Schyler escrita por Gi Carlesso


Capítulo 9
O primeiro demônio


Notas iniciais do capítulo

Olá :3 a partir de agora não vou mais deixar vocês passando mal de tanta curiosidade, beleza? Não quero que achem que sou malvada kkkkkkkkkk Bom, eu disse que ia ter ação e aqui está!!
Esse caps é epecialmente para todos os novos leitores! Espero que gostem :3



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Aquela imagem me pegara de surpresa, o monstro bem a minha frente, não era uma ilusão e muito menos um truque de minha mente, era real e estava ali para me matar, pois era isso que coisas más faziam. Matavam, não deixavam rastros e muito menos, faria com que aquilo se estendesse pelo mercado inteiro.

Pelo contrário do que está pensando, não fiquei ali olhando para o monstro, me coloquei no mesmo instante para correr.  O mais impressionante era que havia menos pessoas no mercado, então tive livre acesso pelos corredores enquanto corria apenas ouvindo um guincho alto, uma mistura de rosnado com algum outro som assustador.

Mas, quando cruzei o corredor de produtos de limpeza, a coisa ultrapassou as prateleiras, jogando-a no meio e com todos os produtos destruídos no chão. Era uma criatura curvada, a pele cor de fogo assim como os olhos, as asas torcidas e disformes em torno do corpo como uma armadura. Pela força com que se chocou contra as prateleiras, fez-me com que eu caísse no chão do mercado.

Onde estavam as pessoas?

Não era possível que ninguém via aquilo!

- Onde ele está?! – grunhiu a criatura em minha direção, suas asas batiam em meus braços quando ele se movia. 

- Não sei quem é!! – bravejei conseguindo ficar de pé e indo até a parte das frutas do mercado.

A criatura conseguiu voar por cima de algumas prateleiras e chegando muito rápido em mim. Cruzei alguns carrinhos soltos entre as frutas e tive uma ideia, assim quando a criatura se aproximou de mim, empurrei a prateleira de melancias, o que fez com que as frutas pesadas caíssem nos pés do monstro.

Ele gritou quando uma melancia passou por cima de seu pé e caiu de costas sobre suas asas.

Aproveitei a chance e corri dali, na direção dos caixas onde provavelmente haviam pessoas. E foi assim, como imaginei, todos os clientes do mercado haviam se assustado e corrido para as portas, porém, essas estavam bloqueadas por uma espécie de chama alta que se estendia pelo chão. Um dos atendentes me viu correndo e deu-me o braço para que eu fosse atrás do segurança do mercado.

- Mas que droga é essa? – perguntou o segurança assustado com a imagem do demônio vindo em nossa direção. Sacou sua arma para atirar contra a criatura, mas o inevitável aconteceu.

O segurança fora queimado antes mesmo de tentar atirar.

Seu corpo em chamas caiu no chão do mercado, seguido de gritos histéricos dos clientes atrás de mim. O atendente que me ajudara pegou seu celular e conseguiu ligar para a polícia, mas ao explicar o que acontecia, consegui ouvir a risada do policial e logo em seguida, desligar o telefone.

- Não adianta mais correr, garota. – disse o monstro pousando bem em frente à multidão, mexendo suas asas enquanto falava. – Se vocês me derem essa garota, ninguém sairá machucado. – ele apontou um dedo ossudo em minha direção, mas ninguém ali me empurrou para a criatura como eu esperava.

Bom, parece que existem ainda pessoas boas nesse mundo.

- Escolha errada. – disse a criatura subindo as asas, pronto para me atacar.

Aconteceu como em câmera lenta, o monstro se ergueu do chão, batendo as grandes asas avermelhadas em minha direção, as pessoas gritaram, eu gritei e tentei até mesmo enfrenta-lo. Mas, numa fração de segundos, algo surgiu em meio a mim e o monstro e o abateu, usando uma espada ou coisa do tipo, e o grande demônio explodiu em chamas.

Estava uma grande luz forte em minha direção, extremamente claro e impossível de se abrir os olhos completamente. A única visão que tive, fora a do par de grandes asas brancas e... protetoras abertas escondendo o corpo do dono. Atrás de mim, todos estavam no chão, desmaiados. Então, as asas se encolheram e seu dono se virou em minha direção – olhos azuis como o mar e o cabelo, cachos loiros perfeitamente esculpidos, assim como o formato de seu rosto e corpo.

A espada em suas mãos desapareceu numa fração de segundos, assim como suas asas, o brilho se apagou e tudo que restou a minha frente, foi algo como um homem normal.

- Venha, Schyler. – ele esticou uma das mãos para me ajudar a levantar. Estranhamente, sem hesitar estiquei a minha e a peguei.

- Quem é você? – gaguejei quando me ergueu.

- Meu nome é Tristan, sou amigo de Ga... de Caleb. – respondeu hesitando em dizer o nome correto. – Ele não pôde estar aqui, pois monstros como esse não podem saber onde ele está.  Venha, vou leva-la até ele.

- Mas e essas pessoas? – ele já me puxava para fora do estabelecimento, porém os clientes e pessoas quem trabalhavam no mercado ainda estavam no chão desmaiadas.

- Eles irão ficar bem. O desmaio é temporário, pelo menos até que a polícia chegue. – abriu a porta para mim e deixou-me passar antes. – Não se lembrarão de absolutamente nada.

Assenti me sentindo satisfeita em não perguntas absolutamente mais nada. Tristan me colocou em um carro comum, uma caminhonete, para ser mais exata. Dirigiu em silêncio por longos minutos, sem dizer mais nada, mas sabia muito bem a quantidade de perguntas que me rodeavam.

- Você... é o que? – quebrei o silêncio. Aquela era apenas uma das perguntas, ainda haviam muitas outras de onde essa saiu.

Ele não respondeu de imediato, esperou até que chegássemos em um farol e só então se virou em minha direção. Nesse meio tempo, observei o quão diferente ele era – até mesmo a forma com que se movia, emanava algo estranho, incomum.

- Já deve saber isso, Schyler. – disse sério.

- Não. – engoli um seco. – Já vi, mas até agora estou mais confusa do que tudo. Não faço a menor ideia do que está acontecendo... Tristan.

- Acredite, você não vai querer saber. – um certo riso apareceu em sua expressão, como uma piada interna.

[...]

Tristan me levou até um apartamento no sul de New York, era um prédio escuro o qual não chamava atenção nenhuma. Ao invés de apenas me deixar ali, Tristan me levou até onde Caleb morava, disse que teria que estar naquela conversa, pois Caleb não era nada bom com palavras.

Subimos até o terceiro andar, onde mais uma vez a porta se abriu e Tristan deixou com que eu passasse. Eu estava nervosa, não fazia a menor ideia do que ia acontecer ou até mesmo o que eu veria. Tudo que eu possuía certeza absoluta, era que eu queria muito saber o que estava acontecendo e o porquê de ter sido atacada por um demônio em pleno mercado.

Tristan parou em frente a uma das portas no final do corredor e tocou a campainha. Ele não me olhava nos olhos, mas sabia que me observava, pois seus olhos tentavam avaliar minhas expressões.

Minutos depois, ouviu-se um som de passos apressados de dentro do apartamento. Eram passos pesados e a pessoa parecia correr. Ouvi o som de alguém tirando as trancas e logo após a porta fora aberta e lá estava ele.

Caleb.

- Schyler, você está bem. – não era uma pergunta. Ele olhou com um grande sorriso na direção de Tristan, quem apenas deu de ombros com um meio sorriso disfarçado em seu rosto.

- Eu disse que traria ela com segurança. Demônios podem ser insuportáveis e até assustadores, mas para alguém como eu, é muito fácil.

Caleb riu daquela frase e pediu para que eu e Tristan entrássemos logo. O apartamento era exatamente do mesmo tamanho que o meu, porém por ser um apartamento de homem, muitas coisas estavam fora do lugar. Eu possuía mania de limpeza, então tive que morder os lábios para que não acabasse arrumando alguma coisa.

- Não vai me enrolar hoje, Caleb. – falei de uma maneira firme. Ele não se surpreendeu com aquela pergunta, mas Tristan sim, quem soltou um riso abafado.  – Quero saber tudo que está acontecendo aqui. E, o que era aquela coisa que por pouco não me matou no mercado.

- Ei, mas eu salvei você. – disse Tristan de uma forma até tristonha. Ótimo, os anjos são temperamentais!

- Eu sei e obrigada. – falei de uma vez. Caleb sentou-se em uma cadeira próxima ao sofá em que eu e Tristan estávamos sentados um ao lado do outro. – Mas ainda estou com raiva por você não querer me dizer o que é. Bom, mesmo eu tendo um palpite sobre isso.

Caleb e Tristan se entreolharam e logo depois passaram os olhos por mim.

- Tem certeza que ela é humana? – Tristan olhou para o outro com uma expressão de dúvida e indignação e apontava para mim. – Ela leva toda essas informações... muito calmamente. Conheço um mundanos por ai que simplesmente começariam a gritar ou rir só de ouvir a palavra “demônio” ou “Anjo”.

Caleb deu de ombros.

- Tristan, já conversamos sobre isso. – resmungou ele soltando um longo suspiro e logo após, se virando em minha direção. – Schyler, tem certeza que vai querer saber... o que está acontecendo e o que você tem a ver com tudo isso?

Alternei meu olhar entre os dois, avaliando suas expressões para ter certeza do que responderia. Depois de alguns segundos, soltei um suspiro e encarei os olhos negros de Caleb.

- Tenho.


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Notas finais do capítulo

Agora as dúvidas serão tiradas O.O qualquer coisa que quiserem me perguntar sobre a fic, dúvidas e claro, qualquer sugestão, me siga no twitter ou no http://ask.fm/account/questions ok? Não fique com vergonha, eu sou meio louca, mas no mínimo vou te fazer rir kkkkkk
Beeeijos!



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