Sundelly Sun escrita por caroldaa


Capítulo 34
Briga (NessiePOV)




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Eu realmente achava que as coisas entre eu e meus pais tinham se “resolvido”, mas eu percebi que não. Logo depois de toda a confusão com as meninas, e que eu expliquei tudo pra elas, e meus pais explicaram as coisas pro tio Emm e pra tia Rose, voltamos pro chalé.

Assim que eu entrei, eu sentei no sofá exausta com o que tinha acontecido comigo, todas as brigas que eu tive, até a discussão com Jacob, tudo isso me fez perceber que eu realmente tinha errado, e que eu merecia mesmo todas aquelas conseqüências.

- É, Renesmee. Você realmente merece tudo isso, mas, realmente ficamos muito decepcionados com você, com tudo o que você fez sua mãe passar, eu passar, o que a nossa família passou nesses tempos, e isso tudo sem pensar em nenhuma conseqüência, sem pensar em ninguém! – meu pai falou se aproximando de mim com um olhar estranho, que eu nunca tinha o visto fazer antes, e que me dava... medo?

- Minha filha, a gente realmente precisou tomar uma decisão, e vimos várias didáticas possíveis pra se tratar de filhos, e essa foi a mais convencional pro momento. – minha mãe falava completando a idéia que meu pai tinha dito, e com as mãos nas têmporas e os olhos marejados. – Agora, você vai apanhar!

- O QUE? – fiquei espantada com aquilo, levantei-me rapidamente do sofá e fui indo pra trás. “Como assim? Hã? Não, eles só podem está brincando, eles não seriam capazes de...”

Foi aí que meu pai me segurou pelo braço, me inclinou no seu colo e começou a me estapear. Eu não estava acreditando nisso, e isso... dói.

Comecei a gritar, chorar e espernear, batendo as pernas no ar, como se isso causassem algum tipo de resistência as mãos hábeis e fortes do meu pai. Senti as lágrimas invadindo meu rosto em cachoeiras, enquanto meu pai pronunciava o discurso dele.

- Isso, é pra você aprender a NUNCA mais fazer as coisas absurdas sem pensar em nenhuma conseqüência. Espero, de verdade, que essa seja a última vez que eu esteja recorrendo a isso, mas que fique BEM CLARO, que eu não me importarei de voltar a fazê-lo se você fizer por onde mais uma vez.

Eu NUNCA na minha vida pensei que eu fosse apanhar do meu pai, e eu só conseguia chorar e assentir com aquilo tudo que ele dissera sem pestanejar ou reclamar nada. E esse foi o discurso mais lento que meu pai fez em todos os tempos e eu já tinha perdido a noção de quantas palmadas eu havia levado. A única coisa que eu sei muito bem, é que doeram: MUITO!

Depois da surra, minha mãe me mandou ir pro quarto. E eu fui, afinal, passar por aquilo de novo, mais nunca! Sai correndo em direção ao meu quarto e lá eu chorei, chorei por tudo o que eu tinha feito pra as coisas terem tomado esse rumo, e por ter apanhado do meu pai.

As marcas permaneceram por algum tempo em mim, e nem ao menos a idéia de eu ter acabado de acordar de um possível “coma”, os envergonharam do ato feito.

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Os tempos se passaram e tio Emmett e tia Rose entenderam o imprinting. Eles na verdade acostumaram-se com a idéia rapidamente, mas colocaram as mesmas barreiras que meu pai tinha colocado.

As visitas só poderiam ser feitas na casa dos meus avós, 1 vez por dia, depois da escola e antes do crepúsculo.. o que nos restava somente 2, no máximo 3 horas com eles. Era melhor do que nada.

As vezes, minha mãe ainda deixava eu ir de moto pra escola com Jacob. Ele vinha cedo e me pegava, mas ele teve que voltar a estudar na escola da reserva também, então, era pouquíssimo o tempo que tínhamos juntos. Nos finais de semana, a gente podia ir até a clareira, mas não sozinhos. Além de ter que sair todos juntos, sempre tinha alguém pra atrapalhar. O menos pior era quando quem ia era a minha mãe, na verdade, era até bom! Ela não nos impedia de fazer nada, e sempre que a gente conseguia fazer algo a mais e ela notava, ela não comentava depois. E como ela não pode ter os pensamentos invadidos pelo meu pai, ótimo.

Mas as coisas se complicavam quando quem ia era o meu pai, na verdade, eu preferia até ficar em casa. Era PÉSSIMO! Ele lia os pensamentos dos meninos, e a idéia ‘beijo’ não podia ser nem pensada, quanto mais consumida.

Quando o Tio Emm ou a tia Rose iam, era quase a mesma coisa, mas pras meninas, porque pra mim e o Jacob, a gente ainda ficava mais a vontade, já que a única que implicava mais com ele era a tia Rose, e ela estava bem focada em manter Seth e Embry longe das minhas primas.

Como eu já comentei antes, voltei a estudar. Não na escola que eu estudava antes, eu passei pra Forks High School, e com a maioria dos horários das garotas.

Eu ainda não gostava nem um pouco de Aline, na verdade eu a odiava. Ela tava namorando o capitão de pólo aquático, Ryan. Mas o Jacob ainda se metia no namoro deles, “porque a prima dele era pura e blábláblá”. Pura com certeza não é, e ele sabe disso... na verdade, ele VIU isso! Mas ele ainda gosta de se iludir.

As aulas continuaram uma bosta! Nada de interessante. Eu era da sala de Ray, e conheci a amiga dela Hay, ela era estranha, mas era bonita! Nada que um toque de Tia Alice não pudesse mudá-la. A chamei pra irmos fazer compras a noite, lá pelas 8 da noite, eu, Tia Alice e a Ray passava na casa dela e íamos.

No almoço eu me esbarrei com Aline. Ela me olhou com uma cara de desprezo imensa, e eu retribuir com um olhar bem superior ao dela.

- Esse colégio ficou cheio demais né?  Deveria ter alguma lei proibindo que feias pudessem passar por esse corredor... – ela falou pra mim ironicamente, eu não ia deixar por baixo. Não mesmo!

- Mas se proibissem, por onde você ia passar, amor? – respondi sarcasticamente. 

Ela veio pra cima de mim, e eu não ia ficar parada recebendo tapas né? Apesar de que eu não sentia nada, mas não ia sujar minha imagem apanhando de uma qualquerzinha como Aline.

As meninas logo intervieram e se puseram no meio da briga a fim de nos separar. Em vão. Eu não soltava os cabelos de Aline por nada, ate arrancar umas mechas com as minhas próprias mãos.

Todos envolta começaram a gritar “briga” “briga” “briga”... Os meninos do pólo começaram até a apostar pra ver quem ganharia, quem sairia na pior e tudo mais. E outros olhavam pra minhas roupas, um pouco desconfiguradas e os cabelos desgrenhados de Aline.

Não demorou muito pra o diretor chegar.

- O que está se passando aqui, Senhoritas Cullen? Senhorita Black? – “já era!” – Diretoria, AGORA!

Seguimos, todas. Eu, Ray, Reissy e Aline.

- A família de vocês sempre teve excelentes notas, comportamento exemplar, mas o legado dela vai ser manchado por causa de uma briga no corredor. Vocês acham isso justo?

- Mas senhor Hudson, não fizemos nada, foi só uma discussãozinha besta, sem significado... – tentei argumentar.

- Discussãozinha sem significado? Vamos ver o que o Dr. Cullen tem a dizer dobre isso...

- Não! Não liga, por favor! A gente promete que não faz mais nada...

- Sim, vou ligar sim! – e começou a digitar os números. Bem que eu poderia ter algum poder de congelar ou voltar o tempo, mas não! Eu tenho que tocar nas pessoas! ¬¬’

- E senhorita Black, vou avisar ao Sr. Black também.

 

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                - Eu não acredito que vocês fizeram isso! – meu avô ia falando ao sair da sala do diretor.

            No corredor, Billy também estava lá, houve uma troca de olhares, mas, bem pacífica entre meu avô e tio Billy.

            Entramos as 3 no carro do meu avô e fomos direto pra casa. Lógico que todos já sabiam do incidente do corredor.

            Ao abrir a porta, escutei os gritos.

            - RENESMEE CARLIE CULLEN! – meu pai gritou do seu antigo quarto. Me tremi dos pés a cabeça de imaginar o tamanho da bronca que eu levaria.

            - RAY ROSETT CULLEN! – Tia Rose gritara e logo em seguida foi a vez do Tio Emm.

            - REISSY CULLEN!

            Eu me tremia de um lado, e elas duas do outro. Subimos as escadas, Tia Rose e tio Emm estavam no quarto deles. Nos separamos ao final da escadaria. – Boa sorte! – foi tudo o que deu tempo de dizermos uma a outra.

Abri a porta e lá estavam eles, minha mãe sentada no sofá e meu pai em uma poltrona, massageando as têmporas.

- Err... Chamaram? – sorri timidamente.

- Quando é que você vai tomar jeito, minha filha? – Minha mãe falava comigo em um tom de desaprovação.

- Mas eu posso explicar... – tentei falar como se fosse adiantar alguma coisa...

- Pode começar. Você tem 30 segundos pra me convencer de algo para que você não seja punida.

Me assustei com isso, confesso. Eu pensei que as broncas começariam antes de eu explicar tudo o que eu sabia...

- Então, é, vocês conhecem a Aline né? Aline é prima do Jake.. quando eu tava na casa do Jake, ela ficava me perturbando todo o tempo, ela ta pra merecer uma lição a tempos.. e foi ela também que me contou a história das meninas errado e então, eu tava na escola, linda como sempre indo pro refeitório, quando ela me parou dizendo que pessoas feias não poderiam passar por aquele corredor, como se eu fosse feia.. e então, eu virei pra ela e perguntei onde ela passaria então! E aí ela não gostou da minha resposta, que foi ótima por sinal, e veio pra cima de mim. E o que eu fiz foi SÓ, SOMENTE SÓ, me defender. Eu não podia apanhar dela.. Eu sei que os tapas dela não doem tanto em mim, quanto os meus doem nela, é fato. Mas aí eu pensei na imagem, se eu fosse uma humana normal eu não apanharia no corredor, então, eu tive que revidar pra esconder melhor o disfarce.. – respirei fundo. 30 segundos!

- Foi a maior quantidade de informação que alguém conseguiu dar em 30 segundos! – minha mãe olhou-me assustada.

Meu pai tava segurando uma risada, dava pra perceber pelo jeito que ele torcia os lábios, mas ele não ia vacilar agora, não sabendo que eu sabia que ele queria rir.

- É foi uma explicação convincente, mas não certa! Então, você vai ficar de castigo!

- Como assim? Eu pensei que a gente tivesse passado dessa fase. – falei choramingando.

- Passamos, evoluímos para um diálogo, monólogo na verdade, mas enfim, você ainda se explicou. Bom progresso. – meu pai falou sarcasticamente.

“É, não se pode ter tudo na vida”

- Aprendeu rápido hein filha? – e aí ele riu. Eu ri também, foi uma situação engraçada, nova e engraçada. Talvez eu até passasse por isso de novo...

- Nem pensar! Sem TV, sem celular, sem internet, sem sair e sem Jacob. 1 semana!

- 1 semana? – gritei.

- Sem reclamações, senão fica ate segunda ordem.

- Ok ok. 1 semana! – conclui e sai do quarto!

- E ah! Explique aos seus tios que a Ray e a Reissy não tiveram nada com isso.

- Ok ok!

Logo depois eu passei pelo quarto do tio Emm e da tia Rose. As meninas estavam lá sentadas, recebendo um enorme carão da tia Rose, e os olhares furiosos do Tio Emmett.

- É, eu sei que essa não é uma boa hora, mas.. as meninas não tem culpa de nada! Elas só tavam no lugar errado e na hora errada... elas só tavam tentando separar a gente...

Meu pai veio atrás de mim e confirmou tudo pra meus tios, e elas se livraram dessa.

Fomos pro chalé, minha mãe foi direto pra cozinha preparar minhas omeletes. Eu tomei um gosto muito grande por comida humana, mas não por todas, só por coisas com ovos, e comida japonesa. Não sei como, e nem porque eu peguei essa mania. Mas é uma delícia!

Depois de comer, fui pro meu quarto e liguei a TV, zapeei pelos canais e em menos de um segundo, o controle tinha sumido de minha mão e a TV tinha sido abduzida...

- Mas.. cadê? – levantei e procurei pelos quarto com o olhar...

- Castigo, Nessie. Castigo!

Sim, minha vida voltou ao normal.


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Notas finais do capítulo

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ain pessoal, esse é o penúltimo capítulo! :~
mas não joguem pedras etc e talz,
que eu já to providenciando um epílogo, e uns bônus pra vcs! *-*
ah sim, a idéia da 2º fase tá na minha cabeça já, até comecei a escrever umas coisas, mas nada definitivo ainda.. *-*

e sim, como prometido (e atendendo a pedidos), Nessie merecia mesmo uma boa lição. Espero que vcs goostem pra eu me empolgar mais com a 2º fase! :p

e como sempre, REVIEWS SÃO SEMPRE BEM VINDOS! õ/

:**



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