Athenas, 15/06/1976. Mais um dia comum no Santuário. Fazia 15 dias que eu havia completado meus 18 anos e vivia tranquilamente como protetor da 3º casa zodiacal, Gêmeos. As outras casas também começavam a ser ocupadas, pois todos os seus protetores já tinham idade e treinamento suficiente para protegerem a parte mais importante da terra sagrada. O verão estava próximo e, por conta disso, o clima estava bem quente. Tomava um chá gelado para refrescar, quando um soldado apareceu em minha casa:

-Com licença, Mestre Saga...

-Deseja passagem, soldado? – perguntei, virando-me para ele.

-Não senhor, eu vim a mando do Grande Mestre.

Ele me estendeu um envelope e logo o abri, não tinha a mínima ideia do que poderia ser! Fiquei ansioso, talvez fossem notícias de uma grande missão! Uma missão que mudaria meu destino como cavaleiro! Mas era apenas uma convocação para uma conversa com o Grande Mestre.
-Obrigado, soldado! Irei agora mesmo ao encontro do Grande Mestre!
Passei afobado pelas casas. Quando passei por Sagitário, ouvi a voz desafinada de Aiolos cantando Shake Your Booty do KC & The Sunshine Band no banho e, logo depois, ouvi um grande estrondo no mesmo recinto seguido por um palavrão cabeludo do guardião da 9ª morada. Dei risada e continuei meu caminho, aquele dali não tinha jeito mesmo.

Quando passei por Capricórnio, encontrei Shura pendurado de cabeça para baixo vendo algumas polaróides.
-Bicho... Sério... Te arruma! Agora você é o GRANDE cavaleiro de Capricórnio, não pode ficar pendurado de cabeça pra baixo no meio da casa não!
-Vai pra merda, Saga! Me deixa! Tô aqui, apreciando a vista! –Disse Shura, passando de foto em foto.
-Vista? Ah, to com pressa! Depois a gente conversa!
-Vai, almofadinha do Mestre! HAHAHAHA – Riu Shura

Estendi o dedo médio para Shura, que deu uma risada maior ainda e prossegui no meu caminho. Aqueles dois andavam estranhos ultimamente, viviam sumindo durante as folgas, cheios de segredinhos ou ressaca pelos cantos do santuário. Finalmente cheguei ao grande salão do Mestre, logo fui anunciado por um dos soldados e, rapidamente, entrei. Prestei a devida reverência e, em seguida, ouvi a voz autoritária do Grande Mestre:
-Pode se levantar Saga. Eu preciso de sua colaboração em uma delicada missão!
-Missão, Grande Mestre? Mas que Honra! Para onde devo ir? Descobrir sobre o paradeiro de Poseidon? Localizar a entrada do reino de Hades? Exterminar algum cavaleiro inimigo? – perguntei animado. Ia sambar na cara dos meus amigos. Mal me tornei cavaleiro dourado e já tinha uma grande missão dada diretamente pelo Grande Mestre.
-Não, Gêmeos... Quero que você descubra o que diabos anda distraindo os seus amigos Shura e Aiolos! O comportamento dos dois ultimamente está inaceitável, uma vergonha para os Cavaleiros de Ouro! Não treinam direito, somem, abandonam seus postos, chegam embriagados em casa...
Saga balançou a cabeça. Não acreditava que, apesar de todo seu bom comportamento, não teria uma missão de destaque. Teria que descobrir logo o que os dois mamões de fim de feira andavam fazendo, quase um espião. Ouvia o Grande Mestre reclamando sobre os amigos e ficou devaneando. O Mestre percebeu e logo chamou sua atenção:
-SAGA DE GÊMEOS! Quero que você vá descobrir o que diabos esses dois estão fazendo e que me relate tudo o que está acontecendo, está me ouvindo? Vocês não são moleques! São Cavaleiros de Ouro! E vá logo!

-Certo Grande Mestre! Não se preocupe!
Fiz reverência e sai correndo com medo da quase bronca que tomei do Grande Mestre. Desci as escadas até Capricórnio, em busca de Shura. Sabia que tudo aquilo ia dar em merda e não queria que meus amigos se dessem mal. Chegando na 10ª morada, encontrei-a vazia: eles já iriam aprontar. Corri o mais rápido que pude e, rapidamente, cheguei a Sagitário, aonde encontrei Shura, usando uma bermuda jeans rasgada e uma camisa branca do AC/DC. Aiolos estava passando colônia com um sorriso bobo estampado na cara, usava uma bermuda toda colorida, camisa de linho branca e a tradicional faixa vermelha nos cabelos:

-Cacete Aiolos! Você parece uma noiva, bicho! Calor maldito! Quero zarpar logo daqui! – gritava o capricorniano, impaciente.
-E aí, chapas??! Vão bordejar por aí, hein? – questionei, já me inteirando no movimento, encostado numa mesinha perto da janela.
-Olha esse dia, Saga! A gente vai dar um rolé. Ficar de bobeira aqui não dá! –Respondeu-me Shura, tranquilo.
-Vamo com a gente Quadradão! Você precisa se divertir, irmãozinho! – completou Aiolos, sorrindo.
-Realmente! A Fedra sempre fica sobrando com o Anúbis... Vamo, chapa!
-Fedra?! Anúbis?! Vocês tão pirados? Quem é esse povo?

-Shura, sua anta espanhola! Você não contou? Bicho, você precisa ver as três DEUSAS que a gente conheceu dia desses num luau... Uma melhor do que a outra...
-Olha aqui! – disse o protetor da 10ª casa, me entregando algumas fotos de Polaróide – São da última vez que a gente saiu!
-Ah, entendi... Como é que vocês escondem essas lindezas de mim, seus animais? – falei, com um sorriso safado ao ver a foto dos cinco juntos, Aiolos carregando uma loirinha no colo, Shura abraçado com uma loira de permanente e uma terceira garota, de cabelos castanhos sorrindo, com um Labrador caramelo, que parecia bastante animado, num local que parecia um deck de uma piscina.
-E ainda tem uma pra você, tá vendo? Tirar esse atraso que ficar só descascando o palmito não ajuda hahahaha – riu Shura, que parou imediatamente quando lhe joguei as fotos na cara.

-Deixa de ser ridículo, Shura! A Fedra já virou chapa! E o Quadradão não ia gostar dela... É ela é linda, gostosa, mas é figura difícil! Esse daí não consegue baixar a crista...
-HAHAHA pra merda vocês! E Shura, seu ridículo, você sabe que eu não preciso disso! Mas acho que hoje não rola o embalo! Vocês já estão prontos e eu com o uniforme do Santuário...
-HMM SEI, vou discutir não! – disse Aiolos – Bicho, relaxa, vai descendo e se arruma que eu puxo esse animal quadrúpede aqui e a gente dá uma enroladinha nas meninas enquanto você chega! Agora vai rápido...

-TÁ! TÁ ! TÁ to indo, inferno...
Corri para Gêmeos por um caminho alternativo que conheci há pouco tempo. Já iria começar a missão, o Grande Mestre ficaria orgulhoso. Nem pensei muito nas garotas, deviam ser só um xaveco que logo os dois se cansariam. Cheguei a Gêmeos, tomei um banho rápido e comecei a me arrumar voando:

ENQUANTO ISSO...
#Fedra POV’s#

Um Mustang preto conversível aguardava no meio da estrada. As duas loiras, Sofia e Agnes conversavam animadamente sobre os rapazes que aguardavam, enquanto eu, Fedra, a única morena do grupo, alisava meu labrador, Anúbis, que estava aconchegado em meu colo e fumava um cigarro. Usava um shortinho, uma blusinha curta, deixando a barriga definida aparecer, um colar comprido e óculos de sol enormes.  Tomei um susto quando o animal começou a latir loucamente, e vi despontar no caminho, Shura e Aiolos, dei um sorriso safado e buzinei loucamente.
-MEU DEEEEUS, OLHA QUE PÃO!!! – Gritou Agnes, a mais louca do trio, usava turbante colorido como tiara, uma blusa roxa furada e frouxa, um longo colar e um short jeans.
-DEIXA MEU AIOLOS, SUA SIRIGAITA! – Gritou de volta Sofia, dando um murro na amiga que começou a rir e acenou para o sagitariano.
-Ai vocês são muito fraquinhas – Falei, descendo do carro e soltando Anúbis que correu em direção aos rapazes fazendo festa.

Fui andando até os dois e dei um abraço em cada um. Adorava aqueles meninos, mas sempre ficava sozinha quando eles iam... Bem, deixa pra lá... Alisei meu cachorro e ouvi Shura dizer:
-Fedrinha, você não vai mais ficar sozinha. Arrumamos um garotão pra esquentar a sua cama! Alguém que não seja o nosso irmãozinho peludo e babão! Não que o nosso chapa não seja peludo... HAHAHA
-Corta essa, bicho! Eu sei que é brincadeira de vocês, aff!
-Até porque é desperdício deixar você ai, sozinha, mofando, fazendo justiça com os dedinhos né? Você, um chuchu desses, sozinha por ai! – disse Sofia, que tinha corrido até Aiolos e já estava bagunçando.

Sofia era loira, tinha cabelos lisos e compridos. Estava usando uma blusinha curta e um short de cintura alta azul. Era a mais calma de nós três. Enquanto Sofia falava, ela ria e Shura a rodava como se estivesse a expondo.
-Pare de bagunça, Sofia! Cadê o respeito? Sim, só to vendo vocês falarem, falarem e falarem! Já tenho o Anúbis não preciso de ninguém!

Nessa hora, eu vi aquele pão descendo pelo mesmo caminho que os rapazes vieram. Jamais havia visto um homem tão belo. Os cabelos azuis embalados pelo vento, a camisa branca com as mangas dobradas entreaberta exibindo o peito másculo, a bermuda preta e até as sandálias de couro estavam harmoniosas com todo aquele corpaço. Já preparava uma boa cantada, quando ele se aproximou dos rapazes.

#Saga POV’s#

-Chapas, cheguei... Então, essas são as gatas? – falei me aproximando do quinteto. – Prazer, sou Saga.

-Bem... Essas são Sofia e Agnes. – disse Shura – Mas dessas aqui, o senhor tira o olho, Quadradão, que são do Aiolos e minha. O seu chuchu está ali. Ow Fedra...

Foi então que eu finalmente reparei na tal garota. E que garota! Ela me mediu de cima a baixo com aqueles olhos de Bette Davis, sorriu e me saudou:

-E aí, garotão, jóia??

-Numa boa... E aí, qual o bordejo?

-A gente ia dar um rolé na praia. Como aqueles quatro ali tão ficando de onda, o que resta para mim é ficar de bobeira com o Anúbis.

-Só que agora você não precisa mais ficar de bobeira, chuchu...

-Papo careca... Vai por mim: você não aguenta duas horas comigo, Quadradão!

-Desencuca! Pode ter certeza que vou tirar de letra, Fedra.

-Duvideodó é... Como é seu nome afinal?

-Putz grila... Acabei esquecendo-me disso. Sou Saga.

-Qualé o plá aí, bichos? – chegou Shura, abraçado com Agnes e tomando uma cerveja.

-O Quadradão do teu chapa acha que aguenta meu rebolado. Disse que tira de letra

-Vixe... Bom, mas agora que o Saga tá inserido no contexto... Vamo nessa que não temos o dia todo!

-Falou e disse! – concordou Agnes, pulando no banco de trás do Mustang e batendo a mão direita na lataria – toca essa caranga pra praia, Fedra.

-Acalme-se Gafanhoto! Só quem sabe dirigir essa magnificência em quatro rodas é eu, então quem resolve à hora de sair sou eu! Ah, já que o garotão aí resolveu vir, vai ter que dividir o espaço com o Anúbis!

-Tem grilo não! Eu gosto de cachorros!

-A questão é ele gostar de você, bicho! – falou Aiolos, também já dentro do carro com Sofia e batendo na lataria – Fedrinha vamo logo!

-Ok, se eu ver mais alguma mão batendo na lataria do meu carro, vou ter que apelar para a ignorância.

-Olha o estresse! Faz mal pro coração, dona Fedra! – falei rindo e pulando no banco ao lado da motorista.

Fedra levantou uma das sobrancelhas e o olhou séria, não tinha achado a menor graça, e viu seu labrador pular com todo o seu peso em cima de mim, que tomei um susto e levei os outros integrantes da turma a dar risada:
-Ainda bem que eu não precisei gastar minha língua não é Anúbis?! Lindinho da mamãe – Disse dando um beijinho no Cachorro que latiu como se estivesse respondendo. 
A morena ligou o carro e seguiu o caminho, não indo para a praia, mas tomando um rumo diferente:

-Hey, chuchu! A gente não ia pra praia? – Perguntou Shura jogando a lata de cerveja vazia na rua
-Eu me esqueci de avisar, chapas! Os filhos do Anúbis chegaram lá em casa! Não posso deixar três labradores bebês destruindo meu lar! 
- UHUUUL PISCI! –Gritou Sofia, fresca.
-Falou, mas não se esquece da promessa da praia, hein? Vamos marcar outra vez! – Disse Aiolos conformado.

-Melhor que seja na sua casa. Assim posso estrear meu maiô novo sem constrangimentos... – disse Agnes, abrindo a bolsa florida e retirando dela um maço de cigarros.

-E desde quando a senhorita sente vergonha de usar alguma roupa? – perguntou Fedra, rindo e estendendo o braço para a loira – Acende um aí e me dá Agui!

Enquanto a loira acendia o cigarro, percebi um sorriso faceiro e uma leve alteração cósmica entre meus amigos. Sabia o que isso significava: eles estavam em uma conversa cósmica. Logicamente, me intrometi:

-Qualé o plá que não pode ser dito alto? – perguntei.

-Se nem sabe, Quadradão... Na praia, ficaríamos no máximo até 4hrs da tarde... – respondeu Shura.

-Só que na casa na Fedra o embalo pode durar até três dias! – completou Aiolos.

Três dias?! Eu estava perdido! O Mestre havia me dado uma missão e eu queria cumpri-la a risca e com sucesso. Só que estava deixando-me levar, não que as companhias fossem ruins, mas eu sempre fui lembrado no Santuário pela disciplina.

-Relaxa, bicho! Você vai curtir também! – Disse Shura, que, em seguida, riu em voz alta

-Cacete Shu! Cê tá pirando, garotão? Rindo sozinho? – Disse Sofia, com uma sobrancelha levantada, abraçada com Aiolos que fingiu estar preocupado com o amigo também.
-Relax, Chuchu! É a cachaça alterando o juízo disso! Vai encher o caco que nem caminhão de posto – falou Aiolos, que com sua filosofia de bêbado, incitou uma crise de riso em todos.

O caminho todo foi assim: cheio de piadas, risadas e lambidas de Anúbis na minha cara, o que parecia irritar a morena. Minutos depois, Fedra entra com o carro em um portão de uma casa antiga, que tinha o muro coberto por Heras. Era uma casa antiga, com um jardim enorme. Parou o carro no meio do caminho da garagem, embaixo de uma árvore frondosa. 
-Vamo lá, seus pirados, vou anotar essa Aiolos! – disse descendo do carro e vendo Anúbis pular do mesmo correndo para sua casinha, onde os filhotes estavam. – Podem ir pra piscina, vou pegar os filhotinhos e já encontro vocês.

Fiquei impressionado com o tamanho do lugar. Segundo Sofia e Agnes, ela passava a maior parte do tempo lá sozinha, devido à profissão de seu pai: um diplomata italiano, que viajava o tempo todo.

-Por isso mesmo quase sempre tem embalo aqui! – completou Sofia. – Agora vamos logo para a piscina que estou morrendo de calor!

-FALOU E DISSE! – Gritou Agnes, levando-nos pelo caminho do Jardim até a piscina, chegando lá virou para nós e disse – Agora vou por meu maiô! Sofi... Vem comigo!
-Táá! To indo! - Disse Sofia, sendo puxada pela amiga louca.

Quando as garotas saíram, Shura se livrou da bermuda e da camiseta, ficando apenas com uma sunga de crochê preta, o que levou Aiolos e eu a uma gargalhada:

-Vocês estão rindo do quê? Essa é a ultima moda em Paris!

-Oras, Shura! Isso é ridículo!! – falei, rindo.

-Ridículo é você com essa camisa, Quadradão! Tira logo isso e fica de sunga!

Aiolos também tirou a bermuda, revelando uma sunga mais colorida que a peça de cima e eu tirei apenas a camisa, ficando de bermuda. Shura pulou na piscina e, nessa hora, começou a fofoca:

-E ai, Saga... Que achou da Fedra, hein?

-Uma tetéia!!

-Tetéia é pouco, irmãozinho! – concordou Aiolos – Aquilo ali é quase uma deusa... Mas, você vai ter que ter peito pra acompanhar o rebolado, viu? A lindeza é figura difícil, chapa.

-Relax, Bichos... De figuras difíceis aquele Santuário tá mais que cheio... Lidar com mais uma, não é grilo para o garotão aqui!

-Ui, falou O BOM! – brincou Shura, que começava a sair da piscina.

Quando o capricorniano pisou fora da água, foi alvejado por dois pequenos labradores. Um preto e outro marrom. Anúbis vinha caminhando tranquilo, ao lado de Fedra, que usava um biquíni preto tomara que caia e óculos de sol enormes, carregava uma latinha de cerveja na mão esquerda e um cigarro aceso na direita. Atrás, vinham Sofia, com um biquíni prata e cabelos presos e a louca da Agnes, usando um maiô mais colorido que a sunga de Aiolos, óculos Ray-ban e chinelos roxos. A loira ainda carregava um toca-fitas e algumas K7’s:

-Não sei para quê os chinelos, Agui! – falava Sofia.

-Ora... Já se esqueceu que, da ultima vez, ela escorregou e tomou um tombo belíssimo no deck – riu, Fedra, tragando o cigarro em seguida. –QUE RAIOS DE SUNGA RIDÍCULA É ESSA, SHURA?

-Já disse! É a ultima moda em Paris, poxa!

-Só se for na sua imaginação, garotão!! Isso é cafona demais! – riu a morena, empurrando o espanhol na piscina, quase o queimando com o cigarro – Ah! Vejo que já conheceram Nefertiti e Kratos. – disse, se abaixando e fazendo carinho nos dois filhotes – Agora, o seguinte: tem mais cerveja naquele freezer perto da churrasqueira e bebidas quentes no barzinho ali na sala. Não quero ver ninguém sentado, a não ser que esteja de pileque, ok? Agnes, solta o som!

A loira deu o play na fita. Era uma mix-tape de disco music. Quando não estávamos dançando, estávamos na piscina, para espantar a brisa da bebida. Eu nunca fui de beber muito, mas tinha que disfarçar. Entrei na sala e escolhi uma garrafa. Era Whisky. Coloquei duas pedras de gelo no copo, adicionei um pouco da bebida e, antes de entrar na piscina, parei e fiquei reparando em tudo que estava acontecendo:

-Eu devo estar biruta... Eu estou em missão! Não deveria estar aproveitando a festa... – pensava – Mas eu não posso negar que viver como um jovem de 18 anos normal é bom demais!

-Que isso, Quadradão? – falou Fedra, vindo para o meu lado. Já estava um pouco alta devido à cerveja – Você acha que vai aguentar o meu rebolado ficando parado aí tomando Whisky? MEXA-SE!

Nisso, ela me empurrou na piscina, sendo repreendida por Aiolos, em seguida:

-Porra, Fedra! Derrube suas jóias, seu cachorro, mas jamais derrube o conteúdo alcoólico de um copo!

-Ok, ok, chapas! Perdoem-me, tá bom? – disse ela, estendendo a mão para me tirar da piscina. – Vem, garotão... Vamos pegar outro drink para você.