Dia 13 de setembro – 9:45h, quarto do meu pai, casa do vô Carlisle
Logo quando eu acordei, minha mãe estava ao meu lado, segurando firmemente a minha mãe, tão firme que eu pensei que fosse arrancá-la fora.
- O que aconteceu? – coloquei a mão na cabeça, e me senti tonta com tudo aquilo.
- Você desmaiou, querida. Fique bem, seu avô fez uns exames em você e viu como ta o bebê, e ligou pro Jacob e ele está lá embaixo, esperando que você acorde pra vim te visitar.
- Vocês contaram a ele? – perguntei aflita.
- Lógico! Você acha que eu ia deixar ele não ficar sabendo que vai ser pai? – ela perguntou alisando a minha cabeça.
- Mãe, desculpa. Eu realmente não tive a intenção de fazer com que isso acontecesse. Eu só imaginei que...
- Psiu! – ela colocou o dedo nos meus lábios. – Eu to feliz que você esteja bem, é isso que importa!
- Meu pai ainda ta bravo? – indaguei com medo da resposta.
- Está sim. Mas não brava com você, nem com o Jacob. Está bravo por ter de ver você passar por uma gravidez de uma coisa nova pra nós. Ele só está com medo, filha.
- Posso falar com ele?
- Como quiser. – ela saiu do quarto e meu pai entrou.
- Desculpa! Não foi a minha intenção. Eu estou mais assustada que você, pode apostar! – ele riu.
- Filha, não se preocupe com nada. Você vai ficar bem! Eu e o seu avô estamos cuidando de tudo! – ele afagou meus cabelos.
- Você ainda me ama? – perguntei ansiosa.
- Sempre! – ele respondeu e depositou um beijo na minha testa.
- E você ta bravo com o Jake? – perguntei nervosa.
- Estou. Ele não podia ter feito isso com você, não com você ainda não tendo atingido sua maturidade, mas enfim, o que mais eu posso fazer? – ele deu um meio-sorriso.
- Eu não quero que você pense que a culpa foi dele. EU planejei tudo, ele não queria nada, desde o princípio, mas eu insisti. – Fui ficando mais corada diante de tudo aquilo.
- Nessie, o mais importante agora não foi quem cedeu. A questão é que isso é perigoso, minha filha. Nós não fazemos idéia do que você esteja carregando no seu ventre. É diferente da gravidez de sua mãe, com esse tempo ela já estava com a barriga enorme.
- Mas pai, justamente por isso, não é igual a nenhuma outra coisa que já ocorreu. Como você pode ter certeza que vai ser perigoso? – alisei minha barriga.
- Filha, ele está crescendo lentamente, mas não sabemos até quando. Isso pode mudar. Você cresceu 9 meses em 3.
- Mas pai, ele é meio humano também. Na verdade ele é ¼ humano.
- 1/3 Renesmee!
- Ou 1/3! Mas como se pode ter certeza que a gravidez vai ser perigosa?
Eu não vou tirar o meu bebê! NÃO VOU! Ele está pequeno, mas eu sei que ele está aqui no meu ventre, eu o sinto. E ele é fruto de um amor verdadeiro, entre mim e o Jacob. Eu não queria que eu ficasse grávida, nem sabia qual seria a cara dele quando ele entrasse nesse quarto. Eu só sei que eu não vou tirar meu bebê!
Pedi pro meu pai sair do meu quarto e fiquei lá, pensando nas coisas boas que as coisas poderiam ser daqui pra frente. Eu, O Jake, e o nosso bebê! Meus olhos se encheram de lágrima ao imaginar aquela cena linda na minha frente.
Olhei para o relógio e vi que já eram 11h, e que tudo o que eu me lembrava na noite anterior tinha acontecido a exatamente 24 horas atrás! UAU! Eu fiquei tanto tempo assim desmaiada?
Dia 13 de setembro – 14h, cozinha.
Pelo visto, acho que o meu bebê se alimenta de comida humana. Mas numa quantidade exageradamente grande, que tipo, eu comi quase 5 vezes o que eu comia no almoço.
Meu avô Carlisle disse que era fundamental aproveitarmos a fome que eu estava sentindo, antes que ela se extinguisse. Então, tudo o que eu tinha que fazer era comer. O Jacob estava ao meu lado, segurando a minha mão, enquanto eu olhava pra toda aquela comida que estava diante na mesa. A única coisa que eu sabia era que tinha umas coisas que eu me lembro de comer quando pequena que odiava. Principalmente couve-flor.
- Eu não vou comer isso! De jeito nenhum! – me recusei a olhar pro que meu pai colocava no meu prato. – Eu to falando sério! Eu NÃO vou comer isso!
- Renesmee Carlie Cullen! Você acha mesmo que você vai ter alguma outra opção a não ser comer isso aí? É pro seu próprio bem. – minha mãe falou sentada na minha frente.
- Eu vou vomitar se eu comer isso! – coloquei a mão na boca.
- Edward, então, é melhor evitarmos! Sabe como é? – minha mãe olhou pra ele com uma cara de pena.
- Não! Ela precisa se alimentar adequadamente, Bella! O corpo dela não rejeitou nada até agora!
- Vamos Nessie, pense só no Jakezinho forte e pulando por aí. – ele alisou minha barriga. Isso fez com que meu pai rosnasse, mas, eu estaria disposta a comer aquilo.
Tapei o nariz e comi, comi tudo o que tinham me mandado comer naquela tarde. – Até que não tava tão mal assim. – alisei a barriga mais uma vez.
- Eu falei! – minha mãe riu.
- Tá, agora, dá pra passar o pote de sorvete de creme? – to louca pra comê-lo.
- Tudo bem, acho que você merece o seu sorvete. Por ter se comportado como um mocinha e ter comido tudo direitinho! – Minha mãe às vezes acha eu tenho 4 anos. Sério. Tudo bem que eu tenho 4 anos, mas HELLO! Eu estou grávida, não precisa me tratar assim!
Peguei meu pote de sorvete e pus uma colherada na boca, e foi aí que eu percebi que a minha gravidez não seria nada fácil.
- Preciso ir ao banheiro. – joguei o pote no chão e corri rapidamente. Infelizmente, não deu tempo de chegar até lá, e eu acabei vomitando aos pés de Tia Rose, que tinha me parado pra ver o que tinha acontecido comigo.
- RENESMEE! – ela não ficou muito feliz com isso!
- E, Jakezinho não vai com a cara da Loura também!- em segundos, todos estavam ao meu redor. Jake estava segurando minha mão, e meu pai a outra. Eu não tinha outra opção a não ser: chorar.