Eu Sou A Número Dois escrita por Mel Teixeira


Capítulo 8
Capítulo Sétimo - Mil Anos Infinitos.


Notas iniciais do capítulo

GENTE! Eu sei que estou mais que atrasada, me desculpem, sei que vocês querem me matar, mas eu andava meio depressiva e cheia de provas, então escrever para mim foi algo muito difícil.
Eu só espero que com essa minha demora dos infernos os meus leitores ainda levem fé em mim, eu sei gente, me desculpa de verdade, faz uns quatro meses que não posto nada, minha vergonha é imensa e se ainda tiver alguém aqui lendo essa história, eu espero que possa me entender.
Para compensar, fiz um capítulo muito bom, ao final da minha escrita, eu gostei do capítulo como um todo, mas não me agradou escrever ele, ainda mais que MUITAS coisas a Selina ainda vai descobrir, ainda mais que vocês sabem que ela perdeu a memória.
Pessoal eu sei também que é difícil quando o autor não escreve nada e você tem que voltar na história e ler algumas coisas para entender, eu sei disso tudo afinal acima de ser escritora, sou leitora, mas me desculpem, de verdade não deu mesmo.
Obrigado pelo apoio quem ainda estiver lendo isso e quem quiser me dar reviews.
Obrigado, bom feriado pra todos vocês! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/317695/chapter/8

As nuvens passavam pelos os meus olhos como furacão. Tudo era muito depressa e quanto mais avançava a velocidade, mais curiosidade eu tinha de saber onde estávamos indo.

Meu coração saía pela garganta cada vez mais que ele pisava no acelerador.

-Onde estamos indo, Guilherme? – Perguntei gritando ao vento.

-Já esteve no paraíso? – Perguntou virando um pouco o rosto de lado, provavelmente tentando emitir o som de sua voz melhor.

-Ér... Acho que não. – Eu disse tentando decifrar o que ele dizia.

-Então, você vai conhecê-lo hoje. – Disse. Eu quase comecei a imaginar o esboço de seu sorriso.

-Como? Tentando me matar? Ah sim, entendi agora. – Eu disse num tom de escárnio.

-Claro que sim! Muito engraçado dona Selina! – Ele disse brincando.

Deixei o silêncio tomar conta de nós. Provavelmente já era uma da tarde, mas não me importava com o tempo. Afinal, quase todos os meus problemas já estavam resolvidos, mas mesmo que não estivessem não posso somente viver para eles, certo?

Observando o cenário maravilhoso que nos cercava e o calor do início de dezembro tomando conta de nós. Atrevi-me a cercar a sua cintura com os meus braços.

A partir de agora me sentia segura, sentia-me completa e feliz. Como se Guilherme cobrisse a falta que Douglas, meus pais, meus amigos e o resto da minha família faziam.

Senti as batidas de seu coração acelerar mais, e ele simplesmente consentiu com o meu abraço.

Observava cada vez mais a rodovia quando vi a placa escrita: Bem vindo a Torres – Litoral Norte Gaúcho.

-Nossa! Não acredito! Você me trouxe para Torres! É meu sonho conhecer essa praia, dizem que é maravilhosa. – Disse sorrindo, a emoção tomando conta de mim.

-E É, mas sem você, pra mim ela não é nada Selina. – Falou ele outra vez inclinando a cabeça de lado.

Quando finalmente paramos, descemos no centro de Torres. O lugar era muito agradável.

Parei para dar uma olhada na hora. Guilherme me surpreendeu pegando no meu pulso e tirando o relógio e o celular das minhas mãos.

- O que você está fazendo? – Perguntei com os olhos inconstantes.

-É melhor você esquecer-se disso por hoje, te proíbo de olhar para a hora. Selina viva o momento, esqueça-se de sua vida, aproveite agora. –Ele disse olhando em meus olhos. Estávamos ao lado de sua moto que estava estacionada e ele ainda com as mãos em meu pulso, olhando firmemente nos meus olhos.

-Tudo bem, concordo com você. –Fui deixado o seu olhar para trás e soltando suas mãos do meu pulso.

Ele pegou minha mão e começamos a caminhar pelo centro de Torres. Tinha várias lojas, vendendo diversas coisas.

Em especial, uma loja me chamou atenção. Tinha CDS e várias pulseiras vendendo. O nome da loja era “Centro de Vendas de Torres”, o nome era brega, mas acredite, o que tinha lá, não tinha em nenhuma loja na qual você para trinta reais em uma pulseirinha. Enquanto eu olhava os CDS que tinha na loja, Guilherme foi para o caixa pagar um CD do The Smiths que ele tinha gostado.

Essa era uma das últimas lojas que visitávamos porque o sol estava quase se pondo e a praia era bem perto dessa loja.

-Vamos Sel? – Perguntou-me ele tirando-me dos meus devaneios.

-Claro! O que você comprou? – Perguntei, buscando a sacola em suas mãos.

-Só o CD, Sel. – Disse ele. –Você gostou de algo? – Perguntou-me olhando nos meus olhos.

-Ah, algumas coisas, mas prefiro não levar nada. – Disse caminhando em direção da porta, ao seu lado.

-Por quê? – Perguntou-me abrindo a porta para mim e saindo logo atrás.

-Ah porque estou em uma situação financeiro meio difícil. Enquanto não publicar o seu livro, não irei sossegar nesse aspecto. – Disse olhando para o seu rosto, reparando que seu olhar estava lá na praia.

-Hum, entendi. Vamos à praia? – Perguntou ele, cheio de brilho no olhar.

-Ah, não está muito tarde? Deveríamos ir embora quem sabe? – Falei esperando resposta.

-Ah fica quieta. – Disse ele avançando em minha direção.

Sinto que minha altura de repente fica maior e vejo que ele pegou minhas pernas. Meu rosto estava tocando suas costas.

Ele foi correndo em direção ao mar. Ele só parou de correr quando chegamos à beira do mar.

-Seu maluco! – Eu disse elevando minha voz sorrindo e dando um tapinha no seu ombro.

-Por quê? Eu tenho que lhe as ensinar coisas boas da vida. Você tem que aprender a se desprender da vida em momentos como esses. – Ele disse olhando para o céu que agora estava num tom laranja, pois o sol estava se pondo. Que paisagem linda, que exuberância, que loucura, acho que vou morrer ali mesmo com tanta perfeição alcançando os meus olhos. – Douglas não lhe levava a lugares assim? – Perguntou ainda reparando o céu.

-Não. Fui muito infeliz ao lado dele. – Constatei.

Ele simplesmente sentou-se na areia, retirou os coturnos pretos e deitou-se na areia, já que a praia simplesmente estava vazia, deixando a água do mar atingir de leve em seus pés. Ele simplesmente me olhava, convidando-me a fazer o mesmo.

 Fiz o mesmo e foi a melhor sensação que senti, em toda a minha vida. Foi tranquilo, foi suave, até parecia à morte. Abri meus braços e ele fez o mesmo, mas não aumentou a distância entre nós. Então decidi perguntar algo a ele.

-Guilherme, parece que, sei lá, te conheço há muito tempo, mesmo que isso não faz uma semana que aconteceu. – Disse olhando para o seu rosto e depois para o céu.

- Eu sei, eu também sinto o mesmo, é incrível como tu se encaixa com a gente. – Ele disse me fitando.

-É, mas tudo isso é muito errado. Você é casado e tudo mais, é uma falta de respeito com a sua esposa. – Eu disse querendo que ele dissesse que tudo aquilo era mentira.

-Selina – Disse ele se levantando um pouco e se apoiando na areia com o seu cotovelo e virando-se para mim, fiz o mesmo, imaginando que o que ele iria dizer eu deveria engolir cada letra – Me deixa experimentar algo, só preciso sentir essa sensação – disse ele se aproximando do meu rosto. E eu sequer me movi, eu não queria deixar aquele momento passar, eu só queria que aquele momento durasse para sempre, mil anos infinitos.

Seus lábios finalmente alcançaram os meus. O beijo dele era cordial, doce, como mel. Era surreal o que eu estava sentindo. Apesar de já ter beijado antes, nunca senti isso. Nunca senti isso com Douglas, nunca senti isso com ninguém em minha vida, sentia como se a doçura dele estivesse atravessando a minha alma e o meu coração, era algo irreversível, eu queria-o pra mim, por agora e para sempre.

Quando achei que aquele momento não duraria muito, ele soltou os meus lábios e olhou em meus olhos, finalmente achando meu olhar e eu o dele. Sorri e ele retribuiu o sorriso.

Depois disso, me beijou novamente, mostrando que não estava arrependido nem um pouco do que havia feito.

Depois do segundo beijo, percebi o que havia feito. Estava estragando mesmo a vida dele, como ele havia falado hoje na hora do almoço.

Não posso deixar que o egoísmo tome conta de mim e estragar o amor que sua esposa sente por ele, então saí correndo para onde a moto estava. Mais que instantaneamente ele veio atrás. Pegou no meu braço, virou-me para ele e perguntou-me:

-O que aconteceu? Não gostou? – Perguntou.

-Claro que gostei Guilherme, você não sabe a sensação que senti no momento que estava deitada com você naquela areia. Você precisava ter sentido o que eu senti, mas tudo isso aqui é muito errado. Eu já lhe disse, você é casado e estamos enganando uma pessoa. Por favor, só me leve pra casa por hoje.

Ele não respondeu nada. Colocou o capacete delicadamente em mim e deu partida na moto.  Certa de que eu tinha estragado o dia e tudo o que eu havia sentido antes, não me permiti abraçar sua cintura, mas ele levou os meus braços até ela e eu deixei. Infelizmente, eu ainda era muito fraca.

Quando ele chegou até meu condomínio, me deixou em frente. Parei por um momento em sua frente, mas ele estava de cabeça baixa e assim que tive uma oportunidade, reparei que seus olhos estavam negros, assim como o dia em que Douglas me bateu.

Você quer entrar? – Perguntei, tentando ajustar tudo isso.

-Não Sel, obrigado. A gente se vê por aí. – Disse me dando um beijo na testa e ligando a moto, deixando-me segundos depois sozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que o que eu mereço é um chute na cara, mas se por favor acharem que eu mereço, eu gostaria de receber reviews.
Um beijo e até a próxima, que eu prometo não demorar tanto assim :/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu Sou A Número Dois" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.