Pedro e Camilla.

Pedro ainda estava com as costas doídas por causa da queda do abacaxi, Camilla tinha se machucado na luta com Nico, mesmo ele não tendo conseguido tocar nela, Zoë era a mais disposta, pois Nico tinha amortecido sua queda do abacaxi.

A pele deles estava com pontinhos rosa claro e a marca de duas pequenas presas. Camilla estava com mais marcas vermelhas do que Zoë e Pedro, as formigas a tinham castigado mais. Pedro ficou horas passando gelo nas feridas dela.

Zoë voltou com algumas folhas que diz ela que ajudariam, algumas folhas ela reconheceu ser cicatrizantes, porém se serviam para picadas de formigas venenosas ela não sabia. Eles esfregaram as folhas pelo corpo e se sentiram melhor, Camilla tinha aliviado as dores, mas ainda não estava tão boa quanto os outros.

– Eu tive uma ideia, talvez Zay e os outros também gostem de formigas! – disse Pedro.

– Genial – elogiou Zoë.

Pedro havia coletado algumas formigas num contêiner de plástico.

– Nós não podemos ficar mais aqui, não podemos nos esconder por muito tempo lembra? Então o que fazemos? – disse Pedro.

– Não dá pra atacarmos Zay, Alícia ou Nico, eles estão cheios de armas, e tenho certeza que eles estão nos procurando nesse momento, só temos que nos esconder – disse Zoë.

– Então pra onde vamos? – perguntou Pedro

– A gente vê, eu vou procurar alguma coisa pro almoço – disse Zoë –vocês fiquem aqui até eu voltar.

Zoë partiu para a floresta ao lado das montanhas, e com certeza não era a floresta frutífera de que Deméter falara, ela conseguiu matar uma matilha de cães que a perseguia, fora os corvos de olhos vermelhos que a bicava. Quase todas as frutas eram venenosas desde uma simples maçã a uma cereja, e tudo que ela conseguiu foi um magro coelho, estava muito aborrecida.

O sol estava ardendo fortemente, Pedro e Camilla estavam na gruta discutindo alguma coisa, Pedro parecia melhor das picadas, mas Camilla ainda esfregava gelo no pescoço e nos braços, Pedro fazia desenhos no chão com um graveto.

– O que estão tramando? – perguntou Zoë.

– Eu bolei um plano pra conseguir comida... – disse Pedro.

– Continue – pediu Zoë.

– E que tal se a gente fizesse uma fogueira para chamar a atenção deles, e enquanto eles viam pra cá nós íamos pra lá e roubávamos a comida deles? – sugeriu Pedro.

– É uma boa ideia, vou pensar nisso – disse Zoë.

O sol estava castigando, Pedro já tinha viajado ao sol, mas aquele calor era causticante, certamente não era um calor normal. Zoë aproveitou e colocou pedaços de carne do esquilo que caçou e colocou numa vasilha com água, colocou algumas pedras que estavam pegando quase pegando fogo embaixo da vasilha, não iria se arriscar ascendendo uma fogueira, não só para comer.

Depois de muitas horas, a carne finalmente cozinhou, eles cortaram um pouco de cebolinhas na floresta para dar tempero. Depois que comeram resolveram tomar um cochilo na gruta que estava fria, mas sempre com alguém de guarda caso alguém ou as formigas reaparecessem. Depois dessa soneca eles iriam mudar de esconderijo.

Camilla dormiu muito mal ontem à noite e se ofereceu para montar guarda porque o veneno das formigas ainda repulsava em suas veias, não tão forte, mas ainda estava daquele jeito. A fadiga a venceu e ela adormeceu. Todos acordaram com barulhos de pedras se movendo, arrumaram as mochilas e foram para o lado de fora, as montanhas estavam subindo e descendo e crescendo de lugares inesperados.

Eles mal conseguiram descer alguns metros da montanha de terra e um montanha cresceu em horizontal derrubando-os no chão, as montanhas estavam os cercando e rapidamente Pedro bolou um plano.

– Segurem-se em algo!

As montanhas estavam crescendo do chão e indo para a fora do vale. Era a única chance deles. Pedro e Zoë se seguraram em uma forquilha que foi crescendo, Camilla tentou segurar-se mas caiu, eles teriam descido para ajuda-la mas a forquilha de pedra cresceu monstruosamente, pular seria morte certa.

As montanhas que cresciam em volta de Camilla se curvavam sob sua cabeça, formando um espécie de tumba sobre ela, ela começou a gritar quando seis montanhas iriam prende-la num gaiola feita de terra e pedra. Enquanto isso a montanha que cresciam embaixo de Pedro e Zoë só aumentava, mas eles puderam ver o grito de Camilla ao ficar presa dentro de uma tumba, outras montanhas pontudas cresciam como espinhos por todos os lados. Era tarde demais, Camilla estava presa.

Zoë gritou aterrorizada, mas não dava tempo de fazer mais nada, as montanhas começaram a se amontoar encima da tumba em que Camilla ficou presa, as montanhas cessaram o crescimento. Camilla não tinha morrido elas estava num espécie de tumba gritando aterrorizada, mas aí ela lembrou o que era e o que conseguia fazer. Se conseguisse expandir seus campos de força ela conseguiria explodir aquilo tudo, mesmo com os poderes mais avançados ela não conseguia fazer tanto, e estava envenenada com o veneno das formigas, fora os machucados da luta com Nico, mas ela tinha que  conseguir.

Zoë e Pedro ainda estavam pendurados na montanha que crescia finamente a uma altura inimaginável, e quando de repente viram as montanhas amontadas no chão se abrirem num explosão, e Camilla voando encima de uma tábua verde transparente, com certeza um campo de força, ela chegou até Pedro e Zoë e eles pularam encima da tábua.

De cima dava para ver tudo, as montanhas, as pedras, a outra floresta, e um bosque de espinhos, eles pararam na floresta vizinha as montanhas, que tinham voltado ao normal. Certamente as pessoas assistindo estavam muito animadas. É possível assistir os Jogos em uma enorme tina d’água que mostram as partes principais dos jogos.

Eles tiveram que tirar uma meia hora para descansar, o corpo estava pesado de tanta adrenalina.

– Vamos seguir o seu plano Pedro, vamos fazer uma fogueira nas montanhas e assim que eles chegarem aqui, corremos para lá – disse Zoë.

Eles passaram a tarde toda organizando o plano, e era muito incerto se ia obter sucesso ou não, mas eles tinham que tentar. Eles voltaram para as montanhas que estavam calmamente mortas, Pedro fez uma armadilha fazendo com que a pessoa que caísse encontrasse um pote de formigas que quebraria em sua cara, eles começaram a ascender a fogueira já pelo inicio da noite, em meia hora eles conseguiram ascender uma com alguns fósforos.

– Perfeito, agora vamos esperar um pouco com certeza eles vão vir – disse Pedro.

Eles esperaram uma hora escondidos atrás de Pedras e finalmente avistaram Zay, Alícia e Nico entrando na campina no meio das montanhas, certamente não puderam ver as montanhas hoje a tarde porque simplesmente não fizeram nada, teriam notado estranho alguma coisa e decidiriam investigar.

– É um fogueira, mas não tem ninguém! – admirou-se Alícia.

– Eles devem estar por aqui – disse Zay.

– Isso me cheira a armadilha, porque simplesmente eles iam ascender uma fogueira do nada? Mas vamos procurar – disse Nico.

Saindo escondidos pelas pedras nos intervalos entre uma montanha e outra, Zoë, Pedro e Camilla conseguiram sair da campina das montanhas indo direto para as pedras, o caminho para o abacaxi, onde eles provavelmente podiam estar, levou uma meia hora de corrida até eles chegarem lá, mas finalmente conseguiram, avistaram um acampamento  perto do lago, uns cinquenta metros ao leste com barracas, uma fogueira em fogo baixo com uma chaleira, cobertores e muita, muita comida.

– O.k., o plano é o seguinte alguém fica vigiando enquanto nós pegamos a comida o.k.? A essa hora eles já devem ter percebido a armadilha – disse Pedro.

– Eu fico de guarda, e empilhem rápido! – disse Camilla, pegou seu arco e correu para as pedras, numa distancia visível do acampamento de Asafe, Alícia e Nico.

Zoë e Pedro começaram a colocar os suprimentos em suas mochilas, Camilla deixou sua mochila pare ser enchida também. Pegaram pães, contêineres de água que encheram no lago, carne em vasilhas, frutas, grãos e óleos e sal. Aproveitaram também para pegar algumas armas, Pedro pegou algumas lanças e Zoë algumas facas que deviam pertencer a Alícia.

Quando eles terminaram de por tudo nas mochilas e estavam fechando-a, Camilla veio correndo o máximo que podia com o arco na mão e um corte no braço, logo atrás dela vinha Alícia, Zay e Nico.

Os corpos de Pedro e Zoë se congelaram e a primeira opção seria correr, mas para onde? As montanhas mais próximas não eram numerosas, não seria um bom esconderijo, o lugar mais prudente seria a floresta á frente do lago. Camilla conseguiu alcança-los para correrem juntos, mas quando isso aconteceu Alícia, Zay e Nico já estavam perto demais, foi possível ver as marcas das picadas das formigas venenosas.

Zoë, Camilla e Pedro correram como se suas vidas dependessem disso, o que é verdade. As mochilas pesadas dificultavam a corrida, eles estavam numa distancia de dez metros á frente de Zay, Alícia e Nico. Alícia atirou uma flecha na mochila de Zoë, ela pegou a flecha da mochila e balançou sorrindo só para irritar Alícia.

Eles continuaram correndo pela densa e escura floresta. Até que Nico atirou uma lança na mochila de Camilla que a fez cair, e Zoë e Pedro tiveram que parar, eles se viram cercados por Zay, Alícia e Nico. Alícia tinha facas em seu cinto e várias flechas de pedra e titanium que mataria uma pessoa sem pestanejar, Nico estava com lanças presas ao cinto feito espadas, e Zay tinha só a sua espada no cinto, todos com suas mochilas.

– Bom ver vocês! – tripudiou Zay.

Zoë estava tremendo de ódio dele. Pois ela foi magoada, de uma forma incrivelmente mercenária. Toda a vida ela não queria se decepcionar com um garoto, por toda a sua vida se afastou deles, e depois de muito tempo simplesmente se apaixona por um e é enganada da pior forma.

– Gostei do novo visual – disse Alícia a Zoë.

– Valeu! – devolveu Zoë bem-humorada. Ela pensou ter sentido uma afinidade por ela, as conversas entre as duas sempre foram meio ácidas, mas depois que ela fingiu atirar mal, fingiu ser uma presa fácil e se fez de amiga para descobrir os pontos fracos, Zoë não quer mais saber dela, embora sempre tivesse a horrível sensação de que faria a mesma coisa.

– Bom, vocês querem fazer isso do jeito difícil? Ou do jeito fácil? Toda Shamat está nos assistindo – disse Zay.

Há uma tina de água mostrando onde estão os competidores no Campo. A tina fica de frente para as arquibancadas.

– Bem, digamos que se fizéssemos isso... – disse Zoë se levantando ao mesmo tempo que Pedro estava levantando uma Camilla com um braço ensanguentado e com o tornozelo machucado por causa da queda que levou ao cair quando Nico atirou a lança.

– Vocês iriam nos matar, e se fizéssemos do jeito fácil, ficaríamos inteiros, bom deixe-me ver... – disse Zoë fingindo estar pensativa. – Eu acho que não!

Pedro correu para o interior da floresta com Camilla nas costas, Nico não pôde fazer nada, pois Zoë o empurrou com força e rapidez, ele era mais forte que ela e por isso ela se certificou que conseguiria derruba-lo atirando uma flecha no tornozelo dele. Zoë odiava aquele garoto, por ele ter lutado com a irmã dela e ter machucando-a.

Zay e Alícia hesitaram dando passos à frente. Zoë teria que cuidar dos dois. Subiu na árvore mais próxima como um macaco, a árvore não era tão grande e Zay e Alícia a escalaram com facilidade. Ela pulou numa forquilha da árvore mais próxima. Zay e Alícia fizeram o mesmo enquanto Nico se contorcia no chão.

A outra árvore era bem mais grossa e alta o que deu uma vantagem a Zoë, ela se certificou de tirar as forquilhas para dificultar a escalada de Alícia e Zay, no que ela obteve sucesso. Zay e Alícia não conseguiram escalar na alta forquilha onde Zoë estava. Por um tempo eles ficaram pensando o que fariam ali, até sentaram e fizeram uma fogueira e cuidaram do ferimento de Nico.

– Temos que ir atrás dos outros dois, eles devem estar com a banana – disse Alícia.

– Você tem razão, Nico fica aqui e cuida dela – ordenou Zay.

Nico parecia bem melhor do ferimento. Essa é a hora pensou Zoë. A essa hora Camilla e Pedro já estariam longe, mas isso não impediria Zay e Alícia de encontra-los. Quando já estava amanhecendo e Nico devia estar montando guarda a fadiga o venceu e Zoë aproveitou para dar o fora.

Ela correu por onde viu que Alícia e Zay foram, caminhou pela floresta cheia de animais dóceis e árvores frutíferas, aquele Campo só devia estar de brincadeira com ela, Zay e Alícia pegaram o lago, os suprimentos, e a melhor floresta. Mas em compensação o sol estava castigando muito mais, a sorte é que ela tinha duas cheias garrafas de água. Depois de duas horas de caminhada Zoë resolveu descansar.

Zoë estava perdendo as esperanças. E se Zay e Alícia já tivessem pegado Pedro e Camilla, se pegassem eles dois pegariam a banana e a essa altura o jogo já teria acabado, mas eles podem muito bem terem matado Camilla e Pedro fugido com a banana. Só de pensar nisso uma mistura de ódio e medo se fixa em seu rosto.

Depois de comer um pouco de pão e água ela caminha em frente até que chega ao final da floresta, um penhasco, de onde ela está dá pra ver um pontinho amarelo que deve ser o abacaxi, e atrás do abacaxi um alto penhasco amarelado, mas não é nesse penhasco que ela está, quando olhou para baixo viu uma floresta de espinhos rodeada por árvores, dentro da floresta ela viu pedaços de roupas e sangue.

Só podia ser por ali onde eles estavam. Ela desceu cuidadosamente o penhasco e não teve como não se cortar nos espinhos, ela foi mais adentro e a cada vez mais descia por aqueles finos e altos espinhos de plantas. A cada vez mais que andava mais se cortava e achava pedaços de roupas dos uniformes dos outros competidores, os cortes não eram muito grandes, mas os espinhos também eram venenosos, dá pra acreditar?

Ela entrou em várias cavernas rolando por uma rampa de grama, graças a Deus sem espinhos e encontrou Camilla e Pedro e Alícia e Zay, todos desmaiados e ensanguentados, com os cortes dos espinhos e as roupas rasgadas, não podiam estar mortos podiam? 


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Notas finais do capítulo

Merece um review?
Ah, ainda dá tempo de mais um vai...
Quem vocês acham que estão mortos?
O que achou do plano do Pedro da fogueira?