Grover estava sentado sob a sombra de um pinheiro. O pinheiro de Thalia. Ele não sabia por que, apenas estava lá... Descansando... Pensando... Com saudades do alvorecer.

O que o levou a fazer aquilo? Seus cascos, óbvio. Sem eles, Grover não teria chegado até o pinheiro... Um longo caminho de cem metros.

Seu MP3 tocava a música “I will survive”, e a cada verso da música a lembrança do rosto de Percy vinha à tona. O amigo estava a mais de quinze minutos no banheiro, o que fazia Grover preocupar-se sobre o que poderia ter acontecido... Teria ele ficado preso na descarga? Ou, teria ele entupido o vaso sanitário?

Grover não sabia. Bastava esperar os seus biscoitos de morango com abóbora. A galinha de Quíron que os chocava... Eram deliciosos. Com gema.

Quíron... O centauro... Com aquele seu olhar sedutor que Grover amava. Mas não podia mais pensar nisso. Quíron era menor de idade, apenas um rádio comparado a ele (um microondas).

A saudade da sola da bota de Annabeth era maior do que a cadeira em que Travis estava sentado naquela manhã.

Já era noite, e Grover esperava ansiosamente pelo seu paraquedas de marmelo. Rachel prometera dar-lhe o melhor dos dois mundos, como Hannah Montana. Mas High School Musical começou a tocar em seu MP3, que em breve viraria um ornitorrinco.

– Meu nome é Perry. – disse o ornitorrinco e Grover chorou.

Chorava porque Clarisse havia perdido seus brincos. Lágrimas escorriam de seu rosto pois pássaros cantavam à luz do sol da manhã.

Ding dong, era hora do jantar. Comeria arroz com feijão... Sentia fome. Mas onde estaria Percy?

Não estava com fome, mas estava com sede. Sede de amor... Júniper havia viajado. Era agora uma ninfa de negócios, queria ser o boi Tatá.

A carruagem chegara. O almoço estava pronto. Cinderela já havia descido do carro e oferecia a mão para Grover.

Ele aceitou.

Os dois subiram na carroça e começou a chover. Um trágico fim.

Pois assim eles viveram felizes para sempre naquela tarde ensolarada.

– Adeus. – Gritou Grover, lascando um beijo em Éolo.