Palavras... escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 29
Capítulo 29 - Ele vai embora


Notas iniciais do capítulo

E FIM DA PRIMEIRA TEMPORADA E COMO EU AINDA TENHO QUE ESCREVER O PRIMEIRO CAPÍTULO DA SEGUNDA TEMPORADA, AMANHÃ EU POSTO O LINK DA SEGUNDA, BJOSS.... ESPERO QUE GOSTEM DO FIM, OBRIGADA POR MAIS ESSA FANFIC, AMANHÃ EU VOU FAZER A PARTE DOS "AGRADECIMENTOS" MESMO.



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Fui embora da casa de Math à noite com a sensação de que havia algo errado.

Ele não é muito fã de expor sentimentos, muito menos falaria no mesmo dia e ainda um seguido do outro, eu te amo e você promete nunca me esquecer, tem algo muito estranho nessa história. Amanhã tem almoço para reunir todo mundo aqui em casa, pelo que parece quem foi que convocou esse almoço foi tia Soph e tio Vitor.

Cheguei a casa cansada e fui logo me preparar para dormir, deitei na cama e fiquei ouvindo música e logo apaguei de tanto sono.

Acordei no outro dia eram dez horas da manhã e o pessoal iria começar a chegar meio-dia, uma hora, por aí, tive que ajudar um pouco a minha mãe arrumar a casa já que Greice vai para a casa sexta de noite, tomei banho e fiquei pensando em que roupa usar enquanto ouvia Heart Attack, escolhi uma bem simples e ao mesmo tempo bonita, estava com preguiça de pensar em uma roupa mais bem elaborada.

Terminei tudo isso perto da hora prevista para eles chegarem, fiquei mexendo no meu celular, para ser mais exata, eu estava no tumblr.

O interfone tocou me despertando do meu mundo particular, perfeito, para o mundo real, autorizei a subida deles, que chegaram à mesma hora, sim, Ma estaria ali, ela viria como namorada do Thur mesmo.

Abri a porta e fiquei esperando o elevador chegar.

- Oi pessoas – Digo comprimentando todos.

Thi vem correndo para o meu lado.

- Oi príncipe, tudo bom? – Pergunto animada.

- Tudo – Ele responde sorrindo, sorriso esse que é igual ao do irmão dele.

- Oi, gatinha – Math diz, me puxando para ele e me dando um selinho.

- Oi – Sorri para ele. – E aí casal – Digo para Thur e Ma. – Fala peste – Digo para Rique, que me deu língua e foi atrás da namorada. – Sempre simpático seu irmão – Digo irônica para Thur.

- Eu sei, está vendo o que eu passo – Ele diz fazendo drama.

- Deixa de ser idiota e larga o drama – Digo.

Eles entraram e nós ficamos conversando.

- Hora do almoço – Minha mãe anuncia e todos nos dirigimo-nos para comer.

- Qual o motivo da reunião? – Tio Alexandre perguntou o que eu já queria ter perguntado.

Senti o olhar de Math pairar imediatamente sobre mim, o que seria falado, de fato era importante para ter essa ênfase.

- Como já estamos perto de passar um ano aqui, no final do mês teremos que voltar para lá – Tia Soph diz atenta a todas as reações explicitas.

- Já? – Minha mãe falou.

- Sim, eles tiveram um desfalque no setor e precisam que eu volte para lá – Ela diz.

Sentia o olhar de pelo menos metade deles sobre mim, comprimi os lábios reprimindo o choro, eu iria ser forte, eu não desabaria agora.

Olhei para Math e ele me analisava atentamente, então ele já sabia.

Comemos lentamente, parecia que estavam tentando expandir a tristeza, eu precisava sair dali, me levantei com cuidado e peguei meu celular no meu quarto e avisei que iria descer, havia um playground no prédio e pelo horário pude aproveitar que não havia crianças e comecei a pensar o que aconteceria agora, de repente às palavras dele faziam sentido.

“- Promete nunca me esquecer? Apesar de tudo, da idade, da distância, de tudo – Ele diz encarando meus olhos firmemente.”

Apesar da distância... Ele sabia.

Senti o gosto salgado das lágrimas e me dei conta do grande fluxo de água que caía pelos meus olhos.

- Me desculpa – Ouvi uma voz e virei para trás, tentando secar pelo menos alguma parte das várias lágrimas que banhavam meu rosto.

- Você sabia – Sussurrei com a voz fraca.

- Sabia, e eu fui um tolo que não conseguiu contar, eu me esforcei mesmo, mas e não consegui, toda vez que olho para você não consigo simplesmente aceitar a ideia que você vai estar longe de mim – Ele diz se aproximando.

- Por favor, não me deixa, por favor fica, eu não sei o que fazer sem você por aqui – Digo em prantos, quase num estado deplorável, não sei como ele conseguia entender o que eu falava, já estava tudo embolado por causa dos soluços.

Eu consegui ver o momento exato em que seus lindos olhos castanhos e brilhantes se apagaram, ele parecia ter pena do meu estado deplorável.

- Você se virava bem sem mim por aqui – Ele disse.

- Antes, antes de conhecer você eu não era apaixonada por ninguém, lembra? – Digo tentando conter o soluço.

- Por favor, não faz assim – Ele disse com o olhar vago e os olhos marejados.

- Você que mesmo que eu apareça feliz com você me dizendo que vai embora? – Pergunto irônica. – Pois é, não vai ser bem assim que eu vou ficar – Eu digo. – Você foi o primeiro cara que eu realmente me apaixonei, o primeiro que eu amei, eu não vou ficar feliz em te ver partir  Digo soluçando e me encolhendo.

Ele se aproximou de mim e me puxou para o seu colo, fazendo meu corpo abraçar o dele.

- Nós vamos dar um jeito, gatinha – Ele diz. – Eu prometo, eu vou fazer dar certo – Ele disse olhando atento para os meus olhos vermelhos.

Ele novamente deu um beijo no topo da minha cabeça.

- Você tem quanto tempo até o dia de ir viajar? – Pergunto-o.

- Mais ou menos uma semana – Ele diz. – Vou faltar a semana inteira, eu ainda preciso arrumar minhas coisas – Ele disse.

- Eu te ajudo, eu falo com os meus pais e eles te que entender que você só vai passar mais ou menos uma semana com a gente – Digo.

- Eu arrumo tudo, agora, por favor, olha para mim e não chora – Ele pediu analisando minha expressão.

Assenti de leve, em forma de vou tentar.

Eu abracei seu corpo com todas as forças, eu não quero ficar longe dele, não quero mesmo.

- Eu prometo, eu nunca vou te esquecer – Ele prometeu novamente.

- Eu te amo – Movo os lábios sem som.

- Eu te amo mais – Ele disse me puxando para ele.

Passamos o resto da tarde no clima despedida, eu não estava e nem queria estar acreditando que isso vai acontecer e o pior é que eu sei que vai.

Algum tempo depois...

- A gente vai se falar todos os dias, por mensagem, telefone, Skype, computador, qualquer coisa – Ele dizia segurando meu rosto em suas mãos e dando selinhos a cada palavra quase, segundo ele apenas para matar saudade antecipada.

- Vamos sim, você não vai se livrar de mim tão rápido, eu te amo – Digo para ele.

- E nem quero, se eu pudesse você já estava na minha mala, mas se você preferir pode sentar aqui do meu lado – Ele diz brincalhão.

- Eu vou sentir saudade – Tia Soph nos intromete e percebo que é a hora do adeus.

 - Também tia, muita – Digo abraçando-a.

- Tchau Lala, pode deixar que eu vou ficar de olho nesse idiota aqui – Tio Vitor aponta para Math e eu sorriu fraco.

- Obrigada, obrigada por tudo – Eu digo.

Thi vem correndo para o meu colo e eu o encho de doces e assuntos, agora ele teria algo a falar.

Math, ele foi o último.

- Eu vou sentir muito sua falta – Agarro o pescoço dele com a intenção de nunca mais soltar.

- É como eu já falei, vamos nos falar todos os dias por vários meios de comunicação, mas por favor, só não deixa eu te perder – Ele me diz tentando controlar meus sentimentos.

Math chegou e colocou um das mãos carinhosamente na minha cintura me puxando para si e a outra ele afagou minha bochecha e depois a colocou no meu cabelo, me fazendo assim mais uma forma de me puxar para ele.

A cada beijo ficava melhor e não acredito eu ele não estaria mais do meu lado, não quero acreditar nisso, separamo-nos ofegantes e eu percebi aquele era o nosso último momento, até agora.

- Te amo – Disse para ele, colando nossos lábios em um movimento rápido. – Boa viagem – Movo os meus lábios sem emitir som e desabo assim que me vejo sem ele.


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