Várias Fics escrita por likeadragomir


Capítulo 11
Fic A Magia Mora Aqui - Parte Um


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, começando nova fic, espero que gostem!



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É véspera do meu aniversário, e está chovendo lá fora. Many disse que não era nenhum problema, e que eu deveria dormir. Mas não, sentei na minha cama, que era do lado da janela de casa, e fiquei olhando para fora. Não desgrudei dos meus livros durante a noite toda. Agora amanheceu, chovendo, também. Eu estou quase fechando os olhos quando ouço um estrondo na cozinha, no andar de baixo da casa. Visto meu roupão e desco devagar as escadas.

No ano passado, Many queria organizar uma festa de aniversário pra mim, mas nunca conseguia. O dia 21 de dezembro deve ser um mau agouro, pensei.

Ah, como pude esquecer as apresentações? Eu me chamo Lily, tenho 14 anos. Dizem que eu me pareço com um anjo, pois meus cabelos são loiro- pálidos e meus olhos, dizem, que é um lindo tom de Esmeralda. Sou um pouco magra demais, e pálida também. Me confundem muito com a deusa da neve, Quione.

Many é minha irmã mais velha. É praticamente uma réplica minha mais velha, mas seus cabelos são mais vivos, e sua pele, mais bronzeada. Ela cuida de mim desde que nossa mãe... Bem, desde que nossa mãe morreu.

Quando eu havia nascido, Many já tinha 16 anos. Nossa mãe já havia se separado do pai dela, e casado com o meu. Após o meu parto, o meu pai desapareceu. Nunca mais contatou nossa mãe ou mandou notícias.

Minha mãe havia morrido quando eu tinha 10 anos. Desde então, Many tem cuidado de mim. Ela é tudo o que restou da minha família.

Eu estava no meio da escada quando ouvi gritos lá embaixo.

"Você deveria ter avisado que viria!" essa era a voz de Many.

"Quando eu venho ou o que faço certamente não é da sua conta, Many. Eu quero ver Lily." disse uma voz masculina. Era desconhecida.

"Mamãe nunca deveria ter confiado em você. Nunca!" Many.

-O que está acontecendo aqui? -perguntei, descendo os últimos degraus da escada.

Many se encontrava quase cara a cara com um homem. Eles se afastaram e me encararam.

O homem tinha cabelos quase tão claros quanto os meus. Eu diria que ele era meu eu masculino, mas seus olhos eram de um profundo e penetrante negro.

-Lily -disse ele, perplexo, olhando para mim.

-VÁ EMBORA! -urrou Many.

O homem olhou para Many e para mim, e disse:

-Você se arrependerá. Eles estão atrás de vocês. Eu tentei te avisar.

Dando um último olhar a mim, ele estalou os dedos, e desapareceu, como fumaça.

       ********************************

-Feliz aniversário -disse Many para mim, enquanto preparava um chá.

Eu, que estava sentada na mesa, apreciando os 14 cupcakes que Many fizera para mim, e mais o meu presente, me levantei e fui abraçar ela. Ela soltou a chaleira em cima do fogão e me abraçou de volta, acariciando meus cabelos e beijando minha testa.

Mal pude dizer algo, pois ouvi uma batida na porta. Many ficou em estado de alerta, pois eu fui abrir a porta, mas eu a tranquilizei. Era apenas Max, meu amigo.

Quando abri a porta e vi ele lá... Logo mandei-o entrar. Ele estaria praticamente ensopado, se não fosse o fato de estar usando capa de chuva. Apenas seu rosto e cabelo se molharam.

Vou fazer uma pequena descrição de Max.

Ele tinha a minha idade agora, mas era dois meses mais velho que eu. Sua pele era quase tão pálida quanto a minha, mas seus cabelos e olhos eram tão negros quanto a escuridão da noite. Quando as pessoas nos viam juntos, insistiram em dizer que éramos Sol e Lua juntos. No final das contas, Max e eu sempre ríamos.

Após mandá-lo entrar e Ajudá-lo a despir a capa, ficamos nos encarando. E então, em segundos, eu estava em seus braços. Ele pareceu surpreso com essa atitude, mas me abraçou de volta, e forte. Faziam dois dias que não nos víamos.

-Estou com saudades do seu abraço -disse ele, rindo de mim.

-Eu também estava com saudades -eu falei, entregando uma toalha para ele enxugar o rosto e um pouco, o cabelo.

Depois dele se enxugar, ele tirou com cuidado um pequeno embrulhodo bolso do jeans escuro e entregou para mim.

-Feliz aniversário -disse ele, me dando outro abraço.

Eu rasguei o embrulho e me deparei com uma correntinha de prata com um símbolo estranho. Eram uma flecha e uma espada cruzados sobre um coração.

-O que é? -eu perguntei, curiosa.

-Símbolo da proteção. Meu pai me falou sobre isso e eu... Decidi comprar uma pra você.

-Obrigada -disse eu. - Coloca ela no meu pescoço?

Ele abriu a correntinha e se colocou atrás de mim. Eu puxei meu cabelo para frente, para ajudá-lo. Depois que ele a fechou, eu a fiquei admirando.

-Fica linda em você -disse ele, me fazendo rir.

Ele fez menção de colocar a capa de chuva, mas eu pedi que ele ficasse. Eu disse que tinha algo importante a falar.

Fomos até a cozinha, onde Many já havia preparado a mesa do café. Quando eu cheguei, ela olhou curiosamente para a minha nova correntinha. Depois, percebeu que Max estava junto comigo.

-Bom dia Many -cumprimentou Max animadamente.

-Bom dia, Max. Como vai a sua família? -respondeu minha irmã.

-Estão...bem -respondeu Max, abaixando a cabeça.

Por detrás dele, eu mandei um olhar de cale-já-essa-boca para Many. Ela  deu de ombros e disse para sentarmos na mesa.

Enquanto tomávamos café, conversamos sobre várias coisas. Eu estava me remoendo para contar a Max sobre hoje de manhã, mas Many estava por ali, e eu sabia que qualquer tentativa de conversar sobre isso com ela seria fracassada.

Eu apenas tomei uma xícara de café e Comi um cupcake. Max fez o mesmo. Já Many tomou apenas uma xícara de chá. Depois disso, eu e Max pegamos o resto dos Cupcakes e subimos para o meu quarto para conversarmos sobre hoje. Many abriu o notebook em cima da mesa para pesquisar algo.

-O que você tanto queria me contar? -perguntou Max.

-Hoje de manhã... Eu mal havia dormido e quando estava quasee fechando os olhos, eu ouvi um estrondo na cozinha. Desci até lá para ver. Um homem estava falando com a minha irmã.

Eu expliquei tudo certinho para ele, como o homem era e o que ele e Many falaram. E também, o jeito estranho que o homem saiu. Nessa hora, Max travou sua mand ibula.

-O que acha disso? -perguntei

-Estranho, muito estranho -disse Max, sombriamente.

-Eu não entendo por que Many não quer tocar no assunto -falei - Sempre que eu tento tocar no assunto, ela sempre desvia o rumo ou não responde.

Max ficou quieto.

Passamos a manhã inteira discutindo sobre o homem misterioso, e Many, e comemos os cupcakes. Falar bobagens com Max era A melhor coisa do mundo. Na hora do almoço, Many nos chamou para descer. Ela havia feito macarronada.

-Eu acho que devo ir pra casa -disse Max, antes de nos sentarmos.

-Fique -falou Many, sorrindo.

-Tem certeza?

-Fique, por favor -eu insisti, dando a ele o meu olhar mais de "por favor".

Max olhou para mim, me perfurando com aqueles olhos escuros, e clareou sua expressão.

-Claro -disse ele, dando um sorriso - Eu fico para o almoço.

Comemos tudo e depois fui lavar a louça. Many subiu para seu quarto. Max havia sumido, mas pra casa não foi. Após eu ter terminado de lavar a louça, subi para o meu quarto para trocar de roupa, pois havia me molhado. Decidi colocar uma calça preta meia colada, uma blusa grossa, de manga comprida de algodão. Coloquei o meu casaco preferido: Grosso também, amarronzado, e sentei na minha cama. Segundos depois dava para ouvir vozes no corredor.Oh não, Max e Many estavam discutindo.

"Ela tem que sair daqui. Não é seguro" Insistia Max.

"Ela é muito nova! Tem apenas 14 anos" Respondia Many.

"Eles estão prestes a invadir a casa, Many. Ela tem que ir. Vai estar segura comigo"

"Max, não seja estúpido, por que ela estaria segura com você?"

"Meu tio vai ajudar a protegê-la. Você sabe que eles estão atrás dela" Max acabou assim a conversa e entrou no meu quarto, me surpreendendo.

Eu me virei contra a janela. Não o queria encarar. Ele pareceu surpreso. Fiquei olhando a chuva por uns minutos, até que ouvi um grito estridente. Max me puxou da janela.

-Vamos -disse ele.

Nós chegamos no corredor. Haviam vários tipos de fantasmas, ou algo assim, flutuando pelo corredor. Eu soltei a mão de Max e ignorei seus gritos e corri para o quarto de Many. Dei o mais alto grito possível que pude.

O corpo de Many estava totalmente desfigurado. Vários arranhões corriam pelo seu corpo. Sangue estava espalhado por todo o chão. O quarto estava revirado.

Em segundos, Max estava no quarto, do meu lado, me forçando a sair.

-Precisamos ir, Lily. Te explico tudo mais tarde. -dizia ele.

Eu havia assentido e levantado do chão. Andamos pelo corredor, onde fantasmas ainda passavam como trens em alta velocidade. Nenhum porém, chegava perto da gente. Até que chegamos na sala. No segundo em que soltamos nossas mãos, um fantasma veio na minha direção. Ele era mais escuro do que os outros, e sua forma era medonha. Max não havia chegado a tempo perto de mim. A forma me atravessou com todas as forças possíveis. Eu caí, mas não no chão, pois Max me tomou nos braços. Ele sussurrava algo para mim. Tudo o que eu vi, foi a cena desaparecendo, e todo o ar sendo sugado dos meus pulmões.

Depois disso, não vi mais nada. A escuridão havia tomado meus olhos.


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Notas finais do capítulo

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