Sem Promessa De Amanhã escrita por Gisele Carvalho


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais um capitulo pronto, aproveitem.



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Edward acabava de desembarcar de seu jatinho. Estava voltando a NY depois de  7 anos. Como seria? Estava ansioso demais. Algo lhe dizia que aquela visita a NY ia mudar sua vida.

Muitas coisas rondavam sua mente, como por exemplo, Isabella. Sim, ele ainda lembrava-se dela. Durante os sete anos em que seguiu longe, ele ainda se lembrava.

Edward fora despertado por sua irritante esposa Tânia Denalli.

Edward havia se casado logo após o rompimento com Isabella. Ele julgara ser o melhor para os negócios e eventualmente aquela mulher. Lembrava dela com ódio.

Como ele pode se deixar levar por uma carinha de anjo? Mas felizmente fora alertado a tempo de um grande golpe.

Chegando em sua cobertura junto com sua mulher, Edward se despiu e fora logo para um banho. Estava bastante cansado com a rotina de escritórios, reuniões e etc. Iria ficar um pouco mais de 1 mês na cidade. Esse tempo teria que ser o suficiente para o que ele planejava. Tinha que ser.

- Eddie, eu ainda não sei o que viemos fazer aqui nessa cidade? Que eu saiba você não tem nenhum negócio pendente aqui e mesmo que fosse, mandaria um representante como você sempre faz.

- São problemas meu Tânia, não se intrometa. – disse ele já perdendo a paciência.

- São sempre problemas seus! Somos casados e você nunca me inclui nas suas decisões e eu sempre fico a ver navio. – exclamou ela exaltada.

- Não se exalte querida, logo você vai saber oque eu vim fazer aqui. – Mau sabe ela.

(...)

     Isabella acordou com um aperto no peito, algo ruim de se sentir. Mas deixou pra lá.

Ao ouvir o ruído de uma cadeira a ser arrastada sobre o chão de tabuas, Isabella suspirou. Em seguida, largou a mecha de cabelos morenos que segurava entre os dedos e fez uma careta para o espelho. Seu corte teria que esperar. O ruído indicava a chegada de um freguês inesperado que, infelizmente, ela teria que mandar embora.

     Depois de guardar a tesoura, abriu a porta do banheiro das senhoras e espiou o restaurante aberto, coberto de sapê. Sim, um homem de cabelos acobreados estava sentado a uma das mesas mais próximas à entrada, observando as águas  azuis.

- Está sem sorte, senhor! – Bella murmurou consigo mesma. – Chegou duas horas adiantado.

  Ajeitou os cabelos com as mãos, alisou a mini-blusa e limpou a mancha da bermuda. Seria vitamina? Também secou o suor da testa. Afinal, o Paraíso Esquecido podia nem sequer lembrar o hotel Savoy, em Londres, mas ela não gostaria de parecer desleixada diante de um cliente.

  Fechou a porta do banheiro e caminhou por entre as mesas, franzindo o cenho. Detestava a idéia de recusar um freguês e se perguntou por que deveria fazê-lo. Os horários de funcionamento do restaurante não precisavam ser tão rígidos. Alem disso, que dificuldade haveria em ligar a cafeteira, ou abrir uma garrafa de cerveja, ou mesmo servir uma fatia de bolo? Nenhuma!

  E, se o atendimento fosse simpático e eficiente, havia a possibilidade de o freguês se sentir inclinado a voltar outra hora, para fazer uma refeição adequada. Seria muito bom ouvir o tilintar da caixa registradora.

- Bom dia, cavalheiro – cumprimentou com um sorriso largo. – O restaurante só abre ao meio dia e, hoje, estaremos servindo uma de nossas especialidades: moqueca de peixe a moda crioula. Mesmo assim terei prazer em lhe servir um café, ou uma cerveja, se o senhor...

   Quando o homem virou para fita-la, o sorriso morreu nos lábios de Bella e a frase ficou interminada. Sentiu-se atordoada pelo choque. Estava diante de Edward Cullen, magnata do mundo dos negócios, conquistador convicto e... o pai ausente de seu filho de seis anos de idade, que fora levado para um passeio pouco antes.

  Em busca de equilíbrio, suas mãos seguraram com firmeza o encosto da cadeira mais próxima. Tempos atrás, Bella havia se deleitado ao estudar cada traço daquele homem. Ora, por que não reconhecera de pronto os cabelos acobreados, ombros largos, a postura calma e confiante? Por que já fazia muito tempo desde que Bella perdera qualquer esperança de que Edward se dispusesse a encontrá-la. Além disso, jamais lhe passara pela cabeça que ele fosse capaz de procurá-la naquele fim de mundo.

    Como ele havia descoberto seu paradeiro? Oque ele queria? Será que ele se arrependeu depois de tantos anos? Não, alguma coisa se devia ao seu mau pressentimento. Aquela não era um reencontro amigável.

   Soltou o encosto da cadeira e endireitou os ombros. Tanto fazia o motivo do súbito interesse de Edward, pois estava chegando tarde demais. Se ele esperava que ela fosse se atirar aos seus pés, com lágrimas de gratidão, estava redondamente enganado.

  - Eu não... – começou a falar.

  - O que você está fazendo aqui? – Edward interrompeu.

  Durante o vôo de Londres para os Estados Unidos, pensara em Isabella Swan o tempo todo. Recordara o envolvimento que tivera com ela no passado, como vinha acontecendo com freqüência irritante, mos últimos tempos. Tais lembranças sempre traziam a sensação de desconforto e arrependimento, mas, ver-se diante dela era como ser atingido por um golpe físico.

  -Estou ajudando Ângela  na administração do Paraíso Esquecido – Bella respondeu, surpresa ao constatar que sua voz soava normal e controlada.

  Edward ficou a pensar no destino. Tinha ido ali a procura de informações de seu paradeiro e de graça, fora abençoado com sua presença. Edward ficou estudando suas feições. – Tinha que dar certo. – ele pensou. – Se ela aceitou uma vez, não vai ser diferente agora que ela continua na mesma ou situação pior que antes. – concluira.

  - Eu tenho que ir. – Disse ele. E assim se foi.

(...)

Logo após a partida dele, a reação de Bella fora de alivio. Porém, não havia demorado a descobrir que ele continuava no país. A imprensa tentava a todo custo descobrir oque levara o bilionário Cullen aquela região. Descobriram assim, que ele ficaria uma temporada acompanhado de sua esposa, Tânia Denalli, Srª Cullen, como prefere ser chamada.

Irritou-se e sentiu medo pelo seu filho. Ela descobrira um uma entrevista que o casal Cullen, não teria um herdeiro, pelo menos não biológico. Tânia era incapaz de gerar um filho, ou seja, era seca. E essa noticia deixou Bella varias noites em claro, com medo de Edward aparecer e lhe tomar seu precioso filho. Ele fora capaz de deixá-la grávida, sem garantia de vida nenhuma. Seria capaz sim, de tal baixeza.

Bella, se lembrou de quando sua barriga começou a crescer, já não podia mais trabalhar no café em que trabalhara por muito tempo, não porque estava incapacitada fisicamente, mas para aquelas pessoas, ser mãe solteira era algum tipo de crime. Enfrentou preconceito de parentes, “amigos”, de quase todos. Fora achar abrigo num pensionato, onde as freiras cuidaram dela e de seu filho. Em troca, Bella ajudava a por em ordem documentações acumuladas de anos. E assim seguiu até conseguir seguir com as próprias pernas.

 À noite Bella cuidou de seu filho, deu banho, alimentou e seguiram para o quarto. Já com Gabriel dormindo em sua cama, ela desabafou:

  - Eu pretendia enviar fotografias suas para seu pai, quando você completasse um ano – falou com o menino adormecido. – Se ele não respondesse, eu mandaria outras, quando você fizesse dois anos. Se, mesmo assim, ele não se manifestasse, eu o levaria para Londres, poria você em cima da mesa do escritório dele  e diria: “Querido, este é seu filho e herdeiro”. O que, certamente, o obrigaria a nos dar alguma atenção.

Foi subitamente invadida por uma onda de tristeza. No passado, havia se considerado eficiente para julgar o caráter das pessoas. Acreditara que seu amante era um homem responsável e confiável, mas tudo não passara de ilusão.

  - Como pude me enganar tanto? – resmungou e voltou a mergulhar no silencio, sentindo-se bombardeada pelas recordações do passado...


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Notas finais do capítulo

Vou tentar manter um ritmo de postagem em 3 dias da semana. Ainda não sei, dps eu vejo de acordo com meus compromissos. Bye



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