Palavras... escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 21
Capítulo 21 - Sua garota


Notas iniciais do capítulo

CORRENDO AQUI, PORQUE EU TENHO QUE DESLIGAR ANTES DAS 22:00 BJOSSS



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316996/chapter/21

Não consegui encarar seu rosto, sentia minha pele queimando de vergonha.

Senti uma das suas mãos levantando o meu queixo, enquanto a outra afagava a minha bochecha esquerda.

- E se eu disser que seu garoto me contou que apenas uma garota tem sua total atenção – Ele diz baixinho, fazendo-me fixar a minha atenção toda a sua boca.

- Ah é? – Pergunto ainda encarando sua boca.

- Aham – Ele diz também encarando a minha boca – Uma que está bem na minha frente – Ele sussurra.

O timbre da sua voz me faz arrepiar da cabeça até os pés. Ele riu sabendo do efeito que ele causava em mim.

- Será que seu garoto é ciumento, por que acho que ele vai me bater, se ele for – Ele riu.

- Na verdade, eu não sei – Dei de ombros.

- um passarinho me contou que ele cuida muito bem do que é dele – Sorri ao ouvir isso. – Ele também me contou que ela tem o sorriso mais bonito do mundo, o melhor beijo também e eu estou louco para provar – Sorri instantaneamente, ele se aproximou e sussurrou – De novo – Rindo fraco, me fazendo arrepiar, novamente.

Depois de olhar diretamente nos meus olhos ele levou a mão que afagava a minha bochecha até a minha nuca me empurrando gentilmente para ele, que logo colou nossos lábios delicadamente.

Nosso beijo era devagar, calmo, com sentimento mais do que qualquer outro que já havíamos dado, era doce, mas ao mesmo tempo eu conseguia sentir resquícios de vodca.

Pelo visto ele já havia se acostumado a beber, por que não havia nem sinal de alguma alteração se quer no seu estado.

A vodca havia deixado o beijo com um gosto novo, diferente, que eu estava gostando muito de provar.

Meu sistema respiratório já pedia socorro, contrariada me afastei dele buscando ar, quase que de forma desesperada.

Abri meus olhos lentamente o encontrando da mesma forma que eu, sorri ao ver nosso estado, ele ainda mantinha a mão em minha cintura enquanto minha mão permanecia entre seus cabelos.

- Acho que já disse que cada vez fica melhor, mas sempre é bom reafirmar – Ri.

 - É, acho que já disse – Fiz cara de pensativa – Acho melhor entramos – Disse me referindo a festa que ainda rolava solta lá dentro.

- Vai encontrar com aquele lá é? – Ele perguntou cruzando os braços.

Revirei os olhos.

- Qual é, eu não estava mentindo quando disse que seu namorado era ciumento – Ele diz.

- Ah então diz para ele que não é do “aquele lá” – Fiz aspas com os dedos – que eu estou a fim – Meu dei conta só depois do que eu havia falado.

- Ah, o seu garoto está perguntando se – Ele fez uma pausa e meu coração foi a mil com ele chegando mais perto – você quer ser a garota dele, ou melhor, a minha gatinha, a minha garota! Você sabe que nem de longe eu sou bom com isso – Ri fraquinho – Mas, eu estou aqui tentando ser romântico – Ele revira os olhos dramaticamente, fazendo-me rir alto.

- Ô mister romântico, eu aceito viu? – Ri.

E ele me puxou de encontro ao seu corpo, me abraçando forte.

- Eu prometo que você não vai se arrepender, eu vou fazer valer – Ele diz.

Senti seus lábios colando nos meus, mas deixando perceptivo um sorriso, o meu não devia estar diferente, se brincar deveria estar melhor.

Acho que eu não poderia estar mais feliz, eu finalmente havia entendido que gosto realmente dele, possivelmente amando, mas por enquanto prefiro pensar que é só gostar. Eu devia ter medo de acontecer algo, pegadores são os reis das promessas não compridas, porém se eu havia começado um relacionamento com ele, isso significa confiança.

Eu tenho um sério problema, eu deposito confiança total nas pessoas de cara, mas elas vão perdendo-a a cada coisa errada que façam, mas outro sério problema, eu não esqueço o que me faz mal, é masoquista talvez, mas simplesmente eu não consigo fingir que nada aconteceu.

Enfim, é um momento feliz.

Após o selinho que, como sempre terminou sendo aprofundado.

Separamo-nos e sorrimos um para o outro.

- Agora sim, vamos voltar para lá dentro, mas aí daquele lá se ele aparecer de novo – Dei risada do jeito que ele falou.

Sinceramente eu me sentia amada do jeito que ele falava, enfim.

Ao tempo que nos aproximávamos de volta a festa, propriamente dita, começava uma batida de uma música que eu adoro. Dei um sorriso imenso ao ouvir as batidas se iniciando.

- Vamos dançar? – Ele pergunta meio gritando pelo som e eu afirmo com a cabeça.

E pra deixar acontecer

A pena tem que valer

Tem que ser com você

- Eu amo essa música – Sussurrei em meio a música.

Nós livres pra voar,

Nesse céu que hoje tá tão lindo

Carregado de estrelas

E a lua tá cheia refletindo seu rosto

Ele começou a cantar a música no meu ouvido.

Dá um gosto de pensar

Eu, você, o céu e a noite inteira pra amar

Não tem como isso ficar mais perfeito, pensei.

Dançávamo-nos na mesma sintonia. Eu apoiava a minha cabeça no vão do seu pescoço e dava leves beijinhos que faziam ele se arrepiar.

Porém ele continuava cantando.

E quando o sol chegar

A gente ama de novo

A gente liga pro povo

Fala que tá namorando

E casa semana que vem

Uma certeza que eu tinha no momento era que essa ia ser a nossa música.

Deixa o povo falar

O que é que tem?

Eu quero ser lembrado com você

Isso não é problema de ninguém

Eu quero ser lembrado com você

Isso não é problema de ninguém

Quando a música acabou nos beijamos novamente, recebendo alguns olhares surpresos, outros deram de ombros e outros estavam ocupados demais.

Quando menos espero sinto uma unha quase perfurando a minha pele, drama nada. Viro-me lentamente, dando de cara com quem? Claro que era ela. Reviro os olhos.

- Hm, amor, você não me disse que estava namorando essa daí – Eu fechei os olhos e contei até dez, eu não vou me estressar com isso.

Senti Math segurar minha mão firmemente, com forma de dizer estou aqui. E aquilo era tudo o que eu precisava.

- Assim, se você estiver mesmo tentando me irritar, desiste, porque fala sério, eu não ligo para você – Eu digo sorrindo falsamente.

E acho que por aquela ela não esperava, quase se engasgou com o ar.

Math estava claramente prendendo o riso, para a sorte dele ninguém mais prestava atenção em nós.

- Acho que depois dessa, eu me retirava – Math colocou pilha.

E eu ri baixinho.

Ela foi se retirando ainda com a expressão de incrédula no rosto.

- Nossa que malvada – Ele disse – Mas, as más são as melhores – Ele disse colocando as mãos na minha cintura e me puxando para ele.

A festa se passou de uma maneira agradabilíssima após isso, quando chequei meu celular encontrei duas mensagens.

“Você e a Ma vão voltar com o Alexandre, beijos Mãe”.

Jura mãe, nem tem identificador, mas tudo bem.

“Que história é essa dona Larissa, isso que é amiga, nem conta nada”.

Claro que era Ma.

Dei risada, porque sabia que ela só iria ficar brava por momento e depois ia pular toda feliz adorando a ideia.

Depois de um tempo sentam-nos e ficamos conversando, conseguíamos ver Ma e Thur de longe e eu gargalhava alto o meu amigo dançando, ou só tentando mesmo.

Depois percebo meu celular apitando.

“Hora de ir. Já está sabendo que vai comigo não é?”

Vi que era de Thur e respondi.

“Estou sim, nos vemos onde nós esperamos vocês?”

“Aham, estamos indo para lá.”

Avisei a Math e fomos logo, ainda bem que não demos de cara de novo com ela, fala sério, aí já seria castigo.

Chegamos lá embaixo e nós acomodamos em um dos pufes e ficamos esperando os outros dois.

- Aé casal – Thur vem logo rindo, eu sabia.

- Sabia que tinha alguma coisa aí – Ma diz fazendo gestos com as mãos e eu revirei os olhos.

- Vamos, ele chegou – Thur diz.

Chegamos ao carro e Thur ficou na frente.

- Tio, que saudade! – Exclamo.

- Verdade, muito tempo que não vai lá em casa, só vejo sua irmã – Ele diz.

- Pois é, brigue com o Thur que me trocou pela namorada que está aqui do meu lado e vai me bater – Me encolhi toda rindo e provocando risadas.

- Enfim – Ele diz ainda rindo – Parece que o plano de vocês dois – Ele dizia se referindo a mim e a Thur deu certo, eles estão namorando – Eu e Thur fazemos um HI-5 meio desajeitado por estarmos dentro do carro dificultando.

Fomos conversando o resto do caminho, tio Alexandre era como meu segundo pai, ele era demais.

Chegamos rapidamente em casa e Ma iria dormir lá, tirei muita onda da cara dela, por ela estar se despedindo do sogro, enfim, palhaçada de sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!