Capítulo 24 – Batida de Halls

Jake estacionou a moto em frente à boate. Eu mal desci da moto e Edward, Alice e Jasper vieram pra cima de mim.

_ VOCÊ TÁ LOUCA? TÁ TENTANDO SE MATAR? – Edward todo estressadinho chegou gritando chamando a atenção das pessoas que estavam por perto.

_ Bella! Isso é coisa que se faça? – Alice chegou com cara de brava.

_ Obrigado por me apoiar... – eu disse um pouco magoada com Alice.

_ Nem pra me chamar pra ir junto. Jake eu também quero fazer a cena do Titanic na sua moto! – Alice interrompeu a fala de Edward. Batendo o pé no chão estressadamente e de braços cruzados. Aloka!

_ Alice! Nem sonhando que eu deixo você subir nessa máquina assassina. – Jasper se pronunciou ganhando assim um olhar gélido da parte de Alice.

_ Qual foi? Me deixa ser feliz. Foi alucinante. Alice você tem que experimentar! – eu disse sorrindo e ela ficou com os olhinhos brilhando de vontade de fazer também.

_ Nem pensar! – Edward falou atrapalhando minha zuação. _ E você seu irresponsável? Poderia ter matado a Bella! Você não pensou nisso não? Eu juro que se você tivesse causado um arranhão que fosse nela eu iria te quebrar inteiro. Seu ...seu... – Edward estava avançando em Jake que olhava as coisas sem falar nada. Eu acho até que ele estava achando tudo muito engraçado.

_ Dá pra parar?! Eu estou inteira, mas gostosa do que nunca, não sofri nenhum arranhão. Agora dá pra parar com o drama ou você está querendo mesmo estragar nossa noite de diversão por uma bobagem? Procura o teu lugar Edward e aproveita e me deixa em paz!

Praticamente gritei essas palavras na cara dele. E já fui logo me encaminhando para a entrada da boate que por sinal estava lotada. Paguei meu ingresso e entrei. Jake veio logo atrás e ficou perto de mim.

_ Isso tudo foi ciúmes de você? Por que, meu amor, aquele cara estava uma fera. Eu vi a hora sair fogo pelas narinas de tanta raiva pelo que você fez. E o pior, por estar comigo. – Jake disse sorrindo.

_ Ciúmes? – tá de brincadeira comigo não é?

_ Ciúmes! Bella apesar de tudo eu sou homem, e se eu estou dizendo que aquele cara está com ciúmes é por que está.

_ Você levou muito vento na cara, só pode. – fui em direção ao bar e pedi uma batida de cereja. Enquanto o garçom preparava minha bebida, Alice, Jasper e Edward se aproximaram.

_ O que é isso? – Alice perguntou olhando para a minha taça que o garçom acabara de trazer.

_ Batida de cereja. – ela bebericou na minha taça, atrevida!

_ Eh bom. Vou pedir uma também. – ela fez o pedido ao garçom.

 Os rapazes também pediram suas bebidas. Edward não parava de me encarar. Puxei Jake para o meio da pista e comecei a dançar. Estava tocando “give me everything (tonight)” do Pitbull. A música era muito legal e agitada. Ninguém conseguia ficar parado.

Já tinha perdido as contas de quantas batidas já havia tomado. Me sentia livre e muito mais leve e alegre. Dançando de acordo com a música. As cores e formas se distorciam na minha frente. Mas eu não parei de me movimentar. Já não reparava muito bem nas pessoas ao redor. Parecia que não havia ninguém ali. Apenas eu. Jacob havia sumido. Alice e Jasper estavam se pegando em algum canto escuro. E o Edward? Eu sei lá de Edward!

Who Owns My Heart Miley Cyrus

Não sei o que me deu mais quando essa nova música começou a tocar senti meu corpo vibrar. Olhei para os lados, mesmo com minha visão um pouco turva, avistei o balcão. Tinha algumas garotas dançando lá em cima. Eu também quero! Corri até lá, e com a ajuda de um cara consegui subir. Comecei a dançar e rebolar ao som da música. Escutava as pessoas assobiando e gritando. Eu dançava muito. Estava me sentindo o máximo. Fui imitando alguns passos que as outras garotas faziam e elas faziam o mesmo com os meus passos. A galera estava em polvorosa, agitadíssimos.

Quando a música ficou um pouco mais lenta abri meus olhos e dei de cara com ele. Edward me olhava hipnotizado. Nem piscava os olhos e mantinha a boca aberta. A música ficou mais rápida e eu voltei a dançar como nunca. Mas sem tirar meus olhos do dele nenhum segundo sequer. Vou mostrar para ele o que perdeu ao me esnobar.

Alguns caras no balcão estavam se excedendo. Alguns estavam passando a mão em mim. Chegaram a colocar uma nota de vinte dólares presa na minha ankle boot. Apesar disso eu estava me divertindo muito. Mas de repente meu mundo ficou de cabeça pra baixo. Literalmente!

_ Me põe no chão! Eu..eu quero dançaaarr!!! – Edward havia me tirado de cima do balcão e me posto nos ombros com se eu fosse um saco de batatas que ele estava carregando.

_ Já chega Bella. Você já aprontou o suficiente por hoje. Pela vida inteira! – ele gritava por cima dos ombros. E tinha que gritar mesmo, pois a música estava altíssima.

_ Me. Põe. No. Chão! – Pontuei as palavras com socos nas costas dele. Mas não saíram com tanta força devido ao álcool que eu havia ingerido.

_ Vou levar você pra casa. E trate de se comportar. – ele disse sério.

Edward me arrastou até o seu carro. Destravou as portas e abriu a do lado do carona para mim. Ele me pôs sentada e bateu a porta.

_ Nem pense nisso. – eu estava tentando abrir a porta. Mas no escuro, e bêbada eu não estava tendo sorte. Edward travou as portas e colocou o meu cinto.

_ Me deixa sair... Eu quero voltar pra lá...Eu quero mais uma batida de halls cereja. Eu quero – Tá eu tava parecendo uma criança birrenta, mas e daí? Edward me olhou com cara feia, urgh! Encostei minha cabeça no vidro do carro e fiquei vendo as árvores passarem rapidamente pela janela.

_ Você tem noção do que estava fazendo? – Edward perguntou depois de um tempo calado. _ Você brincou com a morte fazendo aquela peripécia na moto daquele inconsequente. Bebeu todas e ainda subiu em um balcão de boate para ficar rebolando na frente daqueles marmanjos. Agora me diz a troco de que?

_ 20 dólares. – tirei a nota de dentro da minha ankle boot e mostrei a ele com um sorrisinho provocador no rosto. Ele me olhou mortiferamente, bufou de raiva e voltou a olhar para a estrada. _ Larga a mão de ser chato! Eu estava apenas me divertindo...

_ Isso não é diversão. É sadismo!

_ Sadismo? Eu não sinto nenhum prazer no sofrimento alheio meu querido. – Agora pronto!

_ Tem certeza? Não, porque tá parecendo. – ele me olhou questionador. Eu não tinha resposta. Preferi virar o rosto e ficar olhando apenas para a paisagem lá fora. Não sei como, mas acabei apagando.

POV Edward

_ Edward? – Minha mãe me chamou da porta do meu quarto. Eu estava no computador olhando umas noticias sobre o julgamento de Katrina/Tânia, que seria logo. Havia algumas reportagens sobre as atrocidades que ela cometeu.

_ Oi.

_ Meu querido, eu e seu pai vamos sair com Renée. Já que Alice e Bella vão sair com Jasper e um amigo das meninas que chegou hoje. Você vai ficar em casa, ou vai sair?

_ Que amigo é esse? – eu quis saber.

- Não sei direito. É um rapaz, modelo lá de onde Bella tirou aquelas fotos. O pai dele mora em Port Angeles, aí ele aproveitou que veio visitá-lo e veio ver as meninas.

_ Hum. Ok. Eu acho que vou sair também.

_ Tudo bem. Cuidado e juízo! – ela me deu um beijo no rosto e saiu.

Amigo? Modelo? Isso não está me cheirando bem. Será que esse cara pode atrapalhar meus planos? Se ele é modelo, deve ser... Apresentável. As meninas devem cair matando.  Será que tem risco? Hum, melhor ir ver isso.

Troquei de roupa. Coloquei um blusão marrom café e uma calça jeans preta e um all star também preto.  Dei uma “ajeitada” o cabelo e fui para a casa de Bella. Alguns passos depois... Ao entrar na sala, já dei de cara com Jasper e o tal “amigo” das meninas. Um moreno alto, boa pinta e muito musculoso. Praticamente um índio.

_ Boa noite.

_ Boa noite. – eles responderam.

_ Oi, meu nome é Edward... - eu me apresentei ao cara de índio.

_ Hum, você é o famoso Edward? Alice e Bella falaram muito de você. Prazer meu nome é Jacob Black. – ele me estendeu a mão e eu apertei.

_ Elas, hum, falam de mim? O que, por exemplo?

_ Eu acho melhor não comentar. Mas para resumir te acham um idiota. – É isso que eu ganho por perguntar o obvio.

_ Eh, né, então vocês vão sair? – mudei logo de assunto.

_ Vamos para uma boate em Port Angeles. Você quer vir também? – é claro. Como se eu fosse deixar Bella a solta com esse daí.

_ Eh, pode ser, vocês já estão prontos?

_ Sim. Falta só as meninas terminarem de se arrumar para irmos. – Jasper respondeu.

_ Falando nelas. – Jacob falou levantando-se de seu lugar e encaminhando-se para perto das meninas. _ Olha Bella. Acabei de conhecer seu amigo, Edward. Eu o convidei para ir conosco, tudo bem? A propósito você está linda. - Ele passou uma mão pela cintura de Bella e beijou seu rosto. Alice veio para perto de Jasper e eu sobrei. Tive que me segurar para não avançar na cara daquele índio dos infernos. Ele tá com a mão na minha Bella!

_ Eh que eu não estava a fim de ficar sexta-feira a noite sozinho em casa. E o Jacob me convidou, então aceitei. Tudo bem pra você? – Eu tratei logo de me fazer se notado. Se fazer de bonzinho e vestir a cara de piedade as vezes é o melhor jeito de se vencer uma batalha. Que foi? Atuação é tudo.

_ Por mim tanto faz. - ela respondeu praticamente me ignorando. Magoou. _ Vamos?

_ Vamos! – Alice gritou puxando Jasper para o lado de fora da casa.

Eu fui até a minha garagem e peguei o meu volvo. Tomara que Bella vá comigo. Jasper e Alice irão em outro carro. Eu não vi o carro de Jacob, então ela pode ir ou no carro de Jasper ou no meu e o índio que vá a pé. Quando tirei o carro da garagem e o parei em frente a minha casa, logo atrás do carro de Jasper, vi uma cena ridícula. Jacob estava montado em uma moto assassina, linda, mais perigosa. Ele entregou o capacete para Bella e quando ela ia subindo na moto eu disparei aos berros.

_ Você não vai nisso! –Eu gritei descendo do carro e chegando mais perto. _ Desce daí agora! – Jacob ligou a moto. Bella o segurou pela cintura e com um sorrisinho cínico no rosto disse para mim:

_ Nos vemos lá. – e gargalhou alto. Jacob arrancou com a moto antes que eu pudesse impedir. E me deixou enfurecido. Voltei correndo para dentro do meu carro e arranquei a toda velocidade atrás daquele índio miserável dos infernos.

100 km/h, 120 km/h, 140 km/h. enfim consegui alcançar esses dois. Eu já estava com dó do volante do meu carro que se eu apertasse um pouco mais esfarelaria em minhas mãos. Buzinei para que eles vissem que eu estava perto. Na verdade eu queria que eles parassem. Mas nada! Continuei buzinando e Bella com a cara mais lavada do mundo olhou para trás. Do nada a doida fica em pé na moto, apenas segurando os ombros do tal Jacob. Ela olha para mim e com um sorrisinho nos lábios tira as mãos dos ombros do índio e fica de braços abertos ao vento. Estilo Titanic.

_ Sua doida. Senta já nessa moto! – eu gritei dentro do meu carro.

 Buzinei alucinantemente. E escutei mais buzinas, olhando pelo retrovisor pude ver o carro de Jasper. Ele também buzinava violentamente. E Bella apenas ria da situação. Alguns segundos se passaram até Bella sentar-se naquela máquina mortífera. Com a graça dos céus estávamos praticamente na entrada da cidade e logo estaríamos na boate.

_ VOCÊ TÁ LOUCA? TÁ TENTANDO SE MATAR? – Não esperei nem ela descer da moto e já fui logo gritando. O que é que ela tem na cabeça? Algumas pessoas que estavam por perto pararam para olhar o que estava acontecendo.

_ Bella! Isso é coisa que se faça? – Alice chegou com cara de brava. Ainda bem que ela concorda comigo. Esse ato foi estúpido e inconsequente.

_ Obrigado por me apoiar...  – eu agradeci, mas ela me cortou antes de terminar a frase.

_ Nem pra me chamar pra ir junto. Jake eu também quero fazer a cena do Titanic na sua moto! – É brincadeira! Bella e Alice tomaram o que em NY para voltarem assim? Alice batia o pé no chão estressadamente e de braços cruzados.

_ Alice! Nem sonhando que eu deixo você subir nessa máquina assassina. – Jasper se pronunciou ganhando assim um olhar gélido da parte de Alice. E meus agradecimentos.

_ Qual foi? Me deixa ser feliz. Foi alucinante. Alice você tem que experimentar! – Bella disse sorrindo e Alice ficou toda empolgada, mas Jasper lhe deu um olhar cortante. É isso aí cunhadinho. Põe juízo onde não tem.

_ Nem pensar! E você seu irresponsável? Poderia ter matado a Bella! Você não pensou nisso não? Eu juro que se você tivesse causado um arranhão que fosse nela eu iria te quebrar inteiro. Seu ... seu...- Nem percebi quando avancei alguns passos em direção ao Jacob. Esse daí apenas me olhava sem falar nada. E pela cara ele estava se divertindo, e isso apenas me deixava com mais raiva ainda.

_ Dá pra parar?! Eu estou inteira, mas gostosa do que nunca, não sofri nenhum arranhão. Agora dá pra parar com o drama ou você está querendo mesmo estragar nossa noite de diversão por uma bobagem? Procura o teu lugar Edward e aproveita e me deixa em paz!

Poxa! Eu também tenho sentimentos, obrigado. Eu apenas queria protegê-la. E o que ela fez foi um ato insensato que poderia ter se tornado uma tragédia. Fiquei ali parado vendo ela se afastar, sendo seguida pelo índio dos infernos. Meu coração estava apertado, magoado. Eu sei que eu não tenho nenhum direito. Não estou conseguindo me esforçar o suficiente para demonstrar meu amor por essa mulher. E o pouco que fiz, nenhum efeito surgiu.

_ Fica assim não Ed. Ela ainda está um pouco magoada, mas logo isso passa. – Alice veio para perto de mim e colocou uma mão no meu ombro.

_ Eu a amo Alice. E ela não faz ideia disso. Nem eu fazia ideia, acho que sempre amei. Só que nunca percebi.

_ Você já experimentou dizer isto a ela?

_ Não. Mas eh que...

_ Então fale. Os seres humanos ainda não conseguem adivinhar pensamentos. Ela, apesar de tudo, ainda te ama. – Alice disse e depois puxou Jasper pela mão e entraram na boate. Fiquei parado ali no meio da rua por mais alguns instantes, então os segui. Paguei pelo meu ingresso e fui atrás do pessoal.