Seguir Em Frente escrita por Lin Nasct


Capítulo 2
DOIS


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se meninas!!!



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DOIS

Give A Heart A Break- Demi Lovato

Eu estava na casa de Erick e Amélia Dragomir, pais de liss, pois meu estado ainda expirava cuidados. Por causa da insistência da Lissa, estou fazendo terapia com a Sidney, minha amiga de infância.

Estou andando pelos jardins da mansão, quando ouço alguém me chamar. Era Irina, a empregadas dos meus tios. Ele sempre fora um amor de pessoa e dedicada comigo, sorri e fui andando o mais rápido que pude em sua direção.

- Venha menina Rose, há uma visita para você! – disse ela animada.

- Quem é? – perguntei curiosa.

- Dimitri Belikov. – disse ela.

Eu assenti e segui em direção a sala de visitas. Assim que entrei o avistei, Dimitri sendo abraçado por tia Amélia e acabei a ouvindo dizer:

- Sempre pensei que veria um casamento entre você e Rose. Vocês eram inseparáveis quando criança. Lembro-me de quando ela caiu que só você consegui fazer com que parasse de chorar. – disse ela sorrindo. Não consegui me mover.

- Eu também gostava muito dela. Sofri muito quando me mudei para a Rússia. – disse ele. O quê? Dimitri era apaixonado por mim?!

Depois disso fiz com que percebessem a minha presença. – Roza. – disse ele sorrindo para mim. Eu ainda estava desconcertada com sua declaração. Assenti.

- Querida, se aproxime e cumprimente Dimitri educadamente. Não foi essa a educação que você recebeu. – disse tia Amélia ralhando.

Aproximei-me deles timidamente e agarrei a barra do meu vestido nervosamente. Fui até Dimitri e ele enlaçou a minha cintura me abraçando. No começo, eu havia ficado estática, mas logo corresponde.

- Como está Roza? – perguntou-me sussurrando em meus cabelos. Senti seu cheiro e me senti a vontade, como se houvesse voltado parta casa depois de muito tempo. Afastei-me ao perceber o meu pensamento.

- Eu estou bem. – disse eu de modo tímido.

O que não era verdade. Mais uma vez sonhei com o acidente no qual Adrian morreu. Meus tios e Lissa chegaram as pressas em meu quarto, eu os acordara com meus gritos. Por este motivo, liss me convenceu a fazer terapia.

Dei um passo para trás me afastando ainda mais de Dimitri quando Irina apareceu com uma bandeja cheia de pratos e xícaras de chá. Minha tia e eu fomos ajudá-la.

- Irina, por que não pediu a ajuda de Simony? Não pode pegar tanto peso assim! – repreendeu minha tia a velha governanta.

- Simony estava terminando de arrumar a cozinha, ela até quis ajudar... Mas falei para ela terminar que eu me virava. – disse ela gentilmente. Sorri. Ela sempre fora assim gentil, carinhosa, trabalhadora. Nós a admiramos muito, sem ela todos enlouqueceríamos nessa casa com tia Amélia, até ela própria.

- Tudo bem, querida, - minha tia se aproximou dela e apertou suas mãos carinhosamente. – pode se retirar e descansar para o jantar. – disse ela.

Eu estava sentada ao lado de Dimitri e a tia Amélia estava sentada de frente para nós. Ela nos olhava com se nos avaliasse juntos, como um casal. Eu estava me remexendo desconfortavelmente ao lado de Dimitri. Sua atitude estava me assustando. O que também era engraçado, ela dando uma de alcoviteira.

Era mais do que óbvio que eu iria conversar com a minha tia antes que essa situação se tornasse constrangedora. Dimitri e eu somos adultos e não precisamos disso. Não superei a perda de Adrian e, tão cedo isso vai acontecer. Sei que já se passaram seis meses, mas eu o amava de verdade.

- Se vocês me derem licença vou me recolher. Não estou me sentindo nada bem. – disse eu subindo as escadas para o meu quarto.

Entrei em meu quarto e me joguei na cama. As lágrimas corriam livremente por meu rosto. Céus! Sinto tanta falta de Adrian. Meu peito doía e a minha garganta se fechou.

Soluços altos invadiram os meus ouvidos e o quarto. Meu corpo se sacudia, eu me abracei e fiquei ali sozinha. Minutos depois, percebo que Dimitri está com a minha cabeça em seu colo, acariciando meus cabelos. Eu o olhei e vi carinho em seus olhos e algo mais que não consegui identificar em seus olhos. Ficamos em silêncio até que adormeci.

***

Eu estava vestida com um vestido branco e com flores nos cabelos. Quando olhei ao meu redor vi que eu estava num lindo Jardim. Eu estava encantada com a beleza do lugar, havia tulipas, um campo só com tulipas vermelhas! As minhas preferidas, viajamos uma vez para Holanda só para que eu conhecesse o lugar.

- Você está mais linda do que nunca, querida! – disse uma voz mais do que conhecida. Eu fiquei estática no meu lugar, com a tulipa na mão.

- Adrian. – disse eu, o que mal passava de um sussurro.

- Minha pequena! – disse ele.

De repente sinto o quão perto ele está de mim. Virei-me e o ar sumiu de meus pulmões. Adrian estava lindo com calça jeans simples e camisa branca. Um brilho o envolvia de modo cálido e singelo, seu sorriso era radiante, ele pegou a minha mão e guiou-me até o banco.

- Como você está, meu amor? – perguntou ele acariciando o meu rosto.

- Como você acha que eu me sinto sem você, Adrian? Eu estou assustada! Perdi meu chão e mal consigo respirar. – disse eu.

- Entendo você, pequena. Disse ele pegando meu queixo e erguendo o meu rosto. – Me escute. Quero que você siga em frente e seja feliz. – disse ele calmamente. Uma torrente de emoções tomou conta de mim. Levantei revoltada. Como assim seguir em frente? Ele quer que eu o esqueça?

- O que? Você quer que eu o esqueça? Você também quer que eu fique com Dimitri? – perguntei exasperada, passei minhas mãos pelos meus cabelos e comecei a andar de um lado para o outro.

- Você sabe tão bem quanto eu que você já o ama. Você sempre o amou. Só que esse amor adormeceu... Amor, você sempre será a minha pequena, mas a sua felicidade é mais importante para mim. Disse ele com calma inabalável.

- Minha felicidade foi pro túmulo com você! – disse eu gritando revoltada.

Adrian se levantou e me abraçou apertado.

- Eu amo você! Eu sei que você me ama. Mas, você está viva. É nova e tem todo o direito de viver, pequena. – disse ele roçando seus lábios nos meus.

- Todos os dias me pergunto, por que você teve que ir... Deveria ter ido junto com você! – disse eu com a voz embargada.

- Nunca mais diga isso. – Disse ele me repreendendo. – Você tem muito que viver! Você será muito feliz, mas tem que seguir em frente. Eu estarei sempre ao seu lado, minha pequena, neste momento eu quero que você seja forte e aguente firme. Nunca se esqueça. Depois da tempestade vem a bonança. – Ele sorriu para mim e aos poucos foi se afastando.

- Adrian! Volte, por favor! Adrian. Adrian! – eu gritava a plenos pulmões.

- Rose! Acorde! – ouvia a voz de Lissa distante.

Aos poucos, me dei conta de que estava sonhando com Adrian e caí em mim. Assim que eu abri os olhos avistei Lissa e Tia Amélia. Na soleira da porta estava Dimitri observando a cena. Sua expressão era indecifrável.

Seu olhar se prendeu de tão forma que eu não conseguia desviar. De repente me dei conta de que ele estava dentro do meu quarto ao meu lado segurando uma das minhas mãos.

- Se acalme Rose. – disse ele com a voz rouca e gentil.

Só então, percebi que estava chorando e me dei conta de meus soluços, que tomaram conta do quarto. Desviei o olhar de Dimitri e olhei para liss que estava sentada ao meu lado direito. Minha tia havia saído do quarto.

- Eu sonhei com ele. – minha voz mal passava de um sussurro.

***

Depois do meu surto de hoje à tarde. Lissa e Dimitri ficaram comigo no quarto, enquanto tia Amélia ligava para Sidney. Logo ela entrou no quarto com Irina em seu encalço trazendo chá para todos. Por insistência eu tomei uma xícara de chá.

Eles tentaram me convencer a de descer para o jantar, mas bati o pé e fiquei trancada em meu quarto. Irina trouxe sopa e só saiu do quarto com o prato vazio. Decidir tomar um banho para relaxar e pensar em tudo o que havia acontecido.

Assim que eu saí do banheiro, devidamente trocada de pijama, dou de cara com Dimitri sentado em minha cama. Comecei a ficar inquieta diante de seu olhar, olhei para a barra da blusa e fiquei mexendo. Dimitri me puxou e fez com que eu me sentasse em seu lado.

- Por que você ficou daquele jeito? Roza... Você não tem noção de comoo o meu coração ficou partido. – perguntou ele com a voz rouca.

- Eu... – como eu poderia falar da conversa que eu ouvi entre ele e minha tia?! Não podia contar do sonho para ele também. Abaixei a minha cabeça. – Eu não sei. – foi a minha resposta.

Ele pegou meu queixo e ergueu o meu rosto.

- Eu quero ajudá-la. Quero que saiba que eu estou do seu lado. – disse ele calmamente.

Meu instinto me dizia para desviar o rosto, mas como eu conseguiria fugir do seu gentil aperto de aço? Eu não conseguia virar o rosto. Meu maior medo era não querer virar o rosto!

Por mais que no sonho Adrian quisesse que eu abrisse mão dele de nós facilmente... Eu devia fidelidade a ele e o meu amor também. Se Adrian tem razão ou não sobre o que disse de Dimitri. Isso não vai acontecer.

- Obrigada. – disse eu, minha voz mal passava de um sussurro. Não havia percebido o quão próximo o seu rosto estava do meu. A sua respiração quente bateu em meu rosto e me arrepiei toda.

- Roza... – sua voz rouca me fez tremer. Fechei meus olhos apreciando o modo como ele dizia meu nome.

- Adrian... – sussurrei. Isso foi como um balde d’água no clima que havia entre nós.

Ele se afastou de mim e beijou minha mão, não quebrando o nosso contato visual. Um sorriso escapou dos meus lábios, não importa o  que aconteça Dimitri sempre será Dimitri.

***

- Rose... Infelizmente, eu não posso mais cuidar do seu caso. –  Sid disse direta como sempre.

- Por quê? – perguntei rapidamente.

- Um psicólogo não pode ter qualquer vínculo emocional com seu paciente. – disse ela gentilmente.

- Eu avaliei a sua situação e mandarei a sua ficha para um colega meu. Seu nome é Mikhail Tanner. – disse ela. Eu assenti concordando.

***

- Sid. – a chamei.

- Sim? – perguntou ela.

- Será que não tem como você falar com a tia Amélia? Ela não para de dar uma de alcoviteira! – disse eu indignada.

- Sério? Quem é a vítima? – perguntou-me curiosa.

- Dimitri Belikov. – assim que eu disse seu nome Sidney arregalou os olhos.

- UAU! Como ele está? Fisicamente falando. – perguntou com interesse.

- Lindo! – disse eu. Logo percebi o meu tom de empolgação e me repreendi por isso. Sidney arqueou a sobrancelha.

- Alguém aqui está empolgada? – perguntou ela sarcástica.

- Eu... - gaguejei miseravelmente. – Eu não posso! Eu amo Adrian! – disse eu com a voz embargada. – Não posso esquecê-lo! – emendei.

Sidney pegou uma das minhas mãos e a apertou para me confortar.

- Rose... Se acalme querida, Não há nada de errado em gostar de alguém. Dê uma chance para si mesma. – disse ela calmamente. – A vida segue. E também, que eu me lembre de você sempre gostou de Dimitri. Desde pequena. Lembro-me de quanto você ficou triste quando ele partiu para a Rússia. – disse ela saudosa. – Ninguém conseguia separá-los, quando um estava perto do outro não existia mais ninguém.

Eu me lembrava disso, mas quando eu conheci Adrian... Eu soube que ele seria o grande amor da minha vida. O sorriso torto, os seus olhos verdes- esmeralda, o modo sarcástico como falava. Assim que eu o vi pela primeira vez... Soube naquele exato momento, que ele seria uma das pessoas mais importantes da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Sinto muita falta dos reviews de vocês!!! Comentem e me façam feliz.