Um Ano Ao Seu Lado escrita por Avalon Kary
Notas iniciais do capítulo
Espero que eu tenha começado bem ^^ Então vocês que vão me dizer!
Esse primeiro capitulo é bem curto, pois tive de fazer uma separação do presente e do passado, ah vocês vão entender. u.u
Então boa leitura gente :)
Meu coração está apertado, meu corpo frágil até a uma leve brisa da noite, meu soluço enche meus pulmões e as lágrimas se apressam a sair.
Sua casa está vazia, mal iluminada e parece estar fria que nem a minha, mas a diferença é que a dele se enchera de calor a qualquer momento, um calor vivido que não será o meu.
Fico observando sua janela quadrada e grande, moldurada em madeira grossa e pintada de branca, suas cortinas estão fechadas, me impedindo de ver mais detalhes de sua sala que conheço bem. Da minha janela gélida vejo apenas o vazio e a solidão no qual escolhi, no qual me vejo por toda a vida. O arrependimento, a amargura que me ronda.
Olho as minhas malas, aperto a chave do meu carro que está em minhas mãos.
Se fosse outros tempos ou se talvez não fosse tão orgulhosa, talvez eu fizesse algo a respeito. Mas não sou culpada de tudo, já que em parte ele me enganou... Ou talvez eu mesma tenha me enganado.
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365 dias antes.
– Cath, fique mais um pouco. – Sara segurou minha mão com força, desejando, ansiando que eu ficasse.
– Já é tarde e amanhã tenho de resolver um problema. – soltei sua mão que estava grudada em mim, ficando um pouco tonta – A gente se vê amanhã. – sorri ao pegar a garrafa de cerveja de sua mão – Tchau e não beba mais. – pisquei.
– Opa! Vou pra casa também. – ela pegou a garrafa de minha mão com tal urgência, dando alguns goles.
– E... – comecei a falar, mas fui cortada.
– As vezes temos de ser duronas e difíceis. – ela piscou pra mim me puxando pra longe da boate – Sabe que tudo isso vai acabar daqui a uns meses, não é?
– Eu sei! – comecei a andar devagar sentindo tontura – Isso se eu conseguir passar pra lá. – abracei Sara pra que eu não caísse.
Depois que deixei Sara em sua casa, parti andando até a minha que fica a poucos quarteirões de onde Sara mora.
No meio do caminho taquei a garrafa de cerveja vazia no meio fio e subi a calçada, pisando no gramado do vizinho, do senhor Barnne, um velho chato que mora ao lado de minha casa. O que me irritou mais foi ver uma placa escrita “Não pise na grama”, sendo que o velho nunca ligou pro gramado dele. Comecei a rir.
– Esta rindo? – meu corpo estremeceu ao ouvir uma voz grave que vinha da direção da casa de Barnne. Olhei então pra casa e vi um moreno alto, sentado em uma rede em frente a sua casa. Sua?
– Vai pra casa. – dei de ombros e arrastei meus pés na grama.
– Essa grama me custou caro e o cara na qual me vendeu ela, disse que a grama não deve ser perturbada por duas semanas pelo menos. – ele me avaliou por inteira com a expressão calma.
– Cadê o velho nojento do Barnne? – parei encarando-o e cruzei os braços querendo uma resposta.
– Que amor. – ele riu – Deveria saber já que ele era seu vizinho. – ele deu de ombros, prosseguindo – Barnne morreu a alguns dias ou semanas e agora eu moro aqui. Ficou feliz?
– Você é chato! – apontei pra grama – Porém bonito e novo. – sorri.
– E você uma vizinha que com certeza será desagradável.
– Tentarei ser, prometo. – sorri maliciosamente – Principalmente vendo o qual “protetor” é.
– Aposto que não gosta quando sacaneiam sua grama.
– É apenas uma grama, cresce o tempo todo. – seu semblante não mudou, mas ele tinha algo que me deixou curiosa. Por que ele ainda não está com raiva?
– Verdade. – ele sorriu – Bom, boa noite e vá pra casa logo, antes que acorde outros vizinhos.
Abri um largo sorriso e olhei pra minha casa muito igual a dele.
– Qualquer coisa, moro ali. – apontei pra minha casa em um verdadeiro breu.
– Eu sei! – ele ficou de pé respirando fundo e indo em direção a sua porta.
– Qual seu nome novo vizinho? – ri colocando uma mecha solta de cabelo para trás da orelha.
Ele parou, pude ver que ele riu, mas continuou de costas para mim.
– Boa noite lourinha. – ele abriu a porta, entrando na casa que o engoliu com uma luz celestial.
Então a rua voltou a ficar em perfeito silêncio. A voz grossa dele se perdendo ao longo da rua.
– Boa noite. – sussurrei olhando pra porta fechada, a rede quase parando com o ultimo movimento dele. Respirei fundo e olhei pra minha casa indo em direção a ela.
“Um novo vizinho, gato. Maravilha!” cambaleei depois de algumas passadas.
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E ai gostaram? e.e
Beijos e até o proximo capitulo.