Seguir Em Frente escrita por Lin Nasct


Capítulo 1
UM


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se!!!



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PRÓLOGO

- NÃO!

Em segundos uma luz veio do lado esquerdo do carro e, a única coisa que eu me recordo é do seu rosto. Havia confusão, mas o adeus fora inevitável. Meu último pensamento fora “Eu te amo”. Não havia tempo para oração, mas Deus naquele momento olhou por mim.

UM

Horas depois acordei na cama do hospital mais caro de Montana confusa. Afinal, o que eu estou fazendo aqui?Será que alguém poderia tirar essa luz branca forte do meu rosto? Cadê Adrian? Franzi a minha testa. Eram muitas perguntas para alguém que mal abriu os olhos. Tentei virar o meu rosto, mas algo impossibilitava o que eu mexesse meu pescoço, uma dor aguda me atingiu e as lágrimas prontamente desceram por meu rosto.

Só Depois eu notei o barulho irritante do PI, alto e agudo, de repente, aquilo se tornou algo insuportável aos meus ouvidos. Senti mãos sobre as minhas e, logo avistei a face de Lissa e do médico que poderia estar cuidando do meu caso. Ambos os rosto estão com a preocupação estampada.

- Calma, maninha, respire. Ficará tudo bem. – disse ela calmamente. Por um minuto me deixei levar por sua voz, pena que durou até eu fazer uma pergunta.

- Cadê o Adrian? – perguntei com a voz rouca e fraca.

A face de Lissa rapidamente ficou sem expressão, seus olhos a entregaram, havia um misto de desespero, dor e tristeza...? Céus! O que será que aconteceu com o Adrian? Eu fiquei nervosamente.

- Desculpe. – sussurrou em meu ouvido. Fiquei confusa.

A escuridão me tomou outra vez.

***

Acordei, porém não abri os olhos prontamente. Não abri os olhos para esperar que tudo não passasse de um pesadelo, no entanto decidi esperar mais um pouco. Parte de mim tinha consciência de que aquilo não era pesadelo, enquanto isso a outra parte dizia que era só um sonho ruim e que logo Adrian entraria pelo quarto com o nosso café da manhã.

Abri os olhos devagar, a claridade fez com que meus olhos ardessem. Lissa entrou no quarto e veio até mim.

- Maninha como você está? – perguntou ela sorrindo gentilmente.

- Péssima! Cadê o Adrian? – perguntei direta.

Novamente liss ficou séria.

- Alissa Dragomir! Pare de enrolar e me conte logo o que está acontecendo. Vamos logo, estou esperando. – disse eu autoritária e sem paciência. Vi Lissa se encolher. Nunca havia falado assim com ela antes. Quis me retratar rapidamente, mas não pude.

- Rose... Adrian não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital. – Disse Lissa séria.

Eu entrei em estado de choque. Nada saía da minha boca, eu mal conseguia respirar, meus músculos congelaram e eu olhava na direção de Lissa sem nada ver. Naquela tarde os enfermeiros entraram com a comida, mas não me alimentei.

Lissa voltou à noite e tentou conversar comigo, porém não respondia, na verdade, não conseguia entender nada do que ela estava me dizendo. Era como se estivesse falando em outro idioma, incompreensível. Uma das poucas que eu a ouvi dizer fora catatônica. “O que era isso?” Minha mente perguntava.

Eu só via as coisas acontecerem ao meu redor. Os enfermeiros entravam e saiam do meu quarto, ora limpavam os curativos, ora injetavam medicação em minha bolsa de soro. Lissa me visitava todos os dias e “conversava” comigo. Quando entrava em meus quarto era visível a esperança em seus olhos, porém quando saía demonstravam frustração.

Não consegui aceitar que havia perdido Adrian. Essa ideia era inconcebível! Estávamos bem! Iríamos ficar noivos no começo da primavera! Fizemos tantos planos juntos... Queríamos ter filhos!

FLASHBACK ON

- Vamos ter várias Rose’s por aqui! Disse Adrian alisando o meus cabelos.

- Não senhor! Vou ficar enorme, com os pés inchados e com humor instável. Você tem certeza que quer que eu fique grávida tantas vezes? – disse sorrindo com a minha mão em seu peito.

- Não importa, passarei por tudo isso com o maior prazer sabendo que você será a mãe dos meus filhos! – disse ele com um lindo sorriso brincando em seus lábios. Quando menos esperava ele selou nossos lábios.

FLASHBACK OFF

Inconscientemente toquei meus lábios e sorri, seus beijos eram maravilhosos, ele sempre fora uma pessoa doce e gentil. Um homem simples, romântico e apaixonado pela vida. Sempre tratava as pessoas como iguais independente de raça, cor ou status social.

- Adrian... – minha voz saiu rouca e esganiçada devido aos dias que eu fiquei sem falar.

Pela primeira vez em dias eu olhei para o quarto de verdade. Olhei cada parte desde a porta do banheiro, até a porta de saída. Numa mesa no canto do quarto havia vasos e buquês de flores. Consegui me sentar. Não havia mais nada me imobilizando; meu pescoço.

Minha perna esquerda está engessada, não podia ficar de pesem uma muleta. Lissa entrou no quarto toda reluzente.

- Rose! Você acordou! Céus! Estou tão feliz, maninha, como você sente? – perguntou ela. Em sua recém-adquirida máscara de médica.

- Eu estou caminhando do péssimo para bem, assim que eu caí fora desse hospital. – disse sarcástica.

Lissa não teve outra reação, senão rir. – Essa é a Rose que eu conheço. – disse ela rindo.

Também não pude deixar de sorrir. Liss sempre teve fé em mim e na minha força. Ela tem fé nas pessoas, acredita sempre no melhor delas.

- Liss... Quem mandou essas flores?- apontei para a mesa de canto.

- São de todos. Mamãe e papai, Christian, Daniela e Nathan, André, Dimitri e os seus colegas de trabalho também mandaram um buquê coletivo. – disse sorrindo.

Dimitri... Fazia anos que eu não ouvia falar dele. Ele fora meu amigo de infância, ficou na América até os 12 anos. Sua família veio da Rússia quando sua mão, Olena, era adolescente. Olena fora a melhor amiga de Janine, que morreu quando eu tinha onze anos de idade. Meu pai Abe morreu, ambos morreram num acidente de avião quando estavam voltando para casa. Neste mesmo período a mãe de Olena, Yeva retornara à Rússia onde descobriu que estava com câncer em estágio avançado. Isso fez com que Dimitri e toda a sua família retornassem para a Rússia, infelizmente, Yeva não sobreviveu. Entretanto, Olena permaneceu na Rússia. Seu marido Orlando, fora juntar-se a sua família. Depois do nascimento de Viktória, Orlando fora assassinado depois de um assalto à mão armada ao banco onde trabalhara.

Durante esse período, trocávamos cartas, um consolando o outro. Dimitri sempre fora um homem gentil e cavalheiro. Com o tempo nos afastamos, a última vez que ouvi notícias suas, soube que estava feliz e noivo de uma moça chamada Natasha. Fiquei feliz com a notícia, ele merece a felicidade.

- Dimitri?! Como ele soube? – perguntei realmente interessada na resposta. E isso não passou despercebido por Liss.

- Ele voltou para a América há alguns dias. Veio até aqui visitá-la enquanto você estava em estado catatônico. – disse ela, de repente sem expressão.

- Sério? O que seria estado catatônico? Perguntei intrigada.

- O cérebro fica sobrecarregado de acordo com o trauma que você passa. A pessoa em questão não bebe, come ou qualquer coisa que seja durante esse período. – disse ela assumindo a postura de médica.

- Quanto tempo à pessoa fica nesse estado? – perguntei interessada.

- Dias, meses e até anos. – disse ela.

- Quanto tempo eu fiquei catatônica? – perguntei hesitante com a resposta que estava prestes a ouvir.

- Um mês. – disse ela virando o rosto quebrando nosso contato visual. Vi uma lágrima solitária descer por seu rosto e rapidamente ela passou a mão no rosto, enxugando as lágrimas.

Eu a abracei. Lissa desabou em meus braços. Sempre fui o seu porto seguro, eu fazia com que ela se arriscasse e curtisse a vida, impondo suas opiniões e escolhas.

- Roza? – eu sabia quem era o dono dessa voz, não importa quanto tempo passasse, eu reconheceria sempre.

- Dimitri! – disse eu entusiasmada. Eu ainda estava abraçada a Lissa, no entanto, assim que ele entrou timidamente no quarto, liss se afastou.

- Como você está pequena? – perguntou ele. Como sempre um cavalheiro.

- Ótima! – disse eu sarcástica, tentando me arrumar na cama.

- Quer ajuda? – pergunta liss com o controle da cama nas mãos.

- Sim, por favor. Disse eu sussurrando.

Lissa deixou-me sentada. Fiz um sinal para que Dimitri e Lissa sentassem cada um do meu lado. Ambos me deram suas mãos e eu as segurei e sorri fracamente para eles.

- Como vai Dimitri? Que situação o destino faz com que nos encontremos, não? – disse eu afagando a sua mão. Ele sorriu torto.

- Eu estou bem, passando por uma fase de transição. Acabei de me divorciar de Natasha. – disse ele sério.

- No final de tudo isso, você encontrará alguém que irá valer a pena! – disse eu calmamente.

De repente, senti a veracidade de minhas palavras. O conselho também serve para mim. Olhei para os dois e forcei um sorriso simpático. E passamos o resto da tarde conversando amenidade.

 NOTA AUTORA

Eai gostaram? Essa sou eu explorando o drama! Sem cenas hot e tudo mais... Estou über comportada!!! rs

kissus,

Lin Nasct.


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