Palavras... escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 20
Capítulo 20 - Vitor Delícia


Notas iniciais do capítulo

E aqui estou eu de novo, olha kmfadihfdfenivoh



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- Vamos? – Minha mãe apareceu no quarto nos chamando.

Conferimos se tudo estava certinho, mandamos mensagem para Thur dizendo que estávamos saindo de casa, para ele se ligar no horário.

- Vocês estão lindas – Minha mãe comenta.

- Até demais, num tem pra que tudo isso – Meu pai comenta e eu ri.

- Ainda bem que vai ter o Thur e Math para tomar conta de vocês lá – Minha mãe lembra.

- Pois é – Confirmo rindo, aqueles dois de “exemplo”? Próxima piada.

Finalmente estávamos pertos, na rádio tocava Wolf – David Guetta ft. Sia

Música melhor para animar não há, minha mãe ficou estressada porque eu e Ma estávamos berrando a letra da música, que já é agitada, mas depois ela entrou na onda.

Percebi o carro parar enfrente a um grande e lindo prédio, escutava-se a música Chasing The Sun de longe.

- Bem, é aqui garotas, até mais tarde- Minha mãe se despediu e esperou até ter certeza que já estávamos dentro do prédio para ir embora.

Mandamos uma mensagem rápida para Thur dizendo que já havíamos chegado.

Ele respondeu com um estou bem perto, me espera embaixo.

Logo que se passava da portaria virando a esquerda tinham quatro poltronas super confortáveis, sentamos lá e ficamos o esperando.

Ele demorou pelo menos uns cinco a sete minutos, a surpresa foi que não estava desacompanhado.

Sim, Matheus estava com ele!

- Ainda bem que eu fiz vocês esperarem – Thur diz depois de ter dado um beijo em Ma.

- Por quê? – Ela pergunta confusa.

- Porque a festa inteira iria parar para olhar para vocês – Ele diz.

- Sou diva, ok? – Riu.

- Somos né querida? – Ma diz. Rimos muito.

- Então vamos logo ô estrela – Thur diz rindo.

- Eu sei que eu brilho – Faço gesto de “joga cabelos”.

Rimos muito e entramos no elevador apertando SF, salão de festa.

Quando a porta se abre revela um pequeno hall, com outra porta, dessa vez grande e de vidro, dando a visão da festa inteira.

Baixaria.

Essa era a palavra para definir o que meus olhos estavam vendo.

As primeiras pessoas que chegaram até nós, vulgo, Matheus. Foi Clarisse e companhia.

Como nem eu, nem Thur e nem Ma, temos paciência para isso, fomos nos espalhando pela multidão. Agora reparei um bar, com todos os tipos de bebidas.

Segui rumo ao mesmo, não que eu bebesse, sentei e uma das cadeiras que havia disponíveis ali.

- Uma água, por favor – Pedi.

- Tem certeza, princesa? – Ele diz.

É impressão minha ou o barman tá dando em cima de mim?

- Ela tem certeza sim, parceiro – Ouço uma voz conhecida e me viro em direção à voz.

- Já conseguiu se livrar das suas queridas amigas? – Pergunto sínica.

- Sem comentários – Ele responde revirando os olhos.

- Aqui princesa – O barman me estendeu um copo com gelo e uma pequena garrafa de água.

- Obrigada – Agradeço-o pela água.

- Não há de que lindinha – Ele diz piscando.

- Lindinha? O Maior escândalo quando eu te chamo de gatinha – Ele diz indignado.

O ignorei e fui em direção à pista de dança virando a garrafa na boca ainda.

Estava tocando “Sinal Disfarçado” pois é, já entrou na sequência da baixaria.

Comecei a dançar, mas como essa música era arrocha, era meio que indecente, ou totalmente mesmo.

Quando menos percebi havia um menino com as mãos na minha cintura, porém nem me dei ao trabalho de ver quem era pelo toque eu sabia que não era ele.

Até que ele começou a passar mão pela extensão da minha barriga e aí não.

- Parou né colega? – Virei gritando, pelo barulho, eu não conhecia aquele menino, mas ele era lindo.

- Parou por quê? – Ele perguntou dando um sorriso divertido de canto.

Quando olhei mais atentamente para ele foi que percebi que além de nós dois tinha mais um casal dançando na pista, olhei bem atentamente e vi que era Clarisse e Matheus, a fala sério.

Nossos olhares se cruzaram e ele rapidamente desviou voltando a quase babar pela Clarisse que rebolava encostada em suas partes, é vocês entenderam.

Isso não, eu comecei a dançar envolvente com o cara que estava atrás de mim, Clarisse olhou diretamente para mim antes de passar as mãos por todo o corpo dele e no fim ainda deu um sorriso safado para mim.

Eu puxava a gola da polo do garoto cada vez mais, indo em direção a onde estava o outro casal, eu fiz questão de estar lado a lado deles e como se tudo conspirasse ao meu favor a música que começou a tocar foi “Deu Mole Na Balada” Aviões de Forró para quem não conhece.

“Deu mole na balada

Eu vou pegar geral

Virou mania beijar e tchau tchau...

Deu mole na balada

Eu vou pegar geral

A onda é beijar e tchau tchau...”

Forró é uma dança totalmente sensual, pernas perfeitamente encaixadas e corpos totalmente colados.

Então, já imaginou como estava a situação, mas incrivelmente o garoto dançava muito bem, parecia até especializado em dançar forró, porque a pegada que ele tinha com a mão segurando na base da minha coluna era sem igual, apenas uma a superava.

A festa toda parecia olhar para nós. Sentia um olhar fuzilador sobre nós, a cada giro que dávamos e eu conseguia ver seu olhar fixo em nós.

Parece que Clarisse não gostou da atenção ter virado para nós dois, assim que a música mudou ela puxou Matheus.

E a música se encaixa perfeitamente para ela, que já era vadia, a música era “Motel Disfarçado”.

“Carro parado com vidro embaçado

Cuidado, cuidado, é motel disfarçado

Carro parado, carro balançando.

Subindo e descendo, tem gente ficando”.

Não acredito no que eu estava vendo, acho que até minha boca abriu.

Ela estava se esfregando literalmente nele, a festa inteira estava comentando isso, só faltava eles tirarem a roupa, porque né... Eles estavam quase se comendo publicamente.

Mas, o pior, o vadio estava adorando, adorando é pouco, ele devia estar se sentindo no paraíso.

A próxima música começou com Naldo, aí a baixaria foi desfeita, todos voltaram para pista de dança.

- Foi legal conhecer você – Ele riu. – Ah, me dá seu número, você é legal – Ri.

- Foi legal conhecer você também – Rimos – Anota o seu aí – Entrego meu celular para ele.

Ele anotou, enquanto eu anotava o meu no dele e trocamos de celular e nos afastamos pela multidão.

Vi no visor. Vitor Delícia. Ri alto, apesar de ter salvo no dele Larissa Linda, mas tudo bem.

Guardei o celular e fui em direção ao barman atrás de mais uma água, quando cheguei lá, ele já me estendeu a água e eu vi que do lado tinha uma abertura para uma área externa.

Fui em direção para lá, encontrei uma pessoa de costas e claro que eu reconheceria em até mesmo em milhões de km² quadrados de distância.

Fui devagar, tentando fazer o mínimo barulho possível no salto e consegui, cheguei atrás dele que ainda estava na mesma posição de antes e tampei seus olhos com as mãos.

Eu pensei que ele acertaria de primeira, pelo fato de eu viver fazendo isso com ele, porém o primeiro chute dele passou muito longe.

- Clarisse? – Ele perguntou.

- Acho que eu não sou quem você gostaria de ver – Respondi tirando as mãos do seu rosto e me virando para ir embora.

Ele puxou minha mão, com um pouco de força que até não sei como não machuquei meu pé, pelo fato de estar de salto.

- Não era eu que estava ocupada demais com um novo amiguinho – Ele diz com deboche me prendendo entre seus braços e a parede.

- Não, num fui eu que estava excitada com uma vadia – Revirei os olhos e cruzei meus braços.

- Ah, então estava reparando em mais alguém da festa fora aquele garoto? – Ele diz.

- Eu não devia, mas lembra de uma história que eu falei que se eu fosse vim para essa festa eu ia sair triste? Por causa do meu garoto, lembra? – Perguntei triste.

 - E o que esse garoto fez? – Ele perguntou.

- A vadia dá em cima dele e às vezes parece que ele gosta, eu não sei o que fazer – Desabafei, era estranho falar sobre ele para ele.

Eu normalmente sempre falava que o melhor jeito de resolver algum problema, principalmente quando se tratava de pessoas era falar diretamente com ela.

Mas, o que eu não esperava era que eu iria falar com ele, desse jeito. Praticamente colocando na cara dele que é dele que eu gosto.


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