Amor Improvável Em Columbus Circle. escrita por Carolyna Grey


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Então decide ir postando mais capítulos e conto com boas críticas :)
Não pretendo demorar muito para fazer as atualizações.
Ah e deixo aqui em baixo o link para quem se interessar em saber como são as personagens.
Abigail - http://www.listal.com/viewimage/3375775h
Cristal- http://weheartit.com/entry/7694890/via/Iamthatonegirl
Ivan- http://img22.fansshare.com/photos/idriselba/idris-elba-1367571382.jpg
Por enquanto só tenho dessas personagens. Mais para a frente eu posto das restantes também conforme elas forem surgindo na história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/317349/chapter/2

– Cris-tal Al-bu-quer-que. - Balbuciava enquanto digitava o seu nome no google.

826 000 resultados surgiram em resposta. Abri o primeiro link que logo percebi se tratar de um blog de fofocas - bem do gênero que eu detesto. Franzi a testa com o título da matéria que era apresentado em letras gordas e vermelhas. Bufei balançando a cabeça em reprovação ao que estava fazendo, mas não desistindo de ler.


"O sumiço de Cristal Albuquerque. É, Cristal Albuquerque. Este nome tem vindo a dar muito o que falar e não é só pela beleza da morena ou pelo seu incrível trabalho nas passarelas. Mas comecemos pelo princípio - as suas origens.

Cristal vem de uma família simples e é a caçula de quatro irmãos. Cresceu no interior da grande São Paulo e só foi aos 20 anos que..."

– Blá blá. - Puxei o rato para o tópico principal da matéria formigando de curiosidade. - Aqui está. - Espremi os lábios concentrada.

"Não é segredo para ninguém que a conturbada relação entre Ivan e a modelo está constantemente por um fio. Mas na passada quarta-feira Cristal surpreendeu a todos anunciando publicamente que abandonaria as passarelas para se dedicar ao seu relacionamento com o advogado do qual está noiva há exatamente três meses. A moda brasileira está de luto. "

Procurei a data em que a matéria foi postada. Há sete meses atrás.


– Quem é que abandona a carreira para se dedicar a um relacionamento conturbado?! - Me questionei indignada mudando a pesquisa para imagens.

Dezenas de fotografias inundaram o ecrã do computador. Arrastei a cadeira me debruçando sobre a mesa. Ela é irrevogavelmente linda. Qualquer um deve ser capaz de notar isso num primeiro contato. Relembrei o momento de há já dois dias em que ela sorria de forma meiga para mim. Desde que fechei a porta do apartamento e voltei ao meu mundo senti um desejo quase incontrolável de pesquisar o seu nome na internet, mas adiei até hoje sentindo que estaria a invadir a sua privacidade. Ou talvez fosse esse o motivo que eu esperava ter para o receio e nervoso miudinho que me assolavam ao pensar nela e em voltar a ve-la.

Meus dedos estavam suando quando digitei seu nome no teclado do computador. Dize-lo em voz alta me deixaria em pior estado. É ridículo e não compreendo o porque. Pessoas sempre me deixaram nervosa e desconfortável. Sentia que estava constantemente sendo avaliada de cada vez que alguém me focava por mais que cinco segundos. Com certeza é essa a explicação para o que estou a sentir nestes últimos dois dias. Provavelmente ela me intimida por ser tão linda, simpática, meiga e ter um cheiro tão gostoso.

Arrastei a cadeira para trás me afastando do computador com as mãos sobre o rosto quando a mesma sensação de estar levando leves choques dentro da barriga que se alastram por todo o meu corpo regressou.

– O que está acontecendo comigo? - Me levantei andando de um lado para o outro ainda em frente ao computador onde uma fotografia dela se destacava dentre todas as outras.

Me inclinei sobre a mesa e salvei a fotografia rapidamente fechando a página da internet em seguida. Eu estava agindo como uma criança arteira que faz algo que sabe ser errado e teme ser apanhada pelos pais. É, era exatamente assim que eu me sentia. Culpada de algo que não sei bem o que é. Como se tivesse descoberto um segredo que não deveria.

Subi as escadas para o meu quarto de onde não voltei a sair nas horas que se seguiram. Só me apercebi que havia passado a tarde ali quando comecei a enxergar as letras do livro com dificuldade pela noite e a escudião que chegaram sorrateiras se apoderando do céu e da cidade.

Tomei um banho para me resfrescar antes de preparar o jantar. Liguei a tv colocando um filme qualquer que preenchesse o vazio e tomasse o lugar do silêncio. Comecei a cortar em pequenas rodelas as cenouras enquanto o frango borbulhava numa das panelas espalhando um cheirinho agradável.

No primeiro baque não reagi pensando que poderia ter sido o som da tv, mas o segundo veio acompanhado de um grito abafado. Larguei a faca em cima do balcão da cozinha e diminui o volume da tv até não passar de um burburinho. O terceiro baque demorou a ecoar quase me fazendo desistir e voltar aos meus afazeres, mas veio ainda mais forte que os anteriores.


– Porque está fazendo isso? Viu só o que me fez fazer? - Uma voz grave se ouviu e imediatamente soube de quem se tratava.

Meu corpo gelou e fiquei sem chão quando ela voltou a gritar desta vez saindo para o corredor. Corri até a porta olhando pelo olho mágico a cena horrível que se dava do lado de fora. Ele segurava seu braço com força pela expressão de dor estampada no seu rosto e segregava coisas no pé do seu ouvido. Vez por outra a sacudia até que ela assentisse com a cabeça. Por fim prensou-a contra a porta fazendo-a deslizar pela mesma até chegar ao chão e desapareceu. Continuei a observando em silêncio até ouvir as portas do eleavador se fecharem.


Me ajoelhei em frente a porta sem saber como agir perante uma situação destas. Senti meu coração ficar tão apertado e pequeno para todos os sentimentos que estava a sentir que parecia nem sequer bater mais. Tinha decidido fingir nunca ter presenciado aquilo quando a ouvi chorar do lado de fora.

Destranquei a porta um tanto hesitante abrindo apenas uma fresta por onde consegui ve-la chorando abraçada aos joelhos com o rosto escondido pelos cabelos longos. A saliva quase não desceu pela minha garganta tamanho era o nó que ali se havia formado.

Então fiz a pergunta mais idiota no momento mais inadequado: - Você está bem?




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que esses primeiros dois capítulos foram meio chatinhos, mas os próximos não serão assim. E aí, quem leu o que achou? Ficou bom? Poderia ser melhor? Dê sua opinião :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor Improvável Em Columbus Circle." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.