A Garota Perfeita escrita por kanny


Capítulo 31
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Gente do céu! Parece mentira, mas mesmo sabendo que ontem era sexta, eu esqueci que era sexta. Passou completamente pela minha mente que era dia de postar. Mas enfim, aqui estou! Espero que amem.



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POV Bella

Eu esperava sair o resultado. Jake e Sam estavam conversando no camarim, e espero que não estejam fazendo nada indecente. Estava ansiosa, não podia negar. Mas independente do resultado eu estava feliz. Consegui enfrentar o público, superar esse medo de que as pessoas não gostassem do que eu fazia. Senti-me livre no palco, eu sempre adorei cantar, e hoje eu havia feito isso com toda a coragem e emoção que eu tinha em mim.

Havia também a música que eu havia cantado para ele. Estava tão concentrada em fazer direito que acabei esquecendo-me de dedicar a música a ele. Mas isso agora não importa mais, o importante é que ele ouviu.

_ Senhorita Swan. Em dois minutos será chamada ao palco para o resultado final. – a mesma menina que colocou meu microfone falou.

_ Obrigada. – fiquei um pouco nervosa. Mesmo que não ganhasse eu estava feliz em ter participado. Tinha feito boas apresentações e conseguido cantar para o público e para o Edward.

Os outros participantes vieram para a coxia também, desejamos uns aos outros boa sorte e ficamos aguardando sermos chamados. O que não demorou muito.

_ Primeiramente gostaria de agradecer a cada um dos candidatos que estiveram neste palco hoje. Para os finalistas, meus sinceros parabéns, vocês realmente foram muito bons em suas apresentações. Mas como todos sabemos apenas um será o vencedor. – o apresentador do concurso falava. _ E em terceiro lugar com uma apresentação muito legal e cheia de garotas lindas... Dydrah!! – as meninas aparentemente tristes pelo resultado foram para o meio do palco. Pegaram o troféu de terceiro lugar e o cheque de mil dólares. Depois de algumas palavras do júri e do apresentador elas agradeceram e saíram do palco.

_ Restaram então dois finalistas que concorrem entre si ao premio de cinquenta mil dólares. E quem será o vencedor? Os meninos da banda Flow? Com apresentações diferentes dos demais eles conquistaram a plateia e o júri. Ninguém entendeu nada do que eles cantaram, pelo menos eu não sei falar japonês (risos), mas foi muito contagiante a alegria deles no palco. Ou será que a vencedora será Isabella Swan? Com uma apresentação cheia de atitude levou a galera ao delírio, sendo sexy e pura ao mesmo tempo, por que com uma carinha dessas, meu amor... Deixou todos os marmanjos da plateia ouriçados. (risos) Sua segunda apresentação foi completamente diferente da primeira. Enquanto a primeira deixou todo mundo babando e gritando pelas ousadias e agito da música, a segunda deixou a todos de coração apertado. Uma música que mexeu com o coração de todos. – o apresentador parecia uma matraca. Nunca parava de falar e fazer gracinhas me deixando em cinquenta tons de vermelho. _ Mas como já foi dito, apenas um será o vencedor. Que rufem os tambores!

A plateia toda começou a chacoalhar as mãos no ar. Minhas mãos estavam suadas e eu não tirava meus olhos dele. Edward. Ele me olhava de uma forma doce, suave. Parecia que estava tentando me tranquilizar.

_ O segundo lugar ficou para... Flow! – o apresentador disse me tirando dos meus devaneios. Os meninos pareciam não estar muito ofendidos com o fato de ter ganhado o segundo lugar, mas pera...   _ Eles recebem o troféu e um cheque no valor de cinco mil dólares. E a grande vencedora Isabella Swan cinquenta mil dólares.

Parecia que não era comigo. Mesmo tendo ouvido tudo ainda não acreditava muito no resultado. Mas era verdade. Todos gritavam meu nome e pulavam. Eu estava um pouco aérea, mas fui caindo em mim. Minha primeira apresentação em público e eu já ganhava o concurso?! Era no mínimo surreal.

Recebi flores, e um cheque ilustrativo no valor de cinquenta mil dólares. O apresentador falou inúmeras coisas que eu não compreendi direito, pois no momento que olhei para a mesa onde minha família estava não o vi. Edward não estava lá.

Voltei minha atenção para os fotógrafos e todos que vinham me cumprimentar. Depois fui para o camarim, onde minha família entrou junto.

_ Bella! Você estava linda meu amor. Foi tão linda a última música, Edward até chorou. – minha mãe disse.

_ Edward? Ele... Onde ele está? – perguntei olhando para o rosto de Esme e Carlisle.

_ Ele disse que iria espairecer Bella. Não sei para onde ele foi. – Alice disse aparecendo ao lado de Jasper. Olhei para ela, e para todos os outros rostos que me encaravam. _ Pega meu carro, e vai atrás dele de uma vez. Para de fugir do amor Bella.

A encarei, ainda sem saber o que fazer.

_ Anda logo Bella. – minha mãe disse me puxando pela mão em direção a porta. Pegou a chave das mãos de Alice e me entregou. _ Só tenha cuidado.

_ Cuide do meu filho Bella. Ele te ama, eu sei. Seja e o faça feliz. – Esme disse sorrindo vindo me abraçar.

Corri. Mesmo com salto alto e vestido longo, corri para fora e na rua procurei o carro de Alice. Não foi difícil encontrar o Porshe amarelo canário. Corri até ele e entrei rapidamente o ligando em seguida.

Não sabia por onde começar a procurar, ele poderia estar em dezenas de lugares diferentes. Seatlle, Port Angeles, Forks... eram muitos lugares diferentes para procurar por ele. Coloquei o carro na rodovia em direção a Port Angeles, mas eu não achava com certeza que ele tivesse ido para lá. Onde mais ele ia quando queria ficar sozinho? A clareira de Forks, mas já passava das onze da noite, não dava pra chegar lá de carro e a trilha ficava muito esquisita a noite. O porto em Seattle. Retornei para a cidade e fui em direção ao píer que ele sempre ia quando escapava de casa.

Cheguei lá, e tive até medo de sair do carro. Não tinha absolutamente ninguém no píer, apenas nos barcos é que se podia avistar algumas pessoas. E nem sinal do carro do Edward. Mas olhando para toda aquela água algumas lembranças me vieram à mente. Eu, Edward, Alice, Jasper, Emmett e Rosalie, na praia de La Push. Íamos sempre, era um dos lugares que mais gostávamos de ir aos fins de semana. E por várias vezes, eu e Edward amanhecemos naquela praia. Quando todos iam embora nós ficávamos com um resto de fogueira e biscoitos de chocolate, esperando o dia nascer.

Novamente pus o carro na rodovia e fui em direção a La Push. Liguei o som do carro baixinho e fiquei escutando algumas músicas do pen drive de Alice. Quarenta minutos depois o cheio da maresia começou a invadir o carro. Ao longe pude ver o carro do Edward cintilar a luz do farol do carro de Alice. Suspirei aliviada por isso. Já se passava da meia noite e me preocupava onde ele estaria sozinho essa hora. Estacionei ao lado do volvo e sai do carro. Não tinha sinal dele por ali. A noite estava fria, mas Alice era Alice. Abri o porta-malas e lá tinha um tudo, roupas, sapatos, kit de primeiros socorros, ferramentas, etc. Ela era o que se podia chamar de pessoa precavida, ou louca.

Procurei por dois lençóis, uma sandália de dedo e peguei alguns chocolates reservas. Travei o carro e comecei a andar pela areia da praia a procura de Edward. Cinco minutos e nada dele, continuei a procurar, estava escuro e eu não conseguia enxergar muito longe. Fiquei pisando na barra do vestido e volta e meia tinha que tira-lo debaixo das sandálias, não conseguia enxergar, mas com certeza a barra já estava podre de tão suja. Mas dois minutos andando e consegui encontra-lo, ou pelo menos o vulto que parecia ser dele estirado na areia. Me aproximei silenciosamente, e quando já estava bem perto tive a certeza que era ele mesmo.

Peguei um dos lençóis e forrei na areia ao seu lado. Bati um pouco o vestido pra tirar a areia e sentei em cima. Ele não se mexeu. Com o outro lençol me envolvi para me proteger do frio.

_ Chocolate? – perguntei. Ele não respondeu. Alguns segundos se passaram e nada. O cutuquei. _ Edward? Acorda!

_ Hum? – ele meio que gemeu e sentou-se rapidamente. _ Bella? O que você faz aqui? Como me achou?

_ Chocolate? – perguntei oferecendo uma das barras. Ele pegou e começou a comer em silêncio.

_ Então, como você me achou?

_ Palpite. – disse simplesmente. _ Por que você veio para cá?

_ Não sei. Apenas saí de lá para andar um pouco. Por falar nisso parabéns pela música que você cantou para o Jacob, ficou linda.

_ Jacob? Que música eu cantei para o Jacob? – perguntei absolutamente confusa.

 

_ Make You Feel My Love. A música é muito bonita, ele deve ter gostado.

_ Você é o ser humano mais idiota que eu já conheci sabia?! – ele me olhou sem entender. Na verdade ele não entende muita coisa sempre, achar que eu cantei para o Jacob?! _ A música foi para você idiota.

Ele pareceu assustado.

_ Para mim? Como assim? E o Jacob? Vocês estão juntos, eu pensei que... Como ele aceita que você cante para mim?

_ Edward, Jacob é gay, eu não tenho nenhuma relação com ele que não seja amizade. Ele tem até um namorado que estava lá no meu camarim, o Sam.

Edward fez uma cara estranha, mas logo em seguida gargalhou. Fiquei surpresa, mas o acompanhei, não sabia do que ele ria, mas eu com certeza eu estava rindo dele.

_ Então todo esse ciúme que estava me consumindo era por um cara gay? Eu pensei que vocês estavam juntos, quer dizer, bem juntos se você me entende.

_ Edward, eu sou virgem, e não seria com o Jacob que iria deixar de ser. Eu já gosto de um cara, mas ele nunca me deu muita bola sabe.

_ Esse cara é um completo idiota. Deixar você passar, arriscar perder a chance de estar com uma pessoa maravilhosa e absurdamente linda como você. Só sendo um idiota mesmo.

_ Pois é, mas parece que ele esta começando a ficar mais esperto sabe, até ciúmes ele sentiu de mim, dá pra acreditar?! – rimos.

Chamei Edward silenciosamente para vir sentar-se perto de mim sob o lençol. Ele se embrulhou no que eu me cobria também. Edward estava gelado por estar tanto tempo desprotegido no frio. Nós nos olhávamos sem dizer nada, nossos rostos muito perto um do outro, podia sentir sua respiração quente batendo em minha pele, e isso provocava leves arrepios pelo meu corpo.

_ Me perdoa? Eu devia saber que eu te amava. Pensei que era apenas como amiga, mas algo não estava certo em mim. Nunca consegui amar nenhuma outra mulher, nem mesmo quando eu dizia que gostava da Tânia. Nunca nenhuma conseguiu o milímetro da atenção que eu te dava. Mesmo com raiva de você, me senti muito mal quando te vi entrando naquele táxi e indo embora da casa de campo.

_ Você viu?

_ Sim. Acordei escutando você tocar e cantar Almost Love. Eu sabia que era você, e quando eu vi você entrando naquele carro para ir embora, até senti vontade de te impedir. Mas o orgulho foi maior. Eu estava envolvido por aquela bandida e não fiz o que era certo. Por isso e por tudo mais que eu te disse ou fiz, me perdoa?

_ Já perdoei Edward. Aquela música que eu cantei para você foi meu perdão e me declaração a você.

_Eu amo você Bella. Amo muito. – senti uma emoção enorme tomar conta do meu corpo e coração. Logo lágrimas atrevidas inundaram meus olhos. Era meu sonho se tornando realidade. Escutar essas pequenas palavras sempre foi tudo para mim. Passei por tanta coisa para enfim poder ouvir de sua boca isso. Não me segurei e acabei com a distância de nossos lábios. O beijei.

Edward imediatamente me agarrou, me puxando para mais perto, como se assim toda essa distancia em que vivemos nos últimos tempos acabasse de uma vez por todas. Seu beijo era muito bom, esqueci onde estávamos e não ouvia mais o barulho do mar, apenas o sentia. O sentia sendo meu, enfim sentia Edward sendo meu, me amando.

O beijo que havia começado agressivo foi tornando-se calmo, sem pressa. Era apenas Edward e eu sentados na areia de uma praia. O começo da nossa história. Logo nos separamos, apenas alguns centímetros, tínhamos necessidade de ficar mais perto um do outro.

_ É tão bom te beijar. Desde aquele dia que você me deu banho eu não consigo esquecer seus beijos, seu gosto Bella. Você não sai da minha cabeça. – ele disse encostando seus lábios nos meus. _ Eu queria saber de uma coisa.

_ Pergunte.

_ Quando você começou a gostar de mim? E por quê? Você se apaixonou pelo Alec, ou foi só pra me provocar? – ele saia fazendo perguntas sem parar para respirar.

_ Calma. – ri de sua afobação. _Acho que me apaixonei por você ainda quando éramos crianças. Lembra quando eu vim morar aqui? Você era um garotinho de cabelos cor de bronze, algumas sardas do rosto e faltavam dois dentinhos aqui na frente, lembra? Pois é, eu te achava lindo, e logo ficamos melhores amigos. Acho que foi a partir daí. Ficávamos sempre muito juntos, e quando chegou à fase dos primeiros amores, acabou sendo você. Na adolescência só ficou mais forte, mas você nunca me olhou com outros olhos. Sempre tinha que te ver com outras garotas, ficava triste, mas meu amor sempre foi maior. Mas com aquelazinha foi diferente. Teve horas que parecia que você estava possuído, quando gritou comigo na casa de campo, quando me empurrou, eu só via ódio nos seus olhos, não era você. Por fora era, mas por dentro não era você. Fui embora por que não queria mais ver você daquele jeito, nem conseguiria conviver mais um dia com aquela víbora. E o Alec, bem... Eu gostava dele, ele ficou do meu lado quando você me faltou, eu realmente quis tentar com ele, mas acabou não dando certo. – abri meu coração e comecei a falar sem parar. _ E você? Só começou a gostar de mim por que me viu mais bonita e arrumada, ou foi por que eu ajudei a te livrar da morte? – sorri.

_ Não sei bem. Esses dias fiquei pensando nisso. Acho que sempre gostei de você. Você sempre teve rostinho lindo e o sorriso encantador. Desde pequenos você era a única em que eu confiava. Você sempre foi meu porto seguro. Toda vez que eu estava triste ou ficava de castigo, você ficava ao meu lado. Quantas noites passamos deitados na grama olhando para o céu estrelado no jardim da minha casa? Conversando por telefone feito de latinhas e barbante através das nossas janelas? Era sempre você que estava comigo. Eu acho que sempre gostei de você também. Mas não via isso, achava que era só amizade mesmo. Tanto que sempre fiquei com outras garotas, e com Tânia também não foi diferente. Mas quando te vi com Alec, não sei, eu não gostei daquilo. Nunca fui fã dele, mas quando vi vocês se beijando, ele tocando em você, fiquei com um sentimento ruim. Na verdade todo cara que olhava para você, tipo aqueles Winchesters, eu não gostava. Queria tirar você de perto de todos eles. Mas nunca admiti isso para mim mesmo. E quando toda a farsa de Tânia foi revelada, e eu fiquei sozinho, sem ninguém tão próximo a mim como você era, eu percebi o que sentia por você. Não foi sua transformação exterior, apesar de que você ficou ainda mais linda do que já era. Mas foi sua mudança interior. Você voltou mais forte, mais segura e independente. Tanto que cantou hoje para dezenas de pessoas sem sentir medo. Há algum tempo atrás você nunca faria isso. Fiquei com medo de perder você. Eu sei que te magoei muito, e peço perdão por isso. Eu nunca deveria ter falado nada de ruim como falei, ou ter te machucado como machuquei. Homem nenhum tem o direito de fazer isso. – ele falava tudo com a cabeça encostada na curvatura do meu pescoço, e podia sentir algumas gotas molhando meu ombro.

_ Tudo bem, agora isso tudo é passado. Vamos esquecer por tudo o que passamos, ou pelo menos colocar uma pedra nesse assunto. Tudo bem?  - perguntei erguendo seu rosto e limpando suas lágrimas.

_ Eu te amo. – Edward disse e depois me beijou.

Acordamos juntos deitados na areia da praia tremendo de frio. Ainda parecia ser muito cedo, o dia ainda estava nascendo. Edward me abraçava, mas não era o suficiente para me esquentar. Ventava muito e o frio estava me deixando com as pontas dos dedos roxas. O acordei e pedi que fossemos embora para casa. Edward me ajudou a recolher as coisas da areia. Ele foi em seu carro e eu no de Alice. Afinal de contas, não iria deixar o carro dela sozinho na praia. Quinze minutos e já estávamos em casa. Trocamos mais alguns beijos na garagem da casa dele e eu fui para a minha casa. Tomar um banho e tirar toda a areia do corpo. 


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Notas finais do capítulo

A Garota Perfeita está acabando, que tal deixar sua recomendação ou comentário sobre ela?!



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