Sem Promessa De Amanhã escrita por Gisele Carvalho


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Gente, me desculpe a demora, mas eu estava sem internet e não tinha como eu postar. Mas daqi pra frente eu vou tentar cumprir os dias de postagens. Beijos.



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Sua cabeça estava a mil. Enquanto saia da cozinha, tentava tirar da sua cabeça o pressentimento que teve. Algo iria acontecer. Só queira Deus que não seja algo ruim. Assim foi caminhando até seu filho, que estava como ela deixara. No piano. Agachou-se na frente dele e deu-lhe um abraço forte. Não um abraço qualquer, mas um abraço que pudesse demonstrar o quanto ela amava aquele menino. Mais uma vez, o seu coração apertou. Uma pontada forte no peito a fez abrir os olhos e quando o fez se deparou com um par de olhos verdes presos nela. Não era possível. O que ele estava fazendo aqui? Será que ele já sabia de Gabriel? Será que ele ia exigir a paternidade? Uma sombra de medo grudou em Isabella. Será que ele ia tomá-lo dela? Não. Isso não. Preferia a morte, mas viver sem seu filho jamais.

Edward mirou Isabella nos olhos mais uma vez e se aproximou dela e do menino.  Isabella ficou gelada. Ficou imaginando o que ele queria ali naquele lugar. Bella fechou os olhos e sentiu uma sombra na sua frente. Ela olhou para cima e viu aquela escultura maravilhosa, com seu terno de corte perfeito, os cabelos despenteados e ainda molhados de pé na sua frente. Não tinha para onde fugir.

     - Isabella, eu quero falar com você – disse ele. Isabella pensou em protestar, mas viu que não adiantaria.

     - Filho, por que você não me espera lá dentro? – disse ao pequeno Gabriel.

     - Claro mamãe, mas não demora. – e saiu correndo.

Bella se levantou e pediu em silencio para que não desmaiasse agora. Mas sabia que não agüentaria muito tempo. Sua vontade era sair correndo com seu filho para bem longe daquele lugar. Edward não deu tempo para que ela protestasse e a pegou pelo braço, levando-a para fora do restaurante. Edward apertou um único botão para que as portas do seu carro abrissem.

     - Entra no carro – Bella olhou para os lados procurando por alguma brecha por onde pudesse fugir. – Entra agora, ou eu faço por você.

Bella o encarou com os olhos cheios d’água e fez o que ele mandou. Edward entrou no carro logo em seguida, e saiu cantando pneu.

     - Onde você está me levando? – Bella perguntou quase num sussurro.

     - Cala a sua boca. Eu estou a um fio de perder o controle e se você não cooperar eu não me responsabilizo pelos meus atos.

Isabella o olhou aterrorizada e fez o que ele disse. Edward parou numa rua deserta e pra variar, sem saída.  Tentou a todo custo abrir a porta do carona, mas estava trancada. Respirou fundo e o olhou.

     - Eu não sei o porquê disso tudo. Mas espero que você tenha um bom motivo pra me trazer a força para esse lugar. – disse criando coragem.

     - Aquele menino é o meu filho. – disse ele num tom calmo, mas frio.

     - Não. Ele é MEU filho. MEU filho e de mais ninguém, está me entendendo? – disse Isabella, temendo o pior.

     - Ele é idêntico a mim, na idade dele. Seis anos ele tem, eu suponho. Não é?

     - Não é da sua conta.

     - Você continua linda. – disse ele como um desabafo. – Mais linda do que antes. Mais roliça. Perfeita.

     - Aonde você quer chegar com isso? Acha que eu vou cair na sua historia de novo? Não perde seu tempo Cullen, já estou vacinada contra você. – disse ela de uma só vez. – O que você quer?

     - Você! – disse ele sem rodeios.

     - Você é louco ou deu pra se drogar? – disse ela tentando não alterar o tom de voz.

     - É isso mesmo o que você ouviu. Eu quero você, não só você, mas o menino também. – disse por fim.

     - COMO É? VOCE FICOU LOUCO EDWARD? ISSO NUNCA! – gritou desesperada.

     - Não grita. Eu te procurei depois daquele dia. Quando eu cheguei na nossa casa você tinha sumido. Não estava mais trabalhando e não deixou referencia com ninguém. – confessou ele.

     - Pra que você foi me procurar?

     - Pra ter certeza de que você não ia estragar sua vida tendo um filho tão cedo. Mas cheguei tarde demais. Ainda bem, porque iria ser lastimável você ter tirado aquele menino lindo. Eu o quero, quero aquele menino. – disse por fim.

     - O nome dele é Gabriel, e não aquele menino. GABRIEL! E você não vai chegar perto do meu filho, ou eu mato você. Ta entendendo? – disse Bella.

     - Não mata não. E caso o contrario, se ele não for meu por bem, vai ser por mau. – disse num tom frio e calculado.

 Isabella olhou para aquele ser que estava na sua frente. Não estava conseguindo digerir tudo o que ele acabara de falar. Estava com medo. Não por ela, mas por seu filho. Ela não podia deixar que aquele homem sem escrúpulos se aproximasse dele, e muito menos o fizesse mal. Seria capaz de tudo.

     - Pensa Isabella. Pensa muito bem sobre isso porque eu não vou ter piedade. Eu sou possessivo com tudo o que é meu e aquele menino me pertence. É tão meu quanto seu. – disse a ela num tom ácido.

     - Não tem sobre o que pensar. Ele não vai ser seu e se você se aproximar dele eu mato você Edward. Eu TE MATO. – gritou ela descontrolada.

     - Eu já disse tudo o que eu tinha pra dizer. Dou-te 2 dias pra você pensar. Agora saia. – disse ele.

     - Como? – disse ela sem entender.

     - Eu disse pra você sair do meu carro. – disse ele já saindo do veiculo e a tirando pelos braços.

Ela ficou sem reação de inicio, mas logo que ele deu partida no carro ela tentou alcançá-lo, mas não conseguiu. Tudo o que conseguiu foi chorar copiosamente sentada na calçada.

Enquanto Isabella tentava conseguir um taxi, Edward foi mais rápido e voltou para o restaurante. Não poderia dar brecha para ela. Tinha que agir e rápido.

Chegando lá, procurou pelo menino, mas não o encontrou de inicio e foi se sentar próximo ao piano. Chegando mais perto, fitou uma criança em baixo do piano, chorando. Edward o reconheceu logo. Seu filho. Era estranho para ele, logo que soubera da existência de Gabriel, seu peito inflava, se sentia mais leve ao olhar para ele.

Edward sentou num banco de frente para ele começou:

     - Olá! – disse Edward num tom sereno – Por que você está chorando Gabriel?

     - Porque eu me machuquei no banco e a minha mamãe vai brigar comigo. – disse ele choroso. Edward o olhou com candura.

     - Deixa-me ver isso. – disse Edward pegando-o no colo. Tinha ralado o joelho, mas nada que um guardanapo não resolvesse.

     - Viu, nem está tão ferido assim. Só um arranhãozinho.

     - Obrigado moço. Quem é você? – perguntou Gabriel, levantando as sobrancelhas.

Edward viu uma chance de ganhar. Ele seria seu custe o que custar.

     - Sou o seu pai. – disse ele ao menino como se desse “até logo”.

     - Meu papai? – perguntou o menino entusiasmado.

     - Sim, você é meu filho.

     - Uau! Mas você já parou de viajar? – perguntou.

     - Como? – perguntou Edward confuso.

     - A mamãe disse que você não vinha me ver porque você viajava muito. Você agora arrumou um tempo pra mim? – perguntou Gabriel.

     - Deixa eu te contar uma coisa. Eu não estava viajando. Sua mãe me escondeu de você durante esse tempo. Ela não contou pra mim que estava esperando você. Eu não sabia de nada. – disse Edward ao menino que, com os olhos esbugalhados olhava para o pai.

     - Quer dizer que a minha mamãe mentiu?

     - Sim campeão, ela mentiu pra nós dois. Sorte que eu descobri você a tempo e vim te conhecer. Se não ela ia fugir de novo. – Edward não sabia por que estava contando aquela mentira para o garoto, mas sabia que aquele era um passo muito importante para tê-lo ao seu lado sem ele contestar.

Edward não se sentia bem com aquilo, mas tinha que fazer. Desde que se casara com Tânia, a mesma não engravidava nunca. Ele era Edward Cullen, tinha que ter herdeiros. Nos primeiros meses de casado ele tentou ter um filho com ela, mas descobriu mais tarde que ela tomava remédios escondido dele. Passado a tempestade ela tentou engravidar. Mas nunca conseguiu. Ele pensou que ela estava tomando remédios escondido de novo. Mas a grande surpresa foi quando eles foram a um especialista e ficou revelado que ela não poderia engravidar nunca. Daí foi só decepção. Adoção estava fora de questão. Para a família isso era motivo de vergonha. Pensou até em barriga de aluguel, mas desistiu logo após saber do paradeiro de Isabella. Foi um golpe de sorte ele tê-la encontrado e ainda mais com um filho a tira colo. Um menino lindo. Saindo do pensamento Edward notou que o menino estava quieto demais e resolveu quebrar o silencio.

     - O que você está pensando? – o indagou.

     - Na minha mamãe. Porque ela mentiu pra mim sabendo que eu queria um pai? Isso é errado num é moço? – perguntou Gabriel quase chorando.

     - Sim, é errado. Mentir é muito feio.  E eu não sou “moço”, sou papai. Pode me chamar de papai filho?

     - Claro. Papai! – disse Gabriel sorrindo pela primeira vez. No exato momento em que Isabella parava diante deles.

     - O que você esta dizendo filho?

     - Mamãe, ele é meu papai e você é uma mentirosa. – disse segurando o choro. – Por que você mentiu pra mim mamãe se você sempre diz pra eu não mentir. Por quê?

     - Quem disse que eu menti meu filho? Foi você Edward? – disse entre dentes.

     - Disse a verdade Isabella. Eu disse a você o que queria, mas você não facilita.

     - Pra você? Nunca.

     - Para mamãe, não grita com o papai se não ele não vai gostar de mim. – disse Gabriel chorando.

Isabella olhou para o seu filho e seu coração apertou. Isso não podia estar acontecendo. Não com ele. Ela lutou tanto para criá-lo, educá-lo e agora vem alguém que gosta de curtir com a vida dos outros e faz isso. Isabella sentiu vontade de estapeá-lo na cara até que ele estivesse deformado.

     - Filho, eu não menti pra você. Jamais faria isso com você! – disse ela chorando.

     - Papai disse que você me escondeu dele. Por que mamãe?

Isabella encarou Edward de uma maneira que ele jurou que se estivessem sozinhos, iria comê-lo vivo.

     - Filho, não liga pra isso. O que importa agora é que estamos juntos. Você, eu e a mamãe. – disse Edward como se aquilo não fosse nada demais.

     - Edward, você poderia me deixar a sós com meu filho, por favor? – implorou.

     - Tudo bem. Filhão olha, esse é meu cartão. Tudo o que você quiser, se você estiver querendo falar comigo, é só ligar pra esse numero. Você já sabe ler? – perguntou Edward estendendo um cartão para o menino.

     - Sei sim papai, leio muito bem. – disse o menino.

     - Então, a qualquer hora meu amor. – disse ao menino. – E você Isabella, pensa bem no assunto. Aposto que você não quer ficar sem ver seu filho não é? – disse ele passando por ela.

     - Eu vou pensar – disse ela se rendendo. Sabia que não podia iniciar uma batalha contra ele. Iria perder, com certeza.


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Notas finais do capítulo

Gente, preciso de comentários, sem comentários eu não vou saber se a fic está boa, e sem saber se está boa eu vou desanimar de postar. Bom, é só isso. Beijo e tchau!



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