Sundelly Sun escrita por caroldaa


Capítulo 32
Amanheceu (NessiePOV)




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Eu não conseguia sair daquela escuridão, e não entendia o porquê de estar  lá a tanto tempo. Eu não estava dormindo, porque eu tentava abrir os olhos e não conseguia, eles não me obedeciam. Eu queria acordar e dizer a todos que eu estava consciente, que eu estava os escutando e queria poder dizer que tudo aquilo era somente um engano. E por que meu pai não consegue ler o que eu estou pensando?

 - Não sei como isso aconteceu, mas ela está quase que humana. – meu avô comentou – Ela continua sendo híbrida, claro. Porém, o seu lado humano ta mais aguçado.

Co... como isso? Eu não posso está humana, vulnerável agora! Não, não posso! EU tenho que abrir os olhos e falar a todos que eu me sinto...

De repente, meu corpo começou se arquear. Eu não estava fazendo aquilo, eu não estava controlando àquilo. O que está acontecendo? Eu só sentia correntes elétricas pulsando no meu corpo, e dor. Aquela sensação de parecer está sendo eletrocutada, eu não respondia aos meus impulsos, eu queria parar, mas não estava conseguindo ter controle sob qualquer um dos meus membros.

- Ela está tendo uma convulsão. Vamos, eu preciso de ajuda. Segurem-na. Não a deixe se debater muito, eu vou introduzir um medicamento na veia. – senti várias pessoas segurando meus membros, isso me controlou, mas a dor que eu sentia pelos impulsos estava se tornando cada vez maiores. E medicamento? Na veia? Não! Não precisa disso, eu estou bem, eu não preciso tomar injeção nenhuma, eu vou ficar bem... Não consegui dizer nem uma palavra e senti a agulha sendo injetada na minha pele mármore. Eu pensei que coisas assim não pudessem acontecer, que minha pele seria impenetrável, mas desde quando as coisas são normais na minha família?

- Convulsão? – meu pai perguntou com a voz trêmula. – Ela vai ficar bem né?

- Vai não é. Carlisle? –Vai, lógico que vai. Eu já não estou sentindo mais nada.

- Sim, sim. Ela vai ficar bem. – EU SEI!

Fiquei inconsciente por mais 2 dias, conseguia sentir o cheiro do meu namorado por quase todo o tempo. Aliás, do meu EX-namorado. Mas se ele me despreza tanto, porque ele ainda continua ao meu lado por todo esse tempo? E onde estaria Aline? Eu não sento o cheiro dela. Mas também, eu estou sentindo um cheiro diferente, de vampiro, mas eu nunca os senti antes. Deve ser algum amigo do meu avô ou do meu pai que estaria fazendo uma visita... em uma ocasião como essa?

Minha cabeça estava a mil, cheia de indagações a serem feitas e nenhum resposta que eu pudesse ter agora.

De repente, eu senti que eu já tinha domínio sobre o meu corpo, eu senti que eu podia mexer os dedos dos meus pés, e o nariz... eu podia abrir os olhos. E foi o que eu fiz, não hesitei e o fiz, antes que algo pudesse acontecer e eu perdesse todo o comando.

Logo que eu abri os olhos, fui cercada de pessoas. Meu pai, minha mãe, meus tios, meus avós, meu Jacob e vi duas fotos grandes na parede. As substitutas, conclui.

- Foram por essas daí que vocês me substituíram? – senti as lágrimas começando a surgir no meu peito. – Não sei porque vocês foram atrás de mim! Vocês não precisam mais de mim, vocês agora têm mais duas ‘filhas’ pra me substituir.

- Renesmee, dá pra você calar a boca e escutar, pelo menos uma vez. – Fui cortada por uma voz impaciente, Jacob. Eu assenti e fiquei parada na maca, sem acreditar no que estava acontecendo. – Elas não são suas irmãs, muito menos suas substitutas. Elas são filhas da Loura e do Emmett.

- São? – olhei-os confusa, esperando uma negação. Mas não foi o que aconteceu.

- São sim! Ray Rosett Cullen, e Reissy Cullen. Nós a criamos na Nova Zelândia, na nossa última lua de mel. – Tia Rose falou me olhando nos olhos.

- Ah! Agora... agora eu entendi o porquê de serem as novas Cullen. Eu entendi tudo errado, e... Porque você não me explicou isso antes, Jacob? – fitei-o incrédula com a omissão daquilo.

- Como se você fosse escutar... – ele murmurou e saiu.

- Jacob, espere! – tentei me levantar da maca, mas meu avô me segurou elo braço.

- Nessie, você vai ter que esperar um pouco. Eu tenho que refazer alguns exames pra saber como você está. – e foi quando eu percebi a quantidade de fios que estavam conectados a mim.

- Eu to me sentindo bem vô. Na verdade, eu estou com... fome. – fiquei confusa com a minha própria confissão.

- Fome? Ainda restou alguns bolsas de sangue O aqui.

- Não, eu não estou com sede. Estou com... fome. – ainda não estava acreditando naquilo que eu estava falando.

- Ela está com fome. Comida humana. É estranho pensar nisso mas, é... ela está com fome. Alguma preferência? – meu pai me perguntou tocando em minhas mãos e me analisando.

- Na verdade, ovos. – todos riram, eu não entendi verdadeiramente o motivo da piada, o que eu tinha dito de engraçado, mas enfim, ri também.

Carlisle fez todos os exames necessários que ele tinha que fazer em mim.

- Eu preciso colher mais uma amostra de sangue. – ele se aproximou com aquela seringa de novo.

- Não! Não mesmo! Você não vai enfiar isso em mim de novo. – me recolhi na maca.

- Ah, você também? Isso nem deve ser tão doloroso? – Carlisle fez uma careta e foi se aproximando de mim novamente.

- Nem vem! Você não vai recolher nenhuma amostra de sangue meu. Pode se virar com aquela que você tirou naquele dia. – eu resmunguei e me aproximei da tia Rose. Ela deve entender o medo de agulhas, porque ela me envolveu em um abraço e me deixou protegida de qualquer agulha que fosse.

- Você lembra? – Meu avô se aproximou de mim com um olhar estranho.

- Lembro! Eu estava consciente, eu só não conseguia dizer isso a vocês. – expliquei. - E não entendi porque meu pai não conseguiu me ouvir. Eu estava protegida? – perguntei.

- Não! Creio que não. Não sei o que aconteceu de fato, mas isso é mais um dos motivos que eu preciso colher uma amostra de sangue, eu preciso tentar achar uma resposta pra todas essas perguntas.

- Não! Eu não me incomodo de ficar sem respostas! – eu conclui exasperada.

Todos riram mais uma vez. Tia Rose não me soltou e continuou me abraçando pra me proteger daquela injeção maldita. Não sei se pra me proteger de fato ou pra matar a saudade.

- Eu voto na segunda opção. – falou meu pai baixinho, todos ouviram, claro, mas ninguém entendeu do que se tratava.

- Ah! Com a gente não é assim né? – As meninas entraram no escritório juntas. Elas eram incrivelmente lindas, os cabelos longos, sedosos, e com leves cachos que iam da metade do cabelo até as pontas.

- São elas? – olhei-as dos pés a cabeça.

- Sim. Essa é Ray e essa é a Reissy. – Tio Emm apontou as duas respectivamente para que eu pudesse distinguir uma da outra.

- UAU. Elas são... lindas! – olhei abismada para elas.

- Tanto quanto você. – minha mãe falou e me abraçou. Tia Rose automaticamente tirou as mãos envoltas de mim, dando espaço a minha mãe.

- Tava morrendo de saudade, mãe. – a abracei mais forte, virando o meu corpo pra ficar de frente pra ela.

Deixa perfeita para que meu pai segurasse as minhas mãos por trás dela, e meu avô se aproveitasse pra colher a maldita amostra de sangue que ele tanto cobiçava.

- AAAAHHHH! – gritei. E logo em seguida o Jake subiu.

- O que aconteceu com ela? Por que ela gritou? – ele se aproximou de mim, e tentou me fitar.

- Criança. Medo de agulha. Agora, pra fugir sozinha, a senhorita não tem medo né? – dei um sorriso amarelo e afaguei meu braço.

- Jake... – o chamei com as mãos como se fosse uma criança de verdade.

- Olha, quem voltou aos 3 anos! – Comentários de tio Emm, já falei o quanto eu os odeio?

- Não é só você! – mas uma vez, meu pai.

Carlisle tirou os fios de mim, e eu fui pros braços de Jacob. Ouvindo uns rosnados do meu pai.

- Tchau, meninas! – Acenei pra elas e mandei um beijo a todos que estavam no escritório.

Descemos as escadas e fomos pra varanda, ele me pôs sentada em um baquinho e se sentou ao meu lado. Por instinto, eu me aproximei dele e deitei a cabeça em seu ombro, a fim de receber carinho. Não foi o que aconteceu.

- Renesmee, você sabe o quanto eu me esforço pra manter o nosso relacionamento. O quanto eu tive de abrir mão para ter você comigo. Eu briguei com seus pais, sabia disso? Não sei como o Edward ainda deixou você descer comigo, porque se fosse por ele, você não encostava nem os olhos em mim. E sua mãe, minha melhor amiga, teve um momento que ela não quis nem ao menos falar comigo. Eu passei por muitas coisas, muitas de verdade, e você não ficou sabendo de muitas delas. E sabe como você me retribui?

O fitei com cara de espanto. Eu não sabia que o Jacob tinha feito tanto pela gente, pra manter o nosso namoro. Ou ex-namoro. Não sei ao certo.

- (...) Você nunca me escuta, você nunca ao menos tem consideração de perguntar como eu estou, você só me acusa. Me acusa de não ter te olhado, me acusa de ter olhado pra minha PRIMA como se eu a quisesse. Eu não tenho certeza se você está preparada para um relacionamento...

- O... o que? Eu estou preparada! Jacob, eu amo você! E eu sei que eu as vezes sou um pouco explosiva, que eu não te escuto, mas não é por mal... na verdade eu nem sei ao certo o que é, mas quando eu fico com raiva eu não consigo ver nada, eu ajo por impulso... entende?

- Mas esse comportamento é inaceitável, ainda mais sendo quem você é! Você não pode simplesmente sair quebrando tudo, ou falando asneiras sempre que tiver vontade, existem outras pessoas que não sabem do seu segredo, do meu segredo... você tem que aprender a se controlar, e tentar agir como uma menina de 15 anos, como você aparenta, e não ser teimosa que nem uma de 3!

Eu ri, meio sem graça de tudo o que ele dissera. Era verdade! Eu tinha feito isso mesmo.

- Eu prometo que eu vou mudar. – olhei nos olhos dele e afaguei seus cabelos.

- E vai mudar! – ele não foi delicado, doce e gentil quando me falou isso, ele jogou como se fosse uma obrigação minha.

Eu me aproximei dele, e ele fez o mesmo. Nossos rostos a centímetros de distância, eu podia sentir o calor que ele emanava, o seu olhar penetrante no meu, e sua testa quente. Nossos narizes se tocaram por um tempo e enfim, nossos lábios de uniram. Nossas línguas não ficaram de fora e participaram do espetáculo inesquecível da minha vida, elas se entrelaçavam e dançavam sincronicamente, ao som de doces melodias dos nossos corações acelerados. Momento muito romântico q que foi interrompido. Não por uma pessoa, mas por uma platéia. A qual esperávamos uma salva de palmas pra comemorar o espetáculo mais lindo do mundo, isso não aconteceu.

Meu pai me puxou para um canto, e minha mãe olhou feio pro Jacob, como se fosse querer arrancar sua cabeça. Os outros lobos perceberam e se aproximaram rapidamente do círculo, as meninas (Ray e Reissy) curiosíssimas também. Tio Emm e tia Rose ao lado delas, pra protegê-las e nos proteger. E Carlisle e Esme petrificados, não querendo se meter naquela confusão.

- Isso é mesmo necessário? Pra que tudo isso?! Foi só um beijo. Um beijo do meu NAMORADO!

- Fica quieta, Renesmee. Dessa vez eu não vou ter a mesma paciência que eu tive antes não, viu? – “Ótimo! Que comecem o jogo novamente”

- Eu já vi isso antes... – Jacob revirou os olhos e voltou a se sentar na cadeira. Carlisle e Esme começaram a rir, e todos os seguiram. Não tinha como não rir daquela situação. Semelhante demais ao que tinha acontecido, lógico, que com um resumo bem básico, mas o desenvolver e o desfecho, seriam os mesmo.

Os lobos se afastaram e se transformaram. Leah ficou num canto e se recusou a voltar pra concentração na casa branca. Meus pais me soltaram, e minha mãe até sorriu pra mim. Quando os lobos voltaram, eis mais uma surpresa na família...


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Notas finais do capítulo

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pessoal, obrigada de verdade pelos reviews!
e HOOJE, em minha própria homenagem :P, um capítulo beeeeeem grande pra vcs! ;D
acho que amanhã, ou hj de noitiinha, eu consigo responder os reviews que eu receber (yn) kkkkkk

feliz aniversário pra mim, õ/
yêêêah!
kkkkkk

:* :*



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