Rangers -ordem Dos Arqueiros -a Lealdade escrita por Veritacerum


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Oi amiguinhas (os)! Como estão?? Mais um cap quentinho para vocês!! Ah, quem puder, dê uma passada no meu perfil e leiam "As Crônicas de um Guerreiro". Obrigadinha!



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Capítulo 36

O dia esperado havia chegado. Era um dia limpo, frio e importante; o dia em que os Escoceses iriam ser expulsos de uma vez por todas de Araluen.
-Queria as minhas flechas falou Will andando de um lado para o outro.
-Mas não tem respondeu Halt. Ele também queria ficar andando de um lado para o outro, mas estava usando seus melhores esforços para ficar parado no mesmo lugar.

Era o começo da tarde, e os dois se preparavam para a noite que viria.
O ataque iria ser as 3 horas da madrugada, horário em que o castelo iria estar adormecido e as sentinelas cansadas e com sono. Eles tinham planejado todas as estratégias com Crowley através de cartas, que Erak levava e trazia do acampamento. Eles iriam colocar 20 homens atacando a muralha leste, e enquanto os guerreiros sonolentos se dirigissem para lá, o resto atacaria subindo pela Oeste.

No dia anterior, Halt ficou sabendo que Horace tinha conseguido 25 homens fortes e que sabiam utilizar a espada e o escudo. No total, eles contavam com 90 homens para a invasão.

Horace e Crowley treinaram os homens para atacar, mas também para se defender. Eles tinham que atacar e expulsar os inimigos do castelo, mandando-os de volta a Pícta. O quanto menos voltar melhor, - pensava Horace enquanto fazia um treino de ataque com seus homens.

Crowley não era diferente; passava dia e noite junto de seus arqueiros improvisados, obrigando-os a atirar a 200 passos de distância. De início, eles seriam úteis para derrubar qualquer uma das sentinelas que se quer pensasse em tocar o alarme de ataque. Mas depois que os homens se misturassem, eles não teriam mais utilidade.

Um grupo de arqueiros era ótimo em uma batalha, mas depois que os dois lados se misturam, fica totalmente impossível distinguir amigo de inimigo, e assim eles ficam sendo inúteis.

Ficou acertado que quando os guerreiros estivessem subindo as muralhas, Erak iria até o porão e soltaria os dois arqueiros para que pudessem participar da batalha.
-Não gosto de ficar sem meu arco resmungou Will.
-Nós temos as facas disse Halt fazendo um gesto na direção dos panos que escondiam as armas.
-Eu sei murmurou de volta.

O papel dos arqueiros era atacar a retaguarda das fileiras de homens que iriam estar defendendo as muralhas. Eles iriam abrir caminho e prender duas ou três cordas nos tijolos, para que a subida dos amigos fossem mais fácil. Depois disso só a batalha poderia dizer o que fazer.

Will e Halt já haviam passado muito nervoso e ansiedade antes de uma batalha, mas nunca haviam se acostumado com essas sensações. Agora, com a noite chegando, Halt não se conteve e também começou a andar de um lado para o outro.

No acampamento, Crowley já estava levando seu pequeno exército para a borda da floresta. Horace ia na frente, seguido pelos seus 80 guerreiros e logo atrás vinha Crowley e seus arqueiros. 30 dos homens de Horace carregavam escadas e alguns rolos de cordas. Horace e mais 5 guerreiros iam a frente para iluminar o caminho com tochas. Todos estavam nervosos, mas preferiam não falar da guerra que se seguiria.

Em vez disso, os homens do Norte falavam das próximas colheitas que se seguiriam, os Escandinavos sobre cerveja e sobre dívidas de jogo; alguns fazendeiros conversavam sobre raças de cavalos e outros sobre mulheres. É incrível o que os homens falam a caminho de uma batalha; falam sobre tudo, menos sobre o que vão enfrentar adiante.
-Svengal! chamou Horace.
-Sim, general! respondeu uma voz grossa do meio dos homens.
-Diga a seus homens que vamos parar para descansar por 5 minutos.

Todos pararam e pousaram seus equipamentos no chão. Depois que estavam sentados, 3 cantis de água fresca foram passados de mão em mão para matar a sede dos homens.
-Por enquanto está dando tudo certo disse Horace se sentando ao lado de Crowley.
-Sim respondeu o arqueiro, passando o cantil para o jovem , e que continue assim.
-Como Halt e Will vão lutar? perguntou Horace curioso. A dias que ele vinha pensando no assunto, mas sempre que se lembrava de perguntar a Crowley a hora não era oportuna.

O comandante grisalho o fitou por alguns instantes, como se parecesse pensar na pergunta e depois deu de ombros.
-Eles vão tirar muitos Escoceses do nosso caminho respondeu.
-Mas como? perguntou o jovem sem entender.
-Não sei o arqueiro respondeu , mas eles são Halt e Will, e vão dar algum jeito. Sei que vão.
-Eu confio neles murmurou Horace se levantando e dando o sinal de partida.
-Eles vão fazer um bom trabalho e um bom estrago nas forças Escossesas falou Crowley indo até o grupo de arqueiros. As escadas foram trocadas de mãos e o caminho até Macindaw recomeçou.

O dia já havia escurecido por completo quando os homens chegaram na borda da floresta. Horace deu ordens para todos se sentarem e falar o mais baixo que pudessem. Em seguida, levou Crowley para fora das árvores.
-Quer examinar os inimigos? perguntou Crowley atrás dele.
-Sim respondeu o jovem , e para isso precisamos de... ele hesitou, como se procurasse o que precisavam, e de repente seu rosto se iluminou. -Não é o que precisamos, e sim o que não precisamos! ele esticou a mão e desprendeu o feche da capa de arqueiro de Crowley.
-O que está fazendo? perguntou o arqueiro segurando a mão de Horace.
-Salvando a sua vida respondeu o cavaleiro. -Ou você não quer entrar comigo?
-É claro que eu quero! retrucou Crowley indignado.
-Então tire essa capa e vamos logo.

Crowley dobrou sua capa e a colocou de baixo de um carvalho.
-Vamos disse dando as costas para a árvore.
-Está bem melhor comentou Horace.
-Ah, cale a boca! ordenou o arqueiro.

Eles foram até a muralha e começaram a andar na direção do portão.
-O que está fazendo? perguntou Crowley parando e se encostando nas pedras.
-O que Halt me ensinou respondeu Horace puxando o braço de Crowley.
-Nós não vamos entrar aí... agora disse ele com firmeza.
-Acho que o comandante dos arqueiros está ficando velho e com medo comentou Horace, deixando o arqueiro grisalho perplexo. -Duncan não iria gostar de saber.
-Eu não estou velho, não estou com medo e Duncan não vai saber de nada! ele continuou caminhando até o portão, deixando um Horace contente para trás.
-Eu sempre quis fazer isso disse ele correndo para alcançar Crowley.

Eles chegaram no portão e os guardas cruzaram as lanças para bloquear o caminho.
-Quem são vocês? perguntou um homem que tinha a aparência de ser o capitão.
-Amigos respondeu Horace.
-Que tipo de amigos? perguntou o capitão se aproximando dos dois.
-Um velho amigo de Rodrick, e esse ele deu um tapinha no ombro de Crowley , é meu serviçal.
-Amigo de Rodrick? ele perguntou com suspeita.
-Sim respondeu Horace.
-Tawin! ele chamou , vá chamar o senhor Rodrick!
-Sim, capitão! respondeu, saindo correndo pelo pátio do castelo. Horace tinha reparado que ele era um jovem que não passava dos seus 17 anos. Não sei se sairá daqui, pensou o jovem.

Um tempo se passou até que Erak aparecesse na curva do portão.
-Amigo! trovejou ele apertando a mão de Horace. -A quanto tempo não nos vemos!
-Como vai, Rodrick? perguntou Horace sorrindo.
-Muito bem! respondeu o Escandinavo. -Por onde tem andado?
-Passei uns anos trabalhando para um idiota em Céltica disse Horace.
-Esse é seu serviçal? Perguntou Rodrick apontando para Crowley.
-Sim! confirmou o jovem. -Você tem algum tipo de comida?

Erak deu uma gargalhada que conseguiria derrubar uma muralha.
-Deixe que entrem ordenou aos guardas.

Os homens abaixaram as lanças e Horace conduziu Crowley para dentro do pátio. Quando atingiram uma certa distância da guarita dos guardas, Erak os conduziu por um corredor mal iluminado.
-Vocês estão loucos? perguntou Erak. -Porquê estão aqui dentro?
-Eu disse a ele para não entrar explicou Crowley.
-Ah, fiquem quietos e me ajudem a analizar os números e tudo que puder ordenou Horace.

Eles continuaram andando por um pátio cheio de homens conversando e jogando.
-O que é isso? perguntou Horace apontando para um bebê dentro de um sexto.
-Ah, é o filho do capitão da guarda pessoal do General respondeu Erak.
-Mas é só uma criança! protestou Horace.
-É um menino e só tem 2 ou 3 meses que nasceu. O pai diz que irá carregá-lo para qualquer lugar falou o Escandinavo.
-E a mãe?
-Morreu.

Eles continuaram andando por duas horas, até Crowley cutucar Horace e dizer que já chega.
-Vamos em bora disse Horace. -Mas antes ele cutucou as costas de Erak , leve o maior número de barris de piche e azeite fervente para aquele ponto na muralha. Aquele, junto aos barris congelados.
-Sim respondeu Erak. -Já vou começar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Estou sentindo falta de uma leitora... Onde está você, Mis?? Bjinhos!