Chego até a porta e vejo Brendan sentado conversando com Javier.

 - Olá... Eu gostaria de falar com você, Brendan. A sós. - complemento, encarando Javier.

 - Já estou indo, preciosa. - responde Javier, rindo.

 - Obrigada.

 - O que quer? Já não passei vergonha o suficiente? - disse Brendan, irritado.

 - Eu vim me... Eu... Eu vim me desculpar.

 - O que disse?

 - Eu disse que eu vim... me desculpar.

 - Eu acho que não ouvi direito...

 - Eu vim me desculpar, ok?! Desculpa por ter feito aquilo.

 - Oh sim. E o que foi que você fez?

 - Eu agi de maneira... - paro de falar e observo a expressão em seu rosto. Ele... Ele está brincando, contendo o riso simplesmente porque estou me humilhando. Hora de revidar. - Eu agi mal, sim... É que eu não aguento ver outras mulheres trocando carícias com você, um homem tão maravilhoso.

 - É mesmo? - respondeu, incrédulo.

 - Sim, e quem dera eu pudesse abraçá-lo e nunca mais soltar. - faço uma expressão triste, ficando mais convincente.

 - Oh querida... - ele se aproxima levantando do banquinho onde estava sentado. Consegui? Espero que sim. Ele me abraça forte e passa a mão na minha cabeça.

 - Tolo! - me livro de seus braços e o empurro para a parede, segurando-o pelos ombros com minhas mãos - E agora? o que vai fazer? Eu sou mais esperta, confesse!

 - Claro que é. - ele puxa meus pulsos para fora, de modo que eu perdesse meu ponto de apoio, fazendo com que ficássemos mais proximos. - Mas eu sou mais forte. - Riu ele.

 - Não é justo! Já me perdoou, então está tudo bem, meu trabalho por aqui já acabou. Me solta.

 - Me obrigue.

 - Como capitão deste navio, ordeno que me solte.

 - Estou morrendo de medo.

 - É bom mesmo... Sabe, eu costumo dar joelhadas nas partes baixas.

 - Ok, ok, já está solta.

 - Obrigada. - arrumo minha camiseta amassada e saio da cozinha. - Javier, já pode voltar pra lá.

 - O clima estava meio... Caliente lá dentro. - ri Javier.

 - Cale a boca.