Diana Damburn: Adeus, Casamento. escrita por Desirée Schultz


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/316835/chapter/2

Ah, finalmente, lá vem tio Benjamin! Montado á cavalo, afinal, dentro de uma carruagem nunca se sabe o que está por vir. Meu tio é teimoso assim mesmo... Minha família é viking. Depois que minha tia foi sequestrada nos mudamos pra cá quando eu tinha apenas 3 anos de idade.

Ele desce do cavalo, logo se recompondo, e se curva, beijando as costas da mão de minha mãe.

– Bom dia, Áurea, está radiante nesta manhã. - Até dormindo minha mãe é radiante, tenho de admitir...

– Oh, que gentileza a sua, Benjamin, aposto que seu irmão ficará contente em vê-lo - "Modéstia acima de tudo, uma dama não deve ser arrogante por mais bela que seja" dizia ela durante as aulas de como eu deveria me comportar...

– Bom dia, senhorita. - Odeio que me chamem de senhorita, nem mesmo minha criada, Mary, me chama de senhorita.

– Bom dia. Trouxe o que eu pedi? - Eu havia pedido flechas novas. Minha mãe desaprova totalmente o manuseio de armas. Só que meu pai insiste que eu deva saber me defender.

– Diana, uma dama não deve...

– Desculpe. - Respondo, de cabeça baixa. - O senhor gostaria de tomar um pouco de hidromel?

– Só se você colher o mel mais puro que tiver pra mim. - Sorri ele.

Então fomos entrando na casa, e sussurrei para o meu tio:

– Fale comigo assim de novo quando estivermos a sós no campo. Vou chutar seu ponto sensível tão forte que cantará em voz de soprano pro resto da semana.

– Acho que uma dama como você não deveria falar desse jeito - Ironiza ele - andou treinando como pedi, mocinha?

– Eu treinei os nós na árvore, considero importante, principalmente para quem gostaria de ser pirata, concorda?

– Esse assunto agora não. Agora vamos beber, depois conversamos.

Após, finalmente pude trocar de roupa, para podermos treinar.

– De novo esta história de pirata? Já disse pra você que é muito perigoso.

– Sabe muito bem que só a sua visita me alegra nesse lugar.

– E a sua criada? Não se diverte com ela também?

– Acha mesmo que minha mãe permita que eu converse com criadas?

– Hum... Eu não tinha pensado nisso. Quando pretende partir?

– Eu não sei. Primeiro eu vou ter que coletar informações pelo porto.

– Então vá o mais rápido que você pode. Seu pai marcou um casamento com seu vizinho.

– Desde quando? - Pergunto apavorada.

– Sabe muito bem que não estamos em data especial. Pensou que eu teria vindo apenas pra te entregar flechas? - Sorri ele.

– Quando será?

– Amanhã á noite.

– Pois então, vou partir ao pôr do sol.

– Ainda falta te ensinar algumas coisas... Tipo não ser pega de surpresa por ladrõezinhos.

– Eu sei me defender.

– Não seja arrogante, querida.

– Onde estão minhas flechas?

– Aqui - Ele estende a mão com uma aljava de vinte e quatro flechas. - me prometa que vai voltar pra me visitar.

– Eu prometo. Não voltarei de mãos vazias. Tia Cecília estará comigo.

– Eu sinceramente gostaria de acreditar em você. Mas acho que ela...

– Não, ela está viva, e vou encontrá-la. Eu prometo isso também.

– Mas se você quiser ser uma pirata, vai ter que me vencer numa pequena justa. - Sorri ele.

– Não é perigoso demais para uma bela dama como eu?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diana Damburn: Adeus, Casamento." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.