Vida De Uma Flor escrita por Karina Foletto


Capítulo 3
Capítulo 3




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E eu ri da cara dele o que o fez me dar um leve tapa no ombro e rir. O caminho foi agradável, conversamos sobre o tempo e como andavam os negócios dele, disse que provavelmente teria que recorrer a um advogado para a resolução de algumas pendências nada muito significativas perguntou se eu poderia ajuda-lo e claro que não disse que não, assim que chegou em frente ao meu prédio falou:

- bem, chegamos garotinha, obrigada pela compainha foi muito agradável e eu entro em contato contigo mais tarde para vermos dos papéis a se resolverem, ok?

- claro, ok. Obrigada.

Entrei em casa e fui arrumar minhas coisas, assim que abri a mala tinha um rosa com um cartão “adorei te conhecer, gostaria de sair comigo? Drake.” Sorri ao ler isso mas pensei que agora não haveria possibilidades porque não costumo misturar trabalho com vida pessoal, fui ver se tinha algo na secretária eletrônica e vi que Jake havia me ligado dizendo que precisava conversar, liguei de volta e dali a uns 20 minutos ele estava batendo no interfone e assim que chegou já foi falando:

- minha ex está me perseguindo e eu não sei mais o que fazer, ando sonhando muito contigo estou ficando confuso não sei mais o que pensar. – cai sentado no sofá com o rosto entre as mãos.

E eu penalizada o acalmo e faço um café para ele tomar e tento saber o que está realmente acontecendo com ele porque ele não viria aqui somente por isso e então descobri que as coisas com os pais dele estava mal, seus irmãos não estava nem aí, pois o pai dele havia acabado de falecer no final de semana em que eu estava viajando com a Lunna, apesar de eu não o ter conhecido fiquei triste por ele, acabou que ele posou ali em casa para não fazer besteira.

Na segunda-feira de manhã saio para trabalhar e deixo um bilhete para ele ficar bem e me ligar qualquer coisa. Mas de meio dia ele me liga dizendo:

- Missy, você não me contou que tinha um namorado.

- Como assim Jake? Eu não tenho um namorado.

- então quem é o Drake?

- é um amigo da Lunna, por que?

- ele te mandou flores e te chamava de princesa no bilhete!

- mas não é nada de mais... HEY que eu estou fazendo, Jake, não preciso te dar satisfações minhas afinal não somos nada e o Drake é meu amigo, quer acredite você ou não. – e desliguei.

Até parece que agora estão me importunando. Liguei para Lunna:

- Eaai guria, como tá?

- oiii Missy, estou bem e tu?

- estou bem, vem cá, você tem o número do Drake?

- pra que você quer o número dele?

- é que o Jake me ligou pra me falar que ele me mandou flores.

- que história é essa Missy? Andou ficando com seu ex de novo? – fala entre risos.

- você está mais esperta do que eu pensei, além de fisgar o Drake você pega o seu ex.

- Lunna! Que droga, não é nada disso. O pai do Jake faleceu e ele foi lá em casa e do jeito que ele estava eu não deixei ele voltar para casa mas ele também não tinha o direito de vir me perguntando quem era o Drake e tudo mais. – falo ficando irritada com tudo isso.

- Calma amiga, só estava brincando.

- desculpa, estou sem tempo e esses processos me matam, por mais que eu ame fazer isso.

- está bem, vou lhe mandar um sms com o número dele e depois nos falamos.

Assim que desliguei o telefone deu uns 5 minutos e recebi o sms com o número do Drake e tratei de ligar logo para ele para saber a razão das flores e este me disse que era só para agradecer a boa companhia que fui para ele e eu já aproveitei e perguntei sobre os papéis que ele tinha que legalizar em mais uma filial que havia terminado de montar em Santa Catarina, acabamos marcando de nos encontrarmos no dia seguinte, ele falou que me ligaria para me buscar.

Chegando em casa fui revisar alguns processos e logo fui dormir, no outro dia, fui trabalhar. A Lunna apareceu por lá meio fria comigo, ela deve estar de tpm, pensei. Jake me ligou para almoçar e às 15 horas Drake me liga para vermos como faríamos para ver dos papéis, ele me disse que teria ligado de meio dia mas não teve tempo nem para pensar.

Parecia que minha vida havia voltado ao normal dessa vez, trabalhos para fazer, alguns poucos amigos para distrair a solidão. Um dia enquanto terminava os últimos detalhes de uns papéis, eis que o Drake me liga:

- Missy, eu preciso urgente falar contigo, será que pode me encontrar ali no parcão?

- Ok, Drake. Mas o que houve?

- Te falo quando estivermos lá.

E fui correndo para lá saber o que havia acontecido, chegando lá vejo um Drake descabelado, assustado, com olhar de dor.

- O que houve? – perguntei, assustada.

- Meus pais morreram num acidente, desculpa ter te ligado, não tenho ninguém para falar e eu realmente não sei o que fazer... – fala ele começando a chorar.

Eu assustada, imaginei como seria se isso fosse comigo, mas ri mentalmente ao lembrar que isso já tinha me acontecido, de forma separada... Olhei para ele com compaixão e perguntei:

- E a Lunna? Não tem porque ficar assim, vou te ajudar a tomar as providências necessárias.

- A Lunna e eu nunca nos demos bem depois do envolvimento que tivemos. Ela se apaixonou, mas eu a tinha avisado que não sou cara de compromisso, ao menos não era.

Sentei ao seu lado e o abraçei mesmo ele de lado, até que ele se virou pra mim, me abraçando e recomeçando a chorar, o deixei assim para aliviar a dor que eu muito bem conhecia. Assim que ele se acalmou, começei aos poucos a perguntar o que tínhamos que fazer...

Arrumamos todos os papéis do velório, contatamos os parentes e amigos... no dia do velório a maioria das pessoas apareceram e eu me mantive ali do lado dele o dando força e apoio, eu via e sentia que ele estremecia a cada vez que olhava para os caixões, o vi várias vezes segurando as lágrimas, no entanto isso doía ver como os outros pareciam tão indefesos sem seus pais. Num dado momento que nem sei direito qual, uma senhora foi o cumprimentar e me viu logo atrás dele e disse:

- E essa moça, quem é? Sua namorada?

Ele olhou para mim com aquela cara sem expressão e um sorriso amarelo e disse:

- Bem que poderia ser, mas não é.

Ela olhou para ele e para mim novamente e disse:

- que pena, formariam um belo casal.

Assim ela saiu, e ele ia saindo dali, se virou para mim e perguntou:

- Vem comigo?

E eu o segui para fora do saguão de onde estavam os caixões...

- Sinto pelo que ela falou, mas o que eu disse é verdade. Mas independente disso, muito obrigado por tudo Missy.

O olhei com carinho e um sorriso:

- Capaz Drake, eu sei como é, passei pela mesma dor e diferente de ti. Não tive amparo.-  e o abraçei.

Ele retribuiu com toda intensidade possível e pude ver que ele chorou um pouco e depois se recompôs para voltarmos para a sala novamente... o enterro foi triste, pois no final ficou só nos olhando o tumulo fechado, passado algum tempo olhei para ele e disse:

- Vamos? Tu precisa descançar.

Lembro, de o ter levado para casa. Realmente, dava para ver que ele estava mal. Então fui para a minha trabalhar, quando deu uma hora da manhã meu telefone toca, e era de um hospital me avisando que o Drake havia entrado em coma alcoólico. Então me dirigi ao hospital para vê-lo e me informaram que ele só acordaria no outro dia, mas fiquei ali com ele, avisei no meu trabalho o que houve. Passado meia tarde vi que ele estava aos poucos abrindo os olhos então me aproximei, ele sorriu e disse:

- Oi.

- Seu louco, o que tu tem na cabeça? Por que foi fazer isso?

- A dor era tanta e eu não sabia o que fazer. – falou por entre um sorriso amarelo.

- Então que ligasse para mim, não que fosse se embebedar.

- Desculpa, não queria te atrapalhar, tu já fez tanto.

- Não seja dramático. E eu não me importo de cuidar de ti.

O médico entra no quarto interrompendo o assunto...

- Boa tarde casal.

- Olá doutor, como ele ficará? Terá alta quando?

- Acho que amanhã de manhã ele poderá ir embora já. Ele está bem, só ficará em observação.

E então no dia seguinte ao meio dia Missy ainda se encontrava lá ao lado de Drake esperando o médico lhe dar alta, os dois decidiram não brigar pelo que já havia passado, mas Missy prometeu cuidar dele. O Médico deu alta e eles foram a casa de Drake pegar umas peças de roupa, pois Missy teimou em que ele ficasse na casa dela por um tempo.

No outro dia ela foi trabalhar, logo que a Lunna soube que ela estava trabalhando esta apareceu já indo direto ao assunto:

- Como está Drake?

Missy  olha Lunna e diz:

- Oi para você também. Ele está bem.

- Vou vê-lo hoje.

- Ele já saiu do hospital  - diz Missy friamente.

- Então irei a casa dele, cuidarei dele. – Falou Lunna entusiasmada.

- Pode ir, mas ele não está lá.

- Onde ele está? – Pergunta Lunna assustada. – não vai me dizer que... que.. não ... não... – fala Lunna horrorizada.

- Não, ele não morreu, ele está vivo. Só não está na casa dele e sim na minha.

- O que ele está fazendo na tua casa? – Pergunta Lunna sem entender nada.

- Nada, só está repousando.

- COMO SÓ ESTÁ REPOUSANDO? POR QUE ELE NÃO REPOUSA NA CASA DELE ENTÃO?! VOCÊS ESTÃO TENDO UM CASO E NÃO ME CONTOU NADA ! EU PENSEI QUE FOSSEMOS AMIGAS MISSY, BELA AMIGA FURA-OLHO VOCÊ É!

- Olha Lunna, acredite você ou não, eu não tenho nada com o Drake, somos só amigos e eu estou ajudando ele em assuntos que você obviamente não ajudaria, agora me dê licença preciso trabalhar.

E assim Lunna saiu bufando de lá, e eu continuei meu trabalho. Passou alguns dias, Drake melhorou e voltou para casa, continuamos nos mantendo em contato e claro não nos víamos todos os dias mas de vez em quando eu ia a casa dele para dar uma geral já que ele andava bem desorganizado, e a Lunna, bom, ela nunca mais nem falou comigo, nem olhou na minha cara. Na semana seguinte, Jake me liga, dizendo que precisava conversar:

- Oi Missy, quando podemos nos ver?

- Não sei, por que?

- É urgente...

- Ok, depois do meu trabalho nos vemos então.

Assim que sai do trabalho, liguei para o Jake e combinamos de ele ir lá em casa para conversarmos... Em menos de meia hora depois ele chegou:

- Oi Jake, qual é o assunto?- preferi ir direto ao assunto.

- Aaah... – falou sem jeito.

- Ér, eu ... ahh.. andei pensando... – continuou.

- Fala logo. – falei impaciente.

- Ok, eu preciso te falar que eu andei afastado de ti porque tive uns problemas e esses problemas se resumem que eu me dei conta que ainda te amo e queria saber se você não quer voltar...- falou ele olhando para as mãos nervosas que se mexiam por entre suas pernas...

- Nossa ! – o olhei assustada.- O assunto era sério mesmo.


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