Rangers -ordem Dos Arqueiros -a Lealdade escrita por Veritacerum


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

E agora? Halt não...



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Capítulo 13

-Tem certeza de que está no caminho certo? Perguntou Crowley assustado com a escuridão que fazia entre as árvores.

-Tenho, confirmou Will dando a entender que a conversa tinha acabado. Halt estava pesando como um tijolo, e Will tinha que economizar suas forças, afinal ainda tinham uma hora ou mais para chegar na clareira de Malcoln.

-Crowley? Se você puder tirar esse pequeno galho, e apontou para um galho que um homem tinha que passar de joelhos; e se Will agachasse, era provável que não conseguisse se levantar. Crowley passou por Abelard que estava bem atrás de Will e começou a cortar os galhos com sua faca saxônica.

-Vamos logo! A respiração dele está fraca de mais! Implorou Will ao arqueiro que por sua vez começou a se empenhar mais.

Depois de uns três minutos, a passagem ficou livre para Will passar com Halt, seguido de Abelard, Crowley, o seu cavalo e fechando a retaguarda estava Puxão.

Eles caminharam os próximos quarenta minutos na trilha estreita e que ziguezagueava para todos os lados, quando a respiração começou a faltar nos pulmões de Halt. Aterrorisado como estava, Will tropeçou e caiu em cima de uma das armadilhas do povo de Malcoln: uma barra de ferro com algumas pontas se progetando.

Will caiu de costas no chão, fazendo um esforço enorme para manter Halt em cima de seu corpo. Tudo que o arqueiro precisava neste momento era cair em cima de ferros.

As pontas não eram para matar, e sim para quebrar duas ou três costelas. Na tentativa de se equilibrar, Will bateu o braço com força suficiente para cortar nos espinhos e para latejar.

Crowley pegou Halt de cima do estômago de Will, e o arqueiro fez um enorme esforço, que resultou em dores agudas e lágrimas nos olhos para se levantar.

-Me dê aqui, pediu com os braços esticados para Crowley.

-Não, respondeu o homem. -Quem irá levá-lo serei eu. Mas antes que terminasse a frase Will já estava balançando a cabeça.

-Só faltam meia hora, e eu perdi a disposição para olhar para todos os lados e para trás vendo se estamos sendo seguidos. Estou com dor o suficiente para pensar e vigiar.

Com relutância, Crowley entregou Halt para Will, que quando foi ageitar o corpo de seu mentor, deu um berro de dor. -Está vendo? Crowley disse acusadoramente. Mas Will já estava se virando e andando em frente.

-Cinco minutos, Will disse para si mesmo pela vigésima vez. -Só cinco minutos e chegaremos. Agüente, Halt precisa de você, resmungou para ninguém.

-Vamos parar por um ou dois minutos, falou Crowley vendo o sangue descer pela capa de Will.

-Não, disse o sussurro que era a voz de Will. -Só mais um passo, disse ele novamente para si mesmo. -Um passo e depois outro, continuou a sussurrar.

E assim eles passaram a meia hora seguinte.

Quando finalmente emergiram na clareira, Crowley começou a gritar o nome de Malcoln. -Temos um doente! Ele se corrigiu: -Dois doentes! Malcoln! Onde está você? Malcoln!

Uma figura saiu correndo de uma construção baixa e começou a correr em direção a eles, reconhecendo Will e a figura que estava em seus braços.

-Ajudem aqui! Malcoln pediu em voz alta, e Trobar saiu das árvores e foi até a figura pálida e toda suja de sangue que era Will. Ele tomou Halt de seus braços, e Will inconcientemente teve a certeza que tinha cumprido seu dever para com Halt, e caiu inconciente no chão sujo de lama e neve.

Crowley ajudou Malcoln a levar Will para dentro da pequena casa, sendo seguidos por Trobar que carregava Halt.

-Vamos deitá-los juntos, falou Malcoln apontando uma baixa cama alta.

-Cuidado! Crowley protestou ao resmungo de dores de Will.

-Isso está muito estranho, murmurou o curandeiro. -Mas veremos essa questão depois. Deite o arqueiro ao lado do jovem, por favor Trobar.

O gigante obedeceu prontamente e se agachou em um joelho para depositar Halt no Colchão.

-Qual é o antídoto desse veneno? Perguntou Crowley ao curandeiro depois que tinha explicado as reações de Halt e o que o mesmo tinha dito quando esteve acordado durante uma das noites na estrada.

-É um dos quais já tenho pronto, respondeu Malcoln se levantando e indo pegar um pequeno frasco transparente, que estava em uma parteleira no outro canto do aposento.

-Se é tão comum como você disse, como é que os nossos curandeiros não sabiam o antídoto? Perguntou Crowley.

-É comum, disse Malcoln abrindo a boca de Halt com esforços para despejar um líquido marrom claro pela garganta abaixo do arqueiro. –É comum aqui no norte de Araluen, completou ele fechando o frasco.

-Está feito? Perguntou Crowley olhando para Halt como se esperasse que o amigo se levantasse. Malcoln viu o gesto e sorriu para ele. -Calma, ele vai precisar de um dia para acordar. E se virando para Will, ajoelhou e começou a apalpar o menino. -Ao contrário de Halt, esse terá dores agudas pelos próximos vinte dias, disse o curandeiro tirando a capa manchada de Will.

-Como assim? Perguntou o arqueiro.

-Ele quebrou duas costelas, disse Malcoln.

-Duas costelas? Falou um Crowley horrorizado.

-Duas costelas, uma torção no ombro esquerdo e um corte profundo no braço direito. Pelo que você me disse, o corte foi quando ele evitou que a cabeça de Halt batesse contra a ponta do ferro e a torção na hora que ele tentou se equilibrar, disse Malcoln tirando o sangue do braço de Will.

Quando Malcoln foi trocar o curativo de Will algumas horas antes de amanhecer, ele foi surpreendido com a voz fraca do arqueiro mais velho.

-Onde eu estou? Perguntou Halt tirando o braço dos cobertores, e sem querer dando um pequeno impulso em Will para se Sentar. O berro do jovem o fez deitar outra vez.

-Will? Chamou o arqueiro. -O que aconteceu? Mas a sua pergunta foi interrompida por outro grito de Will, que tentava se afastar de Malcoln.

-Que bom que você acordou, disse o curandeiro dando uma injeção para Will dormir.

-Malcoln? O que está acontecendo com Will? Perguntou Halt esfregando os olhos para ver melhor.

-Isso é o resultado da esquecida lealdade, disse o curandeiro cobrindo o jovem.

-Não estou entendendo, disse Halt.

-Mas eu explico. Você estava envenenado. As trilhas dessa floresta são muito denssas, então o nosso amigo aqui teve que te trazer no colo por três quilômetros de árvores e raízes. Foi quando você teve a brilhante idéia de começar a parar de respirar. Halt abriu a boca para falar, mas Malcoln levantou a mão pedindo silêncio. -Então Will ficou com medo de perder seu precioso mestre, e resolveu andar mais rápido. Ele não viu uma barra de ferro com várias pontas no chão, e caiu.

-Mas se eu estava no colo dele. . . também deveria estar machucado, disse Halt.

-Morto, corrigiu Malcoln. Halt levantou uma sobrancelha para ele. -Se ele não tivesse te segurado com tanta força, você teria escapado e batido a cabeça em uma das pontas do ferro, e apontou para o corte no braço de Will. -O peso do próprio Will e o seu, fez o impacto ser forte e resultando em duas costelas quebradas e um ombro torcido na tentativa de se equilibrar.

Quando Malcoln terminou de relatar os acidentes, Halt estava horrorizado e orgulhoso da coragem de seu amigo; não, de seu filho, pensou o arqueiro grisalho.


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Notas finais do capítulo

Ele está vivo! Ainda bem!