Estranho Encanto escrita por Poder dos Livros


Capítulo 4
Proposta


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos. Então, viram? Dessa vez não demorei tanto =D
Não tenho muito o que dizer aqui... Ou melhor, tenho sim
Me empenhei completamente nesse capítulo dessa vez, nem dei atenção à minha outra fic por isso, então eu espero que vocês gostem e que deixem reviews... Sinceramente? Sei que perdi leitores e tudo, mas os que estão aqui podiam comentar, que tal?
Boa Aventura



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POV Wendy

 Senti o cheiro de água do mar antes de finalmente acordar. Abri os olhos lentamente e vi que estava deitada em uma casinha. Demorou um momento para eu perceber que não era uma casa qualquer, não era nem mesmo a casa que eu estava acostumada a acordar, não era minha casa, aquela que eu havia crescido contando histórias. Era a casa que os meninos perdidos haviam construído pra mim.

 Levantei do amontoado de folhas que era meu travesseiro e abri a porta da casa. Esperava encontrar uma floresta olhando ao redor, mas não era nem de perto o local que eu havia adormecido. Eu estava na verdade em um... Navio!

 – Mas como? – Perguntei baixo para mim mesma. Se não estava enganada, o único navio que existia na Terra do Nunca era o dele, era o navio daquele com olhos azuis hipnotizantes que, mesmo assim, sempre era o vilão das minhas histórias. Tinha de ser... Aquele era o navio de James Gancho

 Não sabia o que estava fazendo ali, muito menos como havia chegado. Não pensei muito antes de ir descobrir mais sobre aquele navio. Saí lentamente da casinha em que estava e comecei a andar pelo convés, achando estranho não ter nenhum pirata por perto. Não tinha muito o que ser visto por ali na verdade, estava tudo sujo, com vários objetos jogados, canhões, espadas e alguns baús, porém nada alarmante. Nenhuma caveira ou corpo em decomposição, o que na verdade eu esperava já que todos os cenários de piratas tinham algo assim.

 Enquanto olhava mais de perto toda aquela confusão eu ouvi uma música. Uma melodia e ao fundo uma voz, uma voz baixa e bonita... Levantei meu olhar e vi uma porta entreaberta na parte de cima do navio, com uma luz acessa. Subi as escadas curiosa com quem estaria lá dentro e quando cheguei à porta vi um nome escrito ali.

Capitão James Hook.

 Quando li seu nome me alegrei por dentro, queria vê-lo outra vez, queria saber se o que senti era apenas minha imaginação, queria olhar naqueles belos olhos outra vez e me perder em seu olhar. Já tinha lido sobre esses sentimentos uma vez em um livro que minha mãe havia me dado. Para qualquer pessoa aquelas eram meras palavras escritas em um pedaço de papel, mas eu sabia que tinham um significado importante, e agora as estava sentindo. Não com a intensidade sempre descrita naquelas páginas amarelas, mas perto.

 Abri a porta calmamente e a porta se abriu revelando um pequenino corredor. Vi um homem velho usando blusa listrada, uma touca vermelha e um óculos olhando para frente balançando de um lado para o outro lentamente acompanhando a melodia. Continuei andando em direção ao som e logo o homem me percebeu ali. Olhou para mim sorrindo

– Bem-vinda – Falou baixo e fez um sinal de silencio para mim. Assenti e caminhei até conseguir ver quem estava tocando e cantando.

 Gancho não pareceu ter notado a minha presença e continuou tocando piano e cantando baixo. O observei por um tempo, olhando seu rosto e analisando suas feições, ele parecia um pouco hipnotizado enquanto tocada, ficava muito concentrado e com olhos distantes. Parecia que estava relembrando memórias, revivendo o passado. Parou de repente de cantar. Continuou tocando e olhou na minha direção. Novamente vi aqueles olhos lindos e encantadores, porém dessa vez não estávamos sozinhos e aquele homem mais velho tossiu, nos relembrando de sua presença. Olhei para ele e vi que este estava com uma bandeja em mãos. Ele me guiou até uma mesa e vi Gancho também se dirigindo para lá. Me sentei em uma das pontas da mesa e pude ver de canto de olho Gancho se sentar na outra. Assim que me acomodei o velho pirata veio novamente para perto de mim

 – Vinho, senhoria? – Perguntou sorrindo e me mostrando a jarra. Fiz uma careta para ele

 – Mas sou só uma menina – Falei docemente e ele riu de mim

 – Rum então? – Ia responder-lhe que não queria nada, quando vejo uma pessoa parando ao seu lado e lhe empurrando. Olhei para ver quem teve ato tão grosseiro e vejo novamente aqueles olhos. Dessa vez porém não pude contempla-lo pois Gancho pela primeira vez falou diretamente comigo

 – Soube que fugiu de casa – Ele falou com uma voz estranha. Um pouco grossa de mais para o que imaginava após ouvi-lo cantando

 – Na verdade... Eu não tinha pensado assim – Falei simplesmente ainda o encarando. Pensei ter ouvido um barulho de sinos, mas quando fui olhar para trás vi que não havia nada ali. Me virei novamente para Gancho – Mas é o que parece – Terminei minha frase finalmente pensando no que havia feito. Gancho deu um sorriso, mas não aquele sorriso que chega aos olhos. Deu um sorriso falso que me fez entender o por quê de ninguém ver a beleza de seus olhos.

 – Que maravilha – Ele falou e saiu de perto de mim. Não sabia o porque, mas queria me explicar para ele, não queria deixa-lo pensando que eu não ligava para minha família

 – Meus pais queriam que eu crescesse

 – Crescer é um empreendimento bárbaro, cheio de inconveniências – Ele falou um pouco rude

 – Tudo era mais simples quando eu era menor – Falei para ele abaixando a cabeça

 – E depois que começa... Vem os sentimentos – Ele falou e eu me senti mal. Lembrei-me de Peter, e de como falei. Pensei em como me sentia, mas eu era apenas uma criança, não sabia exatamente – O Pan tem a sorte de não ser perturbado por eles – Gancho continuou e bebericou um pouco de sua bebida. Olhei rapidamente para ele e vi que ele não estava me olhando. Voltei a encarar minhas mãos – Ah, ele não pode amar – Gancho falou para mim e eu finalmente olhei para ele novamente. Senti meus olhos arderem, sinal que logo iria chorar – É parte do enigma do ser quem ele é – Lágrimas rolaram pelo meu rosto e eu não sabia exatamente o por quê. Não sabia o que sentir, só sabia que sentia pena. Senti sua presença ao meu lado antes de realmente sentir seu toque em meu ombro – Minha flor – ele falou enxugando minhas lágrimas. Sua voz não parecia muito verdadeira. Parecia um pouco falsa – Não precisa ser desse jeito – E assim tirou o cabelo de meu rosto com seu gancho, que tinha no lugar da mão direita – A senhorita já quis ser pirata? – Perguntou sorrindo frio. Sorri para sua proposta

 – Uma vez pensei em me chamar de Bucaneira Djil – Falei procurando olhar em seus olhos, porém ele os desviava de meu rosto. Se levantou de repente

 – Que nome maravilhoso! Será seu nome se juntar-se a nós – Gancho falou e vi o velho pirata pater palmas atrás dele. Estranhei sua proposta no inicio, mas depois decidi esquecer

 – Mas qual seria minha função? Não esperem que eu participe de pilhagens... – Falei e Gancho fez uma expressão de surpresa, essa não era a resposta que ele esperava que eu desse. Se recompôs rapidamente

 – Você por acaso... Conta histórias? – Gancho falou pausadamente, Sorri para ele e assenti – Então está resolvido

 – Pode me dar um tempo para pensar na sua generosa oferta? – Perguntei ainda sorrindo para ele

 – Com certeza. É claro, pense – Ele falou andando para a porta. Me levantei da cadeira em que estava e o segui – Meus amigos a levarão ao lugar onde a acharam – Gancho falou e eu sai de sua sala e caminhei em direção a pequena casa que estava quando cheguei.

 Fechei a porta em que estava e senti a casa ser carregada. Deitei minha cabeça nas folhas e fechei meus olhos me lembrando de Gancho. E me dei conta de um fato. Dessa vez, Gancho só me olhou nos olhos uma vez, quando estava tocando piano


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Me falem a verdade
Gente, já já a verdadeira história começa... Finalmente consegui mudar mais o filme pra fazer ficar do jeito que quero. Já sei o fim que essa fic vai ter... Só falta desenvolver =D
Jamais abandonarei aqui, espero que não a abandonem =)
Reviieews? *--*