"Liberdade na vida é ter um amor para se prender"

Fabrício Carpinejar

Grissom estava parado em seu carro em frente a casa dela. Ele dizia a si mesmo que estava ali apenas como um amigo oferecendo um pouco de conforto no memento de perda, mas não era só isso. Por mais cruel que fosse o caminho estava livre agora.

 Depois de quase matar Lindsay afogada dentro do carro, depois de todos os empurrões e apertões que deixavam marcas em Catherine, não seria humano dizer que Eddie não merecia morrer. Grissom não sabia se deveria ir ate lá, pareceria pressão demais, mas ele estava preocupado com Cath e com Lindsay.

Assim que consegui parar de chorar Cath levou Lindsay até o quarto e a colocou para dormir, tentando tranqüilizar a filha, dizendo a ela que isso passaria e que ela não iria esquecer, mas que a dor iria diminuir. Logo depois de Lindsay finalmente fechar os olhos Cath ouve a campanhinha tocar.

Antes que isso acorde a filha ela se dirige rapidamente para a porta e se surpreende ao ver Grissom parado ali. Eles se olham nos olhos intensamente tentando descobrir o que aconteceria a seguir, tentando encontrar um no outro um modo de dizer tudo o que sentem.

- o que você está fazendo aqui? – ela pergunta não querendo conversar ou explicar a ninguém o que sentia, ela sempre era fechada com seus sentimentos, medos e seu passado.

- eu só estou preocupado com você e a Lindsay.

- entra. – ela diz dando espaço para ele entrar.

- você está bem? – ele pergunta se sentando ao sofá no qual ela se junta a ele.

- na medida do possível.

- Catherine, eu sei que você não tomou decisão alguma e para mim isso foi um não. Mas eu quero te dizer que eu... Eu amo você, Cath. – ele sussurrou para ela e abaixou seu olhar. Ela segurou a cabeça dele com as mãos o fazendo olhar para ela.

- eu também. – ela sussurrou de volta e o beijou apaixonadamente. Suas bocas se acariciavam. Grissom levou a mão embaixo dos cabelos dela a puxando para mais perto, querendo o corpo dela cada vez mais perto do seu. Catherine se levanta e o puxa para seu quarto.

  Depois de todas as roupas descartadas em uma euforia de desejo, eles se deitaram na cama e seus corpos se encontraram no ardor da paixão. Catherine o puxava como se sua vida dependesse disso, ela o queria desesperadamente e não estava mais agüentando o lento movimento dele.

- Grissom, tem que...

- shiii, eu quero te sentir e quero que você me sinta, só isso. – ela então fechou os olhos e obedeceu, esqueceu tudo a sua volta como se só existisse eles no mundo, até que chegaram ao extremo do prazer e adormeceram nos braços um do outro.