Cap 23 – Jacob Black

Estava eu, ali, sozinha, deitada em minha cama, não esperando novidade alguma para o meu dia, quando o meu celular toca.

_ Alô? – falei sem nem olhar no visor.

_ Bella? É o Jacob.

_ Jake!! – eu dei um pulo da cama de alegria. Já fazia alguns dias que não falava com o Jake.

_ Eh sou eu. Você está em casa? – ele perguntou, e eu pude escutar risos.

_ Estou por quê?

_ Dá para vir abrir a porta aqui pra mim?

_ Não acredito! Você está na porta da minha casa?  - estou passada, Jake aqui na minha casa?

_ Estou sim. E aí vai me receber ou não? – ele brincou.

_ Já tô descendo! – corri escadas abaixo, atravessei a sala, o hall de entrada, o jardim, e finalmente cheguei ao portão. Quando abri pude ver meu amigo encostado em uma moto M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A.

_ Oi meu amor como você está? – ele falou com um sorriso enorme no rosto.

_ Estou muito bem. – falei enquanto o abraçava. _ Estava com saudades de você.

_ Eu também estava sentindo sua falta.

_ Que moto é essa? – eu tinha que perguntar. Eu ainda estava babando em cima dela.

_ Gostou? Eh meu brinquedinho. Eu a deixo guardada na casa do meu pai.

- Nossa eh absurdamente linda! – falei passando a mão no guidom da moto.

_ Depois te levo para dar uma volta.

_ Sério?! – falei não escondendo minha alegria. Ele gargalhou alto. _ Nossa Jake, eu nem te mandei entrar. Vem coloca a moto aqui na garagem.

Eu guiei Jake até a garagem de casa para ele guardar a moto dele.

_ Uau! De quem é essa máquina? – Jake perguntou quando viu o meu carro.

_ É meu. Ganhei de aniversario.

_ Nossa! Será que sua mãe não quer adotar um moreno alto e muito gostoso como filho? – Nós dois rimos muito.

_ Vamos entrar. Alice vai ficar louca quando te ver.

_ Imagino. Aquela baixinha linda, como ela está?

_ Melhor impossível. Lembra do Jasper, aquele cara por quem ela suspirava.

_ Lembro. Ela só falava nele. Chegava ser enjoativo.

_ Pois é, eles estão namorando agora.

_ Que bom. E você? Ainda está com o Alec? – nós já estávamos na sala sentados no sofá.

_ Não. Ele teve que se mudar pra Holanda. Eu te liguei mais não consegui falar com você.

_ Que triste Bella. Mas você está bem? – ele perguntou preocupado.

_ Estou. Apesar de gostar do Alec, eu não o amava, você sabe. Mas ele era um bom amigo.

_ Eh, eu sei. E o Edward?

_ Esse é outro. Ele anda muito estranho, vive me paparicando, me rodeando, sei não viu. Eu acho que ele quer me pôr louca. – eu disse colocando as mãos na cabeça dramatizando a cena. Jake apenas riu.

Ficamos ali na sala conversando durante um tempinho. Liguei para Alice, que veio correndo assim que falei o nome Jake. Colocamos as fofocas em dia, fizemos um lanche na cozinha. Joana, nossa empregada gostou muito do Jake e disse conhecer o pai dele, Billy Black.

_ E você Jake? Nós contamos tudo sobre nossa vida. Tudo que se passou nessas semanas e você mal falou. – Alice falou.

_ Pois é. Vocês lembram que eu falei para vocês que eu estava saindo com uma pessoa? – eh verdade. Quando nós conhecemos o Jake ele estava começando a sair com uma pessoa, e parecia estar gostando.

_ Vocês estão juntos? – Alice não perde tempo, já vai atropelando as falas do Jake.

_ Não. Eu terminei tudo. Sammy não queria nada sério. Vivia me escondendo das pessoas. Não queria me levar pra conhecer seus pais. Só queria me encontrar as escondidas. E isso não é pra mim.

_ Eu não acredito. Como alguém pode ter coragem de esconder do mundo uma pessoa como você Jake. – eu disse triste pelo que ele disse.

_ Fazer o que, não é. Por isso eu resolvi tirar férias e vir pra casa do meu pai descansar um pouco, e tentar esquecer essa história. E claro me divertir com vocês. O que vocês acham da gente cair na balada hoje à noite? – Jake propôs.

_ Eu topo. – Já fui logo concordando. Estava mesmo precisando espairecer um pouco.

_ Eu vou ter que falar com o Jazz, mas eu vou sim. Nem que tenha que arrastá-lo por aqueles cabelos de anjinho que ele tem.

_ Alice limpa aí, a baba tá escorrendo. – Eu brinquei e levei uma almofadada como resposta.

Alice ligou para Jasper que concordou em ir conosco. Jake, eu e Alice fomos nos arrumar para ir para Port Angeles, onde tinha a balada mais próxima. Jake ficou sentado na minha cama enquanto eu tomava meu banho. Alice foi até a casa dela buscar sua roupa e depois voltou para se arrumar no meu quarto. Quando deu aproximadamente sete e meia da noite Jasper chegou todo produzido. Com um blusão xadrez por cima de uma camiseta branca, calça jeans escura e all star. Ele e o Jake foram para a sala esperar que eu e Alice ficássemos prontas.

Alice escolheu ir com uma calça jeans acinzentada. Uma batinha branca, com uma jaqueta de couro preto e alguns colares. Sem mencionar claro o saltão que ela sempre usa.

Eu resolvi que estrearia uma jaqueta que comprei em NY. Ela era de couro, na cor verde petróleo. (ou quase isso). Uma calça preta justa, e uma camiseta também preta. Coloquei uma ankle boot preta, fiz uma maquiagem apenas escurecendo os olhos. Peguei meu celular e Alice e eu descemos para a sala.

Para a minha total surpresa, adivinha quem estava lá todo arrumado, sentado no meu sofá e conversando com Jake e Jasper. Adivinhou? Isso mesmo! Edward Cullen em carne osso... E gostosura. Mas isso não vem ao caso.

_ Olha Bella. Acabei de conhecer seu amigo, Edward. Eu o convidei para ir conosco, tudo bem? A propósito você está linda. – Jake falou levantando-se, passou uma mão pela minha cintura e beijou meu rosto. Achei ter visto Edward raivoso, mas acho que foi só impressão.

_ Eh que eu não estava a fim de ficar sexta-feira a noite sozinho em casa. E o Jacob me convidou, então aceitei. Tudo bem pra você. – minha mãe e os pais deles aproveitaram que iríamos sair e saíram também foram só Deus sabe para onde. Ando desconfiada que minha mãe esteja saindo com alguém, depois tenho que averiguar isso direitinho.

_ Por mim tanto faz. – dei de ombros e pude o ver mudar um pouco sua feição. Mas não me detive aos detalhes. _ Vamos?

_ Vamos! – Alice gritou puxando Jasper para o lado de fora da casa.

_ Você vem comigo Bella? – Jake perguntou.

_ Claro! Ou você acha que eu iria perder a oportunidade de andar naquela máquina incrível? Nunquinha!

Alice iria no carro de Jasper. E Edward ia com o volvo dele. Edward foi até a garagem buscar o carro dele. Jasper havia estacionado em frente a minha casa. Edward parou o carro atrás do de Jasper. Jake me entregou o capacete e quando eu passei uma das pernas por cima da moto escuto gritos.

_ Você não vai nisso! – Edward apareceu gritando. _ Desce daí agora!!! – Jake ligou a moto. Eu o segurei pela cintura e com um sorrisinho cínico no rosto disse para Edward:

_ Nos vemos lá. – e gargalhei alto. Jake arrancou com a moto e deixou Edward engolindo poeira e a raiva também.

Depois de alguns minutos que estávamos na estrada praticamente vazia de Forks para Port Angeles pude ver os carros de Jasper e Edward se aproximando. Principalmente o de Edward. Ele chegou bem perto da traseira da moto e ficou buzinando, bem querendo que eu descesse da moto. Coitado!

Ele estava bravinho? Vamos ver agora. Pedi pro Jake manter a moto em linha reta e o mais estável possível. Edward iria morrer agora! Apoiei-me nos ombros do Jake que apenas ria da situação. Fiquei em pé nos pedais da moto, ainda me apoiando no Jake. Edward aumentou a frequência das buzinadas e agora até o Jasper também buzinava. Eu ria muito. Olhei para trás e pude ver um Edward enraivecido pelo para-brisa do carro. Voltei minha atenção para frente e soltei uma das mãos. Fiquei me apoiando apenas em uma e levemente com os joelhos nas costas do Jake. Que apenas me pedia cuidado e havia diminuído um pouco a velocidade. Fiquei abanando uma das mãos no ar. A buzina do carro de Edward vai quebrar desse jeito. Era agora. Soltei a outra mão e fiquei de braços abertos. Como a Rosalie e o Jack de Titanic.

O vento batia no meu rosto e corpo. E eu me senti como se realmente estivesse no Titanic. De braços abertos contra o vento. Sentindo a brisa passar pelo meu rosto. Uma sensação inexplicável de liberdade absoluta me invadia, Jake mantinha uma de suas mãos segurando minha perna e a outra guiando a moto. Mas tudo o que é bom dura pouco, mas tempo suficiente para ser inesquecível. Tive que voltar a ficar sentada na moto, pois já estávamos perto de Port Angeles, e eu não poderia marcar bobeira com as patrulhas.