A Vida De Uma Sonserina II escrita por Laís Levesque


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, cá estamos nós outra vez. Espero que gostem tanto dessa, quanto gostaram da outra parte ok? Haha.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316892/chapter/1

Faziam duas semanas e meia que Jessica se encontrava na casa dos Malfoy e ela já estava quase em estado vegetativo. Ela ansiava e tinha como principal necessidade deixar aquela casa. Passava a maior parte do tempo trancada em um dos quartos, não lhe era permitido sequer descer para fazer uma refeição. A comida lhe era servida no próprio quarto. Mas apesar disso, Jessica não sentia fome. Passava horas e mais horas sentada próxima a janela observando o jardim mórbido da Mansão Malfoy enquanto o tempo parecia se arrastar. Raramente lhe era permitido o direito de sair do quarto, e ela sabia que quando isso ocorria era sinal de que Bellatrix não estava em casa.


Ocasionalmente ela recebia visitas de Draco, o que era de certa forma bom porque, assim ela não sentia-se completamente sozinha. Durante uma das suas visitas, ele lhe entregou papel e caneta e disse para que ela escrevesse uma carta ao pai. Pelo menos para lhe dizer que estava bem e viva. Depois de muito lhe agradecer, Jessica sentou-se defronte á escrivaninha que havia no quarto e começou a escrever rapidamente. Seguiu-se menos de cinco minutos quando ela largou a caneta e tornou a ler carta:


Oi pai, peço mil perdões por não ter dado notícias antes mas, acontece que tudo estava uma loucura e eu quase não tive tempo para escrever. Peço que me desculpe , por ter lhe deixado preocupado. Mas, antes de mais nada quero que fique ciente de que estou ótima e hospedada na casa de uma amiga. Sei que ficará furioso por eu não lhe dizer concretamente onde estou e com quem, mas apenas lhe digo que isso no momento não é possível. Não responda de forma alguma a esta carta, os pais dela estão um pouco receosos quanto aos comunicados que chegam, e sequer sabem que estou lhe escrevendo agora. Sei que é difícil, mas não se preocupe. Eu ficarei bem! Espero sinceramente vê-lo em breve.


Com amor,

Jessica.”


Com um certo pesar por estar mentindo de uma forma gigantesca para o pai, Jessica entregou o bem dobrado pedaço de papel. Guardando-o dentro das vestes, Draco a encarou.

— Como você se sente? — Indagou ele.

— Péssima — disse Jessica desanimada, sentando-se na cama. — Principalmente pelo fato de estar mentindo para o meu pai.

— Olha — Draco sentou-se, desajeitadamente ao seu lado. — Vai dar tudo certo.

— Não, não vai. — Jessica ergueu-se e caminhou até a janela. — Olha onde eu estou, olha como está a minha vida. Não era para isso acontecer. Eu deveria estar lá fora, assim como os outros, defendendo tudo aquilo que eu conheço e que prezo... — Então ela calou-se e se virou para um Draco cabisbaixo e chateado. — Desculpa, desculpa. Eu só... só me sinto sufocada.

— Tudo bem, eu... eu vou levar a sua carta — e dizendo isso, saiu rapidamente do quarto.


Jessica sentou-se novamente com a cabeça entre as mãos e um turbilhão de pensamentos agitava-se em sua cabeça. Será que alguém teria dado falta dela em Hogwarts? O que será que teriam dito quando descobrissem que ela havia sumido? Mas, por outro lado ela também feria a si própria pensando com ferocidade que talvez ninguém estivesse sentindo sua falta. E que até poderiam estar bem melhor sem ela. É claro que isso não melhorava seu estado de espírito, do contrário, só fazia com que ela se sentisse cada vez mais infeliz. Não poderia de fato ser tão impossível assim fugir. Mais sempre que pensava nisto restava a questão: E para onde diabos ela iria?

Não poderia em momento algum cogitar voltar para a casa do pai, pois sabia que lá seria o primeiro lugar em que certamente a procurariam. Não havia amigos que pudessem abrigá-la... Lembrou-se de Harry. Mas, sabia que este por mais que quisesse protegê-la, não teria condições de abrigá-la. E para ele ter Jessica por perto seria quase como se estivesse cravando em si um GPS para ser localizado. Com um suspiro de lamentação, ela ergueu os olhos quando a porta do quarto abriu-se novamente. Narcisa Malfoy sempre com sua exuberante e rígida postura estava parada a porta.

— Venha comigo — disse ela, impassível.

— Porque? — Replicou Jessica.

— Alguém quer vê-la. — Respondeu indiferente.

Jessica ergueu-se e a seguiu pelos inúmeros corredores que haviam na casa, apesar de mostrar-se indiferente em questão á Narcisa, sabia que no fundo ainda havia um pouco de respeito direcionado á ela. Mesmo contra a própria vontade, Jessica tinha que assumir que ela era uma mulher admirável. Desceram alguns lances de escada e pararam então diante de uma grande porta dupla, feita de madeira negra lustrosa. Jessica ergueu a mão para girar a maçaneta, mas Narcisa a conteve.

— O que foi? — Indagou Jessica.

— Antes que adentre esta sala, quero lhe pedir para não fazer nada que possa prejudicá-la — disse Narcisa.

— Desde quando se preocupa comigo? — Jessica perguntou, mas depois arrependeu-se do tom rude de sua pergunta.

— Desde o momento em que o coração do meu filho está sincronizado com o seu. — Respondeu Narcisa. — Se o seu parar, o dele segue o mesmo rumo.

Com um breve aceno, Jessica girou a maçaneta e adentrou a sala. Quando seus olhos recaíram sobre a figura sentada no extremo daquela longa mesa, seu coração pulou uma batida. Lord Voldemort estava ali sentado, e quando seus olhos fixaram-se em Jessica, sua boca sem lábios curvou-se em um sorriso cruel.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vida De Uma Sonserina II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.