O Complô escrita por Darinhaassis


Capítulo 9
Capítulo 6. O Complô gera reencontros




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Capitulo 6. O Complô gera reencontros

Antevéspera de Natal, a mansão Cullen estava uma loucura. Esme e Alice se desdobravam para organizar os mínimos detalhes. Nada poderia estar fora do lugar, nada poderia ser esquecido, afinal era o primeiro Natal depois de tanto tempo, que Edward estaria presente.

Ele ainda não havia perdoado a todos por terem escondido a verdade dele, mas ele faria qualquer coisa por sua filha, até mesmo engolir seu orgulho. No entanto, ele ainda não havia conversado com sua família sobre isso, ele queria encontrar com Ela primeiro. Ele sabia que era culpado por grande parte do que aconteceu, porém o sentimento de traição era latente, e a ferida ainda era recente.

Além disso, ele era o único homem a disposição das duas, pois Carlisle e Jaspe restam trabalhando e Emmett só chegaria na manhã seguinte. Então para desespero de Edward e alegria das duas, era um tal de Edward isso... Edward aquilo... E depois de tanto tempo, ele não poderia negar pelo menos isso.

- Edward quando você terminar de pendurar as guirlandas em miniatura venha me ajudar com os piscas – berrou Alice fazendo ele bufar pela 10º ou 20º vez naquele dia.

- Sim Alice. – respondeu sem vontade. Porém aquela resposta fez D. Esme sorrir como nunca, visto que há muitos anos não via uma cena como essa acontecer. Os natais depois que Bella se foi, foram difíceis, pois Edward nunca voltava para casa.

- Você deveria estar mais alegre, afinal sua filha estará presente! – aquele argumento teve o poder de enchê-lo de alegria, porém nada poderia fazer com respeito a ajuda-las na decoração.

- Eu sei. E esse é o único motivo que me faz estar aqui agora. – Esme e Alice sorriram encantadas com o carinho que transparecia na voz dele.

            Um som começou a ecoar pela mansão, causando três reações diferentes. Esme sorriu divertida, Edward bufou e Alice sorriu alegremente.

- Alouou... – atendeu ao celular cantarolando.

- Oi tia Alice!

- Mostrinha! – a alegria presente na voz de Alice era compatível com a de uma criança de dez anos, Edward imaginou ser a principal razão para sua filha ser tão ligada a ela.

- A ave está saindo do ninho. – disse Nessie em códigos. Alice imaginou que a monstrinha estava aprontando algo.

- Onde a ave vai posar? – questionou também por códigos.

- Ixi tia Ali, num sei como falar shopping por códigos! – a voz dela era reflexiva.

- Sem problemas monstrinha, entendi o recado... – disse Alice compreensiva – agora me diga o que você quer que eu faça. – diante disso as duas sorriram cumplices.

- O gavião deveria ir encontrar a ave – elas sorriram mais ainda. Até Esme sorria ouvindo a conversa sussurrada da filha com a neta.

- A ave irá posar no local de sempre?

- Sim. – a resposta simples, mas em seguida ela prosseguiu – o filhote e o lobo saíram da toca por todo o dia. – Alice pensou o que diabos ela planejava? – eles precisam de um tempo sozinhos – isso era espantoso, Alice pensou, como uma criança de oito anos era capaz de pensar em algo tão... Avançado. E novamente a pergunta o que será que a monstrinha está planejando?

- Qual seu plano? – ela num aguentou.

- As instruções serão dadas ao gavião, quando ele estiver a caminho do ponto de pouso. – com isso Alice percebeu que não arrancaria mais nada dela.

- Ok! – e foi isso. Como um soldado raso, ela assentiu diante as ordens de um comandante. Desligaram.

- Edward... Edward... – Alice cantarolava e ele bufou impaciente, principalmente por imaginar que ela e Nessie estavam aprontando alguma.

- Sim Alice! – respondeu sem vontade. Arrancando suaves gargalhadas da irmã, por se lembrar das vezes em que ela e Isabella o convenciam a fazer o que elas queriam, inclusive comprar absorventes.

- Não fale como se eu fosse o mandar a forca, homem! – ela disse ainda entre risadinhas zombeteiras. – preciso que você vá ao shopping, pegar uma encomenda pra mim e a monstrinha. – cantarolou sabendo que ele não negaria. E ela esperava que ele não ficasse muito chateado depois de tudo.

Enquanto isso em um shopping...

            Isabella estava impaciente. Ela sentia que algo estava fugindo de suas mãos, de seu controle. E isso não era algo que ela gostava. A mudança de seus pais era tão estranha. Como poderia não ser! Ela nunca imaginou que eles deixariam Forks algum dia em suas vidas, ela era capaz de entender isso. Eles amavam a cidade. Com toda sua quietude, frio, e aquela sensação de paz que ela transmitia.

Mas ela também compreendia o desejo deles de estarem mais próximos dela e de Renesmee.

            Alice era outra que a surpreendeu. Mudando-se junto com seus pais. Isabella conhecia a forte ligação entre Charlie e Alice, era algo quase tão forte como a que ela mesma tinha com seu pai, mas ela nunca imaginou que eles decidiriam algo desse tipo juntos. Ela ainda não conseguia engolir a estória de que Charlie e Reneé queriam apenas estar mais próximos dela, e que Alice não conseguiria sobreviver longe de seu melhor amigo.

            Isso era sem duvidas cômico!

E tinha Renesmee, que andava tão saltitante e agitada. Isabella poderia não ser a mãe mais presente, mas ela conhecia sua filha o suficiente para saber que ela escondia algo, e não era sua paixonite por Jake. Isabella às vezes chegava a sorrir disso, sua filha achava que poderia esconder dela, porém ela sabia melhor. Mas definitivamente existia algo a mais.

Era algo sutil, como uma mudança no ar, porém ela não era capaz de descobrir do que se tratava. Isso a fazia sentir cansada e dispersa. Por mais que tentasse manter a mente em algo, ela não podia. Como se tudo isso não fosse o bastante, sua mente traiçoeira a levava constantemente a certo par de olhos verdes intensos, e definitivamente não eram os de Renesmee.

Edward estava mais presente na vida dela hoje, do que em qualquer dia dos últimos anos. Como se ele estivesse próximo, e as lembranças... Ah, as lembranças! Bella estava sufocando a cada jorro de lembranças que a invadia, sua mente era constantemente bombardeada com uma força e vivacidade assustadora, ela quase podia senti-lo. Ela tinha a sensação de que a qualquer segundo ele saltaria bem na sua frente.

Em casa ela sentia-se enjaulada, por isso ela recorreu ao shopping. Bella imaginou que um lugar tão lotado como um shopping na antevéspera de Natal, seria o local perfeito para sua mente ter um descanso. Agora ela sabia tratar-se de uma atitude desesperada, e que se revelou infrutífera.

- Humpf! – bufou, e nesse instante seu celular tocou. – Oi filha!

- Mamãe – a voz de Renesmee estava tensa.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Bella alerta.

- Não... – mas o tom dela não demonstrava que estava tudo bem – eu só...

- O que foi Renesmee – Bella perguntou com a voz transmitindo preocupação.

- Mamãe... calma – e ela sorria – tá tudo bem... Eu só queria avisar que o Jake e eu estamos indo pra casa da Vovó e do Vovô Charlie. – Bella estranhou um pouco, já que no dia seguinte ela entraria de plantão e só estaria em casa depois do Natal, mas acho que seria apenas mais uma coisa de sua filha.

- Ok... esteja em casa para o jantar, certo!

- Sem problemas... – e a voz dela estava hesitante, o que era realmente estranho, já que Renesmee era naturalmente segura de si, igual ao pai. Aquele pensamento a fez estremecer, como sempre acontecia ao lembrar as semelhanças da filha com Edward. – qualquer coisa eu ligo mamãe.

- Certo meu amor. Diga a Vovó e ao vovô que eu os amo. – disse Bella sorrindo.

- Mamãe... – berrou Renesmee ao telefone, como se tivesse lembrado algo muito importante.

- Diga.

- Onde a Senhora está? – aquela pergunta a pegou de surpresa.

- Em frente a Tiffany’s. – Bella não estava exatamente em frente aquela loja, mas era pra lá que ela iria. – vou comprar o presente da sua avó Esme e suas tias lá, o que você acha?

- Acho ótimo... – e aí estava a insegurança – tchau mamãe, tenho que desligar o Jake tá me chamando. Te amo. – e sem permitir que Bella respondesse ela desligou. Aquilo a pegou de surpresa, mas ela estava acostumada com os rompantes da filha. Afinal, ela era sobrinha de Alice. E esse pensamento a fez finalmente sorrir.

No estacionamento de um shopping

            Quando Edward estacionou seu volvo prata, seu celular começou a tocar, ele bufou antes de atender imaginando ser Alice com mais uma das centenas de recomendações que ela já havia dado. Porém ao atender ele foi surpreendido.

- Papai.

- Oi Nessie. – ele respondeu alegremente ao ouvir a voz de sua filha.

- Não fica com raiva e apenas me ouça, ok? – perplexo e incapaz de articular quaisquer palavras além de monossílabas, ele respondeu hesitante.

- Sim.

- Ela está ai... – a voz firme e infantil ecoou

- Quem está aí, Nessie? – ele perguntou intrigado.

- A mamãe. – ela respondeu como se ele tivesse cinco anos. Uou... pensou Edward, aquilo o assustou... Bella estava no shopping! Mas espera aí...

- Renesmee, como você sabe onde eu estou? – perguntou desconfiado, mas ao ouvir o bufo do outro lado da linha, soube que ela tinha armada mais uma.

– Ela está na Tiffany’s... – antes que ela pudesse dizer outra coisa, Edward a cortou...

- Renesmee – ao silencio dela, ele prosseguiu. – Vocês armaram isso. – não era uma pergunta, então ela permaneceu calada – minha filha... – dessa vez, antes que ele prosseguisse, ela o interrompeu.

- Papai! – pelo tom que ela usou, Edward não teve forcas para cortar o que ela diria. – Você pode não concordar, mas eu quero que a minha mãe seja feliz. E ela não é! – aquilo o surpreendeu, ele nada sabia sobre a vida de Bella, a não ser as poucas coisas que sua filha disse. – Ela não dorme bem. Todas as noites, quando ela está em casa e me põem na cama ela chora, todas as manhãs antes de levantar ela chora, e as vezes ela tem pesadelos e acorda berrando seu nome. – Edward estava petrificado, não tinha reação. Aquelas coisas que ela dizia, o mostravam que Isabella não havia o esquecido, mas será que ela seria capaz de perdoa-lo? – então você vai até ela, e vai concertar tudo. – ela dizia.

- Aproveite em quanto ela estiver paralisada pela surpresa. Não entendo porque, mas ela sempre faz isso – Edward quase sorriu, pois era verdade, Isabella tinha o costume de paralisar quando era surpreendida, mas ele num era capaz disso, não ainda - Ouça papai, o Jake e eu vamos pra casa do Vovô Charlie, por isso, você vai trazê-la pra casa, a chave extra está no jarro ao lado da porta, vou mandar um torpedo com o endereço – ela falava tudo rápido e sussurrado, como se não quisesse ser ouvida, então ele imaginou que Jake nada sabia - não estaremos de volta até a noite. – ela fez uma pausa para respirar e continuou – Então preste atenção, papai. Faça o que tiver de fazer, chore, rasteje, mas, por favor, faca a minha mãe sorrir de novo. Igual naquelas fotos em que vocês estão juntos e os olhos dela brilhavam – aquilo o fez verter lágrimas, Edward nunca imaginou que ela sentisse o mesmo vazio que ele, ou que a sua filha de oito anos fosse capaz de perceber tanta coisa, mas ele deveria saber. Ele ouviu um suspiro cansado do outro lado, então imaginou que ela estava tão emocionada quanto ele - quando eu chegar em casa é bom que vocês tenham se entendido, ok? – a voz dela era dura, quase de comando, era como se as posições estivem invertidas, e ela fosse o pai orientando seu filho.

- Ok! – ele não poderia dizer mais nada.

- Boa sorte papai! – ao dizer isso ela desligou. Sua filha havia planejado esse encontro, e pelo o que ele entendeu ela tinha grandes perspectivas com relação a isso, então era bom ele fazer tudo certo. Era a hora de ele voltar a viver. Ele não era mais um idiota e sabia que existiam grandes obstáculos e verdadeiras crateras entre eles, mas se ela permitisse ele sabia que seria capaz de fazer tudo certo.

            Andando o mais rápido possível, Edward entrou no shopping procurando pela loja indicada por Nessie. A Tiffany’s ficava no terceiro andar, e a escada rolante nunca foi tão lenta, uma espera tão maçante e o shopping nunca esteve mais cheio. Edward num entendia o que Isabella estava fazendo ali naquele dia. Mas isso não importava. Nada mais importava, a não ser o fato de que ele iria voltar a ver aqueles longos cabelos e olhos de tom peculiar de castanho, como se fossem chocolate derretido.

Ele sabia, pelas fotos que tinham no quarto de Nessie que ela ainda os usava da mesma forma. Ele amava a forma como os cabelos dela eram. Isso o fez sorrir, talvez fosse um sinal. Ele estava nervoso e amedrontado, como nunca havia se sentido.

            Isabella, no entanto, estava na loja da Tiffany’s escolhendo os presentes de suas amigas. Mas seus pensamentos não permitiam que ela se concentrasse em nada. A mente traiçoeira estava nele, em seus olhos, seu cheiro. Ela se perguntava como ele estaria hoje, onde ele poderia estar, se ele iria passar o Natal com a família ou não. Ela não sabia muito sobre ele, mas sabia que ele fugia de estar ao redor da família. E que seu pai era o único que o fazia diminuir o ritmo, mas apenas isso.

E como se uma força a sufocasse, Isabella desistiu de suas compras, e resolveu sair da loja, mas estando tão presa a suas divagações ela não poderia perceber o homem com expressão decidida e apaixonada que vinha em sua direção. Até que era tarde demais e braços a envolviam. Ela até tentou soltar-se apavorada por estar sendo agarrada em um local publico, por alguém que era obviamente um desconhecido, porém quando o cheiro do desconhecido dominou seu olfato, ela se tornou incapaz de qualquer coisa. E quando ela levantou o rosto do peito do desconhecido e viu aqueles olhos que a perseguiam, seus sentidos simplesmente a abandonaram e só restava ele, mas de repente a escuridão a tomou.

            O Complô gera reencontros... Isso é algo que todos podem ter certeza!


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Notas finais do capítulo

Oi... desculpem a demora...
Bem estavam todas curiosas sobre a Bella, então ela finalmente apareceu... e os dois se encontraram. Essa Renesmee, viu! Ardilosa... Armou direitinho com a Alice, duas safadinhas... hihihihi...
Obrigada a todas que leem O Complô...
Obrigada a todas que comentam... e me desculpem por não ter respondido, mas eu li todos, viu...
E um Muito Obrigada a minha Marida Jaciara Melo, a minhas maninhas Sheila Patricia e Elizeth Alves, a Bia Fanfics - que será minha próxima cúmplice, e a Izabel Cristina minha irmã por parte da Paulinha - hihihi - pelas lindas recomendações... Obrigada meninas... num preciso nem dizer que chorei um bocado... hihihihi...
Bem, espero que tenham gostado do capitulo. Então agora me digam o que acharam...
Bjus e até o próximo...
=D