Katniss

Porkpie voou em direção ao helicóptero, e parou perto dele, observei o piloto caído no chão, dormindo e uma garota ruiva, de olhos verdes e com sardas assustada, lá dentro.

– Ei! – chamei-a. – Vou encostar o pégaso ao lado do helicóptero e você pula, está bem?

Ela assentiu ainda parecendo assustada.

– Certo. – falei. – Porkpie, avance.

Ele avançou, e quando Rachel estava prestes a pular, o helicóptero ameaçou cair, fazendo com que Rachel caísse e ficasse pendurada nos pés do avião. (n/a: Não soube explicar de outro jeito, sorry, guys.) Porkpie se desviou do helicóptero rapidamente.

– Rachel! – gritei. – Segure firme! Eu estou chegando.

De repente, o helicóptero despencou um pouco mais, o que fez com quê Rachel se segurasse apenas com uma mão.

Avancei com Porkpie, e fiquei abaixo de Rachel, bem no momento em que Rachel se soltou e caiu atrás de mim, montada em Porkpie.

O helicóptero despencou com tudo em cima da calçada, bem perto de Quíron que estava observando tudo atentamente, ele se desviou um pouco, mas não parecia preocupado em ser atingido.

Rachel se segurou em minha cintura, e Porkpie logo pousou na caçada, perto de Quíron.

– Bem, está a salvo. – falei.

– Bem, obrigada. – ela falou. – Você deve ser Katniss Everdeen, a garota vinda do futuro, certo?

– Certo. – falei. Franzi o cenho. – Mas como sabe do meu nome e da onde eu vim?

– Andei sonhando umas coisas. – Respondeu-me ela, como se esclarecesse tudo.

Annabeth e Percy chegaram de mãos dadas, rindo de algo. Rachel os olhou e franziu o cenho.

– What the fuck...? – ela perguntou apontando para eles. Eu ri da reação dela e Annabeth e Percy ficaram vermelhos.

– Eles estão namorando, Rachel. – esclareci, entre risos.

– Ah, tá. – ela falou. – Enfim, eu vim para dar um recado para Percy. Pareceu-me importante

– Certo. – Percy disse. – O que é?

– Bem, eu tenho visto coisas. – Rachel disse. – Não só por trás da Névoa. Tenho desenhado coisas e escrito coisas em grego antigo, então eu vim para cá, na esperança de que um de vocês soubesse o que está acontecendo comigo.

Quíron franziu o cenho.

– Eu acho que posso ter uma ideia. – ele disse. – Mas antes, Srta. Dare, diga a Percy a mensagem.

– Certo. A mensagem dizia: Perseus, você não é o herói.

Percy olhou para ela como se ela estivesse apontando uma arma para sua cabeça. Tive vontade de rir.

– Não, é sério isso? – Ponderou Annabeth.

Não aguentei mais e comecei a rir. Todos me olharam confusos.

– Do que você está rindo, sua doida? – Annabeth perguntou sorrindo.

– Da reação de vocês. – respondi entre risos.

Percy revirou os olhos e se virou para Rachel.

– Como assim eu não sou o herói? – ele perguntou boquiaberto quando minhas crises de riso cessaram. – Não sou o herói da profecia ou o herói que derrota Cronos?

Rachel tirou o cabelo do olho.

– Isso é tudo que eu sei, desculpe-me, Percy. – ela falou.

– Agora, vamos conversar, Srta. Dare. Percy, Katniss e Annabeth, tratem de ir dormir um pouco. – Quíron disse, e saiu a galope com ela ao lado.

– Argh, todos ficam me mandando dormir! – Percy saiu, resmungando em direção ao Empire State.

Annabeth e eu sentamos na calçada e trocamos histórias. Eu lhe contei o que aconteceu quando fui resgatar Peeta, e ela me contou o que aconteceu enquanto estive fora.

– O Percy derrotou mesmo Hiperíon, o senhor da Luz? – perguntei, chocada. Não deveria estar chocada, eu sei, pois ele já enfrentou pior, mas é inevitável.

Annabeth assentiu.

– Então, Annie, eu vou dormir. Deveria também. – falei. Mas antes que ela pudesse falar algo, eu ouvi um rugido e olhei para a rua.

Percy, Grover, Rachel e Quíron pararam ao nosso lado.

– É um drakon. – Percy disse. – Cronos preparou isso para nós. Vi em um sonho.

Assentimos e continuamos a observar.

O drakon era um serpente de cerca de sessenta metros, olhos amarelos que pareciam estar acesos, uma boca cheia de dentes pontiagudos (N/A: Avá, Rebecca, jura?), soltava veneno ácido pela boca e seus olhos paralisavam.

Os semideuses que estavam dormindo acordaram e sacaram suas espadas, adagas ou arcos. E logo, eu peguei meu arco.

– Katniss! – Rachel gritou, antes que pudesse atirar uma flecha explosiva em um lestrigão. Virei-me para ela. – Olhe só, o drakon está destinado a ser morto por um filho de Ares e Apolo trabalhando em conjunto.

– Mas... – falei. – Não temos nenhum filho de Ares aqui!

Rachel deu de ombros e entrou no prédio. Respirei fundo e me virei para encarar o drakon que se aproximava do Empire State.

– Eu vou com você. – Percy disse parando ao meu lado.

– Eu também vou. – Annabeth disse parando ao seu lado.

Olhamos-nos e fiquei imaginando se essa seria a última vez que eu os veria.

– Certo. – falei. – Annabeth, use o boné da invisibilidade e procure aberturas em suas escamas, enquanto Percy o distrai. – disse a ela, que pôs o boné desaparecendo do meu campo de visão. - Percy, use sua espada e me ajude.

– Xá comigo, chefia! – ele disse. Dei um soco em seu ombro e peguei uma flecha explosiva para deixar o monstro tonto.

Percy chamou a Sra. O’Leary para nos ajudar e logo ela pulou na cara do monstro o mordendo. Percy atacou a cara do monstro com contracorrente, cegando o olho esquerdo do monstro.

Atirei a flecha no nariz do monstro, mas logo em seguia me arrependi profundamente disto. O drakon abriu a boca e espirrou veneno em Percy, mas ele não pareceu sentir nada.

Ah, é claro. Pensei, a maldição de Aquiles.

O restante da batalha não estava indo bem. Os centauros tinham entrado em pânico devido ao ataque dos gigantes e demônios.

Uma camisa laranja do acampamento apareceu no meio do mar de batalha, mas rapidamente desapareceu.
Flechas voavam. Ondas de fogo explodiam em ambos os exércitos, mas estavam se aproximando cada vez mais da entrada do Empire State. Estávamos perdendo terreno.

De repente Annabeth materializou-se nas costas do drakon. Seu boné caiu de sua cabeça assim que ela cravou sua faca de bronze em uma fissura nas escamas da serpente.
O drakon rugiu. Ele cambaleou, derrubando Annabeth.

Percy logo correu a ela, a ajudando a se levantar. De repente, ouvi barulho de rodas de bigas.

Alguma garota gritou:

– POR ARES!

E uma dúzia de bigas de guerra entrou na batalha. Cada uma continha uma bandeira vermelha com o símbolo de uma cabeça de javali. Cada tinha um par de cavalos esqueletos as puxando com crinas de fogo. Trinta novos guerreiros no total, armaduras brilhantes e olhos cheios de ódio, baixaram suas lanças ao mesmo tempo – formando uma parede da morte.

Na liderança, tinha uma garota com uma armadura vermelha familiar, seu rosto coberto por um capacete de cabeça de javali.
Ela segurava no ar uma lança que estalava com eletricidade. Clarisse tinha vindo pro resgate. Enquanto a metade das bigas atacava o exército de monstros, Clarisse liderou os outros seis direto pro drakon.
A serpente ergueu-se e tentou se livrar de Sra O’Leary, ela caiu fortemente na parede de um prédio qualquer. Percy e Annabeth correram para ajudá-la.

– CLARISSE! –gritei.

Clarisse me olhou de longe.

– O drakon está determinado a morrer nas mãos deu um filho de Ares trabalhando em conjunto com um filho de Apolo!

Ela pareceu entender e eu corri até ela.

– Clarisse, seguinte. – lhe expliquei meu plano, e ela assentiu. Enquanto falava, percebi que os olhos azuis dela cintilavam de medo. Espera, Clarisse tem olhos azuis?