Ajudamos minha mãe com as compras e começamos a fazer os cookies, e digamos que nem eu nem Nico éramos melhores que a minha mãe na cozinha, ou seja, desastre!
Cada um de nós fizemos uns 10 biscoitos, então o resultado final foi impressionante. Trinta deliciosos biscoitos queimados recém saidos do forno.
Sujamos quase que a cozinha inteira, mas acredite se quiser, foi uma das tardes mais divertidas que eu tive em anos.
Ficamos conversando e comendo o resto do dia e minha mãe pareceu bem, melhor do que sempre estava. Fazia perguntas a Nico, contava piadas e ria histéricamente.
– Vocês são da mesma escola? - ela perguntou.
Nico olhou para mim e percebi que ele não sabia se mentia ou se contava a verdade.
– Bem, não, senhora Steely - começou ele. - Nós... Hã... Nos conhecemos hoje.
Ele abaixou a cabeça e minha mãe tirou mais uma fornada de biscoitos queimados.
– Onde? - ela continuou.
– Hã, mãe - eu disse mais séria - precisamos conversar.
Minha mãe passou seu olhar sobre mim e Nico, e voltou a fitar os cookies como se começasse a entender algo muito importante.
– Não - ela quase sussurrava. - Não está na hora, ele disse que você ficaria comigo, disse que estaria a salvo aqui. Você não pode ir Samantha.
Ela realmente parecia saber mais do que eu sabia sobre o que estava acontecendo. Eu me senti ainda mais perdida.
'Você tem sangue divino' a voz de Nico se repetia em minha mente, 'é metade mortal, metade deus'. Será... será que minha mãe havia se envolvido com um deus como aqueles caras poderosos da grécia antiga?
Olhando sua expressão de culpa, percebi que a resposta era que sim, ela sabia.
Deuses não morrem, isso quer dizer que...
Um frio percorreu a minha espinha e meu sangue gelou. Meu pai, ele estava vivo, e era um olimpiano.
Nico olhou para a minha mãe.
– Não tenho escolha Molly, ela precisa ir.