Dont Open Your Eyes. escrita por Kahlinna


Capítulo 1
O despertar


Notas iniciais do capítulo

" Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O que é terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam até a sua morte. " - Charles Bukowski



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Maureen acordou de um pulo.

Agarrou-se aos lençóis que a cobriam, respirou fundo e colocou a mão sobre o peito, sentindo as batidas fortes do seu coração.
Olhou para o relógio.

Duas horas da manhã.

O celular continuava a tocar alto enquanto ela tentava recuperar-se do susto.
–Que merda! - Maureen resmungava enquanto tentava achar entre as gavetas do criado-mudo o celular que tocava frenéticamente.

Era um celular novo, e ela ainda não havia configurado direito, ou teria mudado aquele toque irritante e escandaloso.
Gostava do seu antigo celular, mas havia mergulhado na piscina com ele no bolso, por acidente. 
Maureen agarrou o celular e fechou os olhos por um instante até que estes se acostumassem á claridade repentina do visor.
Como não reconheceu o número, jogou o celular de lado e tentou dormir de novo.
Quando estava quase dormindo, ouviu um barulho. Olhou para os lados, mas nada viu de suspeito.
Fechou os olhos outra vez e lá estava o barulho de novo.
Era uma pedra.
Uma pedra na janela.
Maureen já estava perdendo a paciência quando abriu a janela para reclamar com o infeliz que estava atirando pedras á sua janela ás duas horas da manhã.
Não viu ninguém, porém.
E mais uma vez, deitou-se e tentou em vão fechar os olhos e dormir.
E mais uma vez, a pedra que batia no vidro e o barulho que martelava forte em sua cabeça a atormentava. Era quase insuportável.
E assim se repetiu por mais uma, duas, quatro, sete vezes.
E não importava o quanto Maureen gritasse em vão para alguém que simplesmente não estava lá. Ela só abria a janela e não havia com quem falar.
Quando já estava quase desistindo de tentar falar com alguém, o celular tocou de novo.
Dessa vez, porém, Maureen reconheceu o número. Era o número do seu antigo celular.
Um calafrio percorreu seu corpo por um segundo.
– Mas, como...? - ela conseguiu sussurrar antes de atender ao telefone.
Ela não conseguiu dar uma palavra antes de ser interrompida por uma voz.

Uma voz horrível. Falava como se arranhasse seus ouvidos, como se perfurasse seus tímpanos. Falava como se estivesse prestes a morrer, como se estivesse se engasgando.
E falou apenas uma frase.
– Não abra os olhos.
– O quê?- Maureen perguntou tremendo. - Quem é você? Isso é uma brincadeira de muito mau gosto. - falou, irritada.

Mas o som do fim da chamada já tocava.
Aborrecida e cansada, retornou à sua cama.
Dormiu quase que imediatamente.
•••
Não sabia que horas eram. Mas o barulho na janela a incomodava novamente. Dessa vez ouvia vozes, risadas, xingamentos.
Maureen colocou o travesseiro sobre a cabeça e continuou com os olhos cerrados.
As risadas ficaram mais fortes. Os xingamentos ficaram mais pesados e o barulho, mais alto. Ela sentia frio, ela sentia medo.
Chorava sem perceber, gritava sem se ouvir.
Quando o pânico a consumiu inteiramente, sentiu algo tocar sua perna. Seu grito de medo cortou a escuridão da noite e ela cometeu um erro.
Maureen abriu seus olhos.


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Notas finais do capítulo

- ok , esse capítulo não ficou bom, mas é um capítulo-base. vcs tem que ler pra entender o resto , então e_e
e com 'vcs' eu quero dizer 'se alguém ler'.
se vc abriu minha história,
vc é bizarro (: