(Na sala de espera...)

(Jú) – Fatinha, você já tinha falado sobre esse plano lá na praia... já sabe o que vai fazer?

(Fatinha) – Não! Ainda não! Mais eu sei de uma coisa... eu vou precisar muito da ajuda de vocês...

(Todos) – Claro!

(Fatinha) – E como será que está o clima lá dentro?

(Jú) – Isso só vamos saber, quando a Lia sair e nos contar.

(Gil) – Isso se ela quiser contar, né?

(Jú e Fatinha) – É verdade!

(Depois de fazer a denúncia, Mário chega em casa e pede para conversar com Alice)

(Alice) – Mário, fala logo porque você já está me assustando...

(Mário) – Calma Alice... em primeiro lugar, eu quero te dizer que está tudo bem... foi só um susto, mas já passou.

(Alice) – Foi o Dinho, não foi? Me diz o que aconteceu, Mário? O que aconteceu com o meu filho?

(Mário) – Ele está bem, mas... mas ele está no hospital.

(Alice) – Hospital? Que hospital? Porque?

(Mário) – No hospital aqui perto, aquele que o Lorenzo trabalha.

(Alice) – O que aconteceu com o meu menino? Para de me enrolar Mário! Eu quero ir para lá imediatamente.

(Mário) – Claro! Eu vou te levar, mas se acalme primeiro!

(Alice) – Não adianta! Eu só vou me acalmar quando eu ver o meu filho! Quando eu falar com ele! Vamos?

(Mário) – Está certo, vamos então!

(No quarto do hospital...)

(Lia) – Dinho? Como você está se sentindo?

(Dinho) – Bem! Estou com muito sono, mas estou bem! E você?

(Lia) – Graças a você, eu estou viva! Obrigada! Dinho, porque você se jogou na minha frente quando a Valentina atirou?

(Dinho) – Porque para mim é muito mais fácil morrer do que viver sem você!

(Lia) – Não fala isso! Você quase morreu de verdade!

(Dinho) – Eu faria tudo de novo! Eu não me arrependo! Mas me responde uma coisa... E se eu tivesse morrido, você teria se importado?

(Lia) – O que você acha?

(Dinho) – Que sim?

(Lia) – Claro, né? Não quero que nada de mal te aconteça!

(Dinho) – Então, quer dizer que você já me perdoou?

(Lia) – Isso quer dizer que você tem que descansar agora! Se não o meu pai ainda briga comigo porque eu cansei o paciente dele de mais.

(Dinho) – Responde só essa pergunta.

(Lia) – Tudo bem, se for para você ficar mais calmo eu respondo... eu já te perdoei sim!

(Dinho esboça um lindo sorriso)

(Dinho) – Marrentinha, você me perdoou? Então quer dizer que você aceita voltar a namorar comigo?

(Lia) – Não! Eu não disse isso Dinho! Por favor, não confunda as coisas...

(Dinho) – Eu não te entendo... você disse que tinha me perdoado, mas... você deixou de amar?

(Alice e Mário chegam ao hospital e logo após conversarem com Lorenzo, seguem direto para o quarto onde Dinho está)

(Dinho) – E então Lia, você não quer voltar comigo, porque deixou de me amar?

(Alice) – Filho! Meu filho como você está?

(Lia respira aliviada com a chegada de Alice e Mário)

(Lia) – Ufa!

(Dinho) – Calma mãe, eu já estou bem...

(Alice) – Oi Lia! Tudo bem?

(Lia) – Oi! Agora está sim! O Dinho salvou a minha vida! Se não fosse por ele, quem estaria agora nessa cama seria eu!

(Alice) – Desculpe ir entrando assim, mas eu estava muito preocupada com esse garoto aqui...

(Lia) – Não tem problema, não! Eu já estava de saída!

(Alice) – Você não está saindo só porque a gente chegou não, né?

(Lia) – Não! Que é isso! Eu já estava indo mesmo...

(Alice) – Tudo bem, então! Mas eu quero que os dois saibam que eu fiquei muito feliz de encontra-los aqui juntos de novo... fizeram as pazes?

(Lia e Dinho se olham e cada um diz uma coisa)

(Lia) – Sim!

(Dinho) – Não!

(Mário) – Meninos, decidam-se! Fizeram ou não fizeram as pazes?

(Lia) – Deixa que eu explico... nós fizemos as pazes sim, mas não como namorados e sim como amigos! Nós já esclarecemos algumas coisas... é melhor esquecer o passado e parar com essas brigas bobas – que não fazem bem nem para mim e nem para ele – as outras coisas nós vamos conversar depois que o Dinho se recuperar.

(Dinho faz uma cara de decepcionado com a resposta de Lia. Alice e Mário percebem a tensão no ar. Lia fica nervosa e procura um jeito de sair o mais rápido possível dali.)

(Dinho) – AMIGOS? Então eu posso considerar essa a resposta para a pergunta que eu te fiz anteriormente?

(Lia) – Dinho, você que sabe!

 (Dinho) – Lia?

(Ela responde muito mais nervosa)

(Lia) – Entenda como quiser! Mas agora eu preciso ir mesmo! Tchau Dinho, Alice e Mário!

(Alice e Mário) – Tchau!

(Lia) – Ah! Qualquer coisa que vocês precisarem é só me ligar, tá?

(Alice) – Obrigada! Pode deixar, ligaremos!

(Dinho) – Você não vai voltar mais aqui?

(Lia) – Volto, depois eu volto! Tchau!

 (Mário) – Eu não quis falar na frente da Lia, mas o desespero que ela estava lá na sala de espera não era um simples desespero de amiga não! Pode acreditar nisso filho!

(Dinho) – Pode até ser pai, mas eu não sei se eu vou conseguir recuperar o amor da minha marrentinha... e eu quero pedir uma coisa para vocês...

(Mário) – O que?

(Dinho) – Eu não quero que vocês liguem para ela em hipótese nenhuma! Combinado? Porque eu também não vou ligar. Se ela quer assim, vai ser assim...

(Alice) – Filho, você errou com ela, e sei que tem consciência disso... agora só o tempo para ajeitar e amenizar tudo...

(Mário) – Você só está falando assim porque ficou magoado com o que ela te disse, mas isso passa...

(Dinho) – Por favor... fica combinado assim?

(Alice e Mário) – Combinado!

(Alice) – Olha, mas isso passa sim, o tempo vai te demonstrar isso, mas me diz porque você está aqui, o que foi que aconteceu? O seu pai não me disse nada...

(Dinho e Mário explicam como tudo aconteceu da forma mais calma para Alice não se assustar. Mário revela aos dois que já fez a denúncia)

(Lia sai do quarto e caminha até a sala onde seus amigos estão. Ela chega lá chorando e eles se preocupam)

(Fatinha) – Aconteceu alguma coisa com o Dinho?

(Lia) – Não! Ele está bem! O meu pai disse que ele vai se recuperar logo!

(Jú) – E então o porque do choro?

(Lia) – Nada! Eu quero ir para casa, tomar um belo banho e descansar... vem comigo Jú?

(Jú) – Claro que sim! Vamos amiga!

 (Gil) – Eu também vou... deixo vocês em casa e depois sigo para a minha... preciso falar com a minha mãe, ela nem sabe que eu estou aqui...

(Fatinha) – Eu vou ficar mais um pouco para falar com o Dinho! Depois volto para o hostel...

(Jú) – Certo! Vamos Lia! Lia? LIAA!

(Depois de Jú soltar um leve grito Lia olha para ela)

(Lia) – O que foi Jú?

(Jú) – Vamos?

(Fatinha) – Tchau gente! Até mais...

(Lia, Jú e Gil) – Tchau Fatinha!

(Depois que os três saem, Fatinha se senta em um sofá próximo e fica pensativa)

(Gil, Jú e Lia chegam em frente ao prédio delas. Lia entra e os dois conversam na portaria. Depois ele segue para sua casa e ela para a casa da amiga)

(Lia) – Tchau gente! Vou subindo...

(Jú) – Lia, daqui a pouco chego lá... tá?

(Lia) – Tudo bem... pode ficar tranquila, não precisa ter pressa..

(Ela disse brincando com eles “não precisa ter pressa”. Os três sorriram)

(Gil e Jú) – Pode deixar!

(Lia sobe e eles começam a se beijar)

(No hospital...)

(Fatinha) – Pelo visto, vou ter que agir, se eu quiser ver o meu amigo feliz de novo... mas será que eu vou conseguir? Como?