Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 18
Vigiada


Notas iniciais do capítulo

Sinto que estou prestes a excluir a história.
NINGUÉM LÊ!
:(



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   Meus olhos se arregalaram e um frio percorreu minha espinha inteira.

   Minha mente girou, me dando imagens não existentes – mas prováveis de acontecer – de Edward sendo machucado (mais ainda), torturado, ou algo pior. Morto.

   Meus dedos instintivamente perderam o movimento, ficando amolecidos e deixando a folha planar até cair delicadamente no chão, sem fazer nenhum barulho. Deixando com que meus batimentos cardíacos acelerados e minha respiração ofegante comandarem a trilha sonora do cômodo.

   Olhei em volta depois de alguns segundos daquele modo.

   Meus olhos vasculharam o quarto inteiro em busca de algo. Eu tinha medo de algo ser mais perigoso do que uma simples folhinha, que tinha tanto poder.

   Alguém tinha entrado naquele quarto durante as prováveis quatro horas que dormi.

   Alguém que está por trás de tudo o que anda acontecendo.

   Alguém sabe onde estou.

   E esse alguém provavelmente é Mark.

   Peguei a arma da cômoda, num movimento rápido e desesperado ao ponto de tê-la deixado cair no chão.

   Abri a porta de um jeito completamente diferente que havia fechado-a.

   Sim, eu havia fechado ela antes de cair no sono feito uma idiota.

   Mas agora ela tinha uma fresta aberta. Deixando transparecer uma parte do pequeno corredor.

   Dando sinal de que realmente alguém tinha entrado no quarto, de que eu não estava ficando louca.

   As escadas rangiam o bastante alto para chamar atenção de algum vizinho. Meus pés amassavam a madeira de modo desajeitado a cada passo.

   Sem enxergar quase nada, eu descia o lance freneticamente. Apenas senti meu corpo caindo com toda força no material duro da escada, fazendo-me rolar uns oito ou nove degraus que faltavam.

   Eu agradeceria a rapidez se não tivesse machucado uma perna, percebendo isso apenas quando fui tentar correr até a porta da frente, caindo mais uma vez.

   Eu não senti a dor na hora em que estava rolando feito uma batata.

   Não consegui levantar-me novamente, ficando no chão agarrada à minha perna direita fazendo caretas que provavelmente dariam medo em alguém, e torcendo para que aquela torção não fosse séria.

   Fiquei naquela mesma posição até olhar para a porta, percebendo outro bilhete.

   Esquecendo totalmente a dor repugnante, engatinhei metade do caminho e corri – tropeçando a maior parte – até a outra metade.

   Meu coração e mente torciam para que aquilo não me assustasse mais ainda.

   O bendito papel que me deu tanto medo estava no chão, enfrente à saída.

   Agachei-me e peguei-o, com certo cuidado, como se aquilo fosse o único fio certo que eu teria de cortar de uma bomba prestes a explodir.

   As letras eram mais ilegíveis ainda. Parecendo ser escritas com mais pressa ainda.

   EU NÃO QUIS DIZER PRA FAZER O QUE BEM ENTENDESSE

   Aquilo me apavorou.

   Como assim não “fazer o que bem entendesse”?

   Sobre exatamente o que ele estava falando?

   A única coisa boa era que era apenas uma pessoa fazendo-me morrer de medo.

   A julgar pelo lugar onde o papel estava, pensei durante algum momento até chegar à conclusão de que ele não queria que eu saísse da casa.

   De que sabia o que eu iria fazer.

   Recuei, com medo. Só não sei do que.

   Senti meus pés pisando em algum material diferente da madeira do chão.

   Meu coração gelou novamente, logo depois de parar de bater.

   Respirei fundo, e olhei para baixo.

   Eu estava meio torta para o lado esquerdo, equilibrando todo o peso na perna que não havia sofrido nada.

   Outra folha em baixo de meu tênis.

   Hesitei.

   Alguma coisa estava errada.

   Aquela terceira folha não estava lá quando peguei a segunda.

   Ele não estava me vigiando, como também estava praticamente junto comigo, na mesma casa. Poderia me matar na hora que quisesse.

   Senti meus pêlos se arrepiarem.

   Abaixei-me e peguei o tal papel. Com mais medo do que quando havia pegado o outro.

   Nele, apenas uma palavra, que não consegui distinguir de primeira tentativa.

   Ao lê-lo, achei que não fazia sentido.

   Mas pensei melhor, e vi que a coisa era séria mesmo.

   BOA GAROTA

   MAS ACHO QUE DEVERIA TER PENSADO MAIS ANTES DE TER DEIXADO SEU NAMORADO SOZINHO

   - Quem é você? – murmurei, baixo demais. Eu mesma não podia entender muito. – Quem é você? – gritei, já no meio das lágrimas.

   Virei a folha como num modo automático, lendo mais uma palavra.

   RECUE

   Obedeci, olhando para o chão.

   Outra folha.

   Aquilo estava me deixando assustada e irritada ao mesmo tempo.

   Parecia uma brincadeira de uma criança sem criatividade.

   ME ENCONTRE NO BECO ONDE VOCÊ PRETENDIA DORMIR

   GARANTO QUE VAI SABER DE TUDO

   Ótimo.

   Pra ajudar ainda mais, ele sabia de cada passo que eu dava.

   E aquilo me incomodava muito.

   Era uma sensação estranha estar sendo vigiada.

   Aquilo nunca ocorrera comigo antes.

   E eu queria que não ocorresse depois daquilo também.


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Notas finais do capítulo

Está piorando, não é?
Desculpem-me.



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