No Sewa Baby?! escrita por MissTenebrae


Capítulo 13
Simpatia


Notas iniciais do capítulo

Feliz Nataaaaaaaaaaaaaaaaal!
O presentinho para vocês vem depois ( vou acabar com a surpresa: um capitulo de mais ou menos 5.000 palavras, eu espero. Ia ser esse, mas eu precisava atualizar)
Demorei sim, mas voltei, espero que gostem.
Ah, acho que deixei vocês bem confusos, mas... O Lass não é tão mais velho assim, eu penso em uns 3 até 5 anos, vou deixar mais claro depois.
Boa leitura!
Tori-chan recadinho: Feliz Natal! Na caixa ao lado vocês encontraram tijolos, tomates e muitas outras coisas para jogar na Tene, tudo de graça! Aproveitem a promoção!



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– Eu estava na escola e o senhor demorou e...

– Eu não demorei porcaria nenhuma eu cheguei lá e você não estava em lugar nenhum, tem ideia de que você me fez levantar por nada e...

Ele parou bruscamente, finalmente percebendo que havia mais alguém ali.

– O que isto está fazendo aqui?

Lass encarou novamente aquela figura absurdamente alta e maligna, ele sentia pena de Arme por ter que conviver com aquilo, seja lá quem e o que fosse.

–Senhor Dio! – A baixinha exclamou surpresa, a voz estremeceu um pouco.

Dio?

Se havia entendido bem toda a história de Arme e se aquela figura sombria era ’Dio’, então quer dizer que ele deveria ser o...

– Eu fiz uma pergunta, porcariazinha, o que isto está fazendo aqui?

– Ele... – Arme hesitou, olhou de lado para Lass, respirou fundo e disse com a voz tremida: - Ele não é ’isto ’... – Ela sentiu o olhar de raiva de Dio, diminuiu a voz para um leve sussurro, mas continuou – O nome dele é Lass e ele é meu... – A última palavra nem o garoto que estava ao seu lado conseguiu ouvir.

– O que você disse? Eu não consegui ouvir.

– Meu amigo. – Murmurou.

– Eu mandei falar mais alto! – O grito surpreendeu até Lass e fez Arme pular para trás.

– Amigo. – Disse num tom alto o suficiente para Dio entender.

Ele gargalhou.

– Oh, que coisa mais bela! A idiota arranjou um amiguinho idiota e formam um lindo casalzinho idiota feliz. Meu coração está tocado. – O sarcasmo escorria da frase, a hostilidade era claramente presente. – Eu vivo me perguntando qual é o seu maldito problema.

Ela respirou fundo.

– Você é mandada para uma escola cheia de nobres, lotada, ai eu penso que você poderia fazer algo útil na vida e arranjar algumas ligações, fazer amizade com asmodianos... Ele parece um nobre para você?

– Ele... Não... Eu pensei que... Entrar...

O asmodiano riu, riu muito alto, com desgosto.

E parou a risada de repente.

– Aqui só entram nobres e não-asmodianos importantes, fora isso apenas empregados. – Ele sorriu. – A não ser que você tenha arranjado um empregadinho pessoal e o enganado dizendo que eram amigos.

– Não.

Foi uma imensa surpresa ver o garotinho falar, era a primeira vez que ele ouvia a voz dele desde que eles haviam chegado.

Dio o encarou com ódio. Não tinha gostado dele sem ter ouvido sua voz, no momento gostava menos ainda.

– Quem você pensa que é para se dirigir diretamente a mim?

– Senhor Dio, por favor, não...

– Entre, agora.

– Mas...

– Eu mandei entrar!

No momento que ele gritou, se arrependeu.

Como não havia notado que ela estava segurando as lágrimas? Que ela era uma chorona inútil?

– Porcaria. – Resmungou.

Seus pais iam saber disso e não iriam gostar nada.

– Porcaria. – Repetiu.

Olhou para baixo. Ótimo, ainda tinha o amiguinho. Quase se esqueceu dele, não que ligasse, mas precisava despacha-lo.

–Você esqueceu sua filha hoje.

Ele o olhou indignado.

– Aquilo não é minha filha.

– Ah, é sim. – Antes que Dio começasse a reclamar de novo, Lass continuou. – E você devia prestar mais atenção.

Dio estava pasmo, como... Como uma criança poderia ser tão insolente? Quem ele imaginava que era?

– Ela não é minha filha! – Gritou e fechou a porta com força no mesmo momento do portão da casa.

E quase desejou ter ficado do lado de fora.

Uma Rey o encarava furiosamente do lado de dentro.

– Eu posso saber o que diabos estão acontecendo?

Ele pensou seriamente em responder um ’não é da sua conta’, porém sabia muito bem desde a infância que não era uma ideia especialmente inteligente irritar uma Rey brava.

– A coisinha trouxe um amiguinho.

– A ’coisinha ’ está chorando. – Ela se aproximou do ouvido dele e sussurrou ameaçadoramente. – Minha vida também não está sendo uma das melhores, Dio, então eu acho melhor você começar a cooperar e começar a melhorar essa bosta. – Ela o soltou com força e saiu batendo os pés com força no chão.

E sua vida melhorava cada vez mais.

~*~*~*~

No outro dia de manhã bem cedo, Rey levantou como sempre para ir levar a menina para a escola e depois voltar para a sua confortável cama.

Ficou irada quando viu que ela não a esperava na porta e marchou até o quarto dela, abriu a porta com força e gritou para que ela levanta-se.

– Senhorita Rey? – Sussurrou.

– Ainda não levantou por quê?

– Eu... Não me sinto muito bem. – Ela olhou para a nobre. – Acho que não consigo ir para a aula. – Arme analisou Rey por uns instantes e resolveu acrescentar: - E amanhã não tem aula, é feriado...

Bem, ela não tinha saído do quarto ontem depois que havia chegado da escola, sua cara não era das melhores e ela não costumava a mentir.

Além do mais, ela não ia precisar enfrentar o frio matinal e poderia voltar para a cama direto.

Uma falta não ia fazer diferença, não é?

– Acho que não faz mal prolongar o feriado.

– Obrigada, senhorita Rey.

E a porta fechou.

~*~*~*~

O telefone irritava.

Irritava muito.

A asmodiana bufou e se arrastou para fora da cama, alcançou a extensão mais próxima e atendeu.

Ouviu gritos, bem indignados por sinal, não entendeu nada.

– Que?

– Rey.

Ela reconheceu aquele tom, aquela voz, no momento ela já sabia que ela tinha feito alguma coisa muito, muito errada.

– Oi, mãe.

– Não me venha com isso. Posso saber por que a Arme faltou aula?

Ela havia esquecido esse detalhe.

– Er... A... – Ela se segurou para não dizer ’coisinha ’ – Arme. – Finalmente soltou com desgosto. – Não estava se sentindo muito bem, então achei melhor ela descansar e...

– O que?! E já levaram ao médico?

– Hum, não, na verdade não.

Ela ouviu sua mãe respirar fundo.

– Preste atenção, vá até o quarto dela e veja se ela está com febre.

– Ok.

Andou por todo o corredor, quando finalmente chegou à porta do quarto da menina, raciocinou.

– Mãe, vocês lembraram-se de colocar um termômetro dentro dessa casa?

Um momento de silêncio.

– Hã... Não.

– Maravilhoso.

– Tudo bem. Toque na testa dela e no pescoço, veja se está quente.

– Você está falando sério?

– É claro.

Tocar a coisinha? Não, ela não poderia estar falando sério.

Ela abriu a porta e encontrou a garotinha dentro de um sono profundo, encolhida em um canto da cama.

– Eu tenho mesmo?

– Com certeza.

Ela andou lentamente, atrasando a ação.

– Isso vai ajudar em alguma coisa?

– Vai sim. Está quente?

Ela esticou um dedo e tocou na testa da menina.

– Não sei direito o que você quer dizer com ’quente ’.

– Está acima da temperatura normal dela?

Rey não poderia simplesmente dizer que não fazia ideia de qual era a temperatura normal da menina, nem se lembrava da última vez que tinha encostado na garota.

– Não... Não tenho certeza.

– Então não deve ser tanto. – Ela ouviu conversas rápidas ao fundo, alguns tons de comando, e sua mãe voltou a falar com ela. – Estou enviando alguns remédios para febre e como deve usá-los, eu sei que vocês dois são terríveis na cozinha, sem a Arme isso vai ser um desastre, vou mandar comida também, mas só para hoje, ouviu?

– Tudo bem.

– É isso, se cuide, filha, um dia eu irei visitar minha neta.

Rey quase vomitou quando ouviu o termo.

– Claro, mãe, adeus.

– Tchau, Rey.

– Ah, mais uma coisa.

– Sim?

– Como você sabia da falta?

– O colégio ligou avisando, sabe as escolas geralmente fazem isso quando os estudantes faltam.

– E porque ligou para vocês, e não para nós?

Uma risada.

– Vocês não acharam que ia ser tão fácil.

– Mas...

– Alias, avise para o Dio: fazer criancinhas chorarem não é uma das melhores estratégias para ganha pontos.

E desligou.

~*~*~*~

Do lado de fora de uma grande mansão, um garotinho de cabelos brancos encarava os portões da casa, se perguntando por que certa menina não havia ido para a escola naquele dia.


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Notas finais do capítulo

É isso ai, eu to meio mal então não terminei o presente de vocês, mas eu juro que ele vem, vocês vão até enjoar de tanto ler essa fic.
Até mais, pequenininhos da Tene-chan.
Tori-chan recadinho: Curtam bastante o natal e me mandem presentes, obrigada :3
( ela chama vocês de pequenininhos, mas ela não tem nem metade do tamanho de um anão)
Até o/