Palavras... escrita por Mrs Pettyfer


Capítulo 14
Capítulo 14 - Como você pôde?


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEY E AQUI ESTOU EU DE NOVO, TÁ VENDOOOO EM SUPEREEEEEI KKK, SEGUNDO CAPÍTULO DO DIA E EU POSTEI ONTEM KKKK.
ISSO É UMA FORMA DE TENTAR AGRADECER POR VOCÊS NÃO TEREM ME ABANDONADO, NEM COM TODA DEMORA DO MUNDO.
BEEEEEM-VINDOS NOVOS LEITORES, se acostumem sou meio doidinha kkkk.
Faleeem comigo no @ilysonenclar
Espero vocês lá, bjbj.



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Acordei como em todos os outros dias com Graice me balançando, mas diferentemente e surpreendentemente de todos os outros dias do ano, eu havia sido acordada, mas ainda sim estava com um bom humor fora de série.

Não, claro que não pode ser efeito dele, não viaja Larissa.

Como em todos os outros dias fui me arrastando em direção ao banheiro, a água já estava quentinha e quando voltei a minha farda já estava em cima da cama, me visto rapidamente, deixando calçar o tênis e pentear o cabelo para depois que eu comesse.

Tomei meu café da manhã como o de sempre e claro que tinha um achocolatado de acompanhamento, coloquei o tênis e comecei a pentear meu cabelo calmamente e depois ao conferir o tempo que eu tinha eu terminei de penteá-lo de qualquer jeito.

Minha mãe já me esperava na sala para podermos ir, em alguns minutos eu já estava na sala, mas estava atrasada. Tive que esperar a primeira aula inteira acabar para poder entrar, não qe eu ache ruim – risos – enquanto eu esperava eu ficava mexendo no meu celular e ouvindo música.

As primeiras três aulas se passaram rápido, porém na hora do intervalo diferente dos outros dias eu fiquei na sala tirando algumas dúvidas que eu estava de assuntos anteriores. Quando ele terminou de explicar faltava apenas dez minutos para aula acabar. Como minha sala ficava no terceiro andar e o refeitório no primeiro era quase impossível, descer, comer e voltar a tempo.

Fiquei fazendo a mesma coisa que estava enquanto esperava a primeira aula acabar. Depois que soou o sinal eu percebi mesmo com a cabeça baixa alguns olhares em minha direção, eu só não entendia o porquê, resolvi ignorar, até que ficaram insuportável as risadinhas da vacalisse, vulgo, Clarisse.

Mas, como todos os que me conhecem sabem bem que eu não demoro muito tempo para ficar estressada, eu estourei logo.

- Que foi? Perdeu alguma coisa? – Pergunto-a.

- Você que perdeu né querida? – Ela diz e eu fico sem entender.

- Eu num perdi nada, já você... – Deixei em aberto.

- Eu num perdi nada queridinha, você que perdeu a boa reputação se agarrando com um tal aluno novo – Ela diz cínica e saí.

E quase como um baque, meu corpo tende para trás, fazendo meu corpo, por uma grande sorte, chocar-se com um banco que existe lá.

Algumas pessoas que estavam observando a cena e ficam boquiabertas.

O professor chegou à mesma hora com Thur, Ma e ele logo atrás.

Os curiosos permanecem lá para se houver barraco, eu apenas respirei fundo e me dirigi a sala, peguei minha coisas e sentei do outro lado da sala, como se nada houvesse acontecido.

Os três me olharam confusos, porém não fizeram nada.

Viu consciência como foi burra.

Mas bem que na hora você não pensou nisso né?

Eu sabia que ia dar algo errado, estava bom demais para ser verdade.

Cadê a garota que não liga para opinião dos outros ou finge não ligar.

Algumas opiniões eu realmente não ligo. Eu to pouco me importando com o fato da escola saber disso, eu quero saber por que ele espalhou. Para deixar todo mundo sabendo que ele pegou essa idiota aqui? Que eu sou mais uma na lista dele? Se esse era o verdadeiro eu dele eu já queria parar por aí nessa descoberta.

Mentira, você sabe que quer conhecer ele.

Agora eu já não sei mais de nada.

Posicionei meus braços na banca os cruzando e colocando minha cabeça em cima, como eu estava na última fileira, da última fila, ninguém percebeu uma lágrima rolar solitária, a sequei rapidamente antes que venham mais e mais e alguém perceba.

Para a minha sorte ninguém percebeu, pelo fato de ser aula de ensino religioso e o professor era meio que nosso amigo, por ser o segundo ano dele com a turma ele já nos conhecia e sabia quando nós não estávamos bem, por isso ele não pegou no meu pé por não ter prestado atenção na aula, por não ter copiado uma linha e nem ter interagido, tenho o que o agradecer por isso.

O sinal tocou, mas dessa vez não para terminar a aula e sim para dar um aviso.

- Queridos alunos, educadores e funcionários, por favor, dirigiam-se a quadra coberta, preciso dar um aviso para todos. O assunto vai ser colocado em pauta lá, desculpa atrapalhar suas determinadas aulas, porém é importante – A voz do diretor soa pelos alto-falantes do colégio.

- Como poderão ouvir turma vamos nos direcionar calmamente, já estamos no meio da última aula, então arrumem as bolsas e levem-nas – O professor diz e começa a arrumar seus próprios materiais.

Enrolei um pouco mais do que o necessário e mais da metade da sala já havia ido.

- Vamos La – A voz de Ma me desperta.

- Num to legal não, podem ir na frente – Digo sem animação.

- É claro que a gente não vai deixar você sozinha – Ela diz afagando meus cabelos. – Os garotos estão nos esperando lá fora, vamos – Ela diz.

Só de pensar que esses “garotos” está incluindo também aquele me fez ficar pior ainda.

- Você sabe que quando eu o mal eu primeiro preciso de um tempo só e depois eu explico tudo – Ela assente, pois era verdade.

- Então eu vou indo na frente – Ela diz.

Quando ela saiu eu fiquei sozinha na sala.

Pelo menos era o que eu achava até olhar na porta, ele estava encostado na porta de braços cruzados jogando todo o seu peso para o lado esquerdo do corpo, apoiando-a na dobra da porta.

Fingi que não tinha o visto e tirei uma caneta do meu estojo e abri o caderno que tava na minha mão e comecei a rabiscar.

- Vai mesmo fingir que não me viu – Ele diz andando pela sala.

- Vai mesmo fingir que se importa? – Perguntei.

- Mas, eu me importo! – Ele exclama sentando na cadeira em frente a que eu estava.

- Se importa tanto que já voltou a ser o babaca de antes – Reviro os olhos.

- Como assim? – Ele diz confuso.

- Ah, me diz você idiota – Reviro os olhos novamente. – Já foi correndo contar pro seu grupo que pegou a retardada aqui – Aponto irônica para mim mesma. – É, to impressionada com o seu verdadeiro você – Cuspo as palavras na sua cara.

- Eu não fiz nada disso – Ele diz entre dentes.

- Então me diz como a escola inteira ficou sabendo de repente? – Eu digo de maneira debochada, como se estivesse achando graça nisso tudo.

- Então é isso? – Ele cruza os braços – Você não queria que soubessem que ficou com esse idiota aqui – Ele diz chegando mais perto.

- A questão não é essa, eu não quero e nem vou – Altero o meu tom de voz na última palavra da frase – Ser mais uma da sua lista! – Exclamo.

- Não vai mesmo – Ele diz.

- Está esperando o que ainda aqui? Não vai mais conseguir nada aqui! Como você pôde? – Digo com raiva. – Seu idiota – Começo a bater nele, mas parece que meus tapas não fazem diferença nenhuma – Retardado – Dou mais um tapa – Babaca – Mais um – Eu. Te. Odeio – Digo dando uma pausa entre as palavra e batendo novamente, quase perdendo a força.

Por um momento de fraqueza ele segura meus punhos com força, não de maneira que fosse me machucar, mas de maneira que me deixasse imobilizada e me empurra contra a parede.

- Eu não fiz nada disso – Ele fala tranquilamente.

- Como você pode ser tão sínico. Como você pôde fazer isso comigo, ontem eu achei que você pudesse ser uma pessoa descente, eu cheguei a achar que talvez você estivesse gostando de mim – Desabafo.

- Eu sou uma pessoa descente e eu acho que que que – Ele gagueja um pouco ficando vermelho – Eu acho que estou gostando de você – Ele diz.

- Como você consegue mentir na cara dura? – Pergunto deixando algumas lágrimas fujonas escaparem, a última coisa que eu queria era que ele me visse chorar.

- Eu simplesmente não to mentindo – Ele diz calmamente em voz baixa.

Ele soltou um dos meus pulsos e com a mão livre ele secou minhas lágrimas.

- Gatinha, acredita em mim, eu não to mentindo – Ele diz olhando nos meus olhos.

Eu consegui perceber quando ele fixou seu olhar na minha boca, mas dessa vez eu não vou ser idiota. Quando ele já achava que tinha ganhando essa, dei um chute, muito bem dado, diga-se de passagem, no “amiguinho dele”.

Ele caiu de dor no chão e eu simplesmente ajeitei meus materiais e saí da sala bem na hora que o sinal soou.

Depois de um tempo, eu já estava confortavelmente de pijamas na minha casa, tomei coragem e abri o tumblr, se o momento já é triste vamos deixa-lo ainda mais com tumblr e músicas depressivas de fundo.

Se o momento era ruim nada que não possa piorar, assim que a minha dashboard abri dou de cara com esse texto:

"E aí, você vai dizer pros teus amigos que já esqueceu. Vai declarar pra meio mundo que já não sente mais nada. E pra provar isso, vai deletar as SMS e o número do celular dele da sua agenda. Vai deletar a música de vocês do seu computador e vai evitar ouvir. Vai parar de escrever coisas pra ele. Não vai mais andar na rua tendo aquela ponta de esperança achando que vai encontrá-lo. Vai sorrir e não se importar quando falarem dele. Vai lembrar a todos, todos os dias que ele não te afeta mais. Não vai procurar, não vai ligar. Vai esquecer tudo o que vier dele; os textos, apelidos carinhosos, momentos, risadas, brigas. Vai deletar as fotos dele do seu celular. Vai parar de esperar alguma ligação ou SMS de madrugada. Não vai mais pensar nele antes de dormir ou ao acordar. Vai ser indiferente quando algum amigo dele perguntar se você sente falta. Não vai mais arrepiar ao ouvir a voz dele ou esperar ansiosa pra que ele diga que sentiu sua falta. Você vai desapegar. Vai parar de sentir, literalmente. Vai convencer a ele e a todos de que você já superou. E vai continuar assim, até que você consiga convencer a pessoa mais importante disso tudo.

Você."

Logo depois que terminei de ler esse texto, mais e mais frases apareciam e só me levavam a um rosto. Um sorriso, uma perfeição.

E eu não acredito que eu falei isso.

Apertei para postar uma frase e digitei “Será que é possível em apenas vinte quatro horas a pessoa que parece ter te mostrado o amor te mostrar a maior decepção da sua vida?”.

Rebloguei ainda mais coisas.

"Anota ai: nada de tristezas daqui pra frente."

— Taylor Swift.

"Mesmo que nós não tenhamos dado certo, eu sempre estarei aqui para você."

— Avril Lavigne.

"Não existe sensação melhor do que saber que alguém se importa com você."

— Nicolas Moaabe.

"A vida é um piano. Teclas brancas representam a felicidade e as pretas a angústia. Com o passar do tempo você percebe que as teclas pretas também fazem música."

— A Última Música.

Olhei para as ask’s e vi que tinha algumas para responder, apenas postei.

“Eu poderia responder as ask’s, mas provavelmente eu não diria algo coerente, eu provavelmente falaria mal do amor, pois é, não foi um bom dia hoje. Acho melhor responder em um dia que eu possa responder imparcialmente“.

Passei o dia sem vontade nem coragem para nada, apenas queria dormir e me perder no mundo dos sonhos e depois de jantar foi exatamente o que eu fiz.


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