Schyler escrita por Gi Carlesso


Capítulo 20
Sou mais forte do que você pensa


Notas iniciais do capítulo

Oi :) como vocês estão? Tenho uma notícia ruim para vocês, leiam as notas finais porque é MUITO importante, ok?
Boa leitura!



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- Anjos negros são uma das hordas de Lúcifer que ele usava, quando ocorreu a segunda guerra mundial causada por mim, para que alguns dos demônios que eram mortos, fossem substituídos pelos anjos para continuar. Não achei que Aliha os usaria, ainda mais porque a maioria não tinha nada contra mim, pois eles só foram usados quando eu iniciei a guerra. – ele suspirou. – Mas, parece que ela conseguiu fazer a cabeça deles.

Gabriel ficou sem dizer nada por mais algum tempo, provavelmente pensando numa maneira de continuar.

- Eles são muitos, Schyler. Tão perigosos quanto esse que vimos, pois podem assumir formas humanas comuns e enganar a qualquer um. – ele respirou fundo. – Não temos nenhuma chance contra eles... é... impossível.

Eu sentia o desespero tomando conta de suas palavras, tornando o que ele dizia ainda mais digno de minha preocupação. Se eles fossem tão perigosos quanto ele dizia, havia uma grande chance de... de eu não sobreviver. E muito menos ele.

- Mas a segunda guerra mundial acabou, não foi? – levantei-me e fui até ele, ficando bem a sua frente. – Se humanos comuns conseguiram fazer isso, nós podemos. Ninguém aqui será morto e aqueles malditos demônios e anjos não vai conseguir o que querem!

Ele se levantou, parecia exaltado como se eu tivesse falado alguma coisa sem nexo ou uma mentira. Realmente não esperava que ele fizesse aquilo, porém estava cara a cara comigo, encarando-me fundo nos olhos mostrando o quão irritado ele pareceu com minhas palavras.

- Você não está entendendo, Schyler!! – falou ele alto demais. – Aquelas coisas são como máquinas e não hesitam em matar ninguém! Viu como ele é? Conseguiu enganá-la sem dificuldade nenhuma e poderia tê-la matado se eu não desconfiasse! – ele olhou indignado para todos os lados numa tentativa de não olhar-me nos olhos. – Não está entendendo?! Eu não posso perder você!

- Então não aja como se eles já tivessem me matado!! – berrei de volta me sentindo ainda mais irritada quanto ele. – Gabriel, você é um imbecil! Não vê que estou tentando ajudar, droga?!

Exaltada, deixei-o ali ainda em pé olhando em algum ponto cego na parede a sua frente. Andei pisando duro até o outro lado da sala tentando recuperar o fôlego para me acalmar, porém tudo que me vinha em mente era que eu queria simplesmente ir até ele e arrancar suas asas cinzentas, assim como era o desejo do anjo negro/Jonny.

Respirei fundo enquanto me apoiava na parede que ia até a cozinha quando senti em minhas pernas Belle se enroscando. Ela miava baixinho alternando o olhar entre mim e a presença de Gabriel do outro lado.

Era como se minha gata entendesse que tínhamos brigado.

- Desculpe. – ouvi-o sussurrar. – Schyler, por favor, não me odeie.

- Eu não odeio você. – murmurei olhando para Belle, mas falando com Gabriel. – Só quero que entenda que... eu sou mais forte do que pareço. Se... eu for mesmo uma mestiça como você disse, pode ser por isso que consegui lançar para longe o anjo negro e consigo fazer aquilo com o fogo, quando estávamos treinando.

Virei apenas um pouco a cabeça para que ele tivesse apenas a visão de meu perfil, mas que eu pudesse vê-los com os olhos sobre mim.

- Esse é o problema. – murmurou. – Você é mais forte do que pensa, o que significa que ainda não está preparada para o que vai acontecer. E eu... não vou conseguir protege-la do que os demônios e anjos negros podem fazer.

Ouvi de longe ele suspirando. E se Gabriel estivesse certo? E se o fato de eu não saber o que posso fazer, seja um sinal de que não estou preparada?

Peguei Belle no colo e retornei para onde estava, colocando a gata negra no sofá e ficando frente a frente com aqueles olhos violeta tão perfeitos quanto tudo nele. Eu sentia sua hesitação em dizer qualquer coisa, sentia que todo aquele jeito forte dele desapareceu quanto nossos olhos se encontraram.

- Eu vou ficar bem. – sussurrei sentindo sua respiração aumentar. – Nós vamos ficar bem. Mas tudo que eu menos quero nesse mundo é brigar com você nesse momento...

Não sei o que realmente se passa na mente daquele anjo caído, mas ele aproveitara a chance de minha fala para que tocasse gentilmente os lábios contra os meus. Foi como um choque, um queimar após colocar o dedo sobre uma chama. Eu senti que toda aquela hesitação foi para que o momento certo aparecesse e ele pudesse aproveitá-lo ao máximo. Eu sorri por cima do beijo quando senti seus braços se enroscando em torno de minha cintura e puxando-me ainda mais contra ele.

Ouvi o miado insistente de Belle no sofá e o ignorei, pois afundei meus dedos no cabelo negro de Gabriel sentindo que ele ansiava pelo momento há algum tempo.

- Espertinho. – murmurei sobre o beijo sentindo que ele sorria.

Nós dois tínhamos a noção de que era errado. De que em meio a uma quase guerra entre anjos, demônios e anjos negros, um romance entre nós era muito errado. Mas não iria me impedir de sentir o que sentia sobre aquele anjo caído e de que o sentimento crescia a cada segundo que aquele beijo era intensificado.

Eu amava Gabriel.

E não tinha duvida nenhuma sobre isso.

[...]

Belle tentou subir em minha cama algumas centenas de vezes, porém eu a expulsava logo em seguida, sendo seguida pelo riso de Gabriel quem pedia desculpa em silêncio para a gata preta.

Ele estava acordado andando pelo apartamento dizendo que ficaria ali para cuidar para que nenhum invasor tentasse atacar. Eu achava uma boa ideia, ainda mais porque poderia dormir em paz sem ser invadida por nenhum pesadelo sobre a verdade de Jonny ou qualquer outra coisa.

Mas, o teimoso de Gabriel não queria dormir, apenas andar pelo quarto ou sala olhando pela janela a procura de qualquer ataque. Eu estava irritada em vê-lo andando por ali sendo que já estava muito visível seu sono, pois seus olhos estavam pequenos e ele tinha uma posição cansada.

- Você está com sono, pare de fingir que não. – falei me sentando na cama com apenas as pernas cobertas. – Não tem nenhum problema você dormir comigo, eu não mordo.

Ele se virou lentamente enquanto eu sorria com minha brincadeira inusitada. Estava claro que Gabriel tinha muito receio de deitar naquela cama, quando na verdade também estava visível que ele queria muito dormir logo.

Em silêncio, ele pegou minha gata no colo e a colocou na ponta da cama, em seguida, Belle se ajeitou perto de meus pés e se deitou, caindo no sono rapidamente. Depois, ele lançou um olhar para o espaço vazio ao meu lado e hesitante, tirou os sapatos e finalmente subiu na cama.

- Só vou descansar um pouco, depois vou voltar a vigia. – ele se ajeitou ao meu lado e eu fui invadida pelo calor do corpo dele quando se colocou debaixo do cobertor vermelho.

Eu ainda permanecia sentada observando ele deitando lentamente ainda preocupado com nossa proximidade. Achando graça do constrangimento dele, continuei ali só esperando que o anjo caído dissesse alguma coisa.

- Schy? – murmurou ele. Não acredito que eu estava vendo aquilo, mas as bochechas de Gabriel estavam com uma certa cor a mais, um vermelho de constrangimento. – Você não vai...

- Claro, só estou esperando que seu medo de mim passe. – falei deitando sentindo que ele desviava o olhar ao perceber que eu sabia de seu constrangimento. – Eu disse que não mordo. – sussurrei em seu ouvido e me ajeitei ao seu lado.

Ele pareceu também achar graça, tanto que me aninhou em seu peito e ainda aproveitou a chance da proximidade para me fazer cócegas. Arfei quando ele começou pela linha da cintura – meu ponto fraco – me fazendo ter crises de riso não aguento às suas cócegas. Quando terminou, fiz questão de empurra-lo de uma forma brincalhona e deitar de costas para ele.

Não demorou muito para que eu sentisse seus braços me envolvendo a cintura e ele se acomodar próximo a mim.

- Suas cócegas foram uma vingança por causa de minha brincadeirinha, ou é minha impressão? – murmurei sendo invadida por aquele calor tão conhecido e aconchegante de meu anjo caído da guarda. Eu sentia sua respiração lenta e ritmada em meu pescoço, o que causou arrepios. Ainda mais quando ele riu de minha frase.

- Talvez... – eu sentia seu sorriso, mesmo sem vê-lo. – Encare mais como só uma espécie de resposta.

Sorri com aquela afirmação. O quarto ficou silencioso, escuro e um pouco quente, a única fonte de luz era as luzes da cidade que entravam pela janela onde ele estava antes de deitar. Eu conseguia ouvir sua respiração e seus batimentos cardíacos, sentir seus braços me envolvendo e me prendendo contra ele e por isso, me sentia protegida. Longe de qualquer perigo.

- Podemos treinar mais amanhã? – sussurrei me perguntando também se ele havia escutado ou se já dormia.

Depois de minutos, ouvi sua voz rouca muito próxima de meu ouvido.

- Sim. – sussurrou. – Vai ser simples, mas depois vou testá-la com alguma coisa mais difícil. Precisamos tentar falar com Aliha... quero saber quais os planos dela.

Senti um toque muito macio na região nua de meu pescoço, causando vários arrepios por meu corpo. Senti que o toque ia descendo de minha orelha e pelo pescoço e pude ter certeza de que eram seus lábios traçando um caminho de beijos até meus ombros.

- Se está tentando me manter acordada, - falei fazendo-o hesitar. – está conseguindo.

Gabriel não respondeu. Ao invés disso, continuou o caminho de beijos, seguindo para meu braço descoberto e parando quando voltou a ficar com o rosto próximo a meu pescoço. Paralisei esperando seu próximo movimento e ainda por cima, fiz questão de manter os olhos fechados. Depois de alguns minutos, senti seu toque novamente em minha bochecha.

Dessa vez, virei o corpo ficando cara a cara com ele, seu corpo meio suspenso sobre mim, com ele apoiando-se em um dos braços. Seus olhos violetas estavam presos nos meus lendo minha alma. Gabriel abaixou-se um pouco, apenas para que seus lábios tocassem os meus mais uma vez. Foi um beijo cheio de necessidade, calmo e lento. Eu podia sentir tudo a nossa volta e ainda assim prestar atenção ao seu beijo.

Seu braço me envolveu, fazendo com que ele tivesse que ficasse um pouco mais acima de mim. Mas algo pareceu o impedir de continuar, como uma mensagem interna gritando para que ele parasse. Quando percebi seus  braços me soltando, puxei seu rosto para mim, não o deixando fugir.

- Schy... – murmurou sobre o beijo. – Não posso. Não... agora.

- Por que? – perguntei ávida pelo beijo. – O que foi?

- Não é o momento certo. – ele viu minha decepção e me beijou rapidamente ao lado dos lábios. – Eles estão de olho e isso seria como pedir que atacassem. – Gabriel tirou meu cabelo do rosto. – Um dia sim, quando tudo isso acabar.

Assenti entendendo o lado dele. Gabriel estava certo, seria apenas mais um motivo para que os demônios, anjos e anos negros viessem atrás de nós. Eu tinha que começar a me controlar perto dele.

Gabriel voltou a se deitar ao meu lado, puxando-me para seu peito. Me sentindo mais calma, fui embalda por sua respiração e logo, caí no sono.

LEIAM AS NOTAS FINAIS SE NÃO QUEREM FICAR SEM SCHYLER!!


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Notas finais do capítulo

Então, dreamers, é o seguinte. Daqui alguns dias, eu não vou mais postar nenhuma fic aqui no site.
— Mas Gi, por que vc vai fazer isso?
Porque excluiram minha comédia sem dó nem piedade. É a segunda vez que fazem isso comigo no site, então pra mim chega.
MAAAS, eu criei uma página no facebook, e além da comédia, vou postar todas as fics (Schyler, Confused e O garoto da camisa 9)!! Vcs não vão ficar sem a fic se curtirem a página.
Curtam aqui: http://www.facebook.com/pages/Stories-for-fun/515063535219961
Se quiserem falar comigo a respeito, falem comigo no twitter @gigicarlesso ou no meu ask que eu acho mais fácil: http://ask.fm/GiovanaCarlesso



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