A Vida De Uma Sonserina II escrita por Laís Levesque


Capítulo 3
Capítulo 3




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Não havia outra forma mais rápida para Jessica chegar em casa, se não aparatando. Nunca havia tentado realizar tal feito antes, mas a situação era tão urgente que ela jogou sua sorte no ar. Teve que caminhar por mais algumas ruas, até enfim, parar em um beco úmido e largo o suficiente para poder aparatar. Depois de alguns minutos de silêncio absoluto enquanto ela refletia, fechou os olhos e girou. A escuridão a engoliu de forma tão rápida que ela nem teve mais tempo de vislumbrar a rua a sua frente.

A viajem foi excepcionalmente rápida e quando ela viu-se postada diante do pequeno caminho de entrada que levava até a porta, sentiu-se tão aliviada que no mesmo instante seus olhos se encheram de lágrimas. Ficou parada por um momento apenas observando a faixada simples da casa. Se permitiu por um momento fechar os olhos e então se lembrou dos bons momentos que passou ali ao lado dos pais. Lembrou-se de sua mãe sempre com seu bom-humor preparando um delicioso almoço, seu pai — mesmo sempre tendo muito trabalho —, fazendo piadas sobre as pessoas para quem trabalhava.

Com as pernas pesando feito chumbo ela começou a caminhar em direção á porta, quando enfim girou a maçaneta e adentrou a pequena sala de estar, largou a mochila no chão e correu para abraçar o pai que estava parado ao pé da escada. O mesmo surpreendeu-se com a chegada repentina, mas logo que se deu conta, retribuiu o abraço com fervor. Por quanto tempo ficaram abraçados, Jessica não soube estimar, apenas sabia que se pudesse não o largaria nunca mais.

— Onde você estava? — Perguntou finalmente seu pai.

— É uma longa, longa história — respondeu Jessica.

Sem ter mais como esconder, Jessica começou a lhe contar então toda a história desde o princípio quando as coisas começaram a dar errado. Seu pai era um bom ouvinte e esperou até que ela finalizasse tudo para então, se pronunciar.

— Então você quer que eu fuja?

— É para proteger você — insistiu Jessica.

— Mas, se as coisas estão tão ruins eu acho que eu deveria ficar e ajudar — contrapôs o Sr. Evans.

Jessica respirou fundo.

— Por favor, entenda. Eu sei quanto qualquer outra pessoa, que é da sua vontade ficar e lutar com os outros, mas acontece que se eles o pegam não o deixaram vivo. Em parte eu tenho quase certeza de que Vold... — ela se conteve diante do olhar de censura de seu pai. — Enfim, de que Você-Sabe-Quem, sabe que eu não irei trair a confiança de Harry, e será apenas uma questão de tempo para eles chegarem até aqui. Eu não peço que você vá embora definitivamente, apenas peço que vá para um lugar seguro até estar tudo em perfeita ordem para você retornar.

— E... e quanto a você?

A boca de Jessica ficou seca.

— Eu não posso ir. Mas, pai! — Jessica exclamou, quando o Sr. Evans se colocou de pé de repente. — O principal foco disso aqui é você, eu não me importo de ficar. Eu só quero que você fique bem.

— E você acha que eu ficarei bem, sabendo que minha única filha vai estar á mercê da própria sorte por aí? — Rebateu o Sr. Evans.

— Por favor — Jessica pediu, em um tom de voz mais controlado. — Você precisa confiar em mim.

— Eu confio em você, só não confio nos outros.

— Vai dar tudo certo, e logo nós estaremos juntos novamente.

Foi uma missão quase impossível convencê-lo, mas depois de muito lhe garantir, Jessica conseguiu sua aprovação. No dia seguinte, antes mesmo que o dia pudesse clarear, ambos já estavam prontos para partir. Foi com certo pesar que o Sr. Evans fechou a porta antes de partirem, Jessica pôs uma mão em seu ombro e tentou consolá-lo.

— Nós iremos voltar pai.

O Sr. Evans esboçou um fraco sorriso, em seguida ele arrumou uma mecha do cabelo de Jessica.

— Sua mãe estaria orgulhosa de você agora — disse.

— Ela está — concordou Jessica. — Mas, de nós dois.

Então eles se abraçaram. Jessica não queria pensar que aquela provavelmente poderia ser a última vez que se abraçariam, por isso, quando seguiram por rumos diferentes fez questão de dar um de seus melhores sorrisos á seu pai. Se caso lhe acontecesse algo, era assim que ela queria que ele a lembrasse. Com um sorriso no rosto.

Jessica caminhou ao longo da rua com um certo alívio no peito. Seu pai ficaria seguro, ela sabia disso. Mas agora, ela precisava pensar em uma maneira de encontrar ninguém menos do que Harry Potter. Sabia que não seria nada fácil, porque certamente ele não ficaria dando sopa por qualquer lugar quando uma boa quantidade de pessoas se encontrava atrás dele. Precisava se concentrar; tinha que haver uma maneira de encontrá-lo.


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