Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 12
Sozinha


Notas iniciais do capítulo

Bom, postei esse porque o outro estava meio sem graça. e.e
Bom, espero que gostem.
:)



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   Olhei novamente para Edward. Agachei ao lado dele.

   Meus pesadelos haviam voltado. Mas dessa vez, eu estava acordada. Estava presenciando aquilo. Sabia que não poderia acabar com ele a hora que quisesse. Que não poderia sentir os braços de Edward me acalmando, suas mãos em meu cabelo, me dando sensação de segurança. Sabia que não tinha como dizer “Ah, foi só um pesadelo. Mas Edward está aqui agora. Nada de mal irá acontecer comigo.”.

   Sabia que o sangue na camiseta de Edward era real. Sabia que não poderia apenas fechar os olhos para que tudo aquilo sumisse.

   Seu rosto, sofrendo. Sangue em sua mão. Meu rosto, paralisado. Minhas mãos, o mesmo. Meu corpo, até sem respirar. Minha mente, perdida em coisas que poderiam acontecer se eu não fizesse nada.

   - Ai meu Deus! Edward, Edward! Olha pra mim. Ed!

   Minhas mãos tocavam o local onde a bala havia atingido. O sangue escorria por meus dedos como se fosse água.

   - Edward! Fala comigo, porra! Meu Senhor. Olha isso Ed! Fala comigo!

   - Eu...

   - Fica quieto! Não fala nada! Você... não pode falar nada. Meu Deus Ed... Olha esse sangue todo... Ed, olha pra mim!

   Eu não conseguia me controlar em momentos de adrenalina. Meu corpo amolecia. Eu desmoronava em prantos. Sempre foi assim.

   Edward levou suas mãos aos meus cabelos. Com um pouco de dificuldade.

   Ele sorriu.

   - Se alguma coisa acontecer...

   - Não fala isso Ed! – minhas lágrimas se misturavam com o sangue da blusa dele. – Nada de ruim vai acontecer! Eu tenho certeza! Eu... Eu vou te levar pra um hospital!

   - Rose... Isso aqui é um hospital. – ele riu, um pouco fraco.

   - Você sabe que não tem graça Ed! Onde tem um hospital aqui? Você deve saber... Edward, não fecha os olhos! Olha pra mim, cara!

   Eu nunca vi alguém levar um tiro. Não sabia muito o que tinha que fazer.

   - Me deixa amarrar isso aqui no seu braço. – rasguei um pedaço da minha calça e amarrei onde a bala tinha perfurado, do lado esquerdo dele, um pouco perto do ombro.

   - Você rasgou sua calça Rose... Está frio.

   - Cala a boca Ed! Fica quieto aí! Ai meu Deus... Quanto sangue. Aquele... Aquele desgraçado! – gritei. Chutei o corpo do homem que tinha baleado Edward. Ele ainda respirava. O que me fez parar de pensar, e pegar o pedaço de vidro do pescoço dele e rasgá-lo ainda mais. Deixando mais sangue jorrar de lá. Deixando claro que agora ele havia morrido. Que não iria fazer mais nada com o Ed. Comigo.

   Porém, o que eu deveria fazer? Não sabia onde estava, se estava em outro país, ou coisa assim.

   - Ed, você consegue se levantar? Mas que pergunta mais idiota, é claro que não...

   - Rose, eu levei um tiro perto do braço, não na perna, no coração. Eu consigo levantar.

   - Para de falar! Fica quietinho aí! Você não pode fazer esforços!

   - Rose...

   - Edward!

   Ele revirou os olhos, se apoiou em mim e se levantou. Não hesitei em segurá-lo.

   Estava um pouco fraco. Precisava se amparar em mim, mas conseguia andar.

   - Você tem certeza que consegue andar Ed? Eu posso chamar alguém aqui, não precisa...

   - Eu posso ir Rose.

   Eu praticamente estava carregando Ed no colo. Ele era um pouco pesado, mas na hora, eu mal conseguia pensar nisso.

   Conseguimos chegar à saída do hospital incendiado que estávamos.

   Por que o único hospital daqui está incendiado?, pensei.

   - Edward, não tem ninguém na rua, e... Ai meu Deus! Ed, acorda! Edward!

   Eu fazia de tudo para acordar Edward. Ele havia desmaiado em meus braços. Seu peso o puxava para o solo.

   Mexia, sacudia, dava batidinhas em seu rosto, mas nada adiantava.

   Eu estava agora sozinha, tendo a responsabilidade de cuidar de um garoto baleado, desmaiado.

   Ele era um pouco alto, e um pouco forte, tanto que tive de deixá-lo no chão, pois não aguentava segurá-lo por mais tempo.

   - Edward! Ed! Acorda, Ed! Porra Ed, não faz isso comigo. Não agora, em que a rua é completamente deserta. Por favor Ed...

   Eu não estava me controlando novamente. Minhas lágrimas agora estavam encharcando sua camiseta. Minha cabeça, encostada em seu peito, me possibilitava ouvir seus batimentos cardíacos.

   Sua respiração.

   Sua respiração dificultosa.


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Notas finais do capítulo

Enfim, eu achei legal, já não sei vocês.
Me desculpem se não está sendo o que vocês esperam.
Descobri que tenho pouco leitores porque parece que "recontaram" o número de leitores, reviews, etc. Mas fico feliz por saber que pelo menos alguém acompanhando e gostando do meu trabalho.
Espero reviews.
:)



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