Amando Meu Sensei escrita por GHOST, SasuSaku


Capítulo 3
Teste e Notícias Boas




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Acordei com o sol batendo no meu rosto e o despertador tocando uma música qualquer. Abri meus olhos com dificuldade, já que a claridade era muita. Levantei-me e desliguei o despertador. Fiz minha higiene matinal e coloquei minha roupa para o treino. Coloquei minha bandana e minhas luvas pretas. Depois, eu tomei café da manhã e fui para o mesmo campo de treinamento do dia anterior. Quando cheguei, vi que Obito já me esperava.

Aquela visão é ótima para mim. Ele estava sorrindo em minha direção, olhando diretamente para mim. Eu até lembrei-me do meu irmão. Obito lembrava até demais meu irmão, o que não é muito bom para mim.

Corri até sua frente e disse apenas um "olá”, e ele fez o mesmo. Ele olhou para o meu cabelo, com um pouco de surpresa. Droga! Esqueci de prender. Peguei um rabicó do meu dispositivo de armas – que sempre coloco na perna–, e prendi os grandes cabelos ruivos, deixando a franja e algumas mechas soltas. Ele me olhou com mais surpresa ainda.

– Por que prendeu? – Obito perguntou.

– Por que eles atrapalham.

– Tudo bem. – Ele ficou sério. – Agora, quero que pegue esses explosivos. – Obito me entregou vários tipos de explosivos, mas a maioria era explosivos que usamos em kunais.

– Para o que eu vou usar? – Perguntei guardando eles no meu dispositivo de armas.

– É um teste. Dê-me sua bandana. – Ele ordenou.

– Quer fazer o que com ela?

– Apenas, me dê. - Ele estendeu a mão para pegar a bandana. Eu tirei a bandana e entreguei. – Ótimo. Agora, vou dizer as regras. – Obito declarou. – Você terá que pegar sua bandana de mim até 12 horas. Se não tirar, estará reprovada e voltará á ser estudante. Você poderá fazer o que quiser, por isso lhe entreguei os explosivos.

– Não acha que é meio perigoso usar explosivos?

– Helena, se quer ser um genin, você tem que saber que há muito perigo. – Ele declarou.

Eu assenti e vi ele amarrar a bandana no braço para ser, de certa forma, mais fácil de passar.

– Agora, está preparada?

– Sim! – Disse com determinação na voz.

– Ótimo. Dou-lhe 15 minutos para organizar armadilhas. Vou estar aqui, esperando. – Ele sentou-se no mesmo tronco de árvore caída de ontem. – Pode começar.

Que bom que tinha vários metros de linha guardados comigo. As linhas eram transparentes e quase impercebíveis, o que ajudaria muito para armadilhas com kunais e bombas.

Eu distribui várias armadilhas entre as árvores em menos de dez minutos. Fiquei com algumas armas e explosivos, o suficiente para me proteger e atacar. Sabia muito bem o quanto precisaria para me proteger e atacar várias vezes.

Peguei um bracelete que Shizune havia me entregue para usar em missões, o bracelete de veneno e coloquei várias Senbons no bracelete. O coloquei no braço e o escondi com a manga do meu bolero laranja - que não era quente, eu só o uso para esconder armas, mesmo sendo curto e só cobrir meus seios.

Sei que posso estar pegando pesado com esse papo de veneno, mas eu não posso ser reprovada. Jurei para meu irmão que seria jounin, assim como ele foi. Eu prometi isso á ele, e não tem mais volta, vou cumprir a promessa.

Voltei para onde Obito estava, e ele levantou-se com o olhar entediado.

– Foi rápida. – Ele disse, levantando-se. – Você terá um minuto para esconder-se.

Eu sabia que era mentira, ele me seguiria. Então eu o atrai até uma armadilha. E como o esperado, ele estava em frente à armadilha. Eu nem me mexi, pois sabia que ele era um bom detector. Obito apenas deu um sorriso vitorioso e passou pelo fino fio, ativando a armadilha. Para minha surpresa, ele desviou de todas as kunais. Então, ativei o bracelete e atirei vários Senbons em sua direção. Mas quando o atingiram, vi que era apenas um jutsu de troca.

– Você é nova demais para usar veneno. – Disse uma voz no meu ouvido. Virei bruscamente, mas não havia ninguém.

Já eram 11 horas, ou seja, teria apenas uma hora para conseguir minha faixa de volta. Já havia feito de tudo. Todas minhas armadilhas, armas e explosivos estavam quase acabando, e somente algumas das minhas Senbons envenenadas haviam o atingido, mas o veneno era fraco. Eu tinha que descobrir o ponto fraco dele. Ele era excelente comparado a alguém como eu, então, ele tinha um ponto fraco? Claro que tinha, todo ninja tem um ponto fraco.

Passei três horas lutando com ele, e o que ele mais usara? Os olhos, é claro. Como não pensei nisso?! Nem mesmo um usuário do Sharingan vê através de fumaça. Ótima notícia, eu tenho bomba de fumaça.

Eu fiquei cara- a- cara com ele, e joguei a bomba de fumaça no chão. A fumaça tomou o lugar, ficando eu e Obito no meio. Graças ao meu treinamento com meu irmão quando era pequena, eu tenho os sentidos aguçados, o que me faz ouvir muito bem.

Quando o ouvi, nem precisei usar arma alguma, apenas desamarrei a bandana do seu braço e a tirei. Obito me olhou de forma surpreendente. Eu o guiei para fora da fumaça. Entreguei-lhe o antídoto para o veneno e amarrei minha bandana na testa.

– Parece que você passou. – Obito disse.

– Eu sei. – Gabei-me e dei um sorriso orgulhoso para mim mesma.

– Acha que você consegue começar as missões amanhã?

– Claro que sim. – Como se eu fosse dizer "não".

Eu sei que terei que começar com missões Rank E ou Rank D, mas eu sei que é preciso para eu conseguir alcançar minha meta.

– Ótimo. Vou falar com Minato sobre isso. – Obito declarou. – Agora, descanse, sei que você está cansada. Amanhã, venha às 8 horas.

– Tudo bem. Até amanhã. – Olhei para a mão direita, e lá estava o mesmo antídoto que o dei. – Não vai usar? – Referi-me ao antídoto.

– Na verdade, eu não sei onde eu uso. – Disse timidamente.

– Me dê isso. – Ele me entregou a seringa e eu coloquei gentilmente a agulha na perna dele, e quando o antídoto acabou eu retirei e guardei a seringa para colocá-la fora.

Obito me olhou atentamente, como se me admirasse. Eu o encarei como se tentasse saber o que mele pensava. Ele ficou imóvel, apenas me olhando, e me deixando, de certa forma, com medo.

– Até amanhã. – Eu disse com a voz meio, estranha por ele continuar me encarando.

– Até amanhã. – Ele saiu do transe.

Eu ainda pensava o porquê dele me encarar daquela forma. Tentava caminhar até minha casa, mas me via pensando novamente nisso. Eu não quero pensar nisso, quero apenas chegar em casa, almoçar e ficar lendo. Mas não, esse pensamento continua aqui, como se eu quisesse.

Quando cheguei a casa, não pensei duas vezes e fui para o banheiro. Liguei a torneira da banheira e esperei até que enchesse, e depois desliguei. Despi-me e entrei na água morna. Só percebi que estava tensa quando meus músculos relaxaram com o toque da água no meu corpo. Poderia ficar ali por horas, podia ficar ali pensando.

Fiquei um tempo e depois sai da banheira, enrolei-me na toalha e fui para meu quarto. Fui até meu closet, peguei uma blusa larga branca com alguns desenhos e um short curto preto. Escovei meus cabelos molhados e os deixei soltos. Olhei para o relógio de parede, e percebi que já eram 15 horas – como o tempo passa enquanto estamos relaxados em uma banheira.

Algo me atraiu para a janela, não sei explicar. Sei que quando percebi, já em frente à janela, procurando naquela rua por algo que nem eu sabia. Mas então o avistei, com aquela pele clara e os cabelos e olhos negro. Obito. O que ele está fazendo? Ele não veio passear, pois na rua não havia nada além de uma farmácia, um restaurante pouco movimentado e o resto eram só casas.

Depois ele foi em direção a minha casa, e minha campainha tocou. Desci correndo e atendi a porta com um grande sorriso.

– Oi. – Disse educadamente. – Quer entrar?

– Não, obrigado. Eu só vim por que Minato está lhe chamando. – Assustei-me com o aviso.

O que eu fiz de errado dessa vez? Eu não lembro-me de fazer nada de errado.

– Você pode ir na frente, tenho que trocar de roupa. – Eu disse.

– Tudo bem. Mas chegue logo.

Ele foi em direção ao gabinete do Hokage e eu subi rapidamente as escadas. Procurei pelo meu “uniforme” com o short curto preto, o top e o bolero laranjas, e depois os vesti. Coloquei a bandana e minha sandália azul. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, dessa vez deixando a bandana a mostra, já que não tive tempo para arrumar. Depois coloquei minhas luvas e minha meia que ia até minha coxa, chegando perto do short.

Saí correndo e fui até o gabinete do Hokage. Bati na porta e ouvi um “entre” do Yondaime. Obito estava lá quando olhei para a sala. Parece que eu havia interrompido algo.

– Olá, Kushina. – Minato disse.

Minato sempre me chamara de Kushina em certos momentos, pois ele diz que eu sou muito parecida com a falecida esposa dele. Na verdade, todos dizem isso.

–Oi. – Eu disse entrando na sala. – Aconteceu algo?

– Não, claro que não. Apenas, preciso falar com os dois. – Ele olhou como se fosse brigar com nós. Mas logo deu um sorriso estranho, como se escondesse algo. – Vocês começarão amanhã as missões. A maioria será Rank D. – Ele declarou e depois olhou para Obito. – Obito, posso conversar com Helena?

Obito assentiu e saiu da sala. Fiquei assustada, o que eu fiz dessa vez?

– E começa a tortura.

– Não é tortura, Helena. Quero fazer um trato com você. – Minato levantou-se da cadeira e foi até a grande janela e observou Konoha.

– Que tipo de trato?

– Sei que você quer muito tornar-se Jounin, e tem grande potencial para isso. A maioria das pessoas na sua idade já são Chunnn. Sei que você é apenas Genin por causa do seu treinamento com seu irmão. Eu quero propor uma coisa que não poderia fazer, mas precisamos de Jounins. – Ele disse. – Se você conseguir completar um mês de missões Rank D, e outro mês de missões Rank C, eu vejo seus resultados, e se os resultados forem bons, eu faço a prova para você tornar-se uma Chunnin. Aceita?

– Claro que sim. Obrigada. – Dei um abraço em Minato, mostrando minha empolgação. – Você é como um pai para mim.

– E você é como minha filha. – Separei-me dele e o encarei, sabia que ele queria dizer mais alguma coisa. – Helena, eu só estou fazendo isso porque eu sempre vi você treinar com seu irmão e vi o seu teste com Obito. Obito é um dos melhores Shinobis de Konoha, acho que você foi a primeira que o derrotou. E eu sei que você é forte, sei que você quer muito isso. Mas, além dessa parte do trato, você não fala sobre isso, fica um ano como Chunnin e depois, se quiser, pode tornar-se Jounin.

– Obrigada. Eu fico devendo muito para você.

– Você pode deixar de dever se dizer uma coisa. Gostou do seu novo sensei? – Ele deu um sorriso malicioso.

Eu corei quando ele perguntou. Como assim? Ele quer saber se eu gostei dele? Claro que gostei, mas acho que ele quer saber na parte maliciosa mesmo.

– Ah, Minato, eu tenho que ir. – Disse ainda corando.

– Aproveita e chama o Obito. – Minato disse com o mesmo sorriso malicioso. Como assim? Obito escutou o que ele disse?

Eu sai rapidamente da sala, dando de cara com Obito, o que me fez corar ainda mais. Eu sai do caminho e ele entrou na sala. Eu praticamente corri para sair do prédio, e todos viam que eu estava completamente corada.

No meio do caminho, encontro Shizune e lembro-me que preciso de mais Senbons e veneno para meu bracelete. Eu perguntei a ela onde eu poderia comprar essas coisas e ela apontou para a loja de armas. Depois fui até lá e procurei por tudo que precisava.

– Oi, Helena. – Ouço a fina voz atrás de mim e viro para encarar a pessoa.

– Oi, Hinata. O que faz aqui? – Pergunto com um sorriso simpático no rosto.

– O mesmo que você, imagino. Como você está?

– Bem, e você?

– Bem. Eu soube que você é aluna do Obito. – Hinata disse com a mesma voz de sempre, a voz tímida.

– Parece que as notícias correm em Konoha. Mas por que diz isso?

– É que você deve ser muito boa. Ele é o mais jovem Jounin a ser sensei, então deve ser muito bom.

– Sim, Minato me disse. – Eu pensei em algo, mas foi apenas um pensamento, um pensamento que me fez dar um sorriso.

– Eu tenho que ir, Helena. – Hinata declarou timidamente. – Até logo.

– Até logo.

Hinata se foi e eu continuei comprando as coisas. Comprei muita coisa, e várias armas novas. Acho que algumas pessoas olhavam para mim pensando que eu iria para alguma missão séria, mas comprei tudo apenas para meus treinamentos. Levo tudo muito á sério, essa é a mais pura verdade.

Depois de pagar por tudo que comprei, fui direto para minha casa, guardei algumas armas no meu dispositivo de armas e algumas armas eu guardei no meu closet, para ficar bem perto das minhas roupas. Troquei-me e comecei a reler livros da minha grande estante. Quando dei por mim, já era noite.

Antes de ir para minha cama, olhei para a lua cheia através da minha janela. Aquela visão foi à única coisa que me confortou depois do meu aniversário de dez anos. Depois de pensar em tudo daquele dia, fui para minha cama e dormi.


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